A siderúrgica de San Juan Bautista, 2010. Pe. Antônio Clemente Sepp
2010 Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
•
•
•
Tudo indica que em 1597 o bandeirante Afonso Sardinha e seu filho Afonso Sardinha, o Moço, montaram a primeira siderúrgica brasileira. Pesquisas realizadas no Morro de Araçoiaba, Iperó, São Paulo, onde se situa o Sítio Arqueológico Histórico Afonso Sardinha, evidenciam o uso do forno catalão. Datações de fragmentos de cerâmicas, de telhas e de resquícios de fundição encontrados no local, dão conta que portugueses, espanhóis e nativos já se dedicavam a atividade siderúrgica aí por volta de 1540.
O forno catalão foi utilizado nas reduções jesuíticas de Guairá (1610-1638), no Paraná, do Tape (1626-1639), no RS e na de Itatim (1631 a 1643), no Mato Grosso do Sul(MS). O ferro provinha de minerações a céu aberto ou vinha da Europa na forma de barras.Em Itatim fundia-se também o estanho explorado na região.Os dados existentes sugerem que a siderúrgica de San Juan Bautista iniciou suasatividades 100 anos após a instalação daquela siderúrgica paulista, e entre 70 anos e 40 anosdepois da implantação das metalúrgicas do PR, MS e até mesmo de algumas outras reduçõescriadas durante o 1º Ciclo Missioneiro do RS.Os guaranis conheciam metais, pois compravam pequenas plaquetas de cobre, estanho, ouro e prata dos povos subandinos e chaquenhos11, e as usavam como adorno. Alémdisso, há registros de que utilizavam machados de cobre em rituais de antropofagia. Mas,por fatores culturais, não haviam desenvolvido a metalurgia. Dotados, no entanto, de extraordinária habilidade manual, logo oficinas, entre elas as ferrarias, se organizaram nas reduções.É provável que o Pe. Sepp dominasse as técnicas alemãs e talvez esta tenha sido umadas razões que levou o jesuíta a escrever com entusiasmo por ocasião da descoberta da natureza mineralógica da pedra formigueiro: ... regozije-se comigo como se eu tivesse escavadoum tesouro ...: foi encontrado ferro e aço.A itacura (Figura 6B) é encontrada na superfície ou poucos centímetros abaixo dela,disposta em camadas com 0,30cm a 0,50cm de espessura e significativa extensão horizontal(Figura 6), fatores que facilitaram o seu corte em blocos, a sua extração e o seu transporte.É possível que a sua distribuição, em 1700, abrangesse uma extensa área do entorno dasreduções de San Lorenzo Mártir, San Angel Custódio, San Miguel Arcángel e San JuanBautista. Esse ponto de vista é reforçado se considerarmos que a maioria dos prédios daquelas reduções foi erguida com esta rocha (Figura 6A).Segundo o Pe. Sepp, o forno siderúrgico de San Juan erguido com tijolos crus(adobe) possuía 3,0m de altura e 1,80m de largura, contendo, no centro, uma chaminé. Opadre também documentou o processo de fundição que consistia na introdução, pela chaminé, de seis porções de carvão e uma de itacuru britada, previamente aquecida para desumidificar. Acendido o fogo mantinha-se ventilação forte e regular, possivelmente com o auxílio de um fole, apesar de não ser mencionada sua existência nos relatos do religioso. Àmedida que o material era aquecido, o ferro deslocava-se para baixo enquanto as escóriasescorriam por uma abertura a elas destinada, situada acima de onde se alojava a “esponja”.Após 24 horas abria-se um orifício no forno e retirava-se a “esponja” que era martelada atéadquirir a forma desejada e, a seguir temperada, mergulhando-se o ferro incandescente na [A siderúrgica de San Juan Bautista, 2010. Pe. Antônio Clemente Sepp. Página 10]
“Algumas notas genealógicas: livro de família: Portugal, Hespanha, Flandres-Brabante, Brazil, São Paulo-Maranhão: séculos XVI-XIX” Data: 01/01/1886 Página 352
Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
A base de dados inclui ci
Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .
Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.
Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP
Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?
Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:
BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira
Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.
Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.
Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.
É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.
BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.