A viagem do corsário inglês Anthony Knivet ao mar do sul e sua passagem pelo vale do rio Paraíba, Giovanna Louise Nunes
2013 Atualizado em 24/10/2025 21:21:51
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pelo pai a fazer o caminho dos Guaianases, que ia de Angra dosReis a Cananéia (do Rio de Janeiro à região de São Paulo), com ointuito de apresamento de indígenas e reconhecimento local e deseu gentio. Nesse momento, o objetivo era retornar à Ilha Grande,onde estavam fixados, e após o contato com os Puris próximo àMantiqueira, quarenta dias depois de dobrar o rio Paraíba, retornouà Ilha Grande.No inventário mencionado de Sá, já é sem tempo relatada aescassez de indígenas, mesmo aqueles que eram ligados aocomércio escravo, chegando a vender seus filhos e mulheres.Quando Knivet seguia viagem verificava que a disponibilidade deescravos cativos diminuía, por isso a incursão ao interior do territórioda colônia.Na entrada de 14 de outubro de 1597, com a bandeira emregra, seguiram juntamente a Sá e Knivet, o também inglêsHenrique Banaway, além de um capelão, muitos moradores ecolonos do Rio de Janeiro. Knivet comenta que, partindo de Paratipara o sertão, a oeste verificava um grande número de canoas anavegar entre as ilhas e a terra firme, o que leva a crer em umcomércio entre os moradores do Rio de Janeiro e as cidades dolitoral norte paulista e o vale do rio Paraíba.3 RIO PARAÍBA COMO TRAJETO NOS RELATOS DE KNIVETO rio Paraíba está localizado entre as serras do Mar e daMantiqueira, no corredor chamado vale do rio Paraíba. Por suaposição de destaque, serviu de rota para muitas incursões aoterritório, sendo utilizado por muitos aventureiros desde 1560 para anavegação rumo ao sertão, onde haveria rumores da presença deouro.Embora as datas sejam ainda imprecisas, podemos destacaralgumas incursões como a comandada por Brás Cubas em 1561.Há dúvidas quanto ao seu local de saída, se seria de Santos ou SãoPaulo, mas sua rota segue passando por Mogi das Cruzes, emseguida descendo pelo rio Paraíba até a paragem de Cachoeira,onde encontrou o caminho que atravessava a serra da Mantiqueira,rumo ao sertão dos Cataguás. A entrada funcionava como parte naguerra e caça ao indígena e interesses da coroa na possíveldescoberta de metais (LIMA, 2011, p. 56).Já na década de 1580, depois de muitas incursõesconhecidas ou não, a “conquista” da região do vale foi finalizada,mas isso não significa que a exploração da região tinha chegado ao fim, como apontado por Santos (2011):Uma vez amenizado o problema dos ataques inimigos, buscou-seconhecer cada vez mais as potencialidades naturais do local visitadoe de suas redondezas. Talvez por isso que se ainda mantinham emalta as incursões (LIMA, 2011, p. 57).
E com isso, passam pela região outras entradas com o intuitode verificar se procediam os rumores de haverem sido encontradosmetais nos sertões dos Cataguás, como a de 1596, com JoãoPereira de Sousa Botafogo. No ano seguinte, em 1597, o corsárioinglês Anthony Knivet e Martim de Sá também percorreram a regiãoaté o sertão. Essa entrada perdurou mais tempo, enquanto asanteriores com a participação de Knivet funcionavam como umaespécie de prospecção da região.
É interessante ressaltar que por conflitos de datas e depossíveis entradas, poucos fatos foram afirmados. Como citadoanteriormente, ao decidirmos tratar da viagem de Knivet ao vale dorio Paraíba, levamos em consideração os dados que chegaram aténossos dias para a orientação geográfica do período e o relato deviagem como instrumento de governabilidade, neste caso, servindoà Inglaterra.Retomando o rio Paraíba e sua utilização durante a entrada eocupação do território, vale lembrar que por sua posição geográficaestratégica entre as serras e por cortar grande parte das terras daregião, se tornou um rio muito importante e carregou esse “título”durante muitos anos.A importância deste rio foi creditada à considerável influênciaexercida na ocupação da área – o que se verá a seguir – e que,aliás, muitos anos mais tarde, ainda era tido como um dos rios demaior relevância. Vale lembrar que a referência dada aqui àocupação diz respeito tanto aos silvícolas, que há muito habitavam olocal, quanto aos brancos que progressivamente foram se instalandologo depois da década de 1620. Porém, antes mesmo de qualquerindício de fixação da população branca no médio vale do Paraíba, aatração exercida por este território chamou atenção de muitosaventureiros que por aí transitavam (LIMA, 2011, p. 55).Essa importância pode ser vista nos relatos de Knivet, quandoeste segue ao encontro dos indígenas que possam ser levadoscomo escravos em outras vilas, inclusive em Piratininga, justamenteem razão da escassez de mão de obra em torno da vila. [p. 113, 114]
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (2): 05/10/1596 - Onde 14/10/1597 - D. Francisco enviou Martim de Sá no rastro de Gabriel Soares e Diogo Gonçalves Laço como administrador das minas EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.