Relatório apresentado á Assembléia Geral Legislativa na segunda sessão da décima-segunda legislatura, pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Guerra, José Mariano de Matos - 01/01/1864
Relatório apresentado á Assembléia Geral Legislativa na segunda sessão da décima-segunda legislatura, pelo Ministro e Secretário de Estado dos Negócios da Guerra, José Mariano de Matos
1864 Atualizado em 25/02/2025 04:45:40
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Guilherme Schuch de Capanema
“A fábrica deixou de produzir ferro; era pois de esperar que um estabelecimento que tem um administrador e alguns vinte africanos e escravizados válidos, além de uma triste plantação de milho e feijão, que reprovo, pois antes de devia cuidar da cultura de matas, produzisse alguma coisa, pelo menos gado muar e cavalar para sustento do pessoal e transportes.
Não acontece isso, segundo a comparação do quadro de 30 de setembro do ano passado, com um que encontrei de 1851, e ele ai vai em seguida. No mapa de 1851 vem uma nota curiosa que é a declaração do aumento de seis bestas de carga mansas que foram compradas.
Vê-se que em 1851 havia 204 cabeças, e que hoje existem apenas 150. Parece que com efeito é devida essa diminuição em parte a extravios de que se fala que tiveram lugar durante a desastrosa debandada para Mato-Grosso. Em todo o caso os extravios e as trocas são provas de desleixo, ao qual se deve por cobro para o futuro.
Dos terneiros e poldros que ainda nascem, a maior parte morre de berne e bicheira, a verdade é que a Fábrica possui um único campeiro, mas dois bois que havia foram cedidos ao Barão de Antonina, e fazem hoje esse serviço moleques de 12 e 13 anos!
As vacas são pouco prolificas, tanto que durante a minha estada na fábrica nem davam leite para uso da casa, tendo para este fim o administrador algumas de sua propriedade. Os bois inutilizados o são por velhos.
Quanto á produção de animais cavalares, as condições são ainda mais desfavoráveis; ha só um pastor, e não dos melhores, e duas éguas em estado de produzir; as outras já estão estereis”. [Página 10]
Figuram no mapa 15 animais de sela; no entretanto, em quanto estive na fábrica, cavalguei animais de propriedade do administrador, e para fazer excursões maiores tive de pedir-lhe que comprasse um cavalo, que lá deixei entregue.
Quanto aos animais de carga, pode-se fazer uma ideia do que são, á vista da experiência que eu mesmo fiz; quando segui para Juquiá, a besta que levava os meus instrumentos arreou há três léguas da fábrica; foi-se ver e examinar qual a causa, e era bróca; de modo que devo ao obsequio de um fazendeiro o ter-me emprestado outra que aguentou toda a viagem.
De quatro animais de carga que vieram de Sorocaba a Santos com descanso em São Paulo, afrouxaram no caminho dois. Para os conduzir, tive de alugar um tropeiro, porque os negros da fábrica não servem para isso.
Ai nem há meios de ferrar um cavalo. Quanto á material, existiam apenas 10 cangalhas compradas recentemente; não existia selim no estabelecimento; fui obrigado a mandar comprar para as minhas excursões, e é o único que lá existe hoje. [Página 11]
O estado dos escravizados que hoje existem na fábrica não é dos mais lisonjeiros. São em número de 63, destes 27 são maiores de 60 anos, 17 menores de 12 anos, e 3 inválidos, aí vão 47 ou 74% do total inutilizados para o serviço. Africanos livres existem 15, dos quais 3 inválidos e uma de 69 anos.Temos portanto, sobre 68 escravizados e africanos, 27 capazes de serviço; neste número estão incluídos 3 meninos de 12 e 13 anos, que servem para campear gado. E o único oficial de ofício, o pedreiro, é ele aleijado de ambas as pernas.
Ocupa-se toda a gente aproveitável na roça em cultivar mantimentos para sua subsistência. É claro que a fábrica de Ypanema, com suas riquezas tão preciosas, em vez de cuidar da produção de matas durante a sua inação, para então em remoto futuro levantar de novo a cabeça com recursos que se deveriam tornar perpétuos, é hoje um triste asilo de inválidos. E, ainda mais, um adilo pouco digno do Estado, porque é lastimosa a condição dos negros, muitos dos quais já serviram a nação para cima de 60 anos.
Dá-se-lhes uma ração, que é insuficiente para o sustento de um homem robusto, e consta do seguinte:Toucinho, meia libra Feijão, dois décimo de quarta Fubá de milho, seis décimos de quarta Um boi ou novilho, tenha ele 5 ou 10 arrobas, para todos os 78, tudo isto é por semana; e note-se que o fubá é como sai do moinho com farelo, o que reduz a matéria alimentícia á menos de meia quarta; feijão não chega a um selamim. O arroz, farinha, canjica e algum fumo é coisa que só aos doentes de concede.
Quando sobra dinheiro da consignação, compra-se roupa para os escravizados; porém, parece não chegar para todos, porque alguns andam literalmente nus, cobertos com andrajos que não os protegem, nem ao menos contra o frio; parece que de longa data se dava isso, pois pela cópia de um ofício dirigido ao governo pelo atual administrador, vejo que pelo espaço de seis anos não receberam roupa esses entes, dos quais alguns trabalham para o Estado, mal nutridos e sem um real de gratificação!
Ainda não é tudo! Para esses 78 homens, mulheres e crianças, não ha um capelão, e não há um médico! Queixa-se o administrador de que a tesouraria lhe recambiara a conta de um médico chamado para tratar de alguns doentes, por não haver verba no orçamento para se salvar a vida de um homem!
Antigamente se pagava uma gratificação mensal a um médico de Sorocaba, que tinha de acudir aos chamados, e na fábrica havia enfermeiro e botica; haver-se cortado essa despesa foi falta prejudicial ao estabelecimento.
Quanto á botica, tenho a lembrar a conveniência de ser ela sortida com drogas enviadas d´aqui, porque um boticário, Rosa, de Sorocaba, excede de muito os limites do que o decoro permite levar em contas exageradas; como exemplo citarei o clorofórmio, do qual me vendeu, impuro, a onça por 8$000 rs., quando em qualquer parte da Europa custa 2$000 rs. a libra! E a fábrica hoje está sujeita á estes preços exorbitantes.
É pois, medida urgente cuidar do melhoramento do estado moral e físico de toda essa gente que representa o resíduo de 303 escravizados e africanos, cujo assentamento existe na fábrica... [Páginas 12 e 23]
Foi-me recomendado o exame da estrada que se havia projetado para um porto de embarque no rio Juquiá, afluente da ribeira do Iguape: as notícias que achei acerca desta estrada davam a distância entre Ypanema e o referido porto de nove até dezesseis léguas.
Como eu não conhecia o rumo em que ficava o porto em questão, resolvi seguir por qualquer caminho que para lá conduzisse, calcular a posição astronômica e dai deduzir a distância e a direção á fábrica.
Informei-me dos habitantes do lugar se havia meio de transitar com os meus instrumentos geodésicos, afirmaram-me que havia estrada pela qual passavam animais carregados, boiadas, etc.; além disso tive notícia que posteriormente a 1859 se havia gasto 14:000$00 rs. com ela.
Segui para o sul, e afastando apenas 1/3 de légua do meridiano de Ypanema, cheguei á Fazenda do Taboleiro é margem do rio Sarapuhy: ela já é situada sobre terreno granítico, distando em linha reta 4 3/4 de légua da fábrica, e dentro da orla da mata que acima mencionei quando indiquei a necessidade de uma estrada até ai, para abastecimento de combustível.
Continuei ainda no mesmo rumo atravessando a serra de São Francisco, que é fácil de transpor, com declive suave; ela separa a região fluvial que deságua para o Tietê daquela do rio Turvo que corre para o Paranapanema.
Atravessando esse rio até um seu afluente, o Rio Bonito, ainda avancei em direção ao sul 3 1/2 léguas, e perto de duas para leste quase todo o caminho atravessa a mata virgem, por isso não pude avaliar se todas as subidas, das quais algumas bem íngremes e as descidas opostas, podiam ser evitadas, como acontece a muitas delas.
Já uma légua, antes de chegar ao Rio Bonito, viajem pela nova estrada em terras inteiramente desabitadas, tanto que tive de arranchar ao relento. Esta estrada é uma derrubada em mato virgem, com 60 palmos de largura, bem destocada na maior parte de sua extensão; infelizmente são algumas léguas de serviço perdido, porque a direção vária a cada passo, a ponto de desandas ás vezes caminho feito; não ha motivo algum que justifique esta irregularidade, porque colinas perfeitamente rodeáveis, são atravessadas com notável afoutesa; outras, cujas faldas permitiriam ascensão com declive muito branco, sobe-se perpendicularmente ao seu espigão. Em alguns lugares busca-se uma crista, abaixo da qual se avistam á direita e esquerda as mais altas copas de árvores; do lado oposto encontra-se para descida verdadeiros despenhadeiros.
Já se vê, que além da má direção, não houve escolha alguma do mais vantajoso terreno. Do Rio Bonito avancei até a tapéra do Caetano com quase três léguas para leste e 5/6 para o sul; o caminho é sempre através de mato virgem, e os últimos 3/4 de légua já pertencendo á vertentes do Rio Verde que desaguá para o Juquiá, formam um só atoleiro, a ponto que no último quarto de légua foi preciso deixar as malas dos instrumentos e conduzir estes em costas dos negros, porque era preciso atravessar terrenos alagadiços, que se teriam evitado se a estrada acompanhasse a falda de uma montanha na margem oposta do rio. [Página 35]
Outra vantagem a favor do Juquiá é estar muito mais internado, portanto de mais difícil acesso no caso de eventualidade de guerra, do que o Cubatão. Não é sem importância a consideração de que essa estrada pode ainda servir de comunicação interna para a província do Paraná.
Na cabeceiras da ribeira de Iguape existem os depósitos de sulfuretos de chumbo e de ferro, cujas amostras eu vi em diversos lugares, e me parecem ricas; se, pelo exame das localidades a que não pude proceder, que porém devo recomendar como indispensável, essa suposição se verificar, são um recurso precioso para o fabrico de munições de guerra, e que em tempo de paz poderão fornecer valioso auxilio á industria.
Estes depósitos estão em condições que, no caso de um bloqueio, ainda seus produtos poderão ter saída pela estrada do Juquiá. Quanto á lavoura e comércio, os proveitos que lhes resultam são de grande monta.
O território de Sarapuhy está principiando agora a cultura do café, com bom resultado; tem conduzi-lo com 30 léguas até Santos, enquanto ao Juquiá o embarca com 10 léguas. Em torno de Sorocaba se deu principio á cultura de algodão, que produz perfeitamente, e tem de ser embarcado com 28 léguas de transporte terrestre, que para Juquiá reduz-se á metade.
De Tatuí vem mantimentos, inclusive galinhas, com viagem de 36 léguas para Santos: também para esse distrito ainda o caminho para Juquiá reduz-se a pouco mais da metade. Itapetininga, que é grande centro de produção de mantimentos, já ha longo tempo reclama uma comunicação com a ribeira, muitas tentativas tem sido feitas, e uma das picadas na estrada dos 14 contos, que acima descrevi. [Página 37]
Foi-me recomendado o exame da estrada que se havia projetado para um porto de embarque no rio Juquiá, afluente da ribeira do Iguape: as notícias que achei acerca desta estrada davam a distância entre Ypanema e o referido porto de nove até dezesseis léguas.
Como eu não conhecia o rumo em que ficava o porto em questão, resolvi seguir por qualquer caminho que para lá conduzisse, calcular a posição astronômica e dai deduzir a distância e a direção á fábrica.
Informei-me dos habitantes do lugar se havia meio de transitar com os meus instrumentos geodésicos, afirmaram-me que havia estrada pela qual passavam animais carregados, boiadas, etc.; além disso tive notícia que posteriormente a 1859 se havia gasto 14:000$00 rs. com ela.
Segui para o sul, e afastando apenas 1/3 de légua do meridiano de Ypanema, cheguei á Fazenda do Taboleiro é margem do rio Sarapuhy: ela já é situada sobre terreno granítico, distando em linha reta 4 3/4 de légua da fábrica, e dentro da orla da mata que acima mencionei quando indiquei a necessidade de uma estrada até ai, para abastecimento de combustível.
Continuei ainda no mesmo rumo atravessando a serra de São Francisco, que é fácil de transpor, com declive suave; ela separa a região fluvial que deságua para o Tietê daquela do rio Turvo que corre para o Paranapanema.
Atravessando esse rio até um seu afluente, o Rio Bonito, ainda avancei em direção ao sul 3 1/2 léguas, e perto de duas para leste quase todo o caminho atravessa a mata virgem, por isso não pude avaliar se todas as subidas, das quais algumas bem íngremes e as descidas opostas, podiam ser evitadas, como acontece a muitas delas.
Já uma légua, antes de chegar ao Rio Bonito, viajem pela nova estrada em terras inteiramente desabitadas, tanto que tive de arranchar ao relento. Esta estrada é uma derrubada em mato virgem, com 60 palmos de largura, bem destocada na maior parte de sua extensão; infelizmente são algumas léguas de serviço perdido, porque a direção vária a cada passo, a ponto de desandas ás vezes caminho feito; não ha motivo algum que justifique esta irregularidade, porque colinas perfeitamente rodeáveis, são atravessadas com notável afoutesa; outras, cujas faldas permitiriam ascensão com declive muito branco, sobe-se perpendicularmente ao seu espigão. Em alguns lugares busca-se uma crista, abaixo da qual se avistam á direita e esquerda as mais altas copas de árvores; do lado oposto encontra-se para descida verdadeiros despenhadeiros.
Já se vê, que além da má direção, não houve escolha alguma do mais vantajoso terreno. Do Rio Bonito avancei até a tapéra do Caetano com quase três léguas para leste e 5/6 para o sul; o caminho é sempre através de mato virgem, e os últimos 3/4 de légua já pertencendo á vertentes do Rio Verde que desaguá para o Juquiá, formam um só atoleiro, a ponto que no último quarto de légua foi preciso deixar as malas dos instrumentos e conduzir estes em costas dos negros, porque era preciso atravessar terrenos alagadiços, que se teriam evitado se a estrada acompanhasse a falda de uma montanha na margem oposta do rio. [Página 35]
Outra vantagem a favor do Juquiá é estar muito mais internado, portanto de mais difícil acesso no caso de eventualidade de guerra, do que o Cubatão. Não é sem importância a consideração de que essa estrada pode ainda servir de comunicação interna para a província do Paraná.
Na cabeceiras da ribeira de Iguape existem os depósitos de sulfuretos de chumbo e de ferro, cujas amostras eu vi em diversos lugares, e me parecem ricas; se, pelo exame das localidades a que não pude proceder, que porém devo recomendar como indispensável, essa suposição se verificar, são um recurso precioso para o fabrico de munições de guerra, e que em tempo de paz poderão fornecer valioso auxilio á industria.
Estes depósitos estão em condições que, no caso de um bloqueio, ainda seus produtos poderão ter saída pela estrada do Juquiá. Quanto á lavoura e comércio, os proveitos que lhes resultam são de grande monta.
O território de Sarapuhy está principiando agora a cultura do café, com bom resultado; tem conduzi-lo com 30 léguas até Santos, enquanto ao Juquiá o embarca com 10 léguas. Em torno de Sorocaba se deu principio á cultura de algodão, que produz perfeitamente, e tem de ser embarcado com 28 léguas de transporte terrestre, que para Juquiá reduz-se á metade.
De Tatuí vem mantimentos, inclusive galinhas, com viagem de 36 léguas para Santos: também para esse distrito ainda o caminho para Juquiá reduz-se a pouco mais da metade. Itapetininga, que é grande centro de produção de mantimentos, já ha longo tempo reclama uma comunicação com a ribeira, muitas tentativas tem sido feitas, e uma das picadas na estrada dos 14 contos, que acima descrevi. [Página 37]
[28606] Mesmo após a colonização, as tradições das ceramistas Tupi persistem por mais de 500 anos em São Paulo, indica novo estudo. Por Juca, em arqueologiaeprehistoria.com 19/01/2020
Primeiro Congresso Nacional de História Nacional Data: 01/01/1915 Página 367(mapa(.284.(.283.(.282.
ID: 11231
Anthony Knivet em Sorocaba Data: 01/01/1915 Créditos/Fonte: Primeiro Congresso de História Nacional: Explorações Geográficas, Arqueológicas e Etnográficas Página 381
ID: 5725
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (2): 01/01/1636 - *Carta de Manuel Juan Morales ao rei Filipe IV (1605- 1665), “O Grande” 01/01/1859 - *Caminho EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.