27 de agosto de 2022, sábado Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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declinar. Tudo teve início quando foram criadas as novas Capitanias de São Pedro do Rio Grande do Sul (1738), a de Goiás (1748), a de Minas (1720) e a de Mato Grosso (1748). Ao serem formadas, todas consumiram territórios de São Paulo e levaram, junto, seus povoadores para engrossar as populações que nesses lugares já existiam. Então, para lá foram, não só os mineradores mas, também, pessoas das mais variadas profissões: dos funcionários da Coroa, para organizar a cobrança dos impostos, aos comerciantes e criadores, que se aproximavam das minas para realizar seus negócios, bem como pessoas de todas as profissões possíveis na época.
São Paulo ficou quase vazio de gente. Sua população ficou espalhada pelo território e sua economia enfraqueceu, até que em 1748 a própria Capitania foi anexada à do Rio de Janeiro. A população que ficou envolveu-se apenas com a própria subsistência. Os poucos que tentavam viver do comércio iam ao Rio de Janeiro buscar tecidos vindos da Europa, vendendo-os, na volta, na própria região paulista ou os negociavam em Minas. Da antiga Capitania de S. Paulo apenas saía um algodão grosseiro e açúcar, produtos que, também, eram negociados nas minas.Esta situação perdurou até quando as hostilidades com a Espanha foram retomadas e os Reis de Portugal restauraram a Capitania de S. Paulo. Para isso, em1765, assumiu o governo da Capitania Paulista, D. Luiz Antonio de Souza Botelho Mourão, com ordens expressas do Conde de Oeiras e Marques de Pombal para reativar a economia e organizar a defesa do território.O novo governador, no entanto, conhecia muito pouco da Capitania. Ao chegar ao Rio de Janeiro ficou sabendo que vivia ali o neto de um antigo sertanista e procurou obter, com ele, o máximo de informações. Pedro Paes Leme, também sertanista, neto de Fernão Dias Paes, teve com o novo governador, longas conversas, assegurando a viabilidade da ocupação do interior da Capitania de São Paulo. Planejaram novas investidas aos sertões, para os lados do Rio Iguassu (hoje Estado do Paraná) e, também, aos longínquos Campos da Vacaria, no extremo oeste brasileiro, atual Estado do Mato Grosso. Depois de empossar-se como novo governador, Dom Luiz organizou sete expedições ao Iguassu, mas foi com a criação e fundação do Forte e Presídio do Iguatemi, junto ao rio do mesmo nome, que marcou significativamente sua administração.O Iguatemi foi o primeiro forte criado no sertão avançado e visava manter vigilância sobre as entradas de soldados e colonos espanhóis que, de Assumpção no Paraguai, invadiam o território já ocupado pelos portugueses. Essa experiência foi trágica. O forte e presídio, que levava o nome de Nossa Senhora dos Prazeres e São Francisco de Paula do Iguatemi, foi desativado em 1777, depois de um ataque espanhol e dez anos depois de "engolir " a vida de milhares de paulistas.Foi para conduzir homens e víveres a essa praça militar que Dom Luiz, governador, realentou o sonho de retomar a abertura de um caminho por terra, livrando as expedições que continuavam a se dirigir ao Mato Grosso, do longo tempo e dos perigos da navegação pelo Anhembi (Tietê), acidentado ao extremo. Tentou várias vezes sem sucesso. Estava irritado com Antônio Barbosa, diretor de uma povoação nas cabeceiras do Rio Piracicava, pois o mesmo comprometera-se em abrir tal caminho, partindo daquela povoação e recebera por isso, mas não cumprira o combinado.
Então, em fevereiro de 1771, recebeu uma carta de José de Almeida Leme, capitão-mor de Sorocaba, propondo-lhe a abertura de um caminho que, saindo de Sorocaba, varava os Morros de Botucatu e ía sair junto ao Paranapanema, poupando as grandes voltas que o Anhembi (Tietê) obrigava. O capitão-mor dizia possuir antigos mapas, traçados por velhos sertanistas e que lhe serviriam de roteiro para a empreitada. Cinqüenta anos haviam se passado, desde o longínquo 1721, quando o bandeirante Bartolomeu Paes de Abreu, abrira a primeira picada a partir do Morro do Hybyticatu.
Contratou com ele o novo traçado que iria repetir os antigos caminhos dos sertanistas do século XVI e XVII, no mesmo sentido ao Paraguai, Peru mas, agora, incluíndo um objetivo mais a noroeste, buscando a colônia Penal à beira do Rio Iguatemi, hoje no Mato Grosso do Sul.
Em novembro de 1771, José de Almeida Leme anunciava a abertura do caminho ao Iguatemi, varando o Morro do Botucatu, indo sair à beira do Rio Aguapeí. Propunha, então, que se descesse esse rio até atingir o Rio Paraná, procurando chegar à Picada de Francisco Paes, já construída e que levava, em plena selva, do outro lado do rio, até o Forte do Iguatemi.
O sertão da capitania ía sendo varado. Agora esse novo caminho juntava-se às antigas picadas abertas por Bartolomeu Paes de Abreu e Luiz Pedroso de Barros, já em desuso, por essa época. O interessante desse novo traçado é que ele retomava um velho costume dos sertanistas do início daquele século: ao empreenderem a volta das incursões ao Mato Grosso e vizinhanças, o faziam através do Rio Paranapanema. Subiam-no até o Salto do Paranan-Itù, onde abandonavam suas canoas e, em marcha de sete dias, procuravam atingir as matas do Morro do Botucatu, de onde desciam para alcançar as fazendas jesuítas do Guarey e Botucatu, dali rumando para o centro da capitania. Agora fariam o caminho inverso.Ainda no governo de Dom Luiz Antonio foram projetadas cinco povoações para defesa do território, estratégicamente posicionadas nas vias de acesso ao centro da capitania. De três delas se conhece a história. Piracicaba, ou uma povoação com esse nome, já existia com diretor e localização, quando o sargento-mor Theotônio José Juzarte desce pelo Tietê levando uma das expedições ao Iguatemi. Isso em março de 1769. O plano para ela era trazê-la para trazê-la para a desembocadura do Piracicaba no Tietê, de forma a transformá-la numa fortificação soberana sobre aquele trecho do rio. Outras duas, Itapetininga e Itapeva, foram criadas pelo governador, dentro de seu plano, para guarnecerem os caminhos que davam entrada à Capitania, vindos do sul, dos campos de Curitiba. Era o caminho das tropas. Essas povoações, segundo o plano, bloqueariam também as incursões, eventuais, que progredissem, demasiadamente, pelo alto Paranapanema e rio Itapetininga. As duas foram criadas por ato do senado da Câmara de Vereadores de Sorocaba, no transcorrer da implantação do plano de defesa de Dom. Luiz.Botucatu ou uma povoação no lugar chamado Botucatu (o texto do decreto fala "... no Botucatu", podendo entender-se que o governador referia-se ao território dos Morros do Botucatu, tão apontado como referência), projetada para guarnecer o caminho do Paranapanema, do qual acabamos de falar, era outra dessas povoações de defesa. A responsabilidade de sua fundação foi entregue a Simão Barbosa Franco.Porém, restam dúvidas que tenha sido fundada por essa ocasião – 1766; além do decreto do governador a documentação silencia sobre os resultados.Todas essas iniciativas, com sucesso ou não, constituíram-se nas primeiras providências oficiais para a ocupação do sertão e resultaram num conhecimento maior do mesmo, essencial à sua conquista e desbravamento. São Paulo ainda demorou alguns decênios para sentir o surgimento do primeiro ciclo da cana-de-açúcar e ao crescimento do comércio de muares, fatores definitivos para a acumulação dos capitais, que propiciaram a retomada do crescimento da capitania.
Mapa de América del Sur desde el Ecuador hasta el Estrecho de Magallanes Data: 01/01/1607 Créditos/Fonte: Ruy Diaz de Guzman (1559-1629) pares.mcu.es/ParesBusquedas20/catalogo/ show/16777
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Mapa de América del Sur desde el Ecuador hasta el Estrecho de Magallanes Data: 01/01/1607 Créditos/Fonte: Ruy Diaz Gusman 01/01/1607
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Mapa de América del Sur desde el Ecuador hasta el Estrecho de Magallanes Data: 01/01/1607 Créditos/Fonte: Ruy Diaz de Guzman (1559-1629) 01/01/1607
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ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.