| Genealogia Paranaense, Francisco Negrão | | 1926 Atualizado em 29/11/2025 21:58:05
Em 1° de fevereiro de 1654, foi pelo Conde da Ilha do Príncipe, comissionado o Capitão-mór de Itanhaém, e seu loco-tenente, Diogo Vaz de Escobar, para tomar posse da Villa de Paranaguá, que ficaria sob sua jurisdição. Em vista dos poderes que apresentou, a Câmara da vila, em vereança de 8 de março de 1655, lhe deu posse passiva e sem contradição, do que se lavrou termo. Pouco durou Escobar nesse lugar, pois faleceu em outubro de 1655, sendo os seus bens inventariados em Paranaguá no ano seguinte. Em substituição a Diogo Vaz de Escobar foi empossado em 20 de fevereiro de 1656 Simão Dias de Moura, no cargo de Capitão-Mór da vila, nomeado pelo donatário Luiz Carneiro, conde da Ilha do Príncipe. [Genealogia Paranaense, 1926. Francisco Negrão. Páginas 5 e 6]
A expedição de Pedro Lobo, guiada por Francisco de Chaves, de Cananéa tomou rumo para o sertão parananiano, passando pela Serra Negra e, provavelmente, pelas proximidades de Curitiba, com rumo á Foz do Iguassú. [Genealogia paranaense, 1926. Francisco Negrão. Páginas 10 e 11]
Em 1655, o Capitão-Mór e Ouvidor de São Vicente Diogo Vaz de Escobar, veio tomar posse da Capitania de Paranaguá, em virtude da escritura de Dote, arras e obrigação que se passou em Lisboa, em 5 de janeiro de 1654, "nos aposentos de D. Affonso de Faro, estando presente Luiz Carneiro, Senhor da Ilha de Santa Helena, Santo Antonio, e do Príncipe e Conde dela e da outra parte D. Diogo de Faro e Souza, filho de D. Sancho de Faro, e por isso herdeiros e sucessores de sua casa e Morgado de Vimieiro, e Alcoantre, e de D. Izabel da Cunha, sua mãe; e bem assim D. Affonso de Faro como Tutor de D. Marianna de Faro e Souza, sua irmão, e de seus sobrinhos menores e em seu nome e no de cada um deles e outros que estavam presentes o Dr. Pedro Paulo de Souza,Desembargador dos Agravos e Casa da Suplicação; e Dr. Francisco Ferreira Encerrabodes, Juiz de Órfãos da cidade de Lisboa, e com o alvará de S. Majestade de 17 de setembro de 1651 que concede a D. Diogo de Faro o poder dotar sua irmã D. Marianna de Faro e Souza, que estava contratada a casar com o Conde da Ilha do Príncipe, das 100 léguas de terras que tinham das Costas do Brasil, conforme a informação que havia dado o Desembargador Pedro Paulo de Souza e que também tem o alvará de sua mãe de suprimento da idade para este dote e casamento e bens de trato que vão adiante no traslado da sua Capitania, de 100 léguas de terras na Costa do Brasil do Distrito do Rio de Janeiro, que é da Capitania dita, Governador perpétuo, e a de sua jurisdição, direitos e rendas, assim e da maneira que tem e lhe pertence e a Doação orça na avaliação de 20 mil cruzados."
Esta escritura foi encontrada pelo historiógrafo Vieira dos Santos, registrada nos livros do Conselho de Paranaguá, já com letra apagada e com palavras comidas. [Genealogia Paranaense, 1926. Francisco Negrão. Páginas 15 e 16]
As aldeias e povoações (pueblos) dos jesuítas do Paraguay muitas vezes mudaram de local e outras aldeias do mesmo nome foram fundadas em lugares diferentes. Eis aqui as que existiam no Rio Grande do Sul em 1636 e as datas de sua fundação:
- Na margem direita do rio Pardo (nessa época Yequi ou rio Verde), subindo esse rio, São Christobal (1634) e Jesus Maria (1633).
- No Passo do Jacuhy, margem esquerda do rio desse nome, Sana Anna (1633).
- Margem direita do Araricá, Natividade (1632).
Perto das cabeceiras do Jacuhy, não longe do lugar em que se acha hoje Cruz Alta, Santa Thereza de Ibituruna (1633); nas cabeceiras do Ijuhy Grande, São Carlos de Caápi (1631); no Ijuhy Mirino, margem direita, Apóstolos da Caázapa-quazú (1631); e, descendo esse rio, Martyres do Caaro (1628). [Genealogia Paranaense, 1926. Francisco Negrão. Página 33]
A redução de Natividade de Araricá foi abandonada e só ficou aos jesuítas no território de Tape a colonia de Santa Thereza de Ibituruna. Esta foi-lhes tirada no ano seguinte, em dezembro de 1637. [Genealogia Paranaense, 1926. Francisco Negrão. Página 34]
A de Assumpcion fundada em 1630 na margem direita do Uruguay e do Acaraguay ou Acarana, foi transferida para a foz do Mbororé, porque aquela posição pareceu aos jesuítas muito exposta aos ataques dos paulistas, que transitavam livremente pelo território hoje contestado, conhecido então por Ibituruna, segundo antigos roteiros dos mesmos paulistas. [Genealogia Paranaense, 1926. Francisco Negrão. Página 36]
O rio que os jesuítas chamavam então Apitereby era, como ficou provado, o primeiro acima do Salto Grande, isto é, o que os paulistas conheciam por Pequiry ou Pepery. Os jesuítas aplicavam este último nome ao Mandig-Guaçú, de 1759, hoje Soberbio, abaixo do mesmo Salto Grande.
"Estivesse, porém, o entrincheiramento de que se trata no antigo e suposto Apitereby dos jesuítas, ou no pequeno rio, a leste, que ainda conserva esse nome, o importante é que no território hoje em litígio já esse brasileiros ocupavam em 1641 uma posição fortificada, segundo o padre Lozano, cronista da Companhia de Jesus na província do Paraguay. Diz ele que os Guaranys da Missão, depois de tomarem o forte do Tabaty, foram atacar o do Apitereby. "Pasaron volando a otro furte llamado Apitereby, y acometiendolo, obligaron a los mamelucos á ponerse en fuga, desejando en el cuanto tenian de provisiones, municiones, viveres y cautivos, y se huyeron tan ocupados del miedo, que jamas en adelante hasta el dia de hoy, se atrevieron á infestar la provincia del Uruguay..." [Páginas 37 e 38]
Um antigo roteiro paulista, conservado até hoje e citado por Varnhagen (1816-1878), fala no morro ou serra de Bituruna "vai vai afocinhar no Uruguay", e no campo que ali se estende. Varnhagen diz que esse roteiro é prova evidente de que os paulistas conheceram a região modernamente chamada Campos de Palmas, mas essa prova, como acaba de ser demonstrado, não é a única.
Ibituruna era, com efeito, o nome dado no século XVII (1601-1700) a região entre o Uruguay e o Iguaçú e os montes Bituruna do roteiro paulista não podiam ser senão os da divisória das águas que correm para aqueles dois rios.
(...) Eram dois Capitães móres governando ao mesmo tempo na vila: - Simão Dias de Moura, em nomes do Conde da Ilha do Príncipe e Gabriel de Lara, em nome do Marques de Cascaes; ambos apresentavam os documentos hábeis, provando o direito de seus constituintes; ambos empossados pelo Conselho da Câmara. Em 30 de novembro de 1660 aportou a Paranaguá o General Salvador Correia de Sá e Benevides, com o encargo de verificar pessoalmente á existência de pretendidas minas de ouro, onde demorou alguns meses, segundo declarou a El-Rey em carta [Genealogia Paranaense, 1926. Francisco Negrão. Páginas 38 e 39, 46 e 47 do pdf]
Em 21 de janeiro de 1654, segundo ainda Vieira dos Santos, Diogo Vaz de Escobar, como Ouvidor, fez na vila de Paranaguá uns provimentos. O Ouvidor Pardinha em seus provimentos dá a posse de Escobar como sendo em 1 de fevereiro de 1654. [Genealogia paranaense, 1926. Francisco Negrão. Página 46]
Genealogia paranaense Data: 01/01/1926 Créditos/Fonte: Francisco Negrão Páginas 10 e 11 ID: 12606
Genealogia paranaense Data: 01/01/1926 Créditos/Fonte: Francisco Negrão Página 44 ID: 12604
Genealogia paranaense Data: 01/01/1926 Créditos/Fonte: Francisco Negrão Página 45 ID: 12603
Genealogia paranaense Data: 01/01/1926 Créditos/Fonte: Francisco Negrão Páginas 46 e 47 ID: 12605
Genealogia paranaense Data: 01/01/1926 Créditos/Fonte: Francisco Negrão Páginas 122 e 123 ID: 12008
Genealogia paranaense Data: 01/01/1926 Créditos/Fonte: Francisco Negrão Páginas 124 e 125 ID: 12005
Genealogia paranaense Data: 01/01/1926 Créditos/Fonte: Francisco Negrão Páginas 126 e 127 ID: 12004
Genealogia paranaense Data: 01/01/1926 Créditos/Fonte: Francisco Negrão Páginas 154 e 155 ID: 12006
Genealogia paranaense Data: 01/01/1926 Créditos/Fonte: Francisco Negrão Páginas 156 e 157 ID: 12007
Genealogia paranaense Data: 01/01/1926 Créditos/Fonte: Francisco Negrão Páginas 234 e 235 ID: 12009
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (5): 01/09/1531 - De onde partiu a expedição, com 80 soldados bem equipados, sendo 40 besteiros e 40 arcabuzeiros, que acabou aniquilada? 25/05/1624 - Manuel Juan ou Manoel João Branco? Sabe-se que este se tornou superintendente dos índios e administrador das minas 23/12/1637 - André Fernandes chegou a Santa Tereza do Ibituruna 05/01/1654 - Diogo Vaz toma posse em Lisboa 30/11/1660 - Salvador Correia de Sá e Benevides, governador do Rio Janeiro e Administrador das Minas, desejando averiguar dos motivos do pouco rendimento das minas chega em Paranaguá EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.  |
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