Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949
1949 Atualizado em 03/11/2025 22:26:41
•
Imagens (40)
•
•
•
de Portugal, em seu coilieco, tem passado por fasesbem criticas nas quais com dificuldade tem-se mantido."
Pelo primeiro relatório de 1874, a data da fundação da SantaCasa de São Paulo 15 "muito anterior a 1731". O relatório publicado em 1876 e reeditado em 1909 recua esta data até 1680, deconformidade com o mais antigo dos livros "a sobreviver".
F. Nardy Filho em 1940, no seu histórico da Irmandade da Santa Casa da Misericórdia de Iru, encontrou raízes mais antigas, anteriores ao ano de 1600. Eis o trecho respetivo:
Não se conhece a data exata da fundação da Santa Casa da Misericórdia da cidade de São Paulo, nem os nomes de seus fundadores; mas, pela leitura dos antigos inventários e testamentos, publicação do Estado, se vê que, antes de 1600, já existia em São Paulo se vê que, em 1608, essa irmandade, além de hospital, possuía a sua igreja, a qual vinha servindo de Matriz à vila, sendo que, por esse tempo, era seu provedor Domingos Luís, o Carvoeiro.
As mais antigas Santas Casas de Misericórdia do Estado de São Paulo são, segundo cremos, a de Lorena, Itu, Bananal, Guaratinguetá, Jacareí, Taubaté, Sorocaba, Piracicaba e Campinas; isto quanto ao interior, pois já nos referimos à de Santos e à da Capital.
Nardy Filho não docúnienta a sua asserção relativa aos antigos inventários e testamentos publicados pelo Arquivo do Esfado,de modo que ficanios sem saber como está redigida e porque daíse pode inferir que a instituição tenha raízes quinhentistas.Afonso de Taunay na "História Seicentista de Vila de SãoPaulo" refere-se as atas de 1608 e 1610 e a unia afirmativa deAzevedo Marques, esta última sobre a existência da casa anteriorao ano de 1606:Quando terá sido fundada a Santa Casa de Misericórdia de São Paulo? Provavelmente na era quinhentista ainda, pois sabemos que a de Santos é quasecontemporânea dos primeiros anos de colonização, datando de 1543. Cabe-lhe a primazia em toda a Aiiiérica do Sul, de um dos mais belos característicos dasagremiaqões portiiguésas, êste constante cuidado pelas [p. 13]
fundações hospitalares tão incitado pelos exemplos daSanta Rainha D. Leonor.As primeiras referências das Atas de São Paulo aonosso grande hospital hodierno são porém seiscentistas,ao que saibamos.Diz Azevedo Marques ter visto documentos de quejá em 1606 existia a Irmandade da Misericórdia.A ata de 17 de agõsto de 1608 nos refere que aConfraria devia ter igreja além de hospital, pois atéesta ocasião, era o seu templo que servia de matriz 5vila. No têrmo de 7 de fevereiro de 1610 se nota queo provedor da Misericórdia era Domingos Luis, o Carvoeiro, o grande patriarca cuja descendência é hoje incontável.Eis o que diz a referida ata: ´Aos desasete dias do mes de setembro, diyo donies de agosto do dito ano de mil e seis seriitos e oitoanos nesta dita vila as portas da igreja da satnta misericordia que serve de matriz o portr" do coniseiho AntoMilão em presenca de mi escrivão lanisou pregaõ comteudo no termo atraz ao sair da inisa estanido muitaparte da jente presente .. ... .........A re´ferência de Azevedo Marques é a seguinte (Apontanientos históricos - 1879 -- 1." volume - pag. 92:Casa de Misericordia da cidade de Súo Paulo.É desconhecida a data de sua fundação e o nomeou os nomes de seus fundadores. Sabe-se apenas pordocumentos existentes nos arquivos que a Irmandadejá existia pelos anos de 1606 e seguintes e que uni hospital em edifício próprio ou alugado funcionava .em1670. como se evidencia pelos autos de inventários etestamentos arquivados ainda existentes no 1" carthriode órfãos.Mas alguns anos depois a Irmandade caiu em decadência e extinguiu-se o hospital pelo que durantemuitos anos a Irmandade socorria os desvalidos, fazendo-os curar em casas particulares.Dos livros existentes no arquivo da niesma irmandade consta que a 3 1 de dezembro de 17 14 propuserao vereador Izidoro Tinoco de Sá que se desse comêço [p. 14]
Revista DO InsriTUTO Histórico E Grocrárico DE S. PAULO 17Reina, entretanto, absoluto silêncio sôbre o hospital que de-veria ser, na era quinhentista e comêço da seiscentista, uma insti-tuição de grande porte para a localidade. Sua projeção, naquelareduzida e mesquinha povoação, não seria inferior à da igreja,casa do conselho e cadeia. Não é explicável:porque passaria des-percebida uma organização dêste gênero na escassa constelaçãode três ou quatro prédios públicos quase sempre em ruinas, pelaprecariedade da sua edificação. A própria casa da Câmara eracoberta de .“saper” conduzido aos feixes pelos moradores. Emum aglomerado de habitantes em que se deixava em legado umvintém e em cujos inventários eram submetidos a leilão, uma ca-misa velha, um chapéu, pedaços de couro, um tacho, um canivete,a construção hospitalar, rudimentar que fôsse, deveria ter, naquelesingelo meio social, um tal vulto que em derredor dela se passariammuitos dos principais acontecimentos daquela vida quase primi-tiva. E é preciso acentuar que isto ocorreu em relação à igreja,casa do conselho e cadeia cujos problemas, principalmente de cons-trução e reconstrução, constituiram assunto de muitas sessões daCâmara. Entretanto, as raras notícias que aparecem, nas primei-ras atas, trazem só e fortuitamente a designação de Misericórdiaou Santa Misericórdia.A mesma circunstância ocorre em relação aos primitivos in-ventários e testamentos. Nunca se lê a palavra hospital. Esta-ria a expressão Misericórdia indicando simplesmente a Confraria,ou a igreja ou o hospital?Não esclarecem, também, as atas e os testamentos se a Mi-sericórdia referida é a de São Paulo ou a de Santos. A designa-ção exata de “Casa da Misericórdia desta Villa de São Paulo?surge pela primeira vez, em 1607, no testamento de Belchiór Car-neiro, no qual a Irmandade foi aquinhoada com o legado de ummil réis.Nas atas da Câmara, correspondentes às sessões efetuadasno século XVI não há qualquer reterência a hospitais ou miseri-córdias. A primeira em que figura o vocábulo misericórdia é docomêço do século XVII — data de 1603. Narra a história deum irmão da confraria que foi prêso por não ter tirado o chapéuquando foi pedir esmolas. Não sabemos se a esmola era desti-nada à instituição de Santos ou de outra. congênere já existenteem São Paulo. Seria a solicitação feita em benefício da igreja,. do “hospital, da irmandade ou dos presos? Naquela época eracomum serem nomeados “pedidores” com direito a exercerem estaatividade, por prazo. determinado e área´ fixada, às vêzes muitoextensa, avançando até às minas, por exemplo: Seria o “pedidor”um homem do litoral, de Santos, que teria vindo do planalto noexercício da sua função? , + [p 17]
Em 1607 a Santa Casa ganhou, com o seu quinto legado testamentário, mais um mil réis. Foi o que deixou Belchior Carneiro e consta da quitação seguinte:
"É verdade que eu Domingos Luis tesoureiro da Santa Misericórdia recebi de Hilária Luiz dona viúva mulher que ficou de Belchior Carneiro mil réis em cinco varas de pano de esmola que o dito seu marido deixou a esta Casa da Misericórdia desta vila de São Paulo e por ser verdade que os recebi lhe dei esta quitação por mim assinada e roguei a Simão Borges que esta fizesse e assinasse como testemunha hoje 12 de março de 1609." [p. 24]
Sobre naturalidade e filiação de militares, cgnvém repetir,mais uma vez, que, a tal respeito, nenhuma informação se vislumbrou, até o momento de ser publicado este subsídio, quanto aotenente-coronel mineiro Francisco José da Silveira, que andou porMato Grosso e depois pela Paraíba, onde foi chefe da revoluçãode 1817, sendo condenado à morte e executado. Dêle já falei nosubsídio oitenta e no sessenta e dois.Se não fossem os nomes iguais, ou parecidos, nenhuma dificuldade apresentaria a identificação das pessoas que caem n.t campo das nossas pesquisas. Mas, em certos casos, são tantos os hoi~iiininios, ou apenas paronimos, que não deixa de ser curiosoexemplificar, como fêcho desta nota de hoje. E exemplifico coin omeu nome. Meu pai chamou-se Francisco Carlos da Silveira, eFrancisco era o nome, e Carlos da Silveira o cognorne. Batizaraninie por Carlos e fiquei, assim, com o nome truncado. Sempre entendi que dois nomes só, ou nome muito curto, não é bom, porquea cada passo se nos deparam hoinôniinos, ou quase isso. Em SilvaLeme, volunie lV, titulo "Arrudas Botelhos", página 154, há umCarlos da Silveira. Formou-se em farmácia, aqui, ern 1908, e depois residiu muitos anos em Ribeirão Preto,.onde lecionava proficientemente, (e hoje o faz nesta capital). Carlos Silveira, que melhor seria Carlos Monteiro Silveira, nascido em Angustura (AleinParaíba, Minas), a 29 de janeiro de 1882, filho do engenheiroJosé Luis Monteiro Silveira e de d. Virgínia Amélia. Elemento dedestaque na colônia sul-riograndense daqui é o comerciante senhorCarlos Silveira, penso que tambéni diplomado em direito. E aqui,meu conteniporâneo na Faculdade de Direito. foi Carlos da Silveira Martins Leão, igualmente filho do Estado sulino. No Rio deJaneiro, ao que me parece, há Carlos Baltazar da Silveira. Há dias,um dos jornais daqui trazia o nome de Carlos Roberto da Silveira,ao mesmo tempo que, no "Diário Oficial" do Estado, numa listado Departamento de Estradas de Rodagem, lia-se o nome do engenheiro Carlos da Silveira Lichtenfels. E tantos nomes iguais ouparecidos, sem nenhum esforço de procura! Imagine-se a quantidade. se houvesse, eni tal sentido, uma catalogação sistemática ...Os Moreira de Andrade, da zona extrema do leste de SãoPaulo, cujos representantes se notavam por Silveiras, Pinheiros eadjacencias, constituem exemplo tipico de família numerosa. Orecenseamento de Silveiras, de 1850, traz já um Moreira de Andrade, natural de Minas, ao qual dá o nome de José, mas que é,de fato, João Moreira de Andrade, de 34 anos, casado com LuziaFerreira de Godoy, nascida em Rezende, com 30 anos, e os filhos: [p. 56]
(...) José dos Santos contraiu matrimônio, por 1830, com Maria Francisca da Conceição, filha de Pedro Nunes (Machado?), residente no município de Tatuí, talvez no mesmo bairro do Congonhal. Nesse bairro também assistiam Francisco dos Santos Sobrinho, casado com Maria Rodrigues e são os pais de José dos Santos. Estes dados foram-me fornecidos pelo próprio professor João Lourenço Rodrigues, ainda com acréscimo da informação de que Francisco dos Santos Sobrinho nascera de Salvador dos Santos e de sua mulher Antônia da Fonseca, casal que morava para as bandas da Cangoéra (Campo Largo de Sorocaba). [Página 72]
A Fls. Requerimento que fez Braz Cubas. Deste requerimento consta que em Portugal foram dadas a Braz Cubas por Sesmarias as terras de Gerybatiba (...) [Página 228]
e que está onde chamam Jarativeaçu e que é de dentro do porto (Á margem está: Dentro do porto, com esta Sesmaria de prova, que o porto de São Vicente ficava no Rio de Santos, porque as terras de Jurubatuba ficam dentro do Rio de Santos por ele acima) pelo braço do mar dentro (..) [Página 230]
A fls. 16 vem a Sesmaria de Pedro de Góes, a qual diz assim - Martim Afonso de Souza do Conselho de El Rei nosso senhor Governador destas terras do Brasil etc. Faço saber, aos que esta minha carta virem que havendo respeito a como Pedro de Góes Fidalgo da Casa del Rei nosso Senhor serviu muito bem a Sua Alteza em estas partes e assim ficar cá nesta terra por Povoador, que será com a ajuda de Deus nosso Senhor ficar povoando eu hei por bem de lhe dar e doar as terras de Taquaraapara como será de Taperavira que estão da banda donde nasce o Sol com águas vertentes com o Rio de Geribatiba, o qual rio e terras estão defrontes da Ilha de São Vicente, onde chamam Goaçú a qual terra subirá por a serra acima até o cume e dai embeiçará ora por teum e dai virá entestar com o rio adiante, que está da banda norte e por ele abaixo até iquar por terra com o outro rio, que tem ai o oiteiro, dai tornará dentro a um pinhal, que está na banda do campo JJOBAPÉ dai virá pelo caminho, que vem de Piratinin a entestar com a serra que está sobre o mar, e dai por uma ribeira que vem pelo pé da serra, que chamam Mororé, e dai dentro ao pé da Serra de Ruiriuaî, e virá dentro por este rio a entestar com a Ilha Caramaquera, e então pelo rio de São Vicente (...) e porquanto aqui não faz declaração, onde vão entestar sobre a serra, que vem sobre o mar, entender-se-a desde a ponta de ROROROAI a uma quebra, que a serra faz por onde Francisco Pinto parte e todo al como está (...)
Flz 17 vem o Auto de posse desta terra, o qual diz assim. Saibam quantos este instrumento de posse virem, como ano de 1532, dia 15 de outubro em a Ilha de São Vicente dentro da Fortaleza por Pedro de Góes Fidalgo da Casa del Rel nosso Senhor fora apresentada a mim Escrivão ao diante nomeado uma Carta de Doação de certas terras, que o mui magnífico o Senhor Martim Afonso de Souza do Concelho del Rei nosso Senhor e Governador em todas estas terras do Brasil ao dito Pedro de Góes por virtude de um poder, que para isso lhe deu Sua Alteza, as quais terras se chamam TIQUAPARA, e a serra de Tabuybytera, que está da banda, donde nasce o sol, águas vertentes no Rio de Geribatiba (...) [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949. Páginas 232 e 233]
MASSO 15 N. 36
Sebastião Fernandes e sua mulher Maria Fernandes doarão a Braz Cubas um pedaço de terras em Jurubativa que o mesmo Braz Cubas lhes havia dado pelas terras que haviam vendido ao dito Cubas além do preço estipulado na Escritura de venda. Dizem que dão por ele deixar a Sebastião Gonçalves trabalhar mais algum tempo e ter sua Olaria nas terras de Braz Cubas. Esta Escritura por onde largaram as terras de Jurubatuba, lavrou o T.am Jacome da Motta na vila do Porto de Santos aos 15 de dezembro de 1553. [Páginas 245 e 246]
Sentença que proferiu Bras Cubaz, e abaixo dela, Auto de demarcação de terras, e tudo diz assim:
Braz Cubas Capitão, e Ouvidor com Alçada pelo Snr. Martim Afonso de Souza, Governador desta Capitania de São Vicente, terra do Brasil etc. Por esta minha carta de Sentença faço saber a todas as Justiças desta Capitania e a todas quaisquer outras, a que o caso com direito pertencer que perante mim em meu Juízo foram trazidos uns Autor sobre uma demarcação sobre umas terras entre partes Bartholomeu Gonçalves, e João Anes e Geraldo Aviz, todos moradores nesta Povoação de Santos em os quais Autor se agrava João Anes que por direito lhe pertencia um pedaço de terra nos oiteiros estão em vista desta Povoação que é junto do derradeiro Ribeiro que esta quando vão desta Povoação para São Vicente em aparelhando com a terra do dito João Anes, as quais terras estão já demarcadas, os marcos metidos por autoridade de Justiça, sendo-me assim trazidos os tais autos por ver que as partes estavam diferentes mandei acostas as cartas das dadas que todos três tinham por mã de Antonio do Valle, Escrivão da Câmara e assinadas por Antonio de Oliveira. Capm. que as tais dadas deu pelos poderes que do Snr. Governador tinha para dar, e com ter as tais cartas juntas aos autos mandei chamar o dito Capm. Antonio de Oliveira e o escrivão Antonio do Valle que as ditas cartas fez, e os marcos fez por com Ambrosio Luis, Juiz Ordinário, e o Meirinho, - mandei aos sobreditos Antonio de Oliveira, e Antonio do Valle que ambos declarassem pelos juramento dos Santos Evangelhos em que puseram a mão que bem e verdadeiramente declarassem por onde deram as ditas demarcações, e isto sem verem as ditas cartas que passadas tinham aos sobreditos, os quais foram em uma canoa com o Escrivão dos Autos, e tomar a demarcação do que ambos disseram pelo que receberam e assinaram ambos o ql. auto sendo feito e assinado por eles mandei ajuntar aos autos e os mandei vir para mim com vista que por mim em pessoa foi feita em que fui ver a dita demarcação e sendo assim tudo vem visto por mim o dito feito com o m.s. que pelos autos achei julguei por sentença como se ao diante segue visto este feito e o que para eles se mostra as cartas etc. as cartas aqui acostadas, e os mais autos, e razões de todalas partes com o mais que pelos autos achei, e as mesmas diligências que mandei fazer com Antonio de Oliveira que foi Capm. que deu as terras com Antonio do Valle que as ditas cartas fez, e visto como as ditas terras da contenda estão já demarcadas, e a posse delas dada ao dito Bartholomeu Gonçalves possua sua terra assim como está demarcada p.r. sua carta de dada e seja sem custas. A qual sentença sendo assim publicada em minha audiência o dito Bartholomeu Gonçalves a pediu para sua guarda pela qual notifico a todos os juízes, e Justiças que em tudo etc.
João Vieira Escrivão diante do Sr. Ouvidor a fez, e tirou do próprio feito, que fica em seu poder, e esta sentença deu a parte hoje 7 de junho de 1545 anos. Não faça dúvida ir sem selo por estar na Câmara da Vila de São Vicente. Braz Cubas. [p. 242 e 243]
252 REevISTA DO INsTIWTUTO FHisTÓRICO E GreoGRÁFICO DE S. PAULOtros, donde estava trasladada da propria por o Escrivam da ditta Camara queao tal tempo servia que foi aprezentada em a ditta Camara aos Officiaés dellaGonçallo Nunes Cubas e Antonio de Seabra, e Estevão da Costa e André Go-mes, e Antonio Fernandes os quais erão e forão do amo de 1549 que foi oanno: que se aprezentou a ditta carta em a ditta Camara aos 27 dias do mez deMaio do d.º anno, a qual vai trasladada de verbo a verbo bem e fielmente semcouza que duvida faça e a corri, e concertei com o Taballião abaixo assignadodonde ambos assignamos hoje 2 dias do mez de Abril de 1562 annos. VicentePires da Motta. — Concertada comigo Tam Francisco Lopes.MASSO 15 N. 1ºPRIMEIRA DOAÇÃO QUE FES BRAZ CUBAS AOS PADRES DOCARMO E INSTITUIÇÃO DA CAPELLA. -Saibão quantos -........... no anno do nascimento de N. Snr. Jezus Christona era de 1589 annos aos 31 dias do mez de Agosto da ditta era nesta Villado Porto de Santos ---..... ahy apareceu o ditto Braz Cubas, e por elle foi dittoque elle ordenava como de feito ordenou de seo proprio moto, e mera sienciaem este Juis hua Capella no Convento que adiante se fizer da ordem de N. Snra.do Carmo nesta Villa do Porto de Santos que elle ditto Braz Cubas povoou, efez de fogo morto sendo o sitio desta ditta Villa tudo matto, a qual Capellaordenou com o Padre Fr. Pedro Vianna, Commissario da Ordem de N. Senhorado Carmo nestas partes do Brazil, que a tudo esteve prezente por vertude dospoderes que a ditta lhe a sua Relligião de N. S. do Carmo deo nestas dittaspartes, os quaes são os seguintes: O Mestre Frei Simão Coelho, CommissarioGeral da Ordem de N. Snra. do Carmo nestes Reinos de Portugal etc. porbem do qual logo ahy por o ditto Braz Cubas Doador foi ditto, e pedido aoditto Padre Fr. Pedro Commissario que por sua pessoa, e em nome de toda asua relligião aceitasse hua missa quotidiana para sempre se dizer no Conventoda ditta Ordem que aqui nesta Villa de Santos se fará, a qual Missa quoti-diana não faltará para sempre, já mais, por sua Alma, e por seu Pai e Mã!e por suas obrigaçoens, declarando que o dia da Sexta feira de cada hua semanaos dittos Padres serão obrigados em conta da mesma Capella dizer Missa essedia, de Ramos de S. Matheos, excepto, digo esse dia da Paixão a que a Igrejacostuma dizer dia de Ramos de S. Matheos, excepto que nesse dia da 6ºfeiracahindo algua festa solenne, que a lgreja guarde em tal cazo se dirá da mesmafesta enão se dirá da Paixão esse dia, se não logo ao outro dia seguinte vagan-te, que cumpra a mesma obrigação da Capella por intr.º, e para saptisfaçãodesta ditta Capella elle ditto Braz Cubas deu e doa deste dia para todo sempre,convem a saber, o chão que está em N. S. da Graça, convem a saber indo destaVilla de Santos para a ermida de N. S. da Graça, passando à ponte antes dechegar a ditta ermida comesando nas primeiras laranjeiras indo pello caminho: que vai para S. Vicente até outro Ribeiro que está logo adiante indo pello d.ºCaminho toda aterra que estiver da mão direita para a banda do mar indo RevISTA DO InsTITUTO HisTÓRICO E GEOGRÁFICO DE S. PAULO 258si Atpello ditto caminho até chegar ao Ribeiro d.º será da ditta Ordem, para que .nelle fação hum Convento, e tudo o que lhes pareser conveniente a ordenaremo dº Mosteiro e asim mesmo disse o ditto Braz Cubas que elle dava licençae dá de hoje para todo sempre ao ditto Convento, e ordem de N. S. do Carmopara que nas terras que elle ditto Braz Cubas tem nesta Ilha desta Villa doPorto de Santos possa, o ditto Convento e Padres, que agora .prezedirem, e pellotempo forem, trazerem nas dittas terras 6 vaccas paridas com seéo touro, e 6creanças as quaes não serão mais que 12 cabeças afora seo touro -........ e assimmesmo declarou elle ditto Braz Cubas que por estas dittas terras poderão os— Padresítirar agua e trazella para seo Convento, e serviço, a qual agua trarãodo Ribeiro por onde elle Braz Cubas parte com os herdeiros do Mestre Bartho-lomeu, que hé a derradeira confrontação das dittas terras que elle ditto DoadorBraz Cubas dera, e doa ao ditto Convento. Disse mais elle ditto Braz Cubasque elle dava, e doava como de feito deo e doou deste dia para todo sempreao dº Convento — convem a saber — de todas as suas terras que elle tem noCampo em Beaçabe, a metade a Religião ........ declarou elle ditto Braz Cubas,e com effeito deo, e doou 12 vaccas ferradas com o ferro da Ordem de N. S.do Carmo com hum touro para principio de curral ........ e por a todo estar pre-zente o M. R. Fr. Pedro Vianna, Vigario e Comissario destas partes do Brazil deN. Sra. do Carmo por elle foi ditto que elle em nome da ditta Ordem pela authori-dade que nella tinha aceitava a ditta Capella do d.º Snr. Braz Cubas pello modo,e condiçoens declaradas, e declarou mais o d.º Padre Fr. Pedro Vianna queem nome da Relligião se obrigava em tempo de 4 annos primeiros seguintes,que começão da factura desta por diante ter nesta ditta Villa do Porto deSantos Relligiozos da ditta Ordem para effeito de fazer a ditta Ordem, eobrigação, e cumprimento desta ditta Capella, e sendo cazo que nestes dittos 4amos primeiros seguintes aqui não ouver Relligiosos declara elle ditto Padre| «que em tal caso esta escriptura de Doação não haja effeito nenhum -....... e de-clarou o ditto P. Pedro Vianna, a pedimento do d.º Doador Braz Cubas quep havendo respeito a ser elle fundador, e alicerce do ditto Convento que se faránesta ditta Villa de dar sepultura ao d.º Snr. Braz Cubas, e a todos seos her-deiros, e descendentes, na Capella-mór ao primeiro degrao do Altar-mór de-baixo da lampada -........... Testemunhas que a todo forão prezentes Antonio deProença Juiz Ordinario nesta Villa, Fernão de Siqueira, e Gaspar Gls. Cubas-...e declarou o ditto Padre que quanto o da Capella do enterramento se inten-derá, fazendo-se Igreja nova do d.º Convento por quanto na ermida de N. S.«la Graça não havia logar para isso ........... e Eu Athanazio da Motta .........que esta publica escritura de pura doação em este meu livro de Nottas tomei€ escrevi.NOTTA: A patente de Fr. Pedro Vianna, que toda foi trasladada nestaescriptura foi passada pelo M.e Fr. Simão Coelho Commissario Geral no Carmode Beja aos 28 de Novembro de 1587 e confirmada pello Vigario Geral ´de Es-panha e Portugal, Fr. Angelo de Salazar, e passada por India e Mina em Lisbôana era de 1588 aos 5 de Março. —[p. 252, 253]
Testemunhas que a todo foram presentes Antonio de Proença, Alvaro Rodrigues Piloto, e Domingos Afonso Carpinteiro, e Alcaide desta vila (...)
254 RevISTA DO InsTITUTO Histórico E: GEoGrÁFICO DES. PAULO: MASSO 15 N. 2ESCRIPTURA SEGUNDA Q. FES BRAZ CUBAS AOCONV.to DO CARMO:
Saibão quantos esta publica Escriptura virem em como no amo do nasci-mento de nosso senhor Jesus Christo de 1590 amos 20s 13 dias do mez deFevereiro da ditta era nesta Villa do Porto de Santos -....... convem a saber.O ditto Snr. Braz Cubas e o R. P. Fr. Pedro Vianna ........ os quaes disserãoque elles tinhão feito hua Escriptura publica por mim publico T.am em minhasnottas a qual fora feita nesta ditta Villa na era de 1589 aos 31 dias do mez deAgosto da d*" era ............ e q. na ditta Escripturae lle ditto Braz Cubas doavua,e dava daquelle dia para todo sempre hum sitio de chãos que estão junto de N.Snra. da Graça onde chamão a Cuba de riber.º a riber.º athe o mar, para nellefazerem Mostr.º da Ordem de N. Snra. do Carmo, e assim doara mais logardefronte do mesmo Mostr.º terra e pasto para poderem pascearem vaccas pari-deirás, leiteiras com seu touro ........ com obrigação que os Padres de N. Snra.do Carmo situados nesta Villa. de. Santos, lhe digão hua missa perpetua pelasua Alma, & do modo q. na, Escriptura está declarado --.......... o que tudo: ajus-tara elle ditto Braz Cubas, e o ditto Fr. Pedro Vianna entre si mesmo decla-rarem a ditta Escriptura feita convem a saber no articulo dous da Capella, edos Couros aonde declara que os Relligiozos serão obrigados a dizer hua Missacada dia, e se entende o ditto Braz Cubas, se saptisfaz em que não seja mais quehua missa cada semana perpetua, a qual missa quer se diga da paixão em cada hua6feira de Cada semana do Evangelho de S. João que se soe a cantar sexta feirade endoenças, e porque este dia sexta feira de endoenças não há missa privada,quer q. esta missa que se havia de dizer se diga no dia de S. Braz; e assim maisquer o d.º Braz Cubas que se lhe digão seis missas alem desta Ordinaria declarada convem a saber: Hua missa na noite do natal das 3 que se dizem em nomeda Virgem N. Sura., outra missa por dia de Pascoa da Surreição de N, Snra.,outra Missa por dia de Santo Espirito; outra missa a honra da Ascenção de N.S. Jesus Christo, outra Missa por o dia de todos os Santos outra missa por diados finados as quaes 6 missas declaradas nos dias das festas que aqui dis hésua vontade do ditto Braz Cubas, que sendo cazo que o Convento nestes diasdeclarados não haja copia de sacerdotes que em tal cazo se possão dizer outrosdias logo vacantes, e que outro sim dise o ditto Braz Cubas que quanto aoscouros que são obrigados os Padres e criadores nas dittas terras no d” BrazCubas, não sejão obrigados os dittos Relligiozos nem criadores, a mandar-lhesos couros as suas alcaçarias ... que quer fiquem de tal obrigação livres asimos dittos Padres como os Lavradores que nellas residirem, e que as dittas seismissas já declaradas se dirão para sempre cada anno; e declararão que o chãoonde se havião de fazer o ditto Mosteiro de N. Snra. do Carmo começará domarco que se pora agora com consentimento das duas partes aqui declaradasathe o outro ribeiro como na outra escriptura está declarado pelo d.º R. P. Fr.Pedro ............ foi ditto que elle aceitava todo o declarado nesta .Escriptura, ese obrigava por sua pessoa, e em nome da Santa Ordem, a comprir, o que nesta escriptura se contem e por a todo outro sim estar prezente Pedro Cubas, Moçoda Camara de El Rei Nosso Senhor, e filho do ditto Snr. Braz Cubas disse que emtodo era contente de se comprir, o contheudo nesta Escriptura, e na outra aquiddclarada, e em todo o havia por bem deste dia para todo sempre, e em fé etestemunho da verdade asim o outorgou elle Bras Cubas, e o ditto R. P. Fr.Pedro .Vianna,; e,o .ditto. Pedro Cubas ........ Testemunhas .que. a .todo. forão- prezentes´ Antonio de Proença, Alvaro Rodrigues Piloto, e Dominges: Affonso Car-pinteiro, e Alcaide desta ditta Villa todos moradores nesta ditta Villa que todosassignarão com as partes, e eu Athanazio da. Motta T.am .do publico e Judicialem esta Villa do Porto de. Santos, e seos termos, que meu livro de Nottas esta.publica Escriptura tomei e escrevy.
MASSO 15 N. 64BENS QUE SE APLICARÃO ÁÀ CAPELLA DE BRAZ CUBAS, ELEGADOS QUE SE DEVEM SEMPRE COMPRIR. ´
Consta dos autos que se annulou o testamento de Bras Cubas e que somentea terça ficou obrigada aos legados, importou o monte-mór em Rs. 1:125$270,€ couberão a terça 340$400 este valor da terça foi lançado em as terras defron-te desta Villa que partem da Ilha que está na boca de Jerubativa athé o Oiteiroque se chama Boa Vista que hé couza de tres legoas pouco. mais ou menos con-íorme a doação, as quaes forão avaliadas em 320$000. — Mais .as terras queestão na Varge do Rio de Janeiro Cid.e de S. Sebastião na parte onde chamãoa Cuba da Madre de Ds. avaliadas em 40$000,N Requereo Pedro Cubas que as terras nesta. Villa rendião pouco, e que orendimento das dittas duas porçoens de terras hera pouco, e não chegava parase comprirem todos os legados do testamento, e asim nomease, e determinaseo Juiz quaes legados .se-havião de comprir. Deferio o Juiz a este reguerimento,e Luis de Almada Monte Arroyo, Cavalieiro Fidalgo. e Juis- dos Residuos, eCapellas por sentença proferida em Santos aos 11 de Dezembro de 1603, mandou«ue os legados perpetuos que os Administradores haviam de comprir fosem osseguintes. Nos dias de finados por-se-ha hum pano preto sobre a Cova de BrasCubas com 4 vellas, hua cruz na cabeceira, e cantar-se hum responso sobre aditta sepultura. Passando o dia dos finados se dirá hua missa rezada no altarmor da Igreja da Misericordia, pelas mais desamparadas almas do purgatorio,€ pelos finados da obrigação de Braz Cubas. Outra missa todos os annos ---..-- aoArcanjo S. Miguel em seo dia havendo quem a diga, alias no seguinte pela tençãoque tinha o defundo quando a mandou dizer. Todas as 6º feiras do anno huamissa da paixão breve de S. João resada. Por estas missas, e pellas outras deS. Miguel e finados se dará a esmola de cem reis. Em cada hu anno perpetva-mente em quinta feira das Endoenças na caza da Mizericordia se porá hua toxa«que arda emquanto o senhor estiver serrado, e depois a recolherá o Administra-tor da Capella. No Rio de Janeiro acho estar aceitada hua obrigação de huamissa todos os anos pella alma do ditto Braz Cubas por dia de N. Snra. do Ó[p 254, 255]
Depois de ser publicada esta sentença e estar Pedro Cubas entregue dos bens que se lançaram a terça e Capella, requereu aos 12 de dezembro de 1603 que porquanto ele tinha feito algumas benfeitorias nas terras que nomeara a dita Capella defronte desta Villa, assim de canaviais como bananais, e outras coisas de roças, pelo que requeria a sua mercê que a conta de 20$000, que a terça lhe ficara devendo que lhe houvesse por entregue, e dado as ditas terras que são três ilhas pequenas, e parte de terra firme - saber - Jerabati-Trindade e Aniquibe (...)
MASSO 15 No. 63
Contém a medição que por requerimento do Prior do Carmo da vila de Santos como herdeiro de Pedro Cubas, e Administrador da Capella de Braz Cubas, mandou fazer o Dr. Miguel Sisne de Faria, provedor mór da Fazenda dos defuntos e ausentes, Capellas, Resíduos, e órfãos em todo o Estado do Brasil em 1633 anos.
À fls. 97v vem a certidão do Tabelião Domingos da Motta passada aos 24 de novembro de 1633 pela qual consta que citara para se medirem as terras de Jerabativa defronte da vila de Santos aos herdeiros seguintes, o Padre Agostinho Luis Superior da Companhia da Casa de São Miguel, Izabel Leitão, Dona Viúva de Diogo Rodrigues, e seus filhos Antonio Amaro Leitão, e Custódio Leitão, e Anna de Aguiar, mulher do dito Custódio, e o dito Antonio Amaro também foi citado como procurador de sua mulher que se não nomeada //
(...)Deu-se principio a medição da boca do Rio de Jarubatiba onde Francisco Nunes Cubas, sobrinho do instituidor Braz Cubas morador em Santos, e Francisco Rodrigues Velho e Manoel João Branco, moradores em São Paulo, e Antonio Amaro Leitão e Custódio Leitão todos homens antigos declararam que o primeiro marco estava no Oiteirinho e entrada do Rio de Jarubatiba a mão direita, entrando por ele acima (...)
A fls. 107 do termo do qual consta que o Juiz foi a paragem declarada na dita carta aos Pinhaes que estão na Borda do Campo nesta vila velha de Santo André, levando em sua companhia a mim tabelião (ilegível) e assistindo outro sim ai o ouvidor desta Capitania o Capitão Antonio Raposo Tavares (ilegível) deu logo o dito juramento a mim Tabelião e Pedro Morais Dantas e Paulo da Costa homens antigos e práticos, e a Pedro de Moraes de Madureira, e a João Nunes moradores nesta dita paragem para que debaixo do juramento (ilegível) e disseram todos que ele dito juiz estava era o Pinhal de que a dita carta faz menção, e assim mostraram juntamente o Caminho que os antigos moradores da dita vila de Santo André usaram para irem a Piratininga.
A fls. 106 e depois disto logo no dito dia, mês e ano acima, e atrás declarado do dito Pinhal e marco de pedra que se meteu fomos pelo caminho que vai para Piratininga não saindo das confrontações, e caminho da demarcação antiga da dita carta (ilegível) e pelo dito Caminho fomos seguindo para Piratininga em alto entre a casa de Jacques Felix, e o sítio que foi de Paulo Ribeiro do Campo no mesmo caminho antigo, que ia para Piratininga se meteu um marco de pedra...
A fls. 106 vrs. foi declarado que do dito marco ia o caminho antigo de Piratininga pela Tapera de Henrique da Cunha, e a Tapera de João Martins Barega, que ambas as Taperas estavam juntas e dai se passava (ilegível) de Tamanduhatey e dai ia o dito Caminho antigo de Piratininga pelo sítio que foi de João Anes que depois foi de Estevão Ribeiro, e dai ia o dito caminho até o onde esteve o curral a pouco tempo de Aleixo Jorge etc. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949. Páginas 256 e 257]
Abaixo da sentença vem o seguinte
Depois disto aos 18 de maio de 1546 foi o Snr. Capm. com Francisco Vieira, Meirinho, e comigo Tabelião a meter marcos entre Joanne Anes, e Mestre Bartholomeu a requerimento do dito Mestre Bartholomeu os quais se pôs em cima de um marco que já estava talado por mão de Antonio de Oliveira que foi Capm., o qual marco está em o derradeiro regato que está indo deste Porto de Santos para São Vicente e foi posto outro por cima do Outeiro em quadra direito do outro, o qual é uma pedra grande que está deitada de seu nascimento, a qual foi feita por João Vieira uma cruz e logo pelo Oitr.° acima outro marco de pedra e talado que ali talou o dito João Vieira,e fez outra cruz em cima, e logo mais acima na roça que está cortada de novo ao pé de uma árvore grande que está em pé, foi posta pelo dito João Vieira outro marco com outra cruz, e pelo mato dentro ao pé de uma Maçaranduba grande sobre uma pedra que ai está deitada, uma cruz foi posta pelo dito João Vieira, e saindo do mato em uma roça nova do dito Mestre Bartholomeu está uma pedra grande com umas pancadas de uma enxada, que também foram dadas por marco do ... de demarcação ... onde demarcou Antonio Luis sendo o Juiz e ai sobre um marco grande de pedra ao pé de umas árvores secas e por verdade assinou aqui o Snr. Capm. e eu Diogo Alvares Tabelião que isto escrevi, digo onde está uma ... umas pancadas de enxadas foi posta uma cruz por mão do Snr. Capm. Braz Cubas. Notta: Braz Cubas assinou e o termo acaba em Capm. onde deixei claro,supus pontinhos não entendi ou estava roto o papel, o nome do Tabelião está em breve quje me parece dizer Diogo e é assim, D.°. [Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte, 1949. Página 243]MASSO 22 N. 26
Saibão quantos (ilegível) que em 03.09.1571 nesta vila do Porto de Santos, Capitania de São Vicente que é capitão e governador Martim Afonso de Souza (ilegível) nas pousadas de Sebastião Freire que estão nesta dita vila, estando ele dito Bastião Freire e a sua mulher Beatriz Gonçalves (...)
MASSO 22 N. 13
Saibam quantos (ilegível) que em 03.06.1558 a. na vila de São Vicente em casas da morada de Estevão Ribeiro estando ele presente e sua mulher Magdalena Fernandes [Página 265]
MASSO 18 N. 8
Autos de uma demanda que principiou entre Braz Cubas e Rodrigo Alvares, e se concluíram depois da morte do sobreditos, seus filhos. Deles consta que Rodrigo Alvares, foi pai de Luiz Alvares, marido de Antonia Gaga. [Página 267]
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 24
ID: 13378
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 29
ID: 13382
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 30
ID: 13384
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 31
ID: 13385
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 33
ID: 13383
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 34
ID: 13386
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 51
ID: 13388
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 52
ID: 13387
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 135
ID: 13389
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 138
ID: 13390
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 223
ID: 13350
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 224
ID: 13351
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 227
ID: 13352
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 228
ID: 13353
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 229
ID: 13354
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 230
ID: 13355
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 238
ID: 13361
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 242
ID: 13363
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 243
ID: 13356
Árvore genealógica dos merovíngios francos Data: 01/05/2024 Créditos/Fonte: The Merovingians Franks
ID: 13364
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 253
ID: 13357
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 254
ID: 13376
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 255
ID: 13366
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 256
ID: 13365
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 257
ID: 13367
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 258
ID: 13362
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 261
ID: 13379
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 262
ID: 13358
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 263
ID: 13359
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 264
ID: 13360
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 265
ID: 13368
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 266
ID: 13369
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 267
ID: 13370
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 271
ID: 13372
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 272
ID: 13373
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 273
ID: 13374
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 274
ID: 13375
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 275
ID: 13371
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 361
ID: 13381
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo, vol. XLIV, 2° parte Data: 01/01/1949 Página 362
ID: 13380
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (17): 15/10/1532 - (...) quinze dias do mês de outubro, e em a ilha de São Vicente, dentro da fortaleza, por Pedro de Góes, fidalgo da casa de El-Rei Nosso Senhor, foi apresentada a mim escrivão ao diante nomeado uma carta de doação de certas terras que o muito magnífico Senhor Martim Afonso de Souza, do conselho de El Rei. Nosso Senhor, governador em todas estas terras do Brasil, deu ao dito Pedro de Góis, por virtude de um poder paa isso lhe deu Sua Alteza, as quais terras se chama Tecoapara (*) e a serra de Tapurihetera que está da banda donde nasce o sol, águas vertentes com o rio de Gerybatyba, o qual rio e terras estão defronte (...) 01/01/1543 - *Bras Cubas funda aí uma casa de misericórdia, primeiro estabelecimento do gênero criado no Brasil 07/06/1545 - Documento 18/05/1546 - Documento 27/05/1549 - Documento 31/08/1569 - Documento 03/09/1571 - Documento 04/02/1572 - “confirmando a mudança do nome de Domingos para Bartolomeu” 04/08/1584 - Documento 17/08/1588 - Sentença 20/03/1589 - Documento 31/08/1589 - Bras Cubas doa terras para o convento do Carmo 13/02/1590 - Escritura segunda que fez Braz Cubas ao Convento do Carmo, 13.03.1590, Porto de Santos 22/12/1597 - Título de Escritura 01/01/1599 - *Itu 12/12/1603 - Pedro Cubas 03/12/1633 - Terras EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.