São Paulo no século XVI, Afonso d´Escragnolle Taunay (1876-1958), Correio Paulistano
28 de novembro de 1917, quarta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Em São Paulo, desde os primeiros anos, vieram numerosos espanhóis fixar-se, fenômeno muito natural se atendermos á série contínua de navegações castelhanas dirigidas do Rio da Prata, a alegria com que na pequena vila de recebiam os novos moradores, a vida livre que nela imperava e, afinal, o fato de 1580 em diante serem todos os méros súbditos do mesmo monarca.
Dentre estes espanhóis o mais celebrado é Bartholomeu Bueno da Ribeira, alcunhadoo o "Sevilhano", a São Paulo chegado com seu pai, Francisco Ramires, em 1571.
(...) Casou-se Bartholomeu Bueno com a filha de um dos homens de maior prestígio da vila: Salvador Pires; uma trineta, portanto, do maioral de Ururahy.
Personagem de tanto prestígio quanto Jorge Moreira, talvez foi Salvador Pires, português, filho de João Pires, o Gago, emigrado com Martim Afonso de Sousa, antigo morador em Santo André, "lavrador potentado que dava avultada soma de alqueires de trigo ao dízimo, além da colheira de outros frutos, todos os anos", diz Pedro Taques.
Procurador da Câmara de São Paulo em 1563 e juiz pela primeira vez em 1573, exerceu grande influência pela situação social, sendo um dos maiores possuidores de nativos da vila, localizados na sua grande fazenda de Patuahy, ás margens do Tietê.
Faleceu em 1592 e desposára em segundas núpcias Mécia Fernandes ou Mécia Ussú, bisneta de Pequeroby. Sua descendência, alargando-se em número e riqueza, e estreitamente aliado aos Taques, tornou-se rival da família dos Camargos, a quem, no século XVII, várias vezes, e pelas armas, haveria de disputar o domínio da vila.
Cidadão de menor influência, deve ter sido Domingos Luiz, alcunhado o Carvoeiro, português, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, fundador da capela da Luz e falecido em 1615. Já em 1563 o encontramos na vila piratiningana capitão dos nativos e, em 1575, procurador da Câmara. Desposara uma bisneta de João Ramalho, e, em segundas nupcias, uma européia, Branca Cabral. Por seu filhos, e sobretudo seus genros, Amador Bueno e Jusepe de Camargo, conta hoje inumerável descendência.
Citemos ainda entre os troncos de grandes famílias paulistas, e cidadãos de Piratininga, no século XVI: Antônio Bicudo Carneiro, juiz em 1577, 1579 e 1584, ouvidor da comarca de em 1585, genro de Domingos Luiz Grou, este por sua vez genro do cacique de Carapicuhyba; Antonio de Oliveira Gago, genro de Jorge Moreira; Simão Lopes, casado com Joanna Fernandes, irmã de Meclussú e portanto concunhado de Salvador Pires
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