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Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho
    9 de outubro de 2022, domingo
    Atualizado em 23/10/2025 17:20:00

  
  
  


1ºI - ANTÔNIO DA PEÑA, n. creio depois de 1500, veio de Portugal para S. Vicente C.c. FRANCISCA DE GÓIS e se estabeleceu em terras adquiridas por compra de Domingos Pires, em 1542 (Ordem do Carmo – ANRJ).

A 23 de abril de 1546, na povoação de Santos, recebeu do vendedor escritura de quitação (D.I., XLIV, 96). Situavam-se suas terras nas proximidades dessa povoação e confinavam com a sesmaria de Pascoal Fernandes Genovês, um dos mais antigos moradores do lugar e o abridor, com Domingos Pires, do primeiro caminho de Santos a S. Vicente (1).

A 9 de abril de 1544, na vila de S. Vicente (antes de receber a quitação) vendeu a Braz Cubas as mencionadas terras com todas suas benfeitorias, ao preço de 51$600 em dinheiro de contado “da moeda hora corrente de 600, ao real”, por uma carta de venda lavrada pelo tabelião Francisco Mendes.Obteve, pouco depois, do tabelião do público e judicial, ManuelVaz, um traslado da dita carta de venda, extraído do livro de notas (RIHGSP, XLIV, 246 e 247).A 23 de abril do ano seguinte, na povoação de Santos, deu quitação a Braz Cubas da referida quantia, conforme um termo lavrado porLuís da Costa, tabelião de S. Vicente (id.). [Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho, consultado em 09.10.2022. Página 1 do pdf]

Passou a residir antes de 1552 na povoação de Nossa Senhorada Conceição de Itanhaém e de 1562 em diante na vila de S. Paulo (?) onde teria falecido (2).Pais de, ao menos:

1(II) – MARIA DA PEÑA – segue.
2(II) – (?) GABRIEL DA PEÑA – § 2º.
3(II) – MÉCIA DA PEÑA - § 3º.
II- MARIA DA PEÑA, n. creio em Portugal por 1540 ou pouco antes, C. cerca de 1554 c. o CAP. DOMINGOS LUÍS GROU, n. em Portugal, homem da governança em S. Paulo, de 1562 em diante, e um dos principais sertanistas da Capitania nos primeiros anos. Assinava com assinatura completa, ornada de alguns arabescos, e outras vezes apenas com uma abreviatura, como se vê das actas da câmara (AMSP).

Foi Maria da Peña mencionada pelo filho Cap. Mateus LuísGrou e pelo neto Luís Eanes, em 1622, no processo de beatificação do Padre José de Anchieta, em que ambos depuseram como testemunhas, conforme escreveu o Padre Hélio Abranches Viotti, SJ.Pelos anos de 1645, o nome do casal aparece numa justificaçãodo Cap. Salvador Pires de Medeiros, sobre as divisas de uns chãos na vilade S. Paulo. Era o justificante casado com Ana de Proença, bisneta do Cap.Domingos Luís Grou e de s/m. Maria da Peña, primeiros possuidores desses chãos (3).

Por volta de 1590, correu a notícia da morte do Cap. Domingos Luís Grou e de seu filho Luís Eanes, chefes da bandeira organizada em S. Paulo contra o gentio revoltoso de Mogi. Vestiram-se de luto sua mulher Maria da Peña e sua nora Guiomar Rodrigues, mas o Padre José de Anchieta, amigo dos sertanistas, visitando-as profetizou que ambos estavam vivos (Processo Informativo de S. Paulo para a beatificação do Padre José de Anchieta, ano de 1622).

Segundo os autores, o Cap. Domingos Luís Grou já era falecido em 1594. Nesse ano, a 12 de março, Maria da Peña e seus vizinhos Salvador de Paiva e Lucas Fernandes deviam ser demandados pela câmara por não ordenarem a limpeza do caminho de “ambuaçava”, conforme havia determinado o procurador do concelho, Gaspar Fernandes, em 1591 (ACCSP, I, 490).

Faleceu Maria da Peña por volta de 1615 e foi inventariada em S. Paulo, segundo uma declaração testamentária do referido seu neto LuísEanes, em 1628 (INV. E TEST., VII, 430). [Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho, consultado em 09.10.2022. Página 2 do pdf]

Pais de, ao menos (título Grous):
1(III) - LUÍS EANES GROU, n. cerca de 1555, C. em 1572 c. GUIOMAR RODRIGUES; recebeu sesmaria em Quitaúna.
2(III) - DOMINGOS LUÍS GROU.
3(III) - ANTÔNIO LUÍS GROU, n. por 1560, C.c. GUIOMAR BICUDO; teve fazenda em Quitaúna.
4(III) - CAP. MATEUS LUÍS GROU, n. em 1577, C. por 1618 c. ISABEL DE PINHA CORTÊS; recebeu sesmaria no rio Juqueri Mirim.
5(III) - HILÁRIA LUÍS, C.c. o CAP. BELCHIOR DIAS CARNEIRO.
6(III) - MARIA LUÍS, C.c. CAP. SIMÃO ÁLVARES MARTINS.
7(III) - ANA LUÍS GROU, C.c. VICENTE BICUDO.

§ 2ºII - (?) GABRIEL DA PEÑA, n. por 1545, foi um dos sertanistas mortos pelogentio de Mogi das Cruzes, antes de 1593, na bandeira de cinqüenta brancos que partiu de S. Paulo em 1590, sob o comando do Cap. DomingosLuís Grou e de seu filho Luís Eanes, dirigida àquela paragem (ACCSP, I,476).No século seguinte, vivia em S. Paulo Gabriel de la Peña, nascido por 1620, que seria seu descendente (talvez neto) casado com Jerônima de Mendonça (SL, título Domingues, VIII, 127, 3-1 e 3-2).A 20 de julho de 1658, em Parnaíba, Filipa Gago, chamadanesse ano “a velha”, vendeu chãos a Gabriel de la Peña, que assinou a escritura com bela assinatura ornada de arabescos (DAESP, escrituras deParnaíba). Em 1633, Gabriel de la Peña, creio a mesma pessoa, tinha casasem S. Paulo, próximas à igreja de Santo Antônio (INV. E TEST., XVI,393).§ 3ºII - MÉCIA DA PEÑA, n. por 1550 na povoação de Nossa Senhora da Conceiçãode Itanhaém, tinha idade superior a setenta anos quando depôs, a 7 de abrilde 1622, com o marido, no “Processo Informativo de S. Paulo para a beatificação do Padre José de Anchieta”.

Casou-se com ÁLVARO NETO, n. em 1543 na freguesia de Santa Marta, termo da vila de Viana de Caminha, filho de Afonso Álvares de Feijó e de s/m. Inês Afonso. Foi Álvaro Neto da governança de S. Paulo onde serviu os cargos de procurador do concelho em 1584, almotacel em [Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho, consultado em 09.10.2022. Página 3 do pdf]

Notas

1 - Pascoal Fernandes, genovês (ou Pascoal Fernandes, o velho) Caramurú de alcunha (RIHGSP, XLIV, 289). Casou por volta de 1525 com Margarida Fernandes, nascida por 1505, foi um dos primeiros povoadores do lugar da futura vila de Santos, onde se estabeleceu com Domingos Pires (id., 244).

Dia 1 de setembro de 1539, receberam os dois povoadores cartas de sesmarias expedidas pelo Cap. Mor Antonio de Oliveira (governou a Capitania de São Vicente de 1538 a 1542) das terras que lhes foram dadas por Martim Afonso de Sousa, situadas no lugar de Enguaguaçú, a leste do ribeiro de São Jerônimo, próximas, a oeste, do outeiro de Braz Cubas (mais tarde Monte Serrat).

Depois de estabelecido em São Vicente, trouxe ou mandou vir sua família. Vinham, desde 1536 ou 1537 família de Portugal. Teve casas de taipa e roças no lugar onde o Cap. José Adorno e sua mulher, a senhora Catarina Monteiro, erigiram a ermida de Nossa Senhora da Graça (id., 219 e 223).

Construiu com Domingos Pires o caminho antigo de Santos para a vila de São Vicente, conforme escreveu Frei Gaspar da Madre de Deus.

A 14 de agosto de 1546, na povoação de Santos, estando para ir à guerra (contra nativos e espanhóis) passou escritura das terras que em 1544 vendera a Braz Cubas, localizadas junto dessa povoação ao pé do outeiro (de Braz Cubas) para a banda da Bertioga (id., 246). [Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho, consultado em 09.10.2022. Página 6 do pdf]

Segundo os autores, em 1548, com Martim Vaz, de Ilhéus, tinha um navio que navegava pela costa e, em 1552, servia o posto de condestável da fortaleza de Bertioga.

A 25 de outubro do mesmo ano, nessa fortaleza, Pascoal Fernandes, genovês, e sua mulher Margarida Fernandes doaram a seu genro Sebastião Fernandes, em dote de casamento, as terras de São Jerônimo, sendo lavrada a competente escritura pelo tabelião do público e judicial, João Vieira, que servia em ausência de Antonio Pinto (id., 245).

Declararam os outorgantes: que eles casaram "Com a ajuda do Senhor" sua filha Maria Fernandes com Sebastião Fernandes, morador na vila de Santos, aos quais doavam, desse dia para todo o sempre, "umas terras feitas e por fazer" que possuíam nessa vila, com casas e benfeitorias, e assim mais que havia recebido o dito seu genro toda a fazenda que se achou por morte de seu antecessor, Diogo Álvares, marido que foi da dita sua filha Maria Fernandes; assinada a escritura pelas testemunhas Manuel Sobral, Manuel Fernandes e o deão Padre Luís de Gara..., todos moradores e estantes nessa fortaleza "da vila Bertioga", e por não saber assinar a doadora por ela assinou Manuel Sobral (Ordem do Carmo, ANRJ).

Faleceu Pascoal Fernandes, segundo os autores, pouco depois de 1566. Pais de, ao menos: Pascoal Fernandes, o moço e Maria Fernandes, que segue.

II - Maria Fernandes, nasceu por volta de 1526, casou em Portugal ou na Capitania com Diogo Álvares, nascido por 1500 (que poderia ser viúvo em Portugal) falecido antes de 1550 e inventariado em São Vicente (Ordem do Carmo - ANRJ). Chamava-se Diogo Álvares (creio a mesma pessoa) um dos tabeliães dessa vila a 18 de maio de 1546 (RIHGSP, XLIV, 243).

Casou a viúva cerca de 1551 com Sebastião Fernandes, oleiro, nascido por volta de 1525, morador na vila de Santos e depois de 1579 (?) no Rio de Janeiro. Vendeu terras em Santos ao Cap. Mor Braz Cubas e lhe doou por escritura em 1555 outras terras, situadas atrás do "Outeiro Grande" (id., 245). Teria falecido com sua mulher no Rio de Janeiro depois 1595.

Isabel Fernandes, nascida por volta de 1552, casado antes de 1570 com Silvestre Francisco, morador em Santos e depois na vila de São Paulo, durante alguns anos, de 1576 em diante (ACCP, I, 105 e 145).

Obteve no Rio de Janeiro c. Zacarias Frielas, a 9 de agosto de 1594, chãos situados ao longo do valado do Mosteiro de S. Bento, conforme carta expedida pelo Governador Salvador Correia de Sá (Tombos das Cartas das Sesmarias do Rio de Janeiro, 1594-1605, p. 35).

A 2 de outubro de 1609, sendo morador nessa cidade, fez doação em Santos à Ordem do Carmo de umas terras que recebera antes de 1570, em dote de casamento, de Pascoal Fernandes, o velho, e de s.m. Margarida Fernandes, avós de sua mulher Isabel Fernandes, já falecida (RIHGSP, XLIV, 289). [Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho, consultado em 09.10.2022. Páginas 6 e 7 do pdf]

Obteve com Lucas Geraldes, a 20 de abril de 1610, por requerimento ao Cap. Mor Gaspar Conqueiro, governador da Capitania de S. Vicente, uma légua de terras em quadra no rio Mambucaba, ficando o rio em meio da quadra, no termo da povoação nova que se fundava na angra dos Reis. Alegaram no requerimento ser moradores na cidade de S. Sebastião do Rio de Janeiro, tendo sempre ajudado a manter essa cidade e a defende-la dos inimigos, com suas armas e fazendas, recebendo muitas flechadas, servindo em tudo que pelos capitães lhes fora mandado, não tinham terras onde pudessem fazer seus mantimentos nem nunca as pediram, etc. (“Sesm.”, I, 95).

2 - Requerendo uma sesmaria em 1639 ao Cap. Mor Antônio de Aguiar Barriga, governador da Capitania de S. Vicente, o Cap. Mateus Luís Grou (neto de Antônio da Peña e de s.m. Francisca de Góis) declarou o seguinte: “Matheus Luiz Grou morador nesta villa de S. Paulo que elle supplicante é filho e neto dos povoadores desta capitania e assim elle supplicante como seu pai e avós sempre assistiram com suas pessoas e fazendas em as occasiões que se offereceram do serviço de Sua Magestade e a bem da povoação desta villa...” etc.

As terras requeridas situavam-se ribeiro acima do Juqueri Mirim e lhe foram dadas conforme a carta de sesmaria expedida a 4 de julho do dito ano (“Sesm.”, I, 345). Antônio da Peña e sua mulher teriam residido na vila de S. Paulo depois de 1562.

3 - Assentamento em grande parte danificado, do qual foi possível transcrever o que segue (em grafia atualizada): Justificação do Cap. Salvador Pires de Medeiros (feita por volta de 1645).

“... que me foram dadas em dote de casamento por meu sogro, que Deus tem, Francisco de Proença, as quais também lhe foram dadas em dote quando se casou com minha sogra, que Deus haja, Mécia Bicudo, neta e herdeira do defunto Domingos LuísGrou e de sua mulher Maria da Peña, na parte de seu pai alegam que os alicerces mandei abrir como procurador de minha irmã Ana Pires de Medeiros por lhe pertencerem [por morte de] seu marido o defunto [Antônio Bicudo de] Mendonça e outros quinhões <........................................> e Domingos Nunes <.............................................> dos netos de Domingos Luiz, primeiro possuidor de todos os chãos naquela <.........................................> e não [sabemos] haver deles vendido mais que cinquenta braças a Maria Afonso, de quem o suplicante não é herdeiro por via alguma, a qual Maria Afonso se inteirou dos chãos de sua compra cercando-os com taipa de pilão de todas asquatro faces e ainda <...........................................> [restaram] muito mais chãos dos que lhe foram vendidos <...................> [por] cinquenta braças se entende na realidade [cinquenta] braças e meia por cada face que nas quatro faces [somam as] duzentas e duas braças que a escritura faz menção e ...” (DAESP, Documento nº 23 – 1643-1651).O Cap. Salvador Pires de Medeiros (juiz ordinário em Taubaté em 1655) casou em S. Paulo a 5 de julho de 1638 com Ana de Proença, n. em 1624, filha de Francisco de Proença e de s.m. Mécia Nunes Bicudo, por esta, neta de Vicente Bicudo e de s.m. Ana Luís Grou e bisneta do Cap. Domingos Luís Grou e de s.m. Maria da Peña, todos esses homens membros da governança de S. Paulo (título Pires). [Revista da ASBRAP nº 8. Povoadores de São Paulo: Antonio da Peña. H. V. Castro Coelho, consultado em 09.10.2022. Páginas 8 e 9 do pdf]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (7):
01/01/1500 - *Nascimento de Diogo Álvares
01/01/1526 - *Nascimento de Maria Fernandes, filha de Paschoal Fernandes e Margarida Fernandes
09/04/1544 - Vendeu a Braz Cubas as mencionadas terras com todas suas benfeitorias
01/01/1551 - *Casamento de Maria Fernandes com Sebastião Fernandes
25/10/1552 - Documento
25/01/1555 - Bras Cubas concede sesmaria ao ferreiro "Mestre Bartolomeu", chamado Domingos, que havia chegando com Martim Afonso em 1531, quando "enganados" pelo "Bacharel" em Cananéia
17/03/1590 - A população de São Paulo recebia a notícia através de dois participantes de uma entrada
EMERSON

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.