'Conquista e Resistência dos Payayá no Sertão das Jacobinas: Tapuias, Tupi, colonos e missionários(1651-1706). Solon Natalício Araújo dos Santos - 01/01/2011 Wildcard SSL Certificates
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Conquista e Resistência dos Payayá no Sertão das Jacobinas: Tapuias, Tupi, colonos e missionários(1651-1706). Solon Natalício Araújo dos Santos
    2011
    Atualizado em 24/10/2025 02:55:23

  
  
  


bastava a eloquência dos mamelucos “que lhes representava a fartura do peixe, emariscos do mar, de que lá carecião, a liberdade de que havião de gosar, a qual nãoterião se os troxessem por guerra”116.Com o uso dessas promessas enganosas e a oferta de "algumas dadivas deroupas, e ferramentas, que davão aos principaes, e resgates, que lhes davão pelos quetinhão presos em cordas", os mamelucos desciam aldeias inteiras e ao chegarem aolitoral,“apartavão os filhos dos paes, os irmãos dos irmãos, e a molher do marido, levandohuns o capitão Mameluco, outros os soldados, outros os armadores, outros os queimpetrarão a licença, outros que lha concedeo, e todos se servião delles em suasfazendas, e alguns os vendião, e quem os comprava, pela primeira culpa, ou fugida, quefazião, os ferrava na face, dizendo que lhe custarão seu dinheiro, e erão seuscaptivos;...”117Consta que Luiz de Brito e Almeida foi o primeiro governador a fazerexpedições aos sertões, entradas cujos objetivos eram descobrir minas, combater ecapturar índios, obter mais espaço para explorar as terras com lavoura e criação de gado,expulsar contrabandistas franceses que frequentavam as paragens do rio Real e Vasabarris, onde negociavam o pau-brasil com indígenas locais118.Entre 1574 e 1575, sob as ordens do governador Luiz de Brito, houve outraexpedição em busca de metais, pedras preciosas e “negros da terra”, liderada porAntonio Dias Adorno, composta de 150 portugueses e 400 “soldados”, ou seja, índiosguerreiros, acompanhada pelo padre João Pereira e o Irmão Jorge Velho, queentrou pelorio de Contas na Capitania de Ilhéus e seguiu o seu curso, alcançando a região hojeconhecida como Chapada Diamantina, onde se pensava existir uma fabulosa “Serra dasEsmeraldas”. Desta expedição participou o mameluco Domingos Fernandes Nobre, dealcunha Tomacaúna, o mesmo que se envolveu anos mais tarde com a “Santidade deJaguaripe”119.Nesta entrada ao sertão, embora tenha achado esmeraldas e outras pedraspreciosas, Antonio Dias Adorno tinhacomo principal interesse o descimento de [Página 48]

utilizadas como pastagens naturais, sem cercas de madeira, pedra ou macambira nemoutros limites de propriedade185.Já o outro exemplo de forma alternativa de apossamento da terra eram asmalhadas, áreas de uso coletivo que serviam como local de reunião do gado parapernoite, “ferra” ou “junta” (recolhimento do gado para formar as boiadas que seriamcomercializadas). As malhadas, embora pudessem estar localizadas nas terras de algumfazendeiro, poderiam ser usadas por todos, sem permissão ou cobrança de direitos.Assim, segundo Francisco Carlos Teixeira da Silva, aos poucos os sertões foramse convertendo em um imenso pasto, onde a população conseguiu em largos trechosimpor um regime de uso comunal das terras que era bem distinto do regime de posse euso da terra apoiado pela política de concessão de sesmarias e arrendamento, que sebaseava na apropriação individual e privada da terra186.Nas palavras de Eurico Alves Boaventura, “foi o boi que provocou a descobertado sertão, assinalando os pontos cardeais [das Capitanias] com rastro do seu passovagaroso e constante”187. Segundo o historiador Capistrano de Abreu, a criação do gadovacum se desenvolveu inicialmente nas cercanias da cidade do Salvador, mas com aconquista de Sergipe, aquela se estendeu à margem direita do rio São Francisco, cujocurso foi acompanhado pelo gado. Com o afastamento do litoral, um dos caminhos dacriação de gado “passava por Pombal no Itapicuru, Jeremoabo no Vasabarris, atingindoo São Francisco acima da região encachoeirada” (provavelmente o município de PauloAfonso) e a região dos “Bons Pastos” (região do Alto Itapicuru no sul do Maranhão atéo atual Tocantins), onde se encontrava com as boiadas de Pernambuco e as vindas doPiauí e Maranhão. Outro caminho trilhado com a expansão do gado era o da passagemdas Jacobinas para Juazeiro188.A criação de gado consistiu em um fator preponderante da penetraçãocolonizadora do sertão. Segundo Antonil, “há currais no território da Bahia e dePernambuco, de duzentas, trezentas, quatrocentas, quinhentas, oitocentas e milcabeças”. Mais que isso, havia “fazendas a quem pertencem tantos currais que chegam ater seis mil, oito mil, dez mil, quinze mil e mais de vinte mil cabeças de gado, donde setiram cada ano muitas boiadas”. No entanto, deve-se observar que tais dados variavam [Página 67]

Antonio Pereira, “em 1658 e 59 conseguiam cinquenta léguas de novas sesmarias. E oscariris (provavelmente Payayá), rechaçados do morro do Chapéu para a margem direitado grande rio, cediam o lugar aos conquistadores”194.Segundo o padre jesuíta Antonil em Cultura e Opulência do Brasil, “do sertãode dentro as boiadas vão quase todas para a Bahia, por lhes ficar melhor caminho pelasJacobinas, por onde passam e descansam”195. A abundância de água em rios e fontes, afertilidade das planícies e a vegetação rala faziam do Sertão das Jacobinas um lugarpropício para a expansão da pecuária e a instalação de fazendas, posto que oestabelecimento dos currais dependia da disponibilidade de pastos e outros recursosnaturais196.Conforme o jesuíta Antonil,e porque as fazendas e os currais do gado se situam aonde há largueza de campo, eágua sempre manante de rios ou lagoas, por isso os currais da parte da Bahia estãopostos na borda do rio de São Francisco, na do rio das Velhas, na do rio das Rãs, na dorio Verde, na do rio Paramirim, na do rio Jacuipe, na do rio Ipojuca, na do rioInhambupe, na do rio Itapicuru, na do rio Real, na do rio Vasabarris, na do rio Sergipe ede outros rios, em os quais, por informação tomada de vários, que correram este sertão,estão atualmente mais de quinhentos currais, e, só na borda aquém do rio de SãoFrancisco, cento e seis197.O trabalho nas fazendas de gado do sertão, na formação da chamada civilizaçãoda pecuária era realizado por mão-de-obra livre, mas também por braço escravo deorigem africana e indígena escravizada ou administrada 198. Adquirida a terra para umafazenda, o trabalho inicial era o de acostumar o gado ao novo pasto. Como dirigentedesse estabelecimento, ao vaqueiro cabia amansar e ferrar os bezerros, curar asbicheiras, queimar os campos, extinguir os predadores, conhecer as malhadas escolhidaspelo gado para ruminar e abrir cacimbas e bebedouros199. Este trabalho baseava-se emum sistema de paga que, depois de quatro ou cinco anos de serviço, remunerava ovaqueiro com um quarto das crias de gado. Segundo os clássicos Capistrano de Abreu e [Página 69]

O capitão-mor Estevão Ribeiro Baião Parente e o sargento-mor Brás Rodrigues de Arzão com suas tropas viajaram por mar em duas embarcações que haviam sido enviadas a Santos para transportá-los. Como viajaram em embarcações diferentes e devido a algumas dificuldades, em 20 de junho de 1671, chegaram à Bahia apenas Brás Rodrigues de Arzão e sua gente.

Diante da pouca esperança que havia de o Capitão-mor Estevão R. B. Parente poder chegar a este porto a respeito do muito que havia tardado [e por ter perdido o pouco tempo] que havia para fazer a entrada da Conquista dos Bárbaros a que são sempre necessárias as aguas de que o Sertão carece em muitas partes”, [o visconde de Barbacena resolveu] “nomear por Capitão-mor da dita conquista ao dito Sargento-maior Braz Rodrigues de Arzão531.

Em 20 de julho de 1671, visando aumentar as tropas para a expedição, foram emitidas ordens de recrutamento para as Aldeias da Itapororocas, que estão nas terras de João Peixoto Viegas de que são principaes [os capitães Motto, Heterê, Cayacaya e Puveyo], todos Payayases, dos quaes uns assistem naquellas fazendas”, devendo contribuir com “quarenta Soldados ao menos, bem armados de frecharia.” Também “as Aldeias da administração do Capitãomor Gaspar Roiz, [deveriam contribuir] com trinta homens e seu principal DuarteLopes, também armados de frecharia, [sob ameaças de em caso de deserção serem, juntamente com suas mulheres e filhos, perseguidos e escravizados pelos paulistas como traidores]532.

Foi visto no primeiro capítulo os custos que o mestre de campo Antonio Guedes de Brito teve que arcar para manter as “relações de compadre” com um grupo Payayá sob sua administração, reduzindo-os em suas terras a partir do “resgate” (presente) de 500 cabeças de gado que foram mortas e comidas pelos índios.

João Peixoto Viegas, também destacando as vantagens de ser aliado dos Payayá, afirmava que ele havia descido um grupo (em 1666) para as suas terras e fazendas de Itapororocas e Jacuipe, formando uma fronteira em defesa dessas propriedades e da freguesia de Cachoeira que eram atacadas constantemente pelo “gentio bravo que descia [*Conquista e Resistência dos Payayá no Sertão das Jacobinas: Tapuias, Tupi, colonos e missionários (1651-1706), 2011. Solon Natalício Araújo dos Santos. Página 171]

Até mesmo o mestre de campo Antônio Guedes de Brito desceu, à sua custa, de suasfazendas de gado no Sertão das Jacobinas, gente branca e uma companhia de 70 “índiosmansos”545.

Por carta patente de 28 de maio de 1672, o Visconde de Barbacena nomeou oajudante Manuel de Hinojosa capitão dos Payayá e “tapuias”, pois os “Principaes dosPayayazes da Administração do Capitão-Mor Gaspar Rodrigues Adorno, que ora vão áconquista do Gentio Barbaro, com o Governador Estevão Ribeiro Bayão Parente”, orepresentaram e pediram que lhes dessem “um cabo que particularmente os governasse,e procurasse tudo que conviesse a sua conservação”. Hinojosa já havia servido àCoroaem Pernambuco e Angola como soldado, alferes, e ajudante da Conquista.Provavelmente a preferência dos Payayá e outros “tapuias” por Manuel de Hinojosacomo capitão em detrimento de Gaspar Dias Adorno, talvez decorresse do fato daqueletambém ser índio, embora tivesse vindo da Capitania de São Vicente, ou de terem secansado dos abusos e desmandos dos Adornos546.

Pesquisando as causas e motivos das divergências entre os índios “mansos”(com os seus respectivos administradores), o visconde de Barbacena mandou-lhes farda,ferramentas e outras coisas para satisfazê-los. Esta política adotada pelo governadorgeral é atestada pela portaria que determinava ao Provedor-mor distribuir entre os índiosPayayá, sob o intermédio do Capitão-mor Thomé Dias Lassos, as seguintes coisas:tres fardos de panno de linho e tres peças mais que fazem vinte e tres peças mais comduzentas e sessenta e seis varas, a estopa dos fardos 518 mochilas de panno de linho,616 facas flamengas em dois saccos, cincoenta foices de roçar, cincoenta enxadas, 200machados, 100 facões, 495 pentes em seu sacco , 4000 anzoes 2.000 pregueiros, e 2.000meio pregueiros em sua mochila547.Nesta segunda entrada, os paulistas seguiram a mesma “derrota” (roteiro,caminho) da primeira, buscando os índios Tapurucas nas Piranhas e no Orobó que lhesserviam de norte548. Do Orobó, marcharam cinqüenta léguas pelo sul, por meio dedespenhadeiros e com falta de água. Dois meses depois, em 2 de julho de 1672, [*Conquista e Resistência dos Payayá no Sertão das Jacobinas: Tapuias, Tupi, colonos e missionários (1651-1706), 2011. Solon Natalício Araújo dos Santos. Página 176]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (2):
20/06/1671 - Chegaram à Bahia apenas Brás Rodrigues de Arzão e sua gente
20/07/1671 - Em 20 de julho de 1671, visando aumentar as tropas para a expedição, foram emitidas ordens de recrutamento
EMERSON

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.