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Nomes de ruas contam a história da cidade
    15 de agosto de 2011, segunda-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


Daniela Jacintodaniela.jacinto@jcruzeiro.com.brUma rua pequena, mas muito movimentada, no Jardim Zulmira, é exceção a todas as convenções geralmente empregadas para designar nomes a vias públicas. Os homenageados, em sua maioria, são pessoas que tiveram alguma posição de destaque na sociedade, como políticos, militares, médicos e professores. Mas ali naquele bairro, uma placa estampa singela homenagem a Nhá Quitéria, onde consta "mulher centenária". Ex-escrava, Nhá Quitéria integra o rol de personagens folclóricos da cidade, ao lado de Alzira Sucuri e tantos outros, mas provavelmente seja a única que conquistou um nome de rua em Sorocaba, onde sua memória é perpetuada. Pelos nomes de rua, aliás, é possível contar a história da cidade.A Vila Santana, por exemplo, concentra nomenclaturas de bandeirantes como Miguel Sutil, Paschoal Moreira Cabral e o fundador da cidade: Baltazar Fernandes. Seguindo os rumos da história, a rua Cristóvão Pereira de Abreu, no Parque das Laranjeiras, lembra um importante nome do tropeirismo, ciclo econômico e cultural que também é lembrado atualmente em diversas vias, com placas indicativas do Caminho das Tropas, apontando por onde passavam os tropeiros.

Para marcar o período da República, Sorocaba, assim como aconteceu em diversas cidades, teve tradicionais nomenclaturas de ruas substituídas por nomes de políticos e militares. Foi assim que o coronel Moreira César e o político Cesário Motta tiveram seus nomes perpetuados em muitos municípios. Por conta desse período, a Praça da Matriz mudou de nome, para Cel. Fernando Prestes. Mas algo de inusitado ocorreu com a rua da Penha: foi a primeira e única vez em que um novo nome não foi aceito pela população e "não pegou", conforme o pesquisador Adolfo Frioli. A mudança tinha sido para Floriano Peixoto, que foi o segundo presidente do Brasil.



José Rubens Incao, também pesquisador da história da cidade, completa as informações sobre a rua da Penha: "Esse nome, todos pensam que é por causa de uma capela em homenagem a Nossa Senhora da Penha, mas a rua ficou conhecida dessa forma porque ali morava um escrivão dos bandeirantes chamado De La Penha. Posteriormente é que foi erguida ali perto, na rua Francisca Ferreira Leão, a capela da Penha", esclarece.

A imigração espanhola é lembrada na cidade pelos nomes de ruas no bairro Vila Hortênsia, onde até hoje há a maior concentração de espanhóis e descendentes: Granada, Catalunha, Madri, Sevilha e Cervantes, este último nome em homenagem ao famoso escritor espanhol.

José Rubens Incao lembra que as primeiras ruas da cidade seguiram um caminho que já existia, o caminho indígena chamado Peabiru, que vinha de São Vicente, passava por Sorocaba e seguia ao Peru. Foi Baltazar Fernandes quem fez o primeiro arruamento do município, partindo da igreja de Sant"Ana (no Mosteiro de São Bento). "Mas a primeira rua aberta oficialmente é a Constantino Senger, antigamente conhecida como rua da Boa Morte, em homenagem à irmandade da Boa Morte", esclarece José Rubens.

Diversas cidades tinham nomes de ruas semelhantes, relacionados com algo que havia naquela própria localidade. Por isso todas as praças levavam o nome de Praça da Matriz (por causa da principal igreja). Próximo ao local sempre tinha uma rua Direita (por ficar situada à direita da Matriz) e outras tantas cidades possuíam a rua da Boa Morte.

Aqui em Sorocaba, a rua Leopoldo Machado era conhecida como rua da Margem, por seguir o curso do rio. A Voluntários de Sorocaba era a rua da Bica e a Ataliba Borges, a rua do Tanquinho. Não muito agradável foi a denominação da Leite Penteado, conhecida como Boca do Inferno, afinal ali eram jogados os dejetos dos presos.

Pessoas muito conhecidas acabavam naturalmente dando seu nome às ruas. "Teve uma época que a Prefeitura de Sorocaba providenciou placas com os nomes antigos das ruas e que foram colocadas embaixo do atual. Isso foi feito nas principais ruas do centro da cidade", lembra José Rubens.Vale lembrar que alguns nomes de rua não estão diretamente ligados à história da cidade, mas ajudam os bairros a serem identificados com maior facilidade. Por exemplo, se as nomenclaturas lembrarem flores, certamente a pessoa está no Jardim Simus. Lá as ruas são alamedas: das Tulipas, Azaleias, Lírios, Jasmins, Rosas. Já no Jardim Ana Maria os nomes são de pássaros, como Curió, Tico-tico, João-de-barro. No Jardim Paulistano, as ruas prestam homenagem a capitais brasileiras: Recife, Porto Alegre, Natal, Cuiabá, Vitória. No Jardim Europa, os nomes são de países daquele continente: França, Inglaterra, Alemanha, Itália. Já no bairro Júlio de Mesquita Filho, o Sorocaba 1, os homenageados são cantores: Maria Germani, Nara Leão, Lamartine Babo, Elisete Cardoso, Carmem Miranda.Entre os nomes curiosos de ruas, um bairro dedica às questões espirituais: o Jardim Santa Fé, que fica às margens da estrada do Lajeado, entre Sorocaba e Votorantim. A principal rua é a Esperança. São paralelas da Esperança: a Fé, a Caridade, a Justiça e o Amor. O lavrador José Carlos Prestes Gonçalves, 60 anos, mora na rua Esperança há 53 anos. Ele afirma que gosta do nome da rua e se identifica com essa nomenclatura, assim como a do bairro, o Jardim Santa Fé. Religioso, José Carlos se considera um homem de fé e esperança na vida. "Aqui é um lugar bom, sossegado, e nunca teve nenhum problema."



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Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.