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Homens da Montanha: Cristãos Novos e a Ocupação do Interior Brasileiro, 2020. Daniela Tonello Levy
    2020
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


As Minas nunca foram uma Capitania hereditária, mas sim um território de disputas,composto por diferentes etnias e com espírito de pioneirismo. A fusão das raças e das culturas deu origem à cultura mineradora.

O papel dos cristãos novos nesse envolvimento inicial do ouro foi relevante, e entre eles se sobressaiu Manuel Nunes Viana, que alcançou, posteriormente, tanto prestígio que foi chamado de rei dos Emboabas, por salientar-se na luta entre portugueses e paulistas pelo controle da exploração do ouro nas minas.

Com o descobrimento do ouro, as minas atraíram numerosos indivíduos, muitos dos quaiseram recém-chegados de Portugal. A inundação de pessoas na região fez com que surgisse uma acirrada rivalidade entre os pioneiros paulistas, que se declaravam merecedores de privilégios na exploração aurífera, e os novos imigrantes. Por um lado, os paulistas tinham, como líderes, o Superintendente das Minas, Manuel da Borba Gato e o Capitão Jerônimo Pedrozo de Barros, de origem judaica, e do outro lado, defendendo os portugueses e os que vinham de outras Capitanias (Bahia, Pernambuco e Rio de Janeiro), apelidados de “emboabas”, estava outro cristão novo, Manuel Nunes Viana.5 Pela primeira vez no Brasil, cristãos novos lutavam em facções opostas. Porém, tanto Manuel Nunes Viana quanto Jerônimo Pedrozo e Borba Gato, são típicos exemplos do “Novo Homem”. Suas posições antagônicas explicam-se mais pela disputa econômica e pela construção de uma identidade ligada à pátria lusitana por parte dos novos imigrantes, em oposição à formação de uma identidade dos paulistas, que estava mais ligada à sua origem judaica.

Diversos foram os exemplos de bandeirantes paulistas, principalmente Raposo Tavares, Pedro Vaz de Barros e os irmãos Fernandes, fundadores da região de Sorocaba, que afirmavam ser o sertão do Brasil a sonhada "Terra Prometida", a Nova Canaã.

Os paulistas cristãos novos falavam o tupi, tinham escravos ameríndios e estavam àvontade no sertão. Viam a região mineira como sua propriedade, pretendiam ter na Minas e noresto do interior brasileiro, um novo lar. Em 1700, o Conselho da cidade de São Paulo enviouum requerimento ao Rei de Portugal para que as terras das Minas Gerais fossem exclusivamentedeles.6 O confronto entre Manuel Nunes Viana e Jeronimo Pedrozo teve seu ápice na porta daigreja de Caeté, quando, após a missa de domingo, os dois tomaram partes opostas em umconflito sobre uma espingarda emprestada, iniciaram uma acalorada discussão e Viana desafiouPedrozo para um duelo, que aceitou, mas depois acabou desistindo. Humilhados, os paulistasplanejaram vingança. Manuel Nunes Viana era conhecido pelo tratamento desrespeitoso com que tratava seusadversários, usando de trocadilhos cômicos, injuriosos e alcunhas ofensivas, descompondo osadversários em praça pública, que, humilhados, buscavam por vingança. Os paulistas,desdenhando de seus inimigos, toda vez que escutavam um estampido de um tiro a distância,bradavam, “lá morreu cachorro ou emboaba”.7 Com o clima de rivalidade, o pequeno entrevero,parte de um longo processo de enfrentamentos entre paulistas e forasteiros, deu início ao grandeconfronto que foi a Guerra dos Emboabas.8 [Página 3 do pdf]




  


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