'História do Brasil. Afrânio Peixoto (1876-1947) - 01/01/1944 Wildcard SSL Certificates
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História do Brasil. Afrânio Peixoto (1876-1947)
    1944
    Atualizado em 13/11/2025 02:12:31

    
    
    


alguns períodos dessa relação ou gazeta (que supomos haver sido escrita em Lisboa por um estrangeiro e publicada pela primeira vez em 1506”... (Varnhagen, op. cit., II, 4.ª ed., p.98-9). Ora, o mss. da “Gazeta” foi achado, posteriormente, por Konrad Haebler, em 1895, no Arquivo dos Príncipes Fuegger, em Augsburgo, e traz a data de 1514... (cf. Clemente Brandenburger — A nova gazeta da Terra do Brasil, São Paulo — Rio, 1922). Portanto, Empoli, em 1504, e a Gazeta, em 1506,afastados...

|Chamei a atenção para o modo de Ramusio, ainda em1550-63, escrever na sua interpolação “Bresil”, distinguindoeste nome da terra, do nome da madeira, escrito adiante, emitaliano, “verzinio”. É que, aqui, tem cabida a hipótese queaquele nome é de origem francesa... Os nomes lusitanosVera-Cruz, Santa Cruz, não seriam mudados pela piedadeportuguesa: foram os piratas franceses, desde antes de 1504,(quando vieram, ao dizer de Anchieta, pela primeira vez) quedesignaram a terra pela riqueza conhecida, “terre du brésil”,depois daí “le Brésil”, como ainda hoje. Nós tivemos, peladivulgação e aceitação do nome, de traduzi-lo: “Brasil”.Como quer que seja já em 1510 está em Gil Vicente, noAuto da Fama, “terra do Brasil”: mas será mesmo o Auto de1510?(14) De 1511, talvez: “Llyuro da naao bertoa que vaypara a terra do brasyll... que partiu deste porto de Lixª a 22 defevº de 511” é o título de um documento publicado porVarnhagen. A nau partiu em 11, mas o livro teria sido escritonessa data? Tudo leva a crer, mas não é certo.Certa é a carta de Afonso de Albuquerque, de 1 de Abrilde 1512, da Índia, a el-Rei D. Manuel, “a qual (carta de umpiloto) tinha ho cabo de Bôoa Esperança, Portugal e a terra doBrasyll...” (Alguns documentos... do Tombo, cit., p. 261). Porcerto é também de 1512 o mapa de Jerônimo Marini — OrbisTypus Universalis Tabula Hieronimi Marini fecit Venetia MDXII — cujo original possui o nosso Ministério do Exterior,na Biblioteca do Itamarati, onde se lê pela primeira vez, emplanta: “Brasil”. Um ano depois, e é interessantíssimo, é opróprio Dom Manuel que mudara Vera Cruz em Santa Cruz,segundo disse aos reis de Castela Fernando e Isabel e agora aum deles o diz, em 13 de Setembro de 1513: “na teerra... que hepegada com a nossa teerra do Brasyl” (Carta a el-Rei D.Fernando, de Castela, in Alguns documentos, p. 292).Mas é sempre “terra do Brasil”, como se dissesse, porabreviação, “terra do (pau) brasil”: o documento escrito em queprimeiro aparece Brasil só, como no mapa de Marini é o deDom Rodrigo de Acuña, de 15 de Junho de 27, ao bispo deOsma, dando conta da perda da armada que mandara Carlos Vàs Molucas e pedindo interceda junto de D. João III para lheobter a liberdade, preso que está na feitoria de Pernambuco (nosbaixios de D. Rodrigo, onde naufragara, e naufraga, mais tarde,o primeiro Bispo, comido pelos índios). Diz ele: “nos convinoarrybar al Brrasil”; (nesta carta há ainda “tyerra dei Brrasil” e“nao cargada de brrazil” (Alguns documentos... do Tombo, cit.p. 488-9).O nome Brasil vem de longe. Disse Humboldt, vem deSamatra, e levou quatro mil anos para nos chegar... É o nome deuma madeira tintorial, a Cesalpina ecchinata, especiaria trazidado Oriente à Europa, nome variamente escrito — braxile,bresillum, brisilium, bersi, verzi, verzino, como recentemente,há cinco séculos, o chamavam os Venezianos. Já dele falam ogeógrafo árabe Abuzeid El Hacen (IX século), Endrisi eChrestien de Troyes no século XII: este escreve mesmo Braisil,que dá, em francês, a pronúncia do nome atual nesse idioma.Teria vindo à Europa depois dos primeiros Cruzados, por voltade 1140. Tirava-se, do toro, a casca e o líber, e apenas o cernevermelho servia para tingir panos e fazer tinta, para iluminarmanuscritos, dando tons róseos às miniaturas. A madeira, dura ecorada, também aproveitava à marcenaria. [Páginas 40 e 41 do pdf] 13995§A geografia apoderar-se-ia do nome, e terras do Brasilhouve, antes da nossa: Krestchmer encontrou em mapasmedievais as seguintes variantes: Brazi, Bracier, Brasil,Brasiel, Brazil, Brazile, Braziele, Braziel, Bracil, Braçil,Braçill, Bersill, Braxil, Braxili, Braxiel, Braxyili, Brisilge...(15).É uma ou mais ilhas do Ocidente, no grupo dos Açores, ou naaltura da Bretanha, ou não longe da Irlanda. Ainda hoje há umapedra Brazil Rock, na Irlanda, e um monte Brasil, junto à cidadede Angra, na Ilha Terceira, dos Açores. Num mapa de 1351 jáaparece esta “ínsula do Brazil”, nesse Açores. Em 1480partiram de Bristol navios à procura da Ilha Brasil. Em 1497Ayala, legado de Espanha junto à Corte de Inglaterra, dizia quede sete anos àquela parte partiam de Bristol, anualmente, naviosà mesma pesquisa. Lá está, no mapa de Toscanelli, (1474) aonorte e oriente, a ilha Brasil... Até 1875 o Almirantado inglêsmanteve nas suas cartas essa “Brasil Rock”(16).Diz a erudição que os Árabes chamavam ao paubakkam, que traduziram em latim brasilium, procurando aanalogia da raiz semítica bakkham (ardente) com a arianabradsch, em português brasa, italiano brace, francês braise.Como se deu tal nome à geografia, é controvertido: Brasil,indicaria fenômenos vulcânicos notados no arquipélagoaçoreano; ou aí se teria encontrado senão o verdadeiro brasil,pelo menos algum sucedâneo, talvez a urzela. ContudoCapistrano de Abreu, reparando que nas formas gráficas egeográficas de Kretschmer não se vêem formas congêneres doverzi ou verzino, diz poder-se concluir que o Brasil, ilhaocidental, nada tem com o produto oriental. Conclui que naturalé proceda o nome do celta, e há quem o decomponha braza,grande, i: em todo o caso Brasil, ilha, aparece sempre noAtlântico e sempre a W de terras primitivamente habitadas porCeltas. Os índios chamavam à planta arabutan ou ibirapitanga. [Página 43 do pdf]

Os Portugueses conheciam o brasil: a 19 de outubro de 1470 Afonso V proibia aos traficantes da Guiné comerciarem que as tintas do brasil, protegendo talvez o produto das ilhas. Quando se começou o tráfico com os selvagens de Santa Cruz, a primeira matéria de exploração foi o brasil. No Esmeraldo,escrito em 1505, escreveu Duarte Pacheco da terra: “é achado nela muito e fino brasil com outras muitas cousas” — (cap. 2, do I livro).

Terre du brésil lhe chamaram os piratas franceses, e, depois, o menor esforço daria le Brésil, como ainda hoje. Esse menor esforço foi a causa da troca, que tanto indignou João de Barros: os políticos e sacerdotes, que batizam e dão nomes, não advertem que eles prevalecem na ordem da simplicidade. Em alguns anos apenas, a Terra de Vera Cruz já era pois, o Brasil....(17). E era — o que mais admira, na expressão do próprio Dom Manuel: “na teerra... que he pegado com a nossa teerra do Brasyl”. Piedosamente diríamos: nome mudado na crisma...

A palavra teve, no começo, várias acepções, que foiperdendo: Pau-brasil: “Cá ha assuquer e algodão, brasil eambre e resgates” (Cartas avulsas de Jesuítas, Rio, 1931, CartaXLVII). “Pera ali carregarem de brasil”. (Id. Carta XXVII). Aterra: “Todo o Brasil, que assim se pode dizer” (Id. Carta LVI).“Nestas partes do Brasil” (Id. Carta LXIII). A gente: “Paraestudantes — brasil fazem-no muito bem”. (Id. Carta LIV). “Osque tangiam eram meninos brasis” (Id. Carta LV). A língua:“Espera em pouco tempo falar tão bem brasil, como agoraitaliano; às vezes lhe falava homem português e ele respondiabrasil”. (Id. Carta XLVIII).“Brasileiro” foi, a princípio, o traficante ou o ocupadoem tirar o brasil, como de baleia “baleeiro” (Varnhagen). Adesinência “eiro” é profissional: ferreiro, carpinteiro. Aqui, deprofissional, passou a patronímico: os mineiros que trabalhavamnas minas gerais ficaram depois, os filhos de Minas Gerais.Contudo tentou-se “brasiliense”, “brasílico”, brasiliano“, sem [Página 44]

Antônio, Prior do Crato. A todos se adianta, sob a ameaça dainvasão, corrompendo a dinheiro e intimidando à força, aqueleFilipe II (1580).Manuel Telles Barreto (82-87) conclui a conquista daParaíba do Norte. Cristóvão de Barros conquista Sergipe, contraos índios e defende a Bahia. O fanático Filipe II é inimigo deInglaterra e dos hereges: em 85 embarga nos seus portos todosos navios ingleses, holandeses, zeelandeses, alemães ehanseáticos: Lisboa não será mais empório de especiaria. AInglaterra responde, embargando nos seus portos os naviosespanhóis e portugueses. Francis Drake pirateia Cabo Verde, osAçores, finalmente Faro. Será a vez das colônias. Irão às Índiasbuscar as especiarias diretamente e tomarão o gosto deconquistar estas colônias: o fanatismo levou-os até aí, pela mão.Entretanto, o Brasil sofre o assalto dos Ingleses: Edward Fentonveio, em 82, a S. Vicente; Robert Withrington à Bahia; ThomasCavendish escolheu Santos, em 91; James Lancaster, em 95,Pernambuco: desembarcam, pilham, escarnecem, e dão à vela,com algumas perdas. Ainda em vida de Filipe II aparecem nausflamengas nas Índias. Em 98, Olivier van Hood tenta o Rio eSão Vicente; em 99 é a esquadra de Leynssen; em 604 é Paulvan Carden, depois Spilbergen: é agora o sobressalto contínuo...Virá mais. Ganhamos os inimigos de Espanha e sofremosconseqüências do fanatismo dos Filipes. Com a sorte da“Invencível Armada”, destruída nos mares do norte, em 1588,acaba-se o respeito a Espanha e, o que pior, a Portugal, alémdisto conquistado e delapidado.Dom Francisco de Sousa foi governador de 591 a 602;chamam-no “Dom Francisco das Manhas”, pela muitaprudência com que executou o seu programa, que foi ocupar oRio Grande do Norte, fortificar a costa contra os corsários edescobrir as jazidas de ouro.Este século XVI não terá sido estudado, ainda a grandes [Página 123]

de 72, e parte com o título de capitão-mor das minas deesmeraldas: vai às cabeceiras do rio Doce, do rio de SãoFrancisco e, tendo como centro o Serro, faz excursões porquatro anos. Depois de incontáveis tormentos, rebeliões,morticínios, expira o aventureiro, às margens do rio das Velhas.Do genro Manuel Borba Gato e do filho Garcia Rodrigues Pais,fia a continuação do sonho, a descoberta do ouro e dasesmeraldas. As jazidas de Sabará aparecem. Antônio RodriguesArzão, de Taubaté, vai, em 93, ao Rio Doce descendo atéVitória, no Espírito Santo; seu cunhado Bartholomeu Bueno deCerqueira, que em 70 estivera no sertão de Goiaz, vai, em 94, àregião de Vila Rica, ou de Ouro Preto.O sonho do século XVI, com Gabriel Soares, RoberioDias, das minas de prata, realiza-se, passando das esmeraldas aoouro. Fora a previsão dessas minas que separara o Brasil emdois governos. O Governador do Sul, Dom Francisco de Sousa,já trazia o título de Governador e intendente das Minas. UmCódigo Mineiro elaborado em 1603, ficou nas Chancelarias doreino até 1619, quando foi expedido, e publicado no Brasil, em1652. Essas entradas e bandeiras, para descer índios escravos edevassar o sertão em busca de minas, dão endereços ao Brasilcolonial predador, agrário, criador e mineiro. Os objetivossaíram uns dos outros e misturaram-se. Eles trouxeram aconseqüência da integração do país, além do litoral possuído.Entravam as bandeiras para prear e descer índiosescravizados, devassavam o sertão, encontravam minas erecuavam a fronteira sem dificuldades pois que a posse eracomum hispano-portuguesa... diz o povo. O único benefício quenos trouxe a ocupação espanhola foi “abolir” a demarcação deTordesilhas, podendo o colono ir aos limites do Brasil atual,pois que tudo era da mesma coroa... Com a Restauração, o fatoconsumado do uti possidetis tornou portuguesa e brasileira aposse, graças às entradas e bandeiras, responsabilidadeentretanto contestada.(11)As entradas despovoadoras, captando o [Página 156 do pdf]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (2):
19/10/1470 - *Dêsde o século XV, conheciam os portugueses o páu de tinta com o nome de brasil, o que consta da relação de drogas da Carta Régia de D. Afonso V
22/04/1500 - O “Descobrimento” do Brasil
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.