'Os primeiros troncos Paulistas e o Cruzamento Euro-Americano, 1936. Alfredo Ellis Júnior (1896-1974) - 01/01/1936 Wildcard SSL Certificates
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Os primeiros troncos Paulistas e o Cruzamento Euro-Americano, 1936. Alfredo Ellis Júnior (1896-1974)
    1936
    Atualizado em 06/11/2025 23:42:46

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A documentação mandada publicar pelo dr. Washington Luis nos tem revelado não só informes magníficos para a reconstituição da epopeia das bandeiras, como também nos dá ótimos elementos para o pleno conhecimento do estado social dos antigos moradores de São Paulo.

Pela publicação dos documentos dos "Inventários e testamentos", bem como das "Sesmarias", verifica-se que São Paulo no século XVII foi o centro de um enxame de fazendolas de pequena cultura e de pastoreio de diminutos rebanhos. De fato, o perímetro circundante da pequena área territorial que englobava as redondezas paulistanas, onde se estendiam essas fazendas, passava por Parnahyba, Araçariguama, Apotribú, Caucaia, Quitaúna, Virapueiras, Cotia, Itapecerica, Jurubatuba, Itaquaquecetuba, São Miguel, Conceição dos Guarulhos, Tremembé, Orubupiara (Guapira), Juquery e Atibaia.

Além de, com grande facilidade, se poder por estes documentos conhecer o tipo social do homem paulista de antanho, também por eles se consegue determinar o regimento da propriedade, a fisiologia e o caráter dessa gente monumental.

Quanto ao regimento da divisão da propriedade, interessantíssima questão já abordada por Oliveira Viana, nos seus estudos sobre as populações paulistas dos séculos primeiros, esses documentos vêm revelar coisas completamente novas, destruindo velhas ficções dos nossos cronistas antigos. [Os primeiros troncos Paulistas e o Cruzamento Euro-Americano, 1936. Alfredo Ellis Júnior (1896-1974). Páginas 249 e 250]

256 ALrreDO ELLIS (JUNIOR)ro. Isso confirmaria a idéa que faço sobre a simpli-cidade e pequenez das culturas agrarias seiscentistasno planalto piratiningano, tão em contradicção com acomplexidade dos grandes latifundios de canna de Per-nambuco e Bahia. Tinham esses os seus mestres deassucar, soto-mestres, banqueiros, ajuda-banqueiros,feitores-móres, feitores menores, purgadores de assu-car, caixeiros do engenho, etc., como nos informa An-tonil (“Cultura e opulencia do Brasil”, 81-90, reedita-da por Affonso Taunay), gente indispensavel para ascomplicadas operações e manobras do fabrico do assu-car, descripto por esse jesuita, no seu livro citado.Nos restantes das terras das fazendinhas paulista-nas, ao redor dessas casas mencionadas, vicejavam pe-quenas roças de milho, trigo, feijão, algodão, mandio-ca e marmelo, além da vinha e umas poucas bananei-ras e “arvores de espinho”, bem como tambem dimi-nutos cannaviaes. A garapa oriunda desses cannaviaesera, in loco, transformada em assucar, nos tachos decobre de varios tamanhos, que respingam as listas deinventarios. Nas terras desaproveitadas com culturas,pastavam parcos rebanhos de bovinos, que em nu-mero de cabeças oscilavam entre 50 a 100 em média,entre bois, vaccas, novilhos e bezerros, além dos “boisde semente”.

Entre as maiores criações de gado bovino figurava a de Manuel João Branco, (o velho famoso que foi a Portugal oferecer o cacho de bananas de ouro ao rei), nos pastos de Tujucussú. Essa fazenda de Pinheiros levava a palma com 500 cabeças, número certamento muito respeitável para a época. Isso entretanto não foi senão mera exceção, como também o foi a criação bovina de Lourenço Castanho, o velho, na sua fazenda de Parnahyba, com 200 cabeças; a de Francisco Barreto teve 150 cabeças; a de Francisco de Proença, no Ypiranga, que teve 115; a de Christovam da Cunha, no seu sítio de Saboó (Apotribú), que teve 136; a de Manoel Peres Calhamares, na sua fazenda de Imboassava,que teve 105, e a de Pero Nunes, no Ypiranga, que foidono de 90. Eis os reis do gado paulistano.

O restante dos fazendeiros de criar tinha nas suasfazendas mixtas 20, 30, 50 e no maxino 10 bovincs.

Extremamente raros eram os equideos, só surgindo em numero limitadissimo nas fazendas mais importantes, com duas, tres, quatro ou cinco cabeças, entre cavallos, eguas e potros, sendo ainda mais rarosus burros.

Manuel de Góes Raposo, que foi o maior creador dc cavallos, teve 50, c Francisco Pedroso Xavier, o granve bandeirante que derrotou Andino, na serra de Maracajú, e invadiu o Paraguay, em 1675, teve 13, alémde duas mulas e um burro.

A generalidade, entretanto, era a ausencia quasicompleta do equideo, o que vem explicar as maravi-lhosas qualidades de andarilhos dos paulistas, como nosleva a deprehender não ter o cavallo figurado nas or-ganizações bandeirantes do sciscentismo, senão em ca-sos muito excepcionaes, ce talvez só nos fins doseculo XVII.

Nos inventarios feitos no sertão não apparecemcavalos, e dos grandes vultos do bandeirismo inuitosnão tinham tambem esse animal. O grande Raposo Ta-vares, o maior dos nossos peregrinadores do sertão bru-to, não tinha nenhum, pelo menos não o menciona O [p. 256 e 257]



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Data: 01/01/1936
Página 240


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Os primeiros troncos Paulistas e o Cruzamento Euro-Americano
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Os primeiros troncos Paulistas e o Cruzamento Euro-Americano
Data: 01/01/1936
Créditos/Fonte: Alfredo Ellis Junior
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Os primeiros troncos Paulistas e o Cruzamento Euro-Americano
Data: 01/01/1936
Créditos/Fonte: Alfredo Ellis Junior
Página 257


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Os primeiros troncos Paulistas e o Cruzamento Euro-Americano
Data: 01/01/1936
Créditos/Fonte: Alfredo Ellis Júnior
Página 258


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ME|NCIONADOS Registros mencionados (2):
12/06/1665 - Inventário de Christovão da Cunha de Unhatte
14/02/1676 - Tomada de Vila Rica, no Paraguai, pelos paulistas, sob o comando de Francisco Pedroso Xavier (natural de Parnaíba, onde faleceu em 1679)
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.