6 de setembro de 2022, terça-feira Atualizado em 24/10/2025 02:17:59
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Piquerobi (c. 1480 — São Paulo de Piratininga, 9 de julho de 1562) foi um líder tupiniquim que lutou para expulsar os colonizadores europeus da capitania de São Vicente. Ficou conhecido por lutar na Guerra de Iguape e na Guerra de Piratininga.Foi pai de Jaguaranho e irmão do chefe Tibiriçá.EtimologiaO nome "Piquerobi" ou "Piquerowi" deriva do tupi antigo pikyroby, que significa "piquiras", uma espécie de peixe miúdo de cor verde, através da composição de pikyra (piquira) e oby (verde).Genealogia
Estudos genealógicos apontam que o Cacique Piquerobi nasceu por volta de 1480, era filho do poderoso Cacique Amyipaguana e sua mãe era NN Tibiriçá. O casal teve muitos filhos, os que entraram para a história foram Tibiriçá, Caiubi, Araraí e Piquerobi.
Diferente do que alguns autores apresentam sobre a família de Piquerobi, eles não eram do tronco Tupi e sim do tronco Macro-jê e eram chamados de tupiniquim por serem "vizinhos dos tupi", tupiniquim não é considerada uma etnia, de acordo com os estudos de Mestre Robson Miguel, Tradutor Linguístico Tupi-Guarani do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.[1]
História
À época da colonização portuguesa no Brasil, tribos de diferentes etnias viviam em São Paulo. Tibiriçá era líder do aldeamento de Inhapuambuçu, na região central de Piratininga que após a chegada dos jesuítas foi chamada de São Paulo de Piratininga, já Caiubi era cacique da aldeia de Jerubatuba.
No início da colonização, em São Vicente, os portugueses João Ramalho e António Rodrigues, casaram-se com índias nativas, João Ramalho com Bartira, a filha de Tibiriçá e Antonio Rodrigues com uma das filhas do cacique Piquerobi que embora tivesse um genro português, discordava de Tibiriçá que se tornara cristão e permitia a fixação de bandeirantes e jesuítas na região que passaram a escravizar os índios e a interferirem nos rituais religiosos.Piquerobi era um líder indígena, conhecido como "Cacique Piqueroby, morubixaba (chefe guerreiro) da tribo Guaianá dos Hururahy", suas terras iam da antiga Vila Nossa Senhora da Penha de França até a região que foi nomeada pelos jesuítas de São Miguel dos Ururaí (São Miguel Paulista), na zona leste de São Paulo,[2] atravessando o antigo Cangaíva (Cangaíba) e Jaguaporeruba (Ermelino Matarazzo).Em 1534, Piquerobi se uniu aos espanhóis, junto com alguns portugueses, para atacar a Vila de São Vicente, saqueando e destruindo, na tentativa de expulsar os colonizadores, no conflito que durou dois anos e ficou conhecido como Guerra de Iguape.[3] Anos mais tarde, o cacique se uniu aos Carijó e aos Guaru para atacar o aldeamento de Tibiriçá, mas seu irmão ficou sabendo do ataque dias antes e conseguiu se preparar para a ofensiva, na primeira guerra entre índios e portugueses no planalto paulista, a Guerra de Piratininga.[4]Tibiriçá saiu vitorioso com o apoio dos portugueses, assassinando seu irmão Piquerobi e o sobrinho Jaguaranho, em julho de 1562.[5][6]Muitos conflitos ocorreram, em diferentes regiões do país, invadindo as terras indígenas e exterminando diversas tribos. Em São Paulo, em fins do século XVIII e meados do século XIX já eram raros os vestígios indígenas, permanecendo, no entanto, muitos nomes que nos apontam as características primitivas das regiões que foram transformadas em sítios e chácaras até os loteamentos urbanos, à época da industrialização, no século XX.HomenagemAdriana Lopes, historiadora dos bairros da zona leste de São Paulo, após pesquisar a contribuição dos povos indígenas na região e a tentativa de defesa das terras do aldeamento Ururaí pelos Guaianá, comandados por Piquerobi, traído e assassinado pelo irmão Tibiriçá que por se aliar aos portugueses está enterrado junto aos jesuítas na Catedral da Sé[7] e foi pintado com traços europeus, excluindo as características das tribos primitivas brasileiras, buscou conhecer as características desses povos que não tem por costume serem retratados, desejando dar-lhe um rosto com traços brasileiros mais fidedignos, referência para futuros estudos.[8]O Artista plástico, Alex King, sob a orientação do Mestre Robson Miguel, após alguns esboços, criou um rosto para o Cacique Piquerobi para homenagear a resistência dos povos indígenas na região de São Paulo, presenteando a historiadora no lançamento da Bandeira do Cangaíba, em fevereiro de 2020.[9] [https://pt.wikipedia.org/wiki/Piquerobi_(cacique)]
Desde a vinda de Pedro Álvares Cabral, a Coroa Portuguesa se preocupou em colonizar o Brasil, mas somente 30 anos depois teve início efetivamente a conquista territorial, com a implantação das capitanias hereditárias. A partir de 1549, quando é determinada a vinda de um governador geral, diretamente subordinado ao rei de Portugal, finalmente o Brasil começa a ser povoado de modo mais sistemático. E assim vieram os primeiros jesuítas, chefiados pelo Padre Manoel de Nóbrega, como missionários para catequizar os indígenas e trazer a palavra da Igreja para os portugueses residentes na colônia. Em homenagem aos 450 anos de fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, que marcou o início da grande metrópole de São Paulo, apresentamos a biografia dos participantes desse fato histórico.TIBIRIÇÁNasceu na Aldeia dos Piratiningas (hoje Santo André) e faleceu em São Paulo, em 15-12-1562.
Teberyça, na língua tupi é Maioral ou Vigilância da Terra. Cacique da tribo dos índios guaianases, era irmão dos caciques Caiubi, Piquerobi e Araraí. Convertido ao catolicismo e batizado pelo Padre Leonardo Nunes, com a colaboração do Irmão José de Anchieta, adotou o nome de Martim Afonso Tibiriçá, em homenagem ao fundador da vila de São Vicente, de quem era dedicado amigo. Era o chefe de enorme parte da nação indígena estabelecida nos campos de Piratininga, com sede na aldeia de Inhapuambuçu. Sua filha M´bicy, também conhecida como Bartira, casou-se com João Ramalho.
Tibiriçá colaborou na fundação da Aldeia de Piratininga, em 19/8/1553, e com o Colégio dos Jesuítas, em 25/1/1554, estabelecendo-se no local onde se ergue hoje o Mosteiro de São Bento. Participou eficazmente da defesa da vila, que, em 9/7/1562, foi atacada pelos índios tupis, guaianás e carijós, chefiados por seu sobrinho Jagoanharo, era filho de Araraí, que havia, pouco antes, como emissário dos tamoios, conversado para que reconsiderasse sua posição a favor dos portugueses e se aliasse aos seus irmãos indígenas. Tibiriçá, no confessionário, contou o fato a Anchieta, e este levou a informação aos chefes portugueses.No combate que se seguiu, matou o sobrinho com uma espada, quando este vacilou em matá-lo no entrevero. Faleceu a 25/12/1562, depois de longa enfermidade que se complicou após o ataque a São Paulo. Seu corpo foi sepultado na igreja dos Jesuítas e o funeral revestido de toda a pompa compatível com os recursos daquela época.Em carta escrita em 16/4/1563, o Irmão José de Anchieta assim se expressou: "Foi enterrado em nossa igreja com muita honra, acompanhando-o todos os cristãos portugueses com a cera de sua confraria. Ficou toda a Capitania com grande sentimento de sua morte pela falta que sentem, porque este era o que sustentava todos os outros, conhecendo-se-lhes muito obrigados pelo trabalho que tomou de defender a terra, mais que todos creio que lhe devemos nós os da companhia e por isso determinou dar-lhe em conta não só de benfeitor, mas ainda de fundador e conservador da Casa de Piratininga e de nossas vidas. Fez testamento e faleceu com grandes sinais de piedade e de fé, recomendando a sua mulher e filhos que não deixassem de honrar sempre a verdadeira religião que abraçaram."Seus restos mortais repousam hoje na cripta da Catedral Metropolitana de São Paulo, na praça da Sé. Em sua homenagem, a rodovia estadual SP-031, ligando Ribeirão Pires a Suzano, foi denominada Índio Tibiriçá. [São Paulo 450 anos - OS FUNDADORES. Antônio Sérgio Ribeiro. Site da Assembléia Legislativa de São Paulo, consultado em 06.09.2022]
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII Data: 01/01/2013 Créditos/Fonte: SCHUNK, Rafael Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013. (Coleção PROPG Digital - UNESP). ISBN 9788579834301 página 181
ID: 5979
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (1): 01/01/1480 - *Provável nascimento do cacique Piqueroby de Ururay EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.