Vide Mapa de Paranaguá, na memória histórica de Benedicto Calixto Capitania de Itanhaém - Revista do Instituto Histórico de S. Paulo - 1915, e Planta da Bahia de Paranaguá - levantada em 1653 e conservada no Arquivo da Marinha de Ultramar, em Lisboa, publicado ultimamente por Moysés Marcondes, sob o título Documentos para a Historia do Paraná.
Em 1653 chegou a Paranaguá e tratou de mapear a região elaborando o primeiro mapa de sua baía datado daquele mesmo ano. Nele indicava detalhadamente a posição das minas conhecidas e que estavam sendo exploradas sem controle régio. Junto desse mapa enviou também suas primeiras impressões a rei d. João IV.
Este é o mais antigo mapa da baia de Paranaguá. Foi executado em abril de 1653 por Pedro de Souza Pereira, a mando do governador geral Salvador Correia de Sá & Benevides. Mais detalhes sobre este mapa podem ser obtidos aqui.
Na metade do século XVII foram intensas as buscas de minas de ouro nos “sertões do Pernagoa”, que nada mais era que o vale dos rios Cubatão (hoje Nhundiaquara), Cachoeira e Faisqueira, compreendendo os atuais municípios de Antonina e Morretes.
Este é um dos mais antigos mapas de recursos minerais do Brasil, uma vez que ali estão demarcadas as “minas” ou lavras de ouro da época. Desde 1995 estou estudando sobre a mineração de ouro no Brasil do século XVII. Estou neste momento preparando uma monografia sobre este tema.
O que se pode apreender é que as minas de Pernagoa (leia-se Antonina & Morretes) foram importantes não pela quantidade de ouro gerada (menos de uma tonelada métrica em cem anos), mas pelo acúmulo de conhecimento e preparaçào do que hoje se conhece como "recursos humanos".
Consta que foi um escravo (provavelmente índio) que trabalhou em Paranaguá o primeiro descobridor do ouro de Minas Gerais, conforme o relato do Padre Antonil. Muitos dos mineradores da região de Paranaguá se mudaram para as novas Minas Gerais, e lá fizeram suas vidas.
O mapa é um típico mapa do século XVII, e procura mostrar a região em três dimensões, mostrando a vista da baía de Paranaguá para quem entra em sua barra. As proporções não são lá muito exatas, mas algumas feições geográficas estão bem representadas.
Algumas denominações célebres, como Ilha do Mel e Ilha das Peças já existiam nessa época, como se pode ver na legenda. Ali consta, pela primeira vez, a expressão “ilha de guarapirocaba”, e não baia de guarapirocaba, conforme registra a nossa tradição, que vem de Ermelino de Leão.
"A Ilha de Guarapirocaba" nada mais é que a atual ilha da Ponta Grossa, se não estou enganado. Outra feição bem característica é a menção ao caminho de queritiba, ou curitiba-iva, então o principal acesso para o Planalto.
Vê-se que Curitiba, então um mero garimpo de serra-acima, ainda não tinha uma grafia consagrada. Outra coisa interessante é a atual ilha das rosas, denominada “Ilha dos guarás ou aves vermelhas”. O Nhundiaquara, o maior rio, é representado com uma canoa rasgando seu estuário e as denominações de minas em toda sua extensão.
Outra coisa interessante sobre este mapa é que uma cópia dele foi capturada por piratas holandeses, alarmando os portugueses sobre um possível ataque as minas de Paranaguá, facilmente acessíveis por mar. Lembre-se que nesta época Holanda ainda dominava Pernambuco.
[3553] Os Amaral Gurgel: Família, poder e violência na América portuguesa (c. 1600 – c. 1725) 01/01/2017 [3670] O NASCIMENTO DE GUARAPIROCABA, urublues1.blogspot.com 03/06/2018
A não ser que eu esteja convencido pelo testemunho das Escrituras ou pela razão clara pois não confio nem no papa ou em concílios por si sós, pois é bem sabido que eles frequentemente erraram e se contradisseram) sou obrigado pelas Escrituras que citei e minha consciência é prisioneira da palavra de Deus. Não posso e não irei renegar nada, pois não é nem seguro e nem correto agir contra a consciência. Que Deus me ajude. Amém.