'Dicionário Tupi (antigo) - Português, 1987. Moacyr Ribeiro de Carvalho - 01/01/1987 Wildcard SSL Certificates
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Dicionário Tupi (antigo) - Português, 1987. Moacyr Ribeiro de Carvalho
    1987
    Atualizado em 24/10/2025 03:34:20

  
  
  


Açoiaba. Substantivo: carapuça de penas. abrigo (pano), cobertura, manto. = akang-aóba. Em tupinambá = açoiave.
AÇUB-A (Ç-). Substantitvo: amor. [Página 6]

ANH´-U-YBA. Botânica: variedade de canela ou sassafrás. [Dicionário Tupi (antigo) - Português, 1987. Moacyr Ribeiro de Carvalho. Página 27]

A-PÊ-AÇABA. Substantivo: a saída do caminho. [Página 29]

A-PYR´-AÇAB-A. Verbo transitivo: saltar ou passar por cima de (atravessando). [Página 34]

APYTER-YBU. Substantivo: a fonte do meio, a bica central. [Página 35]

ARAÇOI-ABA. Substantivo: penacho, carapuça de penas. Chapéu. [Página 36]

ATUÁ-I. Advérbio: ao ombro, às costas. O "i" é preposição locativa: em. = atuá-ape. [Página 41]

AUÇUB´-AÇABA (Ç-). Substantivo: compaixão, misericórdia, pena.
AUÇUB´-ARA (Ç-). Verbo transitivo: ter misericórdia ou pena de, ter compaixão de, ter dó de, compadecer-se de.
AUÇUB´-I-PYRA (Ç-). Adjetivo: amado.
AUÇUP-ABA. Partícula de lugar, tempo, modo, fim, meio, etc. de amar. = auçub-a.

AUÇUP-ARA. Substantivo: o que ama.
AUÇUP-ARA (-Ç): Substantivo: amigo. [Página 42]

A-UNA. Substantivo: fruto preto (maduro). [Página 44]

BEBÛI-A. Adjetivo: leve. Vão, vazio. Advérbio: de leve. Verbo intransitivo: boiar. Verbo predicativo: ser leve.
BEBU-I-T-ABA. Substantivo: bóia. [Página 47]

BO-BOK-A. Verbo intransitivo: fender-se em várias partes, rachar, rebentar. Substantivo: fendas, abertura.
BOIA. Zoologia: cobra (ofídio). Em tupinambá é "bohy".
BOK-A. Substantivo: abertura, fenda. Adjetivo: aberto, fendido, rachado. Verbo intransitivo: abrir-se, fender-se, rachar-se, rebentar-se. [Página 48]

CAGU´-AÇU. Zoologia: variedade de macaco. [Página 52]

Ç-Á-TYBA. Agrupamento do particípio "çaba" com o sufixo "tyba", dando-lhe idéia mais acentuada de: constância, continuação, frequência, hábito. Ex, xe çó-á´-tyba: lugar ao qual costumo ir. [Página 55]

ÇOROKA. Ictiologia: sarda, da família dos tunídeos. Botânica: soroca, árvore da família das moráceas, gênero Soroca.
ÇOROK-A. Verbo transitivo: rasgar, romper-se. O gerúndio é çoró-g.

ÇOROK´ABA. Substantivo: o rasgão, a ruptura.
ÇORO-ROKA. Ictiologia: sororoca, da família dos tunídios, gênero Scomberomorus.
ÇORÓ-ROK-A. Verbo intransitivo: romper-se ou rasgar-se em vários pedaços. A triplicação é de muita insidade no fato. = çoró-rok-a. [Página 59]

E-MBI-AUÇUBA (T-) Substantivo: escravo, servo. Adjetivo: amado. [Dicionário Tupi (antigo) - Português, 1987. Moacyr Ribeiro de Carvalho. Página 77]

E-MI-AUÇUB-A (T-) Substantivo: escravo, servo. Adjetivo: amada (escrava).
E-MI-MINÕ (T-) Substantivo: neto(a)s() do irmão ou da irmã ou do(a)(s) primo(a)(s). = y-mi-minõ (t-). [Dicionário Tupi (antigo) - Português, 1987. Moacyr Ribeiro de Carvalho. Página 78]

Gûará-cy: Substantivo, a mãe dos viventes, o criador da gente. Astronomia: o sol.
Gûará-çy-aba: Substantivo, os cabelos do sol, os raios do sol. O cabelo loiro. Ornitologia: o beija-flor, passarinho micropodiforme, da família dos troquídeos, o guará-cy-oba. [Página 95]

GÛARÁ-PIRANGA. Substantivo: escarpa ao longo do mar ou do rio. [Página 46]

KAÁ-GÛAÇU. Substantivo: mato, mato grosso.
KAÁ-IÇÁ. Substantivo: forte, fortificação. [Página 140]

KARAIBA. Substantivo: homem branco, estrangeiro, europeu. Francês, inglês, português (gente). No tupi primitivo significava ser ou seres mais ou menos sobrenaturais. Comparando aos estrangeiros, "karaiba" é nome respeitoso, ao contrário de aiur-uiuba ou papagaio amarelo ou dourado (que fala e é loiro). Adjetivo: feiticeiro. Batizado, bento, cristão, divino, sagrado. Em tupinambá é karaibe. [Página 145]

Kûa-kub-a - Verbo transitivo: encobrir, esconder, ocultar. Calar, ocultar, dissimular. [Página 151]

Kûaracy endy: Substantivo, resplendor ao sol
Kûaraçu-r-uuba: substantivo, réstia de sol [Página 152]

MBI-AUÇUB-A. Substantivo irregular: escravo (a). [Página 169]

MBÓ-AÇABA. Substantivo: armadilha. [Página 170]

Mim-a (nho-) - Verbo transitivo. Na 3a. pessoa, levando pronome objetivo, ou seja a nasal "nho-" (por ser monossilábico), significa: esconder. Ex.: nha-nho-mim: nós o escondemos. [Página 175]

MO-KAB-OKA - Substantivo: fortaleza = my-atã. [Página 187]

MO-PÓ-PY-ATÃ. Substantivo (transitivo): fortaleza = my-atã. [Página 197]

MOR´-AUÇUBA. Substantivo: amor.
MOR´-AUÇUB´-ARA. Substantivo: benignidade. Adjetivo: benigno, compassivo.
MOR´-AUÇUB-E-R-EKÓ. Substantivo: compaixão.
MOR´-AUÇU-E-R-EKÓ-ÇARA. Adjetivo: compassivo, piedoso.
MOR´-AUÇU´-BORA. Adjetivo: amoroso. [Página 199]

MURU-ANGAB-A. Como verbo afirmativo: expressão de louvor, apreço, carinho, compaixão, nem sempre tradutível. Ex.: e-i-xe r-uba muru angaba: sede bons - disse o bom de meu pai. Como imperativo e permissivo equivale a um pedido. Ex.: e-ker muru angaba: dorme, peço-te. Como verbo negativo equivale a "absolutamente não". Ex.: nd´ a-i-potarmuru angab-i: absolutamente não o quero. [Página 203]

MY-ATÃ. Substantivo: fortaleza, firmeza. É nasalação de py-atã. [Página 204]

NHA-RYBO-BÕ. Substantivo: ponte.
NHA-UUMA. Substantivo irregular: barro. = yby-uuma [Dicionário Tupi (antigo) - Português, 1987. Moacyr Ribeiro de Carvalho. Página 210]

Nhe-mim-a - Adjetivo: escondido(a)(s). Verbo intransitivo-reflexivo: esconder, esconder-se [Página 214]

PÉ-AÇAB-A. Substantivo: desembarcadouro, caminho ou estrada do sertão para o mar, escoadouro. Verbo intransitivo: atravessar o caminho. [Página 238]

POR-AUÇUB-A. Substantivo: amizade, amor. Miséria. Coitado. Verbo transitivo: amar (gente), amar os outros.
POR-AUÇUB-ARA. Adjetivo: amoroso, compassivo, misericordioso.
POR-AUÇUB-E-REKÓ. Verbo transitivo: ter compaixão de, ter dó de. = auçub-ara. [Página 251]

TAIÁ. Botânica: raiz de taioba, erva da família das aráceas, gênero Manihot.
TA-I-GAÍBA. Substantivo: agilidade, fortaleza, vivacidade = ta-gaíba. Adjetivo: ágil, ardoroso, diligente, esperto, forte, presto, vivaz, vivo, serviçal. Valente. O "t" é temático. [Página 275]

T-E-MBI-AUÇUBA. Substantivo: escravo(a)(s) = mbi-auçuba. [Página 282]

U-PABA. Substantivo: lagoa, lago
UPÃ-MIRI. Substantivo: lagoa. [Página 294]

Y-APÓ. Substantivo: maré cheia. = yg-apó. [Página 300]

YBÁ-PAAR-A. Substantivo: lavoura, roça. = kó-piçaba. Verbo intransitivo: roçar.
YBY-AÇÓI-ABA (T-). Substantivo: campa, sepultura. [Página 301]

Ybyrá-i-o-açaba - Substantivo (paus cruzados): cruz

YBYRÁ-PITANGA. Botânica: pau-brasil, árvore da família das leguminosas, gênero Cesalpinea. [Página 303]

YBYTYRA. Substantivo: monte, serra, montanha. [Página 304]

Y-PANEMA. Substantivo: mar ou rio sem peixe.
Y-PÁ-NEMA. Substantivo: lagoa fedorenta. [Página 310]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (5):
14/07/1601 - Francisco Rodrigues recebeu de D. Francisco de Souza uma sesmaria de uma légua em quadra, rio Sarapui abaixo, além do morro do Araçoiaba, desde a tapera de “Ibapoara”, topônimo desconhecido
07/03/1608 - Carta de dada de terras de Diogo de Onhate que lhe deu o capitão Gaspar Conqueiro no caminho de aldeia de Tabaobi
07/11/1732 - Sesmaria concedida a Domingos Rodrigues da Fonseca Leme em Mariboboni
01/01/1758 - Balneário Piçarras*
04/10/2022 - *São Vicente, junto com Itamaracá, foi declarada capitania
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.