Os lugares e os caminhos que celebram um beato: peregrinando pela Causa da canonização de José de Anchieta, 2010. Eliane Cristina Deckmann Fleck e Rafael Kasper - 01/01/2010
Os lugares e os caminhos que celebram um beato: peregrinando pela Causa da canonização de José de Anchieta, 2010. Eliane Cristina Deckmann Fleck e Rafael Kasper
2010 Atualizado em 24/10/2025 02:17:31
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43 PROJETO “Caminhos de Anchieta”. Disponível em: . Acesso em24/03/2010, p.53.44 PROJETO “Caminhos de Anchieta”. Disponível em: . Acesso em24/03/2010, p.53.45 Peruíbe recebe “Relíquia de Anchieta”. Disponível em: . Acesso em 26de março de 2010.46 Esse empenho é acompanhado de publicações que se dedicam a apresentar o missionário jesuíta como místico e servode Deus – desvinculando-o do papel desempenhado na história política colonial – tais como o “Devocionário ao PadreAnchieta”, que se propõe a “Por meio deste devocionário, [...] resgatar o papel principal e mais importante do Beato Pe.Anchieta em nosso meio, o de sacerdote de Cristo e dispensador de suas graças e favores” (CANAN, 2003, p.7). ODevocionário foi editado pela Loyola, sob o patrocínio da CANAN, a Associação Pró-canonização de Anchieta. 47 O filme foi dirigido por Paulo César Saraceni.48 ENREDO “Anchieta, José do Brasil”. Disponível em: . Acesso em 25/03/2010. 49 Com o fechamento da sede da CANAN, o vice-Postulador da causa anchietana, padre Cesár Augusto dos Santos foitransferido para a direção da Rádio Vaticano e segundo informações do próprio padre, o cargo de vice-Postuladorpermanece vago, aguardando a visita do “Padre Postulador Geral ao Brasil, em maio deste ano [2010]”. Segundoinformações do padre César, os contatos com os interessados pela causa do missionário estão a cargo do padre jesuítaNilson Maróstica, assistente do Provincial jesuíta da Província Centro-Leste, Superior da Residência do Colégio SãoLuís e Pároco da Paróquia São Luís, em São Paulo. Com isso, no momento, o cargo de vice-Postulador encontra-sevago.50 Essa Conferência buscou implantar na América Latina as resoluções do Concílio Vaticano II.51 Incluída dentro do contexto das comemorações dos 500 anos da descoberta da América pelos europeus, esperava-seque a hierarquia católica fizesse um pedido de perdão aos indígenas pelo genocídio ocorrido durante a colonização.Contudo, muitos bispos conservadores se recusaram a pedir perdão e a celebrar as missas que concretizariam o pedidode desculpas, sendo que somente os religiosos simpatizantes à “Teologia da Libertação” realizariam um pedido formalde desculpas.52 Diante dessa conjuntura, os bispos traçam o modelo de evangelização que deveria ser seguido a partir daquelemomento: a inculturação. A Igreja não mais forçaria os indígenas a adotar os valores ocidentais, mas, pelo contrário, ospróprios missionários se tornariam membros das culturas indígenas e a partir delas, mostrariam aos indígenas a presençade Deus nessas culturas.53 É importante salientar que o processo de beatificação chegou ao fim somente em 1980, pela ação do papa João PauloII, que lançou-se numa campanha de atração de mais fiéis para a Igreja católica e efetivou a beatificação sem acomprovação dos necessários milagres estabelecidos pelo Código de Direito Canônico. Alterado em 1983, o Códigoacabou introduzindo esta nova categoria de beato, não milagreiro, mas um católico respeitado pelo conjunto de suaobra.54 Vale ressaltar que enquanto tramita o processo de Anchieta, Madre Paulina e Frei Galvão (o primeiro santo brasileiro)foram canonizados em 19 de maio de 2002 e 11 de maio de 2007, respectivamente.55 Anchieta não teve nenhum milagre comprovado, mas encontramos na página eletrônica da CANAN (Comissão PróCanonização de Anchieta), alguns dos supostos milagres realizados por Anchieta. Tais milagres não foram aceitos peloVaticano e os reproduzimos aqui a título de ilustração: “Ao recitar um versículo do evangelho à orelha de um garotodesenganado chamado Jerônimo, este se cura não só da enfermidade, mas consegue livrar-se de uma ferida quecarregava de nascença. Ana Ribeiro, a mãe da criança, prestou depoimento em 1627; Nóbrega e Luís da Grã comentamsobre a devoção fervorosa de Anchieta e sua capacidade de levitar;
Em 1627, Suzana Dias, neta do cacique Tibiriçá, relata, que quando menina, ouviu os padres Manoel da Nóbrega e Luís da Grã comentarem que Anchieta era santo e que seus sonhos eram revelações. Ainda de acordo com ela, quando tinha 12 anos e estava enferma, desejou morrer consagrando sua virgindade a Deus. Anchieta, sem que ela tivesse falado sobre o assunto com ninguém, lhe recomendou, a partir de um sonho o contrário: que se casasse. Suzana Dias casou-se, tempos depois, com o Juiz Manoel Fernandes Ramos dando origem aos “Fernandes povoadores”, porque seus descendentes tornaram-se sertanistas, bandeirantes e fundadores de muitas vilas. Além de São Paulo, São Miguel, Guarulhos, Barueri e Carapicuíba, Anchietafoi, portanto, o responsável pela fundação de outras cidades, como Santa do Parnaíba, Itu e Sorocaba;
Em 1567, aoembarcar em Bertioga rumo ao Rio de Janeiro, o barco onde Anchieta estava foi abalroado por uma baleia ficandoparcialmente inundado. Em seguida, o animal ameaça bater novamente na embarcação, mas subitamente desiste e vaiembora. Para os religiosos presentes, todos foram salvos em função da capacidade de Anchieta em comunicar-se com osanimais; Em 1568, Anchieta parte para uma nova aventura: resgatar das matas para a sociedade paulista dois militaresportugueses que haviam desertado. Ao fazer a travessia em um rio tanto Anchieta como o padre Rodrigues afundamrezando. Os índios, que viajavam em companhia deles, conseguem resgatar rapidamente o padre Rodrigues. Já Anchietapermanece, de acordo com os relatos, pelo menos meia hora totalmente submerso sendo, para a surpresa de todos,resgatado com vida e absolutamente calmo; A reputação de operador de prodígios já acompanhava Anchieta, como obando de pássaros guarás que volta e meia costumavam voara sobre a canoa em que ele se achava viajando, paraprotegê-lo do sol. Relatos juramentados e assinados por vários companheiros dessas viagens dão conta de que o fatoocorrera diversas vezes, ora atravessando o canal de Bertioga, ora a baía da Guanabara. Os testemunhos acrescentam [Os lugares e os caminhos que celebram um beato: peregrinando pela Causa da canonização de José de Anchieta, 2010. Eliane Cristina Deckmann Fleck e Rafael Kasper. Página 168]
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.