A história da tradução da Bíblia para o português marca abertura da Semana de Estudos Bíblicos. Mariano Vicente Estudo de Religião Unicap, www1.unicap.br - 06/09/2017
A história da tradução da Bíblia para o português marca abertura da Semana de Estudos Bíblicos. Mariano Vicente Estudo de Religião Unicap, www1.unicap.br
6 de setembro de 2017, quarta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Os desafios da tradução da Bíblia e o histórico das edições nacionais do livro sagrado marcaram a abertura da Semana de Estudos Bíblicos na tarde desta segunda-feira (4), no auditório Dom Helder Camara. O evento, que tem programação até esta quarta-feira (6), é promovido pelo mestrado e pela graduação em Teologia da Universidade Católica de Pernambuco. Os temas foram debatidos pelo vice-reitor da Universidade Católica Portuguesa, Prof. Dr. José Tolentino; e pelo coordenador do Mestrado em Teologia da Unicap, Cláudio Vianney.Tolentino é um biblista que se tornou bastante conhecido no Brasil a partir do livro Leitura Infinita, lançado aqui na Unicap em 2015. Nas discussões de hoje, ele fez um mergulho histórico na obra de João Ferreira de Almeida, considerado o primeiro autor lusitano a traduzir a Bíblia para o português. Tolentino organizou a explanação em três partes: na primeira, fez uma introdução ao contexto que levou João a decidir por traduzir a Bíblia; na segunda, abordou a história da tradução; e na terceira, tratou dos aspectos inovadores da tradução. “Uma grande aventura de fé e grande aventura de cultura. O tradutor mostra como a Bíblia é um livro aberto”.a o pesquisador português, a Bíblia foi essencial para a construção da consciência moderna. “O movimento de secularização é o movimento de afastamento do cristianismo, do judaísmo e da tradição bíblica”. Na visão de Tolentino, é justamente essa guinada na orientação que marca a modernidade. Entre os protagonistas dessas tentativas de mudanças, Tolentino citou o filósofo holandês Baruch Espinoza, considerado o fundador do criticismo bíblico. “A partir de cidades como Amsterdam e Rotterdam, o humanismo do renascimento passou a reivindicar a renovação dos estudos da teologia, da filosofia e as esquecidas línguas do livro”. Tal renovação passa necessariamente por uma revisitação às origens da Bíblia e é o que vai contribuir para a (re)significação dos escritos. “Para ser teólogo, é preciso mergulhar nas línguas antigas, nas línguas do texto. É preciso ir na fonte”.O fato de João Ferreira de Almeida ser de uma região afastada dos grandes centros urbanos de Portugal, sem escolas ou bibliotecas, faz da obra dele uma verdadeira proeza. “Não se sabe muito sobre ele, como foi sua instrução e como ele ganhou competência linguística para traduzir a Bíblia. Há uma tradição que diz que ele era sobrinho de um eclesiástico e que esse tio teria o instruído para a tarefa que ele faria mais tarde”, explicou Tolentino, que falou sobre a hipótese de João ter sido judeu pelo fato de deixar Portugal para ir para a Holanda.Ainda jovem, João Ferreira de Almeida seguiu para as Ilhas Índias, onde iniciou os trabalhos de tradução num contexto completamente adverso. “Ele vai traduzir a Bíblia para a nossa língua pago pelos holandeses porque o português naquele tempo era o inglês de agora. Os holandeses estavam interessados numa colonização comercial. Eles não queriam fazer uma inculturação e, por isso, deixaram que o português continuasse a ser a língua das Índias Ocidentais e Orientais”.Tolentino explicou ainda que, em certo momento, a nacionalidade portuguesa representou um problema para João Ferreira porque a confraria calvinista suspeitava que ele poderia ser um espião. “Os testemunhos que temos dele é impressionante. Ele visitava doentes, depois virou catequista e pregador. Mas o grande trabalho dele foi mesmo o de traduzir para a língua portuguesa o texto bíblico. Uma tarefa imensa que ele vai abraçar como a tarefa de sua vida”.João mergulhou profundamente em pesquisas sobre as línguas gregas, hebraica e castelhana. Em 1652, na região hoje conhecida por Indonésia, nasceu a primeira tradução do Novo Testamento para língua portuguesa. Em 1681, saiu a primeira versão impressa do seu Novo Testamento. Mas o que seria uma proeza se mostrou uma grande decepção. “O livro estava cheio de gralhas e vai ser um sofrimento enorme para João Ferreira de Almeida. Ele vai emendar à mão a primeira edição”, detalhou Tolentino. João morreu em 1691, tempo suficiente para conseguir traduzir o Antigo Testamento até o livro de Ezequiel.Brasil – A palestra teve continuidade com o Prof. Dr. Cláudio Vianney, que abordou as traduções da Bíblia feitas aqui no Brasil. O estudo é fruto de uma pesquisa que teve a colaboração de vários alunos ligados ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). “A edição mais comum no Brasil, que mais exemplares tem, é justamente a de João Ferreira de Almeida. A Sociedade Bíblica do Brasil é a maior editora da Bíblia do mundo. Ela publica em diversas línguas e exporta”.
Vianney relatou várias traduções da Bíblia no Brasil. A primeira foi feita entre 1845 e 1847, sobre o Novo Testamento, no estado do Maranhão, e teve como tradutor o bispo Dom Frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré. Era português de nascimento.
A segunda foi feita pelos franciscanos da Bahia, em 1900, a partir do 1º Congresso Católico Brasileiro. Traduziu-se o Novo Testamento e do Antigo, o Livro dos Salmos e do livro de Jó.
A terceira se chama Traducção Brazileira e foi feita pelos protestantes com tradução do livro sagrado na íntegra. Começou a ser publicada em 1908 e foi terminada em 1917, com revisão de Rui Barbosa.
“Na década de 50 e 60, tivemos a Bíblia Ave Maria, a Bíblia que hoje se chama Mensagem de Deus, e a Bíblia Vozes. Nas décadas de 70 e 80, surgiram A Bíblia na Linguagem de Hoje e a Bíblia da Edição Pastoral. Na década de 90, foi a vez da Bíblia da CPB (Casa Publicadora Brasileira), a Bíblia de Aparecida e a última a Bíblia Paulinas, na qual trabalhei e o professor Tolentino também”.Música – O público da abertura da Semana de Estudos Bíblicos foi recebido por Percy Marques no violão e a cantora carioca Luciana Marinho. Eles interpretaram duas canções de Fernando Pessoa (Na Ribeira deste Rio e Entre Sono e Sonho). Atendendo ao pedido do público de ‘mais uma’, eles terminaram a apresentação ao som de Carinhoso.
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (7): 01/01/1652 - *Em 1652, na região hoje conhecida por Indonésia, nasceu a primeira tradução do Novo Testamento para língua portuguesa 01/01/1681 - *Em 1681, saiu a primeira versão impressa do seu Novo Testamento. Mas o que seria uma proeza se mostrou uma grande decepção. “O livro estava cheio de gralhas e vai ser um sofrimento enorme para João Ferreira de Almeida. Ele vai emendar à mão a primeira edição”, detalhou Tolentino. João morreu em 1691, tempo suficiente para conseguir traduzir o Antigo Testamento até o livro de Ezequiel. 01/01/1691 - *João morreu em 1691, tempo suficiente para conseguir traduzir o Antigo Testamento até o livro de Ezequiel 01/01/1845 - *Vianney relatou várias traduções da Bíblia no Brasil. A primeira foi feita entre 1845 e 1847, sobre o Novo Testamento, no estado do Maranhão, e teve como tradutor o bispo Dom Frei Joaquim de Nossa Senhora de Nazaré 01/01/1847 - *Primeira tradução do Novo Testamento para o Português a partir da Vulgata 01/01/1900 - *A segunda foi feita pelos franciscanos da Bahia, em 1900, a partir do 1º Congresso Católico Brasileiro. Traduziu-se o Novo Testamento e do Antigo, o Livro dos Salmos e do livro de Jó 01/01/1917 - *A terceira se chama Traducção Brazileira e foi feita pelos protestantes com tradução do livro sagrado na íntegra. Começou a ser publicada em 1908 e foi terminada em 1917, com revisão de Rui Barbosa EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.