História de Cotia - Sepultamentos na Cotia Colonial, Antonio Melo, 13.04.2022
13 de abril de 2022, quarta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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, para o CotiatododiaHoje vamos continuar publicando os estudos do padre Daniel Balzan, ex-pároco de Cotia e que fez um brilhante trabalho de levantamento da história da nossa igreja nos livros da paróquia e da Mitra Arquidiocesana.Os sepultamentos mostram um aspecto interessante da história de nossa cidade. De acordo com o poder monetário ou a irmandade a que o falecido pertencia, seu local de sepultamento era mais ou menos privilegiado.Vamos ao artigo.OS SEPULTAMENTOS NA FREGUESIA DE COTIA(Padre Danel Balzan)“Onde e como eram feitos os sepultamentos em Cotia na época do Brasil colonial?Os Livros de óbitos mais antigos de Cotia registram quatro locais para os sepultamentos:a) a própria igreja matriz, b) o adro da igreja, c) o cemitério da igreja ed) as capelas da freguesia.Quanto aos enterros na matriz, o Livro de Óbitos dos anos 1750-1775 fornece detalhes muito curiosos. Uns eram feitos “junto às portas das grades”, “abaixo do altar e do cruzeiro de N.Sra. da Conceição”, ou “junto à porta principal da igreja, para fora”. Outros, “de fronte ao púlpito”, “púlpito para baixo” ou “acima dos bancos”. Outros ainda, “junto à pia da água benta”, “capela divina”, ou “numa das sepulturas da Irmandade”.Havia taxas estabelecidas para diversos sepultamentos. Essas taxas variavam de acordo com o local escolhido. Quanto mais perto do altar-mor mais cara ficava a cobrança. Quanto mais perto da porta da igreja, menos se cobrava! Ara, essas cobranças provocavam queixas seja da parte do vigário, seja da parte do fabriqueiro da igreja ou da própria família do falecido. Uma das coisas que inquietavam o Pe. Salvador de Camargo Lima, por exemplo, era justamente a questão da esmola a ser cobrada. Querendo uma solução definitiva, o vigário apelou ao visitador Pe. Luiz Teixeira Leitão que visitava a freguesia de Cotia em novembro de 1761 e que baixou o seguinte decreto:“Fui informado da grande confusão e variedade que há já quantidade de esmola que se deve dar pelas pessoas que são sepultadas nesta Igreja Matriz, levando uns fabriqueiros mais e outros menos, tudo procedido da falta de declaração que de devia fazer no livro do tombo, e desejando evitar aquelas… e que daqui em diante se observe sempre a mesma coisa. Ordeno e mando que o fabriqueiro leve portadas as pessoas maiores e menores que forem enterradas da porta da Igreja até as grades, duas patacas de esmola da sepultura, e das grades até o arco da Capela-mor dez patacas, pois este, se lança nos livros desta Igreja, ser o uso e costume estabelecido na sua criação. E o Rev. Vigário assim o fará cumprir pena se é estranhar na futura visita, na qual pagará também o fabriqueiro o prejuízo que houver causado por suas omissões” (Tombo de Cotia: 1728-1844, p.36v).Cada uma das Irmandades (de Nossa Senhora dos Pretos, de Nossa Senhora da Conceição e a do Ssmo. Sacramento) tinha sepulturas próprias. Os irmãos falecidos eram sepultados com o hábito da própria irmandade ou simplesmente enrolados em pano branco e enterrados numa das sepulturas da irmandade, na presença dos demais irmãos conforme atesta o assentamento seguinte:“Aos 5 de Dezembro de 1797, nesta freguesia faleceu Escolástica Maria de Jesus, casada com Silvestre Pedroso Colares, filha legítima de Luiz Pereira de Macedo, e do nome de sua mãe não me souberam informar, natural da cidade de São Paulo, de idade de 51 anos; recebeu todos os sacramentos, foi seu corpo envolto em o hábito de São Francisco, por mim encomendado e acompanhado, e por todas as irmandades desta freguesia, e sepultado numa das sepulturas da Irmandade do Santíssimo que lhe cedeu seu marido, por ser irmão, eremido já na mesma Irmandade, transferindo nela todo o direito para sempre, que tinha a tal sepultura. Não fez testamento. E de tudo para constar fiz este assento, que em ausência do Reverendo Pároco Outros, por sinal, escolhiam de antemão o local da sepultura! Eis o que um certo senhor de nome Pedro Domingues da Fonseca deixou escrito no seu testamento:“Ao 1º de setembro de 1755 anos faleceu da vida presente Pedro Domingues da Fonseca, casado com Sebastiana de Borba, com todos os sacramentos, de idade de setenta anos mais ou menos, com seu testamento em que deixa sete missas pela sua alma, três pela alma de sua irmã Bárbara Leme e Santos diversos, e assim mais um rapaz por nome Filipe, para com o valor dele se mandarem dizer seis capelas de missas segundo as intenções que no testamento declara, onde deixa por testamenteiro o seu irmão Francisco Leme de Barros, Miguel Soares e Manoel Pereira de Camargo. Foi enterrado junto à porta principal da Igreja para fora, segundo sua disposição; de que fiz este assento”. Pe. Antônio de Toledo Lara. (Livro de Óbitos de Cotia: 1750-1775, p.35).Tudo leva a crer que os funerais na freguesia variavam de acordo com as condições econômicas e posição social da família. Quando, em 1759, faleceu o Capitão Ignácio Soares de Barros, pai do Pe. Fernando Lopes de Camargo, o funeral aconteceu com toda magnificência. Quatro cruzes acompanharam o enterro: a da Irmandade do Ssmo. Sacramento, a do Rosário dos Pretos, a da Boa Morte e a cruz das almas (cf. Inventários não-pulicados. Arquivo do Estado de São Paulo. ORDEM No. 670).Além da própria matriz, os sepultamentos eram feitos no adro, ou seja, no espaço em volta da igreja, no cemitério anexo à igreja e nas diversas capelas da freguesia. O espaço interno da matriz era pequeno demais para abrigar todos os óbitos da freguesia. As crianças falecidas sem batismo e os adultos falecidos sem assistência sacramental eram enterrados no adro e no cemitério, pois, julgava-se na época, que pessoas falecidas em tais condições profanavam o recinto sagrado da igreja.
Nas capelas eram enterradas as pessoas que moravam longe do centro urbano ou “por não ter quem os conduzisse” até a igreja matriz:
“Aos 19 dias do mês de junho de 1750, faleceu da vida presente Grácia, escrava de Antônio da Rosa, e casada com Lucas, escravo do dito, sem sacramentos por morrer de repente, e foi sepultada na igreja de São João por não Ter quem a conduzisse a esta igreja, de que fiz este assento, dia, mês e era ut supra”- Pe. Patrício de Oliveira Cardoso. (Livro de Óbitos de Cotia: 1750-1775, p.3).
Por volta de 1791, surgiu na freguesia de Cotia, a varíola, vulgarmente chamada bexiga ou bexigas. Os faleciam desta moléstia eram enterrados em locais afastados:
“Aos 18 do mês de outubro de 1791, com licença benzi um cemitério perto desta freguesia, de fronte da Cruz das almas que está no caminho que vai para Sorocaba e perto de um pinheiro, para serem sepultados os corpos dos que falecerem de bexigas e males contagiosos para não infetar o povo todo. E para constar, fiz este termo que assino”.- o Vigário Fernando Lopes de Camargo. (Tombo de Cotia: 1728-1844, p.65v. Arquivo Metropolitano Dom Duarte Leopoldo e Silva).
A partir de 1867 os sepultamentos começaram a ser feitos no cemitério da vila.”
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.