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“José Custódio de Sá e Faria e o mapa de sua viagem ao Iguatemi”, Jorge Pimentel Cintra e Rafael Henrique de Oliveira
    2020
    Atualizado em 30/10/2025 08:54:24

•  Imagens (3)
  
  
  


Obedecendo a esses princípios, orientação básica da poligonal, série temporalde mapas, toponímia e espigões, repetiu-se o processo para todos os trechos restantesda estrada, permitindo reconstituir basicamente as ruas e caminhos atuais, por ondepassava a estrada até Itu, no tempo de José Custódio de Sá e Faria e antes.Como comprovação, diversas plantas da Cidade Universitária, comopor exemplo a da figura 14, de 1943, mostram em seu limite superior, naépoca, a “Antiga estrada de Itu”.ESPIGÕES COMO CRITÉRIO PARA DETERMINAR O TRAÇADO DE CAMINHOS ANTIGOSVale a pena aprofundar em um dos critérios, o dos espigões, já que ele foifundamental para essa tarefa de identificação. Como se verá, nem sempre é possívelseguir por eles, por diversos motivos: não estarem na direção geral do caminho, nãoexistirem espigões em todo o trecho e também porque é necessário descer do espigãopara apanhar outro e assim cruzar rios e riachos em pontos estratégicos. Ou seja, noinício ou no fim caminha-se por uma meia-encosta. E, além disso, é preciso ter em contaque o termo espigão remete para uma feição cartográfica, que sobe e desce, mas semantém em cotas elevadas; na subida ou descida isso não se dá, e o caminho seguepor um divisor de águas, que é um termo mais abrangente que espigão.Capistrano de Abreu, em capítulos de História colonial,23 lista alguns critériosque determinaram o traçado seguido pelas primitivas vias: aproveitavam trilhasindígenas, balizavam-se pelas alturas (astrolábio que media a altura do sol sobre ohorizonte), buscavam gargantas, evitavam as matas e de preferência caminhavam pelosespigões. Mas, como é o estilo dessa obra, não cita exemplos nem indica referências.Assim, o caminho em questão é um bom exemplo, para esse último critério, odos espigões. Em seu diário, no dia 4 de outubro, Custódio assinala: “o caminho épelos espigões”. Isso pode ser comprovado pelos mapas com curvas de nível utilizadose através dos trabalhos de campo feitos para a presente pesquisa, percorrendo todoo caminho, em trechos sem dúvidas com automóvel, e, nos mais intrincados, a pé,efetuando medições com bússola e podômetro para avaliar as distâncias e procurandoencontrar pontos de sincronia, como o riacho da esquina do Botequim, hoje canalizado em parte, mas em parte correndo a céu aberto. Também se comprovam os espigões pelas hachuras que representam barrancos, presentes nesses borrões. Nas figuras seguintes (15 a 18), apresenta-se um trecho ilustrativo, comentado a seguir. (Página 26)

Nesse mapa, de 1804 (c), baseado no de Custódio, vê-se na esquerda um caminho em amarelo formando um triângulo. O vértice mais ocidental corresponde à fazenda de Araçariguama onde a tropa de José Custódio em 4 de outubro de 1774 pernoitou, junto à capela dedicada a Nossa Senhora da Conceição, instituída pelo padre Guilherme Pompeu de Almeida. Para isso, foi necessário abandonar o caminho principal, que segue direto, e retomá-lo pelo terceiro lado, no dia seguinte. Uma informação interessante que dá seu autor é que esse caminho amarelo vinha sendo utilizado faz mais de 200 anos, ou seja, desde 1604, primórdios da colonização da região de Itu.

O que interessa particularmente é a bifurcação que vem logo a seguir: avariante da esquerda corresponde ao caminho por espigão por cima do morrodo Putribu e a da direita ao caminho que margeia o rio Tietê. José Custódio, emsua viagem, tomou a variante da direita. Qual foi o critério para escolher umaou outra? O espigão corresponde a uma variante mais curta, mas com grandedesnível; a opção pela beira do rio é mais comprida, mas praticamente plana.Isso fica mais claro no mapa da CGG de 1901 (figura 16). (Página 27)



CONSIDERAÇÕES FINAIS

A presente pesquisa permitiu aprofundar no estudo do Diário de José Custódio de Sá e Faria, em seu primeiro trecho, analisando textos originais e diferentes versões (ver apêndice). Os dados de azimute e tempo, conversível em distância, presentes nos borrões permitiram, em combinação com mapas antigos e alguns critérios (pontos de injunção, toponímia, espigões e outros), determinar as ruas atuais por onde passava esse caminho que, segundo as informações do mapa de Policarpo, remonta a 1604, ou seja, aos primórdios da colonização da região de Itu (Pirapitingui). O estudo mostrou que os caminhos presentes no mapa da CGG, existentes para a quase totalidade da região ocupada do Estado de São Paulo em inícios do século XX, coincidindo, em grande medida, com a poligonal de Custódio, refletem bem a situação dos caminhos antigos e podem ser a base inicial para estudos desse tipo. Essa metodologia de trabalho pode ser aplicada a outros casos, coisa que se torna particularmente interessante em um momento em que os órgãos responsáveis pelo patrimônio realizam tombamentos de caminhos.

APÊNDICE DOCUMENTAL COMENTADONeste apêndice transcrevemos os dizeres dos cinco mapas de José Custódioutilizados na pesquisa e fazemos comentários para sua melhor compreensão.Comentamos também outras versões do mesmo diário e dos mapas e listamosdocumentos complementares de interesse direto.TRANSCRIÇÃO DOS DIZERES DOS BORRÕES DO DIÁRIONa transcrição dos textos seguimos os princípios de: a) modernizaçãoortográfica e inserção de vírgulas e pontos; o leitor poderá correlacionarfacilmente a grafia antiga com a moderna; b) de colocar as abreviaturas porextenso, para facilitar a leitura; e c) em trechos mais longos, indicar a mudançade linha no original pelo sinal /.Fazemos a transcrição página por página, indicando o texto principal, queexiste em quase todas, a seguir os topônimos colocados ao longo do caminho ou nassuas proximidades, obedecendo a sequência com que aparecem no caminhamento. (Página 31)

Cruzaram também o riacho Putribu, pouco distante da sede da fazenda de mesmo nome. Em 21 de abril de 1660, nessa fazenda de Manuel Bicudo Bejarano, compareceram o tabelião de Santana de Parnaíba para registrar que Baltazar Fernandes doava aos beneditinos de Parnaíba a capela de Nossa Senhora da Ponte. Esse ato, presentes as partes interessadas, deu origem à cidade de Sorocaba.

– As Serra Altas correspondem à atual Serra do Guaxatuba (ou do Piraí), asudoeste do município de Cabreúva (ver imagem abaixo).– O desenho de Custódio mostra: (a) Cachoeiras (que na verdade sãocorredeiras); (b) ilhas; e depois (c) um ponto onde o caminho segue reto, com rumoaproximado noroeste, e o Tietê afasta-se da estrada em direção ao norte. Essaestrada corresponde a um trecho da estrada Municipal do Pau d’Alho (Itu 030).D) Página 4Texto principalDia 5 de outubro [de] 1774Saímos de Araçariguama às 9 horas e 28 [minutos] / e marchamos até a vilade Itu, aonde chegamos / às 5 horas da tarde, e nos foi encontrar no / caminho oAlferes Felipe Freire com um pique / te de cavalaria auxiliar e algumas pessoas /principais da vila e em duas casas de fronte / da cadeia nos aquartelamos, as quaishavia / mandado por aprontar o senhor General. Mar / chamos neste dia 7 léguas.Topônimos no caminhamento– Serrania ao longe, distâncias de ¼ e ½ légua– Principia a picada– Acaba a picada– Terrenos mui dobrados
– Engenho do doutor Antônio José de Sousa, 1/8 [de légua, na direção] N
– Pirapitingui (riacho)
– Vila de Itu [com o símbolo de círculo e cruz] (Página 37)



\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\24863icones.txt



Mapa
Data: 10/06/2022
10/06/2022


ID: 12767


Ibituruna
Data: 01/01/1597
Créditos/Fonte: Benedito Calixto
(mapa


ID: 5420


“Peabiru” de Hernâni Donato do IHGSP
Data: 01/10/1971
Página 12


ID: 5830



ME|NCIONADOS Registros mencionados (3):
01/01/1604 - *Começa a ser utilizado um caminho para Itú
21/04/1660 - Registro do segundo testamento de Balthazar Fernandes na fazenda de Miguel Bicudo Bejarano na paragem Aputeroby
04/10/1774 - José Custódio de Sá e Faria parte da ponte de Cotia
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.