6 de setembro de 2022, terça-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Piquerobi (c. 1480 — São Paulo de Piratininga, 9 de julho de 1562) foi um líder tupiniquim que lutou para expulsar os colonizadores europeus da capitania de São Vicente. Ficou conhecido por lutar na Guerra de Iguape e na Guerra de Piratininga.Foi pai de Jaguaranho e irmão do chefe Tibiriçá.EtimologiaO nome "Piquerobi" ou "Piquerowi" deriva do tupi antigo pikyroby, que significa "piquiras", uma espécie de peixe miúdo de cor verde, através da composição de pikyra (piquira) e oby (verde).Genealogia
Estudos genealógicos apontam que o Cacique Piquerobi nasceu por volta de 1480, era filho do poderoso Cacique Amyipaguana e sua mãe era NN Tibiriçá. O casal teve muitos filhos, os que entraram para a história foram Tibiriçá, Caiubi, Araraí e Piquerobi.
Diferente do que alguns autores apresentam sobre a família de Piquerobi, eles não eram do tronco Tupi e sim do tronco Macro-jê e eram chamados de tupiniquim por serem "vizinhos dos tupi", tupiniquim não é considerada uma etnia, de acordo com os estudos de Mestre Robson Miguel, Tradutor Linguístico Tupi-Guarani do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo.[1]
História
À época da colonização portuguesa no Brasil, tribos de diferentes etnias viviam em São Paulo. Tibiriçá era líder do aldeamento de Inhapuambuçu, na região central de Piratininga que após a chegada dos jesuítas foi chamada de São Paulo de Piratininga, já Caiubi era cacique da aldeia de Jerubatuba.
No início da colonização, em São Vicente, os portugueses João Ramalho e António Rodrigues, casaram-se com índias nativas, João Ramalho com Bartira, a filha de Tibiriçá e Antonio Rodrigues com uma das filhas do cacique Piquerobi que embora tivesse um genro português, discordava de Tibiriçá que se tornara cristão e permitia a fixação de bandeirantes e jesuítas na região que passaram a escravizar os índios e a interferirem nos rituais religiosos.Piquerobi era um líder indígena, conhecido como "Cacique Piqueroby, morubixaba (chefe guerreiro) da tribo Guaianá dos Hururahy", suas terras iam da antiga Vila Nossa Senhora da Penha de França até a região que foi nomeada pelos jesuítas de São Miguel dos Ururaí (São Miguel Paulista), na zona leste de São Paulo,[2] atravessando o antigo Cangaíva (Cangaíba) e Jaguaporeruba (Ermelino Matarazzo).Em 1534, Piquerobi se uniu aos espanhóis, junto com alguns portugueses, para atacar a Vila de São Vicente, saqueando e destruindo, na tentativa de expulsar os colonizadores, no conflito que durou dois anos e ficou conhecido como Guerra de Iguape.[3] Anos mais tarde, o cacique se uniu aos Carijó e aos Guaru para atacar o aldeamento de Tibiriçá, mas seu irmão ficou sabendo do ataque dias antes e conseguiu se preparar para a ofensiva, na primeira guerra entre índios e portugueses no planalto paulista, a Guerra de Piratininga.[4]Tibiriçá saiu vitorioso com o apoio dos portugueses, assassinando seu irmão Piquerobi e o sobrinho Jaguaranho, em julho de 1562.[5][6]Muitos conflitos ocorreram, em diferentes regiões do país, invadindo as terras indígenas e exterminando diversas tribos. Em São Paulo, em fins do século XVIII e meados do século XIX já eram raros os vestígios indígenas, permanecendo, no entanto, muitos nomes que nos apontam as características primitivas das regiões que foram transformadas em sítios e chácaras até os loteamentos urbanos, à época da industrialização, no século XX.HomenagemAdriana Lopes, historiadora dos bairros da zona leste de São Paulo, após pesquisar a contribuição dos povos indígenas na região e a tentativa de defesa das terras do aldeamento Ururaí pelos Guaianá, comandados por Piquerobi, traído e assassinado pelo irmão Tibiriçá que por se aliar aos portugueses está enterrado junto aos jesuítas na Catedral da Sé[7] e foi pintado com traços europeus, excluindo as características das tribos primitivas brasileiras, buscou conhecer as características desses povos que não tem por costume serem retratados, desejando dar-lhe um rosto com traços brasileiros mais fidedignos, referência para futuros estudos.[8]O Artista plástico, Alex King, sob a orientação do Mestre Robson Miguel, após alguns esboços, criou um rosto para o Cacique Piquerobi para homenagear a resistência dos povos indígenas na região de São Paulo, presenteando a historiadora no lançamento da Bandeira do Cangaíba, em fevereiro de 2020.[9] [https://pt.wikipedia.org/wiki/Piquerobi_(cacique)]
Desde a vinda de Pedro Álvares Cabral, a Coroa Portuguesa se preocupou em colonizar o Brasil, mas somente 30 anos depois teve início efetivamente a conquista territorial, com a implantação das capitanias hereditárias. A partir de 1549, quando é determinada a vinda de um governador geral, diretamente subordinado ao rei de Portugal, finalmente o Brasil começa a ser povoado de modo mais sistemático. E assim vieram os primeiros jesuítas, chefiados pelo Padre Manoel de Nóbrega, como missionários para catequizar os indígenas e trazer a palavra da Igreja para os portugueses residentes na colônia. Em homenagem aos 450 anos de fundação do Colégio de São Paulo de Piratininga, que marcou o início da grande metrópole de São Paulo, apresentamos a biografia dos participantes desse fato histórico.TIBIRIÇÁNasceu na Aldeia dos Piratiningas (hoje Santo André) e faleceu em São Paulo, em 15-12-1562.
Teberyça, na língua tupi é Maioral ou Vigilância da Terra. Cacique da tribo dos índios guaianases, era irmão dos caciques Caiubi, Piquerobi e Araraí. Convertido ao catolicismo e batizado pelo Padre Leonardo Nunes, com a colaboração do Irmão José de Anchieta, adotou o nome de Martim Afonso Tibiriçá, em homenagem ao fundador da vila de São Vicente, de quem era dedicado amigo. Era o chefe de enorme parte da nação indígena estabelecida nos campos de Piratininga, com sede na aldeia de Inhapuambuçu. Sua filha M´bicy, também conhecida como Bartira, casou-se com João Ramalho.
Tibiriçá colaborou na fundação da Aldeia de Piratininga, em 19/8/1553, e com o Colégio dos Jesuítas, em 25/1/1554, estabelecendo-se no local onde se ergue hoje o Mosteiro de São Bento. Participou eficazmente da defesa da vila, que, em 9/7/1562, foi atacada pelos índios tupis, guaianás e carijós, chefiados por seu sobrinho Jagoanharo, era filho de Araraí, que havia, pouco antes, como emissário dos tamoios, conversado para que reconsiderasse sua posição a favor dos portugueses e se aliasse aos seus irmãos indígenas. Tibiriçá, no confessionário, contou o fato a Anchieta, e este levou a informação aos chefes portugueses.No combate que se seguiu, matou o sobrinho com uma espada, quando este vacilou em matá-lo no entrevero. Faleceu a 25/12/1562, depois de longa enfermidade que se complicou após o ataque a São Paulo. Seu corpo foi sepultado na igreja dos Jesuítas e o funeral revestido de toda a pompa compatível com os recursos daquela época.Em carta escrita em 16/4/1563, o Irmão José de Anchieta assim se expressou: "Foi enterrado em nossa igreja com muita honra, acompanhando-o todos os cristãos portugueses com a cera de sua confraria. Ficou toda a Capitania com grande sentimento de sua morte pela falta que sentem, porque este era o que sustentava todos os outros, conhecendo-se-lhes muito obrigados pelo trabalho que tomou de defender a terra, mais que todos creio que lhe devemos nós os da companhia e por isso determinou dar-lhe em conta não só de benfeitor, mas ainda de fundador e conservador da Casa de Piratininga e de nossas vidas. Fez testamento e faleceu com grandes sinais de piedade e de fé, recomendando a sua mulher e filhos que não deixassem de honrar sempre a verdadeira religião que abraçaram."Seus restos mortais repousam hoje na cripta da Catedral Metropolitana de São Paulo, na praça da Sé. Em sua homenagem, a rodovia estadual SP-031, ligando Ribeirão Pires a Suzano, foi denominada Índio Tibiriçá. [São Paulo 450 anos - OS FUNDADORES. Antônio Sérgio Ribeiro. Site da Assembléia Legislativa de São Paulo, consultado em 06.09.2022]
Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII Data: 01/01/2013 Créditos/Fonte: SCHUNK, Rafael Frei Agostinho de Jesus e as tradições da imaginária colonial brasileira Séculos XVI - XVII. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2013. (Coleção PROPG Digital - UNESP). ISBN 9788579834301 página 181
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