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O Crime da Água Vermelha”
    4 de fevereiro de 2022, sexta-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

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O Crime da Água VermelhaInfelizmente em Sorocaba a história nem sempre teve finais felizes, e vamos falar um pouco sobre uma delas que ficou conhecida como “O Crime da Água Vermelha”

José de Paula, de 11 anos, mais conhecido como Zezinho, era filho do casal Joaquim e Maria de Paula que possuía um bar na esquina das ruas Barão de Tatuí e Salvador Correa na qual ajudava o pai no atendimento aos clientes. Também tinha um avô de mesmo nome que era dono de um armazém na esquina das ruas Cesário Mota e Barão de Tatuí.

O dia 14 de agosto de 1931 começou como um dia normal em Sorocaba, quando Zezinho, saiu de casa por volta das 11 horas da manhã para ir ao armazém do avô e nunca mais retornou.

Com a demora, os pais do menino ficaram preocupados e começaram a procurá-lo pelo bairro, mas sem nenhuma pista de seu paradeiro, foram à delegacia comunicar o desaparecimento do filho e tiveram ajuda dos jornais locais que pediam para população informações que ajudassem a descobrir o que aconteceu.

O mistério permaneceu até a chegada do quinto dia do desaparecimento do menino, quando seu corpo já em grande estado de decomposição foi encontrado no Morro Pelado, por um rapaz que estava caçando passarinhos naquela região e se deparou com a triste cena.O Morro Pelado se localizava na região do bairro da Água Vermelha, que por ser local ideal para a corte de lenha, já estava com pouca vegetação e que desapareceu com a pavimentação de ruas, avenidas e de construções de casas na área ao redor de onde se encontra atualmente o SESC.

O Jornal Diário Nacional em sua matéria do dia 23 de agosto, sobre o desaparecimento, sugeria ironizando e rebaixando, o “feiticeiro” João de Camargo como foi mencionado na matéria, que se pronunciaria apenas em dia de “consulta”, dizendo onde estaria o corpo do menino.

Ainda segundo o jornal, de acordo com testemunhas do bairro, o “santo” João de Camargo chamou a mãe de José e a obrigou a ajoelhar diante de uma grande vela e fazer suas orações, depois a chamou e disse para fazer o mesmo caminho das pessoas que procuravam seu filho e assim encontrou o menino que estava caçando passarinhos que lhe contou do macabro achado, mas como o próprio jornal dizia nada disso passava de uma lenda criada pela população.

Levado o corpo de Zezinho para o hospital a perícia foi realizada pelos médicos Drs. Helvidio Rosa e José Stillitano que constataram como causa mortis asfixia por enforcamento, entre outros sinais de violência.Quatro dias após a descoberta do corpo, chegou ao conhecimento das autoridades através de Vicente Ferreira Nobre que no dia do desaparecimento de José, seus filhos, João e Paulo que estavam próximos a Chácara Vergueiro recolhendo lenha, quando viram um mulato desconhecido em companhia de Zezinho. Os irmãos que passariam a partir desse momento a serem conhecidos como “pequenos detetives”, afirmaram ao delegado que conseguiriam identificar o suspeito, pois passando eles, perguntou o que os irmãos faziam ali, depois seguiu em direção ao Morro Pelado, junto de Zezinho.Até esse momento, chegavam muitas cartas anônimas indicando suspeitos que eram detidos e dispensados depois de interrogados. Os irmãos descartaram o principal suspeito do caso, Antônio Borges, que seguia em interrogatório na delegacia.Junto com os investigadores Mariano e Totó Carvalho, João e Paulo, rodaram a cidade nos carros de policia, percorrendo possíveis locais que pudessem encontrar a pessoa que viram no dia 14 de agosto. Passando pelo armazém do avô de Zezinho, viram uma pessoa que parecia a que acompanhava a vitima e tiveram a certeza que finalmente encontraram a pessoa certa.Joaquim Antônio Thomaz, ou Quinzinho, filho de Bento Antônio Thomaz, natural de Pilar, com 31 anos, foi reconhecido pelos pequenos detetives e levado sobre custódia policial para interrogatório.Inicialmente Quinzinho, negou a acusação limitando-se a dizer que apenas conhecia o menino. Com o levantamento de sua ficha, foi encontrado que em 23 e junho de 1921, ele feriu com um canivete Elias Antônio Batista, sendo preso em seguida.À medida que o tempo passava o cerco cada vez se fechava ao redor de Quinzinho, através de testemunhas de sua má índole e alguns indícios de sua culpa foram surgindo, como o cabresto de Luiz Quelicci, para quem o suspeito prestava alguns serviços e que foi confirmada pelos irmãos ser a mesma que viram com ele no dia do crime.Quinzinho decide confessar o crime, contando que pediu a ajuda José para procurar um animal que tinha fugido e que depois da negativa do menino as suas intenções ele o enforcara com o cabresto, deixando o corpo e fugindo em seguida do local. Como o cadáver estava demorando a ser encontrado, depois de dois dias voltou a cena do crime e moveu o corpo uns duzentos metros até uma trilha aonde foi encontrado por Antenor dos Santos, enquanto caçava passarinhos.Oportunamente Quinzinho que morava num cortiço perto do armazém do avô, sempre afirmava que se encontrasse o assassino do menino, ele o mataria com o punhal que levava consigo.O julgamento de Joaquim se estendeu por quase dois anos sendo acusado por tentativa de estupro e assassinato do menor José de Paula. Teve como seu defensor o advogado Guilmar Mariz de Oliveira e teve como o conselho de juízes: Francisco Scardigno, Gustavo Ângelo de Alvarenga, Eliesser Barbosa Lima, Horácio Vasconcellos Leite, Luciano Prestes de Barros e Homero Padilha.O veredito veio apenas em 10 de maio de 1933, com a sentença de 30 anos de prisão para Joaquim Antônio Thomaz, pena que cumpriu aproximadamente 15 anos, sendo liberado por boa conduta, mudando para São Paulo onde morou até o fim de sua vida.Quanto ao menino José de Paula, depois de seu corpo ser liberado pelo pela policia, foi enterrado no Cemitério da Saudade, em 20 de agosto de 1931, no jazigo da família.

Como aconteceu com Julieta Chaves e o menino Alfredinho, foi erguido um altar no lugar que seu corpo foi encontrado, que seria onde está atualmente a Rua Antônio Cândido Pereira. Com o passar do tempo e com abertura da rua, o monumento foi demolido e uma cruz foi colocada na esquina onde está o SESC na Rua Barão de Piratininga com a Av. Washington Luiz e por fim ela foi transferida para um canteiro na Avenida Arthur Fonseca.





Casarão dos Vergueiro no alto do morro*
Data: 01/01/1927
Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Gal Moreira Dini / Antônio Carlos Sartorelli
01/01/1927


ID: 3077


  


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