“Há divergências, acrescente o sr. Young, nas obras históricas relativamente á data em que a 2° povoação de Iguape foi elevada a Villa”
1654 Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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"Há divergências, acrescente o sr. Young, nas obras históricas relativamente á data em que a 2° povoação de Iguape foi elevada a Villa. É geralmente citado o ano de 1654: confrontando, porém, documentos existentes aqui, somos forçados a reconhecer que, muito antes daquela época, era já conhecida essa povoação pelo nome de Nossa Senhora das Neves de Iguape. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21, 1918. Páginas 605 e 606]
Se ha, entretanto engano nessa "Relação" e se a data do predicamente de vila, dado a essa segunda povoação, é anterior a 1654, como já ficou referido, então o governador que deu essa provisão em nome do donatário, Conde da Ilha do Príncipe, não é Luiz Lopes de Carvalho, mas sim Diogo Vaz de Escobar que servia nessa época, 1654, e foi, dos governadores de Itanhaém, um dos que mais se distinguiu pelo esforço empregado no desenvolvimento dessas zonas auríferas da Ribeira, Cananéa e Paranaguá, conforme se verá na parte deste livro que trata o assunto. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21, 1918. Página 608]
13° - Diogo Vaz de Escobar - Neste áureo período das explorações das minas de ouro em Iguape e Paranaguá, bem como nas primeiras tentativas das descobertas das grandes importantes jazidas auríferas de "Minas Gerais, cujos primeiros pioneiros, da Capitania de Itanhaém, partiram de Paratý pela "Serra do Facão", e depois em Taubaté, transpondo o vale do Parahyba galgaram a aletoresa serra da Mantiqueira, um dos mais notáveis e esforçados que tanto deu a Capitania dos herdeiros de Martim Afonso de Souza, foi, incontestavelmente, o 13° governador Diogo Vaz de Escobar que, na opinião autorizada de Vieira Santos, Ermelino de Leão e outros cronistas notáveis - "foi quem iniciou com êxito no governo de Itanhaém, a política de expansão territorial".
"Paranaguá florescia então sob o impulso que as lavras de ouro lhe vieram dar. Ereta em vila por autorização do governador do Rio de Janeiro, Duarte Correia Vasqueannes era já um importante núcleo de população, que muito converia a Itanhaem submeter a sua Capitania. Diogo Vaz de Escobar levou a efeito esta árdua empresa."
Carta da Provedoria, livro de Registros das ordens número 1, título 1937 do Sr. D. Diogo de Faro e Souza em parte do dote da condessa sua prima, (ou irmã?) e minha muito estimada mulher, e para mandar cobrar as rendas da cita Capitania, tomar conta e dar quitação, e provedor em todos os poderes um direito necessário, para substabelecer em um ou mais procuradores que lhe parecer, com os mesmos poderes. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21, 1918. Página 439]
"Não sabemos se Escobar já residia no Brasil quando D. Diogo de Faro e Sousa fê-lo seu loco-tenente. A situação da Capitania de Itanhaém era precária, com a descobertas das minas de Paranaguá e Curitiba; numerosos povoadores de suas terras emigraram para as novas conquistas, de sorte que se fazia mister chamar para seu governo novas povoações que se estabeleciam ao sul do Brasil". (As Capitanias de Itanhaem e Paranaguá, por Ermelino de Leão).
Além das povoações que iam estabelecendo ao sul como diz o citado historiador, os governadores de Itanhém, desde 1633, como se verifica desta lista, já vinham dilatando a conquista territorial ao norte da Capitania, fundando povoações e vilas no litoral desde Angra dos Reis até Paraty, e depois no interior, no vale do Parahyba, criando as vilas de Taubaté, Guaratinguetá, e Pindamonhangaba, onde se formaram os primeiros elementos das bandeiras que haviam de penetrar e desvendar as riquezas do sertão.
"Escobar, acumulando os cargos de Capitão-mór, governador, sesmeiro, ouvidor, corregedor e provedor das minas, com amplos poderes de que se achava armado pelo seu constituinte, procurou levar a efeito os seus desígnios de administração com o mais louvável zelo.
Segundo um apontamento que temos, quando D. Diogo de Faro e Sousa, doou a Capitania de Itanhaém a sua irmã ou prima, D. Maria de Faro, Escobar já se achava empossado no cargo de governador de Itanhaém.
O conde da Ilha do Príncipe, ao receber o dote de sua esposa, tratou de valoriza-lo e incumbiu-o de tomar posse das 50 léguas de costa que governava, em seu nome, como novo donatário. Escobar teve a habilidade de desempenhar-se da comissão, chamado a simpatia do povo para a causa de seu constituinte.
Em Paranaguá, tratou logo de captar a boa vontade de Gabriel de Lara, capitão Fundador da Vila, a quem passou patente de Capitão-mór a 12 de outubro de 1653. No ano seguinte, o Capitão-mór Escobar percorrer as vilas do sul, organizando-as e dando-lhes provimento. A 2 de janeiro de 1654 demarcou o rocio de Paranaguá. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, volumes 20-21, 1918. Páginas 439 e 440]
O Estado do Paraná Data: 13/10/1925 Jornal da Manhã. Página 2
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