'PLANALTO CENTRAL: CONTANDO NOSSA HISTÓRIA - Revista Xapuri - 21/09/2025 Wildcard SSL Certificates
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PLANALTO CENTRAL: CONTANDO NOSSA HISTÓRIA - Revista Xapuri
    21 de setembro de 2025, domingo
    Atualizado em 23/10/2025 17:21:25

  
  
  


O primeiro órgão de imprensa do Brasil Central foi o jornal “A Matutina Meiapontense”, que surgiu em 5 de março de 1830 e durou até fins de 1834. Seu objetivo maior era divulgar o que se fazia na região, ou seja, informar a gente daqui sobre o que aqui se passava.

Por Jaime Sautchuk

Transcorridos 150 anos, em outubro de 2014 surge a revista “Xapuri” numa homenagem a um povo que “veio antes”, os extintos Chapurys, de uma região ainda mais a oeste do Brasil, que naquela época ainda era território espanhol, e hoje é o estado do Acre.

Os cenários humanos e naturais de toda essa vasta região mudaram profundamente nesse século e meio. Já então, quando “A Meiapontense” surgiu, o ouro dos rios e barrancas da região havia se exaurido. O ciclo aurífero iniciado com a bandeira de Bartolomeu Bueno da Silva Filho, o Anhanguera II, na década de 1720, havia deixado um rastro de riqueza e opulência e duras marcas de agressão ao meio ambiente.

A garimpagem começava nos cursos d’água e ia avançando nas barrancas, muitas vezes formando enormes crateras, com desvio do próprio leito de córregos. Mas, de qualquer modo, havia ficado muita natureza intocada, em convívio com uma sociedade que seguia em frente, sem mais depender do precioso metal, mas apegada a agropecuária, ao comércio, ao artesanato e aos serviços.

De fato, desde o século 16, aventureiros e missões jesuíticas percorreram a região, principalmente à caça de índios. Na medida em que as populações indígenas iam escasseando no litoral, mão de obra escrava teria que ser buscada nos sertões do Planalto Central ou trazida da África.

Já nos anos de 1590 a 1593, a expedição de Antônio Macedo e Domingos Luis Grou percorreu vastas extensões do que viria a ser Goiás, mas restringiu-se à parte leste do rio Tocantins.

Os primeiros habitantes da região, claro, eram os índios. No caso, da etnia Macro-gê, diferente das existentes no litoral brasileiro, a maior das quais era a Tupi, que ficou ainda maior ao se juntar com a Guarani. Depois, vieram os brancos e os negros trazidos da África por comerciantes ou pela corte portuguesa.

Os brancos chegaram inicialmente com as expedições para o interior do País, chamadas de “bandeiras” ou “entradas”, de acordo com sua forma de organização. As primeiras tinham ajuste com a Coroa Portuguesa, enquanto as outras eram totalmente privadas.

Uma parte desses viajantes acabava ficando por ali. E, com os anos, a farta distribuição de terras das sesmarias levou gente de todo o canto para criar fazendas. Ou tentar enricar com ouro e pedras preciosas, escravização de índios e comércio de couros ou outros produtos tirados da flora e fauna locais.

A maioria dos brancos que chegavam era de homens solteiros, que muitas vezes se casavam com índias. O mesmo ocorria com os escravos negros, homens e mulheres, que tantas vezes também levavam o contato com índios e índias para o lado do amor e do sexo, e assim surgiam crianças diferentes.

A mistura dessas três raças básicas gerou ao longo dos séculos esse ser humano dos cerrados do Planalto Central do Brasil. É gente de pele marrom, de coloração diversa das outras. Nem tão avermelhada quanto a do índio, nem tão escura quanto a do negro, nem tão clara quanto a do português. É a cor do cerratense, o homem do Cerrado, a mulher do Cerrado.

Nesse processo, num curto espaço de tempo, brotaram também classes humanas diferenciadas a partir de seu papel na economia – uns controlando os meios de produção, outros para eles trabalhando. Ou buscando refúgios em nesgas de chão e em serviços na área urbana, que incluíam biscates e empregos domésticos.

Esses primeiros aglomerados formaram as Minas dos Goyazes, que é como a Capitania de Goiás era chamada no primeiro século de sua ocupação pelo colonizador, quando a região fazia parte de São Paulo, no Brasil Colônia. No período imperial, passou a se chamar Província de Goiás e, na República, Estado de Goiás.

O primeiro aglomerado de Goiás foi o arraial de Sant’Anna, localizado próximo às nascentes do Rio Vermelho, junto à Serra Dourada. Algum tempo depois, foi batizado de Vila Boa da Santíssima Trindade e, mais tarde, cidade de Goiás. Foi transformado em capital, situação em que permaneceu até o início da construção de Goiânia, em 1933.

Há, no entanto, muitos indícios de que aqueles então novos arraiais já eram palco de garimpagem desde 1711.

Cuiabá, hoje capital do Mato Grosso, no extremo oeste, surgiu na mesma época, também motivada pela descoberta de ouro. Além da garimpagem, havia outro motivo para o adentramento, que era a determinação da Coroa para que as fronteiras portuguesas fossem levadas sempre mais a oeste da linha definida pelo Tratado de Tordesilhas, de 1494.

Isso, enfim, dá uma breve ideia do que foi o início da ocupação desses sertões do Brasil. Este, aliás, será um tema permanente na revista “Xapuri”.



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  1ª fonte  
  Data: 07/03/2023
Genealogia de Diogo de Unhate, consultada em geni.com




ME|NCIONADOS Registros mencionados (5):
07/06/1494 - Tratado de Tordesilhas
02/07/1494 - Ratificado o Tratado de Tordesilhas em Setúbal
01/01/1590 - Nova expedição com 50 homens*
05/12/1593 - Depoimento sobre o ataque a Antonio de Macedo e Domingos Luis Grou no rio Jaguari: Manoel Fernandes uma das vítimas
03/06/1722 - Documento mais antigo a respeito da estrada do Goyas
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.