O Crime da Água Vermelha” - sorocabaatravesdah.wixsite.com
4 de fevereiro de 2022, sexta-feira Atualizado em 03/09/2025 17:01:12
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O Crime da Água VermelhaInfelizmente em Sorocaba a história nem sempre teve finais felizes, e vamos falar um pouco sobre uma delas que ficou conhecida como “O Crime da Água Vermelha”
José de Paula, de 11 anos, mais conhecido como Zezinho, era filho do casal Joaquim e Maria de Paula que possuía um bar na esquina das ruas Barão de Tatuí e Salvador Correa na qual ajudava o pai no atendimento aos clientes. Também tinha um avô de mesmo nome que era dono de um armazém na esquina das ruas Cesário Mota e Barão de Tatuí.
O dia 14 de agosto de 1931 começou como um dia normal em Sorocaba, quando Zezinho, saiu de casa por volta das 11 horas da manhã para ir ao armazém do avô e nunca mais retornou.
Com a demora, os pais do menino ficaram preocupados e começaram a procurá-lo pelo bairro, mas sem nenhuma pista de seu paradeiro, foram à delegacia comunicar o desaparecimento do filho e tiveram ajuda dos jornais locais que pediam para população informações que ajudassem a descobrir o que aconteceu.
O mistério permaneceu até a chegada do quinto dia do desaparecimento do menino, quando seu corpo já em grande estado de decomposição foi encontrado no Morro Pelado, por um rapaz que estava caçando passarinhos naquela região e se deparou com a triste cena.O Morro Pelado se localizava na região do bairro da Água Vermelha, que por ser local ideal para a corte de lenha, já estava com pouca vegetação e que desapareceu com a pavimentação de ruas, avenidas e de construções de casas na área ao redor de onde se encontra atualmente o SESC.
O Jornal Diário Nacional em sua matéria do dia 23 de agosto, sobre o desaparecimento, sugeria ironizando e rebaixando, o “feiticeiro” João de Camargo como foi mencionado na matéria, que se pronunciaria apenas em dia de “consulta”, dizendo onde estaria o corpo do menino.
Ainda segundo o jornal, de acordo com testemunhas do bairro, o “santo” João de Camargo chamou a mãe de José e a obrigou a ajoelhar diante de uma grande vela e fazer suas orações, depois a chamou e disse para fazer o mesmo caminho das pessoas que procuravam seu filho e assim encontrou o menino que estava caçando passarinhos que lhe contou do macabro achado, mas como o próprio jornal dizia nada disso passava de uma lenda criada pela população.
Levado o corpo de Zezinho para o hospital a perícia foi realizada pelos médicos Drs. Helvidio Rosa e José Stillitano que constataram como causa mortis asfixia por enforcamento, entre outros sinais de violência.Quatro dias após a descoberta do corpo, chegou ao conhecimento das autoridades através de Vicente Ferreira Nobre que no dia do desaparecimento de José, seus filhos, João e Paulo que estavam próximos a Chácara Vergueiro recolhendo lenha, quando viram um mulato desconhecido em companhia de Zezinho. Os irmãos que passariam a partir desse momento a serem conhecidos como “pequenos detetives”, afirmaram ao delegado que conseguiriam identificar o suspeito, pois passando eles, perguntou o que os irmãos faziam ali, depois seguiu em direção ao Morro Pelado, junto de Zezinho.
Até esse momento, chegavam muitas cartas anônimas indicando suspeitos que eram detidos e dispensados depois de interrogados. Os irmãos descartaram o principal suspeito do caso, Antônio Borges, que seguia em interrogatório na delegacia.Junto com os investigadores Mariano e Totó Carvalho, João e Paulo, rodaram a cidade nos carros de policia, percorrendo possíveis locais que pudessem encontrar a pessoa que viram no dia 14 de agosto. Passando pelo armazém do avô de Zezinho, viram uma pessoa que parecia a que acompanhava a vitima e tiveram a certeza que finalmente encontraram a pessoa certa.
Joaquim Antônio Thomaz, ou Quinzinho, filho de Bento Antônio Thomaz, natural de Pilar, com 31 anos, foi reconhecido pelos pequenos detetives e levado sobre custódia policial para interrogatório.Inicialmente Quinzinho, negou a acusação limitando-se a dizer que apenas conhecia o menino. Com o levantamento de sua ficha, foi encontrado que em 23 e junho de 1921, ele feriu com um canivete Elias Antônio Batista, sendo preso em seguida.
À medida que o tempo passava o cerco cada vez se fechava ao redor de Quinzinho, através de testemunhas de sua má índole e alguns indícios de sua culpa foram surgindo, como o cabresto de Luiz Quelicci, para quem o suspeito prestava alguns serviços e que foi confirmada pelos irmãos ser a mesma que viram com ele no dia do crime.
Quinzinho decide confessar o crime, contando que pediu a ajuda José para procurar um animal que tinha fugido e que depois da negativa do menino as suas intenções ele o enforcara com o cabresto, deixando o corpo e fugindo em seguida do local. Como o cadáver estava demorando a ser encontrado, depois de dois dias voltou a cena do crime e moveu o corpo uns duzentos metros até uma trilha aonde foi encontrado por Antenor dos Santos, enquanto caçava passarinhos.Oportunamente Quinzinho que morava num cortiço perto do armazém do avô, sempre afirmava que se encontrasse o assassino do menino, ele o mataria com o punhal que levava consigo.
O julgamento de Joaquim se estendeu por quase dois anos sendo acusado por tentativa de estupro e assassinato do menor José de Paula. Teve como seu defensor o advogado Guilmar Mariz de Oliveira e teve como o conselho de juízes: Francisco Scardigno, Gustavo Ângelo de Alvarenga, Eliesser Barbosa Lima, Horácio Vasconcellos Leite, Luciano Prestes de Barros e Homero Padilha.
O veredito veio apenas em 10 de maio de 1933, com a sentença de 30 anos de prisão para Joaquim Antônio Thomaz, pena que cumpriu aproximadamente 15 anos, sendo liberado por boa conduta, mudando para São Paulo onde morou até o fim de sua vida.Quanto ao menino José de Paula, depois de seu corpo ser liberado pelo pela policia, foi enterrado no Cemitério da Saudade, em 20 de agosto de 1931, no jazigo da família.
Como aconteceu com Julieta Chaves e o menino Alfredinho, foi erguido um altar no lugar que seu corpo foi encontrado, que seria onde está atualmente a Rua Antônio Cândido Pereira. Com o passar do tempo e com abertura da rua, o monumento foi demolido e uma cruz foi colocada na esquina onde está o SESC na Rua Barão de Piratininga com a Av. Washington Luiz e por fim ela foi transferida para um canteiro na Avenida Arthur Fonseca.
“Um aspecto parcial de Água Vermelha” Data: 01/01/1934 Créditos/Fonte: Hemeroteca Jardim Paulistano
ID: 6534
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (2): 14/08/1931 - Morte do mártir José Santo Rei 23/08/1931 - Jornal Diário Nacional EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.