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Documentos Históricos. Consultas do Conselho Ultramarino Bahia 1673-1683
    1950
    Atualizado em 31/10/2025 12:57:46

  
  
  


(...) o administrador e Jorge Soares vão pelo Rio de Janeiro, mandar Vossa Alteza escrever ao governador e mais oficias dê toda ajuda e favor e assistência necessária para passarem a Pernaguá e permitindo Deus que se descubra a prata naquelas serra poderá Jorge Soares tratar da fortificação como Vossa Alteza lhe ordenava na diligência das serras de Itabaiana e desvanecendo-se esta de Pernaguá pelo comum dizer dos antigos e modernos, que na serra de Sabarabuçu que dista setenta ou oitenta léguas de São Paulo (é certo haver prata) passe o administrador e Jorge Soares a ela a fazer esta averiguação para me de uma vez seja Vossa Alteza inteirado de tudo o que sobre este particular se obrar. [Página 122]

Que no ano de 1606 tornou a renovar D. Francisco de Souza as notícias das minas de São Paulo, e morreu neste serviço, fabricando um engenho de ferro (de que há muito é bom). Morreu também um mineiro alemão que levava consigo que ouviu dizer a muitos moradores de São Paulo que o dito mineiro dissera a D. Francisco que do ouro se atrevia a fazer-lhe fundição tamanha como a cabeça de um cavalo, morrera um e outro.

Que El-Rei de Castela com estas notícias mandara seu avô Salvador Correa de Sá, no ano de 1614, suceder ao mesmo D. Francisco de Souza com as mesmas juridições e mercês (que eram grandes) e em sua companhia um frade Trinetário, que tinha fama de grande mineiro pelo haver sido no Potossi, em sua companhia.

Que sendo ele Conselheiro de doze para treze anos passara ao Brasil aonde (particularmente em São Paulo) estiveram perto de cinco anos, fazendo diferentes fundições e em todas elas achando metais não conhecidos porque parecia ferro ou cobre, e nenhum destes dois generos era. Vendo-se seu avô atalhado avisara ao Marquês de Alencar, pedindo-lhe mineiros beneficiadores, ensaiadores e última vez dando-lhe noticias de uma serra chamada Sabarabuçu, dando uns moradores, que a ela foram e entre eles um ourives da prata, trouxeram uma tamboladeira, dizendo que era de prata que daquela serra tiraram, que ele Conselheiro viu e teria de peso o mesmo que um prato pequeno e se era do prato ou da serra eles o sabiam (sic) porque ele o não vira tirar. (que governava este Reino) por vezes.

Que o que se afirma que há muito ferro e cobre no rio, que vai meter-se no da prata, que fica nas costas de Pernaguá para oeste, muito ouro de lavagem que naquele tempo se tirava em quantidade, por haver índios, que ele trouxera um grão de quarenta e oito oitavas ao Marquês Vice-Rei e vendo seu avô que lhe não deferiam com mineiros se viera a representá-los e das notícias do que tinha obrado, com que ficou em calma por aquela parte.

Que na era de 1618 indo seu pai Martim de Sá deste Reino a governar o Rio de Janeiro segunda vez e ele Conselheiro, voltando em sua companhia, tomando a Bahia acharam governando a Dom Luiz de Souza, que depois foi Conde do Prado e lhe pedia fossem com ele às Minas de Tabaiana donde as pedras tinham tanta malacacheta que todos se persuadiram (e o mesmo mineiro) que tinham achado muita prata, fizeram-se ensaios por fogo e azougue, por este nada e por aquele fumo.

Que com estas notícias parou o fervor das minas daquele Estado até que no ano de 1638 para 1639 estando ele conselheiro governando o Rio de Janeiro o mandara El-Rei... [Página 124]

À margem - Assim tenho mandado. Lisboa, 16 de junho de 1677. Príncipe

Comunicando as ordens que Vossa Alteza mandou passar a Dom Rodrigo de Castel Branco, e a Jorge Soares de Macedo, para ambos passarem da Bahia às capitanias da Repartição do Sul a averiguação das minas de Pernaguá e serra do Sarabaçu ao Mestre de Campo General e Governador do Estado do Brasil, Roque da Costa Barreto (...) [Página 133]

À margem - Assim se ordenou. Lisboa, 9 de novembro de 1677. Príncipe.

Comunicando ao Mestre de Campo General e Governador do Estado do Brasil, Roque da Costa Barreto, as ordens que Vossa Alteza mandou passar a Dom Rodrigo de Castel Branco e a Jorge Soares de Macedo para ambos passarem da Bahia às Capitanias da Repartição do Sul, à averiguação das minas de Pernaguá e serras de Sabarabuçu, reparou em que os cinquenta infantes que há de dar a Jorge Soares convinha ser em companhia formada, indo com ela um dos capitães da guarnição da Bahia (...) [Página 134]

O Administrador Geral das Minas, Dom Rodrigo Castel Branco, em carta de 14 de fevereiro deste ano, escreve a Vossa Alteza em como saíra à diligência das minas que diziam de prata, com os oficiais da oficina e Câmara daquela vila de Pernaguá e que não se sabia deliberar aonde houvesse o engano daquelas pedras, que bem podiam ser fossem criadouros na flor da terra, mas para que se não continuasse com isto de bela o que não eram senão uns córregos de água que passavam por umas penhas carias mandara sair destes distritos ao Padre Frei João de Guarnica e aos oficiais da oficina que haviam feito deixaçao de seus ofícios deixara nas suas casas para averiguação dos descaminhos que todos três oficiais faziam no quinto real e não achara que fosse de beta, só dando-se algumas cavas se achavam algumas pedras crivadas a modo de uma pequenina que remetia a Vossa Alteza e isto não era geral senão muito particularmente, com que daquele Pernaguá não tinha Vossa Alteza que esperar mineral de beta de prata, nem de ouro, pois tinha feito as diligências bastantes acerca de sua averiguação, e não achava terreno capaz, em que se possam criar bêtas (ouro sem lavagem) que dispondo Vossa Alteza como o fazia presente por outra carta da data desta, iriam em aumento o real quinto, e os vassalos pobres de Vossa Alteza se aumentariam.

Que desde o tempo que chegara a Pernaguá tinha rendido o quinto de Vossa Alteza 1$709 oitavas se entrarem nestas 835 oitavas de ouro, que o Doutor Sindicante João da Rocha Pita levara da oficina de Iguape e Cananéa e para que Vossa Alteza conhecesse o descaminho que levava sua fazendo em 18 anos da Provedoria de Manuel de Lemos e seus oficiais importara 1$679 oitavas e meia, dispendida a maior parte em soldos e aluguéis de casas e isto constava só de um livro de carga e outro de descarga e de uma devassa que remetia ao Doutor Sindicante para obrar o que fôsse justiça.

Também avisara já a Vossa Alteza em como tinha tomado outra mina, que, trabalhara, rendeu 55 oitavas, e assim mais outras lavouras velhas, que renderam 88, e se entregaram com as da oficina ao tesoureiro da administração.

Remetia também a Vossa Alteza três grãos de ouro, que passavam de 61 oitavas e meia por ser coisa, que nativos há poucos de seu tamanho, e avisava também em como a sua vontade era ir pelo sertão às furnas, aonde havia notícias de ouro por ver se podia achar de bêta mas que não o podia fazer por não ser ano de mantimentos nem de frutas no sertão e só estava resoluta a sair para a de São Paulo e daí passar a Sabarabuçu, ainda que os caminhos eram muitos fragosos e estéreis, porém, só alentaria o serviço de Vossa Alteza.

Ao Concelho parece fazer presente a Vossa Alteza o aviso que faz Dom Rodrigo de Castel Branco sobre a diligência a que foi das minas de prata e ouro ao sítio de Pernaguá e que Vossa Alteza deve ser servido ordenar-lhe que lhe faça Regimentos que deixa nas oficinas para o bom governo e arrecadação dos quintos e no Regimento disponha a forma com que se hão de fazer as barretas, para que se não descaminhem os direitos da Fazenda Real e fazendo jornada para a serra de Serababucú (sic) averigue se há naquelas paragens alguma mina e que achando dará conta e não achando com o desengano se poderá recolher a este Reino por se escusar gastarem-se soldos infrutiferamente.

Lisboa, 7 de outubro de 1680. O Conde Sá Malheiros Teles Dourado Cardoso.

À margem - Como parece se ordene a D. Rodrigo faça Regimentos e dê a forma como se há de fazer as barretas e faça jornada à serra de Sabarabuçu e não achando nela minas dê conta ao Conselho, e cesse de fazer mais despesas que a de sua pessoa, enquanto recebe ordem, e se achar que não tem outro algum distrito que correr, em que se persuada pode haver minas se retire para o Reino, e quanto entenda que as poderá achar sem premissas bem fundadas, depois de dar conta ao Conselho de não haver minas em Sarababacú faça a pescaria com a menor despesa que for passível no interesse que o Conselho não receba ordem e em todas as embarcações vá dando conta com toda a expressão,e por vias duplicadas para que no Conselho haja de tudo individual notícia. Lisboa, 20 de outubro de 1680. Príncipe. [Páginas 186, 187 e 188]



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ME|NCIONADOS Registros mencionados (3):
13/01/1606 - Carta dos oficiais da Câmara da vila de São Paulo, dirigida ao donatário da capitania Lopo de Souza
26/01/1618 - Carta régia nomeando Martim de Sá governador do Rio de Janeiro
03/05/1677 - Depoimento de Salvador Correia de Sá e Benevides (1594-1688) ao Conselho Ultramarino
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.