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História do Peru: da colonização à independência (1532-1824)
    23 de julho de 2020, quinta-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


Nesta nova série de artigos, abordaremos a história de um dos países mais importantes do continente latino-americano: o Peru. Centro histórico de antigas e esplendorosas civilizações, o território peruano sempre exerceu considerável influência sobre os destinos de partes distantes da América do Sul pré-colombiana. A partir da conquista espanhola, no começo do século XVI, a região foi transformada no centro do vice-reinado do Peru, que tinha como capital a cidade de Lima.Após a independência, os acontecimentos políticos e sociais peruanos, sobretudo no que diz respeito à luta de classes, seguem repercutindo muito em todo o contexto sul-americano. Por isso, para entendermos as origens da dramática realidade atual do Peru e do subcontinente, é necessário um estudo sobre as origens das estruturas sociais que foram herdadas do passado e que marcam seu presente.Muitos séculos antes da chegada do primeiro navio europeu, a cordilheira dos Andes foi habitada por uma grande diversidade de povos. As imponentes montanhas, o clima rigoroso e a pouca quantidade de terras férteis fizeram com que, desde os primórdios, a vida fosse possível apenas nos estreitos vales que se esgueiram pela cadeia montanhosa. Para garantir a produção agrícola, os povos locais desenvolveram sistemas de irrigação e técnicas de plantio em solos montanhosos. Com o desenvolvimento das forças produtivas locais, surgiram as primeiras sociedades.Foi no território onde hoje está localizado o Peru que surgiu a primeira civilização de que se tem conhecimento nas Américas. Conhecida como Norte Chico, esse sofisticado povo se organizava em mais de 30 centros urbanos, construídos entre 3100 a.C. e 1800 a.C. Após a decadência dessa, outras civilizações desenvolvidas, como a Chavín e a Mochica, prosseguiram desenvolvendo-se sob bases similares.O apogeu da região viria com a formação do Império Inca, a partir do século XV. Surgido a partir de um pequeno grupo étnico, os Quechuas, o império rapidamente se expandiu para assumir o controle de quase toda a cordilheira andina. Por quase um século, os incas mantiveram o controle sobre uma população estimada em 12 milhões de pessoas, cuja imensa maioria era camponesa, explorada pela aristocracia por meio de um sistema de servidão conhecido como “mita”.Tão rápido quanto surgiram e conquistaram seus vizinhos, os incas terminaram eles próprios vítimas de uma rápida expansão. Mas não foi uma outra civilização que surgira nos Andes que os sucedeu. Os espanhóis, poucos anos após destruírem o Império Asteca, desembarcaram na costa do Peru em 1532. Os invasores, liderados por Francisco Pizarro, primo de Hernán Cortés, responsável pela derrota dos astecas, não tardaram a perceber como o Império Inca se encontrava enfraquecido por uma guerra civil, por doenças e o descontentamento dos povos sob seu domínio. Assim como haviam feito na região da Meso-América, atual México, os espanhóis souberam dividir os nativos e, assim como os astecas, os incas não demoraram a ser subjugados, com a captura e a execução do imperador inca Atahualpa sendo o grande marco da conquista.Após concluir a conquista, os espanhóis trataram de consolidar o domínio sobre as novas terras. A nova colônia, inicialmente batizada de Nova Castilha em 1532, mudou de nome para Vice-Reinado do Peru em 1544. Com sede em Lima, o poder colonial espanhol passou a usar a mita dos Incas como forma de exploração sistemática da população local, e a esse sistema foi acrescentada a encomienda, nome dado à concessão de determinados grupos de nativos, submetidos à servidão perpétua, a um nobre espanhol e seus descendentes. As jornadas longas e exaustivas de trabalho, somadas às doenças trazidas pelos colonizadores, dizimaram a população nativa local.Em seus domínios, os espanhóis criaram um elaborado sistema de castas, que dividia a população conforme sua origem étnica. No topo estavam os espanhóis natos, chamados de peninsulares, que ocupavam as funções administrativas mais importantes. Logo abaixo estavam os criollos, nome dado aos descendentes de espanhóis nascidos na colônia. Esses eram os donos das terras, comerciantes e funcionários de médio e baixo escalão. A seguir se encontravam os mestiços entre espanhóis e nativos, chamados de mestizos, que não tardaram a constituir maioria da população. Pouco depois dos mestiços estavam os remanescentes da antiga população indígena, enfraquecida e dispersa. Ocupando a parte mais baixa da pirâmide social estavam os escravos africanos, que, apesar de nunca terem sido muito numerosos, eram submetidos às piores condições de vida.Essa rígida divisão da sociedade colonial marcou profundamente toda a história posterior do Peru. Para os nativos e os mestizos, a vida se resumia à intensa exploração de trabalho nas fazendas e nas minas de ouro e prata, principal fonte de renda da metrópole espanhola. O único “ganho” que obtiveram dos colonizadores foi a conversão, muitas vezes à força, ao catolicismo. E assim como ocorria na própria Espanha, a inquisição estava presente nas colônias para garantir que os nativos seguissem à risca sua doutrina. A Igreja Católica desempenhou um papel fundamental em roubar desses povos a sua cultura e os laços com seu passado, etapa elementar de qualquer processo colonial.Para essas massas, desprovidas de poder político e submetidas à intensa crueldade do domínio espanhol, pouco lhes importava se esses vinham da metrópole ou se eram nascidos na colônia. Afinal, se peninsulares e criollos tinham seus desentendimentos ocasionais, ambos tinham em mente o mesmo objetivo principal: manter os povos dominados sob controle. E na região do Peru, de longe a que concentrava o maior número de indígenas em toda a América do Sul, a necessidade de mantê-los submissos garantiu uma coesão entre metrópole e elite colonial que não se viu em outras partes do Império Espanhol.Provavelmente por esse motivo o Vice-Reinado do Peru permaneceu fiel à coroa espanhola até o derradeiro instante. Ao contrário do que se viu em outras partes, como a região do rio da Prata e a Grã-Colômbia, não houve ali uma indisposição da elite local com a metrópole, mesmo quando esta se enfraqueceu enormemente durante as Guerras Napoleônicas (1798-1815). A região só seria definitivamente separada da Espanha quando Símon Bolívar e José de San Martin, os dois principais generais das elites criollas, derrotaram os espanhóis na batalha de Ayacucho, em 1824, e consolidaram a independência que haviam declarado anos antes, em 1821.



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
16/11/1532 - Captura do imperador inca Atahualpa por Francisco Pizarro
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.