“A conturbada história da chegada dos ônibus em Sorocaba”
24 de abril de 2022, domingo Atualizado em 22/03/2025 03:23:40
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Imagem: Atual avenida Luiz Mendes de Almeida em 1950. Acervo: Projeto Memória / Jornal Cruzeiro do Sul
Antigamente, segundo o historiador Antônio Francisco Gaspar, os meios de transporte na cidade eram troles, carros de praça, cabriolés, carroções, carroças, carro de bois e a ferrovia. Para lugares mais distantes utilizavam-se troles, cabriolés ou a ferrovia, dentro dos limites da cidade os carros de praça eram os ideais, tanto para viagens curtas ou se tratando de eventos como batizados ou casamentos. Para transporte de sacarias ou materiais diversos utilizava-se as carroças ou carroções e para transporte de lenha dos bairros para cidade era realizado pelos carros de bois.
Com o crescimento da cidade e aumento de sua população, já em 1926, Sorocaba carecia de novos meios de transportes, já que os bondes elétricos que estavam em funcionamento desde 30 de dezembro de 1915, já não eram suficientes para atender a demanda de usuários que aumentava fora suas limitações como o não atendimento às regiões do Além-Linha.
Em 1927, o chofer chamado Pedro Bella, veio de São Paulo e criou a linha de ônibus entre o Cemitério Municipal e a Santa Casa de Misericórdia, que como dissemos anteriormente era um percurso não atendido pelos bondes.
No domingo, dia 6 de fevereiro de 1927, começava a circular o primeiro ônibus em Sorocaba, que nessa época era bem diferente dos ônibus atuais: eram abertos dos lados como os bondes e eram chamados de “jardineiras”.
O sucesso da linha que se tornou diária, fez Pedro Bella expandir no próprio mês de fevereiro com mais duas linhas: do Largo do Cerrado e da Santa Rosália. Em julho já estava fazendo viagens até Campo Largo. Araçoiaba da Serra).
Em 24 de outubro de 1927, com a autorização do delegado regional de transito de Sorocaba, foi à criada a linha que ligava o centro da cidade ao bairro de Brigadeiro Tobias, que foi atendida graças ao jovem lavrador Levy Martins de Oliveira de 22 anos quer era dono da jardineira nº239. Essa linha diferente das outras sofria concorrência direta da ferrovia que tinha uma estação nesse mesmo bairro.
Mesmo com essas adversidades, Levy fez sociedade com Victor Gomes Côrrea, sociedade que em 1934 foi passada para o filho de Victor, Benedito Côrrea, conhecido como “Dito Lagarto”, que começou a administrar o negócio sozinho com a saída de Levy que decidiu trabalhar como motorista de caminhão. Benedito administrou a empresa durante décadas, até que ela se tornou parte da Viação Tobias.
Nesse ramo várias famílias se destacaram: Souza (Nossa Senhora da Ponte), Francatto (São João), Franco (Viação Barcelona), Totta (Santa Angélica), Costa (Vila Haro), Lara (Santa Rosália/Viação Tobias) e seu Manolo (Vila Hortência).
Em 1947, houve a inauguração da empresa Transportes Coletivos Sorocabanos no Sorocaba Clube, com a proposta de criar linhas para um melhor atendimento da população fora das rotas tradicionais atendidas pelas outras empresas de ônibus. Numa publicação no Jornal Folha Popular de fevereiro de 1950, vemos as seguintes linhas atendidas: Árvore Grande, Vila Santana, Santa Rosália, Terra Vermelha, Rua Assis Machado e Votorantim.
Em 1974, a Prefeitura decidiu que uma unificação das empresas de ônibus sanaria alguns problemas que existiam, como criações de novas linhas para atenderem mais bairros, melhoria da frota retirando veículos mais antigos ou em más condições, uma padronização das cores dos ônibus e eficiência no serviço.
Assim, um nome sugerido foi “Empresa Reunidas de Transporte Coletivo Sorocaba Ltda”, com as possíveis cores creme e verde, seguindo a cor da Viação Santa Angélica que tinha a maior quantidade de veículos, com a possível inauguração em 1º julho, segundo a reportagem do Jornal Cruzeiro do Sul de junho/1974.
No fim, o nome escolhido foi Viação Manchester (VIMA) com as cores amarela e vermelho em seus veículos, com as viagens experimentais iniciando em 17 de setembro de 1974.
A VIMA administrou o sistema durante a década de 80, quando dividiu o controle com a empresa São Jorge. Em 1988, o prefeito Paulo Mendes decretou a intervenção nas duas empresas e em 1989 o transporte passou a ser controlado pela Fioravante e TCS (Transportes Coletivos de Sorocaba), vencedoras da concorrência.
A perda de algumas linhas fez a VIMA, que com novo proprietário passou a se chamar STU (Souza Transporte Urbano), entrar na justiça alegando quebra de contrato por parte da prefeitura, conseguindo uma liminar que a autorizava a continuar a operar na cidade. Depois de três anos a liminar foi cassada e dessa forma a VIMA deixava o transporte de passageiros de Sorocaba.
Em 1990, a Fioravante foi substituída pela STU (Sorocaba Transportes Urbanos), passando a trabalhar junto da TCS. A TCS teve sua concessão cassada depois de um incidente grave e sendo substituída por quatro empresas em caráter de urgência, até que em 2011, o Consórcio Sorocaba (CONSOR), passou a ser responsável pelas linhas. A STU manteve o contrato de transporte até 2021, mas com a abertura da nova licitação, não mostrou interesse em permanecer com o serviço, assim sendo a única proposta da empresa City Transportes que se mantém atualmente.
- Livro: Sorocaba de Ontem – Antônio Francisco Gaspar;- Livro: Gente IV – Alcir Guedes;- Jornal Cruzeiro do Sul – 08/02/1927; 18/02/1927; 14/07/1927; 15/05/1928; 20/12/1947; 26/07/1960; 18/05/1974; 02/06/1974; 02/08/1974; 18/09/1974; 15/-5/1975; 08/08/1999; 10/03/2002; 27/03/2005; 04/11/2011; 28/10/2017;- Jornal Folha Popular – 09/02/1950;
Atual avenida Luiz Mendes de Almeida Data: 01/01/1950 Créditos/Fonte: Projeto Memória / Jornal Cruzeiro do Sul Jardim São Paulo(ônibus
ID: 3707
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (1): 24/10/1927 - Criada a linha que ligava o centro da cidade ao bairro de Brigadeiro Tobias EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.