de Almeida. Sem fazer cerimônias, D. Pedro pediu-lhe que tirasse as calças. “Pois bem, troquemosnossos calções”, disse. Feita a troca, seguiu viagem com as calças secas, enquanto Adriano ficava paratrás, encharcado, mas orgulhoso de ter prestado um favor ao príncipe.4Em Água Preta, alguns quilômetros antes de Pindamonhangaba, um grupo de cavaleiros foi lhe dar asboas-vindas. D. Pedro ficou encantado com a beleza dos cavalos e saiu em disparada com todo o grupoem direção a cidade. Um dos cavaleiros, mais idoso e cansado, ficou para trás. O príncipe retornou e, emmeio a gargalhadas, foi chicoteando o animal até a entrada da cidade, obrigando-o a acompanhar orestante do grupo. Em Taubaté escapou durante a noite para visitar uma prostituta. Dias mais tarde, já emSantos, encantou-se com uma jovem mulata ao atravessar uma rua. Cercou-a fazendo galanteios e tentousegurá-la pelos braços. Irritada e sem reconhecer o príncipe, a moça desferiu-lhe uma bofetada e saiucorrendo. Em vez de se ofender, D. Pedro procurou informações sobre a mulher até descobrir que setratava de uma escrava, mucama de estimação de uma das famílias mais conhecidas da cidade. Aindatentou comprá-la, sem sucesso.5Ao chegar à localidade da Penha, hoje um populoso bairro da zona leste de São Paulo, despachou oalferes Canto e Melo e o ajudante Gomes da Silva para a capital da província com o objetivo de sondar oque se passava. Os dois retornaram à meia-noite dizendo que estava tudo tranquilo. No dia seguinte,assistiu à missa e ditou algumas ordens ao secretário Saldanha da Gama. Entrou em São Pauloacompanhado da guarda de honra que as cidades do vale do Paraíba haviam organizado na suapassagem. A cidade se enfeitou para homenagear o príncipe. Recebido debaixo de um pálio,acompanhou um te-déum na Igreja da Sé. Depois se dirigiu ao Palácio dos Governadores, construção noPátio do Colégio demolida mais tarde, para um beija-mão, antiga cerimônia da monarquia portuguesapopularizada no Brasil por D. João VI nos 13 anos de permanência da corte portuguesa no Rio deJaneiro. Na noite do dia 25, os prédios públicos e diversas casas do centro da cidade colocaramluminárias nas janelas. Na Câmara Municipal, D. Pedro foi saudado pelo vereador Manuel Joaquim deOrnelas que, segundo Octávio Tarquínio de Sousa, em “detestável retórica” chamou-o de “astro luminosoque raiando do nosso horizonte, veio dissipar para sempre, com os seus brilhantes raios, as negras eespessas sombras que o cobriam”.6A São Paulo que hospedou D. Pedro era ainda “uma pequena cidade, quase aldeia, acanhada e de ruaspouco extensas, estreitas e tor- tuosas”, na descrição do historiador Afonso A. de Freitas.7 Com 28 ruas,dez travessas, sete pátios, seis becos e 1.866 casas, o vilarejo abrigava na área urbana somente 6.920habitantes. Incluindo os arrabaldes mais afastados e a zona rural, a população não passava de 20.000pessoas. Na zona oeste, extensão da atual rua da Consolação, estavam os bairros de Piques, Pinheiros,Emboaçava e Pirajuçara, com um total de 157 casas e 767 moradores. Na zona leste, do outro lado do rioTamanduateí, os bairros do Braz, Pari e Tatuapé, com 36 casas e 186 habitantes.Havia escassez de homens na São Paulo da Independência. As mulheres formavam 60% da população.Eram 2.916 homens contra 4.004 moradoras. Para complicar o quadro, no primeiro semestre de 1822, apopulação masculina tinha sido desfalcada pelos 1.200 soldados do Batalhão de Caçadores que, apedido de D. Pedro, São Paulo enviara ao Rio de Janeiro para ajudar na defesa da cidade, ameaçada
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