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Especial: O Caminho Velho. manoaexpedicoes.blogspot.com
    5 de março de 2022, sábado
    Atualizado em 01/11/2025 03:11:20

  
  
  


ESPECIAL: O CAMINHO VELHOO projeto Caminhos Antigos tem o propósito de resgatar a história das antigas vias de comunicação utilizadas pelos povos pré-colombianos e povos colonizadores. Estes caminhos, espalhados por todo o Brasil e América Latina, são testemunha da riqueza histórica e arqueológica deixada pelos nossos antepassados e constituem verdadeira riqueza do patrimônio cultural, dada a sua importância, comprovada por muitos pesquisadores que nos últimos anos tem dedicado grande parte do seu trabalho ao estudo dos caminhos históricos.

As rotas litorâneas e os caminhos da Serra do Mar tem sido constantemente exploradas pela equipe de Pesquisa do Instituto Manoa, o trabalho abrange várias etapas incluindo pesquisa bibliográfica, saídas de campo e captação de imagens além de publicações.

Tem sido chamado de "Caminho Velho" a antiga via que ligava o litoral norte de Santa Catarina a São José dos Pinhais e Curitiba. Desta antiga estrada, existe uma parte bem preservada que hoje é conhecida como o Caminho do Monte Crista, mas que ao longo dos séculos recebeu diversas denominações sendo as mais conhecidas " Caminho dos Jesuítas", Estrada de Três Barras" e "Caminho dos Ambrósios".

Em alguns trechos na subida da Serra do Mar e também nos campos encontram-se vestígios preservados do antigo calçamento que revestia parte do Caminho.O renomado pesquisar joinvilense Olavo Raul Quandt que escreveu " Peabiru: O Caminho Velho" especulou que a via tem sido utilizada desde os tempos pré-colombianos, servindo ao tempo da conquista como via de acesso ao interior do continente:

" O antiquíssimo caminho entre o litoral catarinense e o interior do continente, tantas vezes percorrido por castellanos estabelecidos na província del Rio de la Plata, começa junto á Ria de Três Barras, no município de Garuva, em Santa Catarina.

O Caminho Velho na Cartografia Antiga

Litoral norte de Santa Catarina no mapa de Peter Martyr de 1534. America by Martyr.

No século XVII encontramos referência à Baía da Babitonga e Rio São francisco em alguns mapas. O Major Manoel Joaquim d´Almeida Coelho em "Memória Histórica da Província de Santa Catarina" faz referência a antiguidade do caminho:

"De S. Francisco para Curitiba - do sítio chamado - Três Barras, segundo um documento que temos presente. (inédito e m.s.) foi aberta esta comunicação pelos anos 1600. Achava-se quase intransitável quando a Assembléia Legislativa da Província pela sua Lei nº 146 de 1840 a mandou reparar."

Langren, Arnoldus Florentius (1600 - 1644)"Os veleiros entravam pela "Ria de São Francisco", nome que mais tarde por engano, passou a ser grafado por alguns como "Rio de São Francisco". Trata-se do canal de acesso pelo lado norte da Baía da Babitonga. Em seguidanavegavam pela mesma baía até as imediações do Monte Gibraltar e entravam pelo canal das Três Barras" ( Quandt 2003)

Carte du Paraguay, du Chili, du Detroit de Magellan &c. L´Isle, Guillaume de. 1721

Também tem sido chamado esta via de "Caminho dos Jesuítas". O escritor Ciro Ehlke mencionou em "A Conquista do Planalto Catarinense" que a expressão " foi erroneamente adotada por agricultores colonizadores alemães para denominar a trilha, pois não existem provas concretas que indiquem que os padres missionários teriam utilizado o caminho. Certamente há de se rever este conceito, realizando um estudo mais aprofundado, pois vários mapas mostram a ligação deste caminho com o território das missões. De acordo com as fontes históricas, o caminho velho tinha início junto a Barra do Rio Três Barras, no Canal do Palmital, onde estão localizadas as ruínas da Capela Jesuítica de Santo Inácio e do antigo cemitério. Neste ponto ficava o porto da "Missa", de onde deixavam as embarcações e seguiam a pé pelo caminho terrestre. 1700-1730 Paraquariae provinciae Soc. Iesu cum adjacentibus novissima descriptioSeutter, Matthäus" A Baía da Babitonga era o melhor porto para as naus e caravelasque vinham da Espanha e traziam gente que tinha optado pelo caminho terrestre para chegar ao Paraguai ou aos aldeamentos das missões jesuíticas da região dos Rio Uruguai e Paraná" ( Quandt 2003)1728-Ober-Paraguarien nebst denen Ländern Baures, Tschikiten, Schareyes, Payaguas, Toromonas, Moschos, Ytonamas, etc., samt einem Theil dern Königreichen Tschili und Peru etc. etcTambém o Caminho Velho foi denominado de "Estrada das Três Barras" onde existem obras de engenharia antiga, como a famosa "escadaria" de pedra do Monte Crista, e os "pontilhões" de pedra e escoadores de água verificados na subida da Serra. Nos campos também existem alguns trechos preservados de calçamento de pedra de granito. As obras de pavimentação foram feitas na metade do século XIX conforme descrevem as correspondências enviadas ao presidente da província citadas por Alcides Goularti Filho em seu excelente trabalho " A ESTRADA TRÊS BARRAS E A INTEGRAÇÃO DO LITORAL NORTE CATARINENSE COM O PLANALTO DE CURITIBA"Typus Geographicus, CHILI PARAGUAY FRETI MAGELLANICI &cDelisle, Guillaume1733Sobre as obras no trecho mais íngreme escreve Goulart filho (2008):"Barreto fez reparos até a distância de 4.255 braças (9,3 km), tendo como ponto de partida a Fazenda Três Barras. Na subida até o Crista, foi abandonado o íngreme e velho caminho traçado pelas expedições no século XVIII, e Barreto determinou que fosse aberto um novo trajeto em zigue-zague, que foi calçado numa extensão de 68 braças (149,6 metros) com duas braças de largura (4,4 metros). Também foram colocados 30 esgotos transversais de pedra com calçada na parte superior. O trecho restante da subida, 26 braças (57,2 metros) era feito de pedras grandes que permitiam a passagem de apenas um animal (CORRESPONDÊNCIA, 17 de agosto de 1846). ainda sobre a Estrada de Três Barras escreve o professor Olavo:"Trata-se de outro caminho, que parte de um braço do rio Palmital, o rio do Saco, e segue até a atual cidade de Tijucas do Sul. Essa estrada, mais antiga, tinha dois nomes, de acordo com a referência: Caminho dos Ambrósios, (Tijucas do Sul era o Campo dos Ambrósios) ou Estrada Três Barras, para quem vinha do Planalto. É ela quem sobe para o Monte Crista e de lá segue para Tijucas do Sul".1736 Moll, Herman, d. 1732Map of Chili, Patagonia, La Plata, part of Brasil"Em 1799, foi instalado o posto de fiscalização e de cobrança de impostos pela passagem das congonhas(erva-mate) no distrito de Gibraltar, que fazia parte da freguesia de São Francisco do Sul" . ( Quandt 2003)Paraguay, Rio de la Plata, &c.-1747 Bowen, Emanuea Estrada Três Barras] tem tornado intransitável, com tão horrorosos despenhadeiros, que por ela não descem bestas carregadas, os tropeiros conduzem as costas os volumes deixando os animais no alto da serra. O espaço que haveria a compor estima alguns em três quartos de léguas (PINHEIRO, 1839, p. 429).Anville, Jean Baptiste Bourguignon d, 1697-1782 (1748)

O pesquisador Henry Henkels em " O Caminho do Rio Três Barras" faz referência a um documento de 1729 da Câmara de São Francisco do Sul:

"... o Capitão Cândido Joaquim de Sant´ana, morador da fazenda Três Barras, ofereceo para dispor, ordenar e administrar o caminho que se deve abrir do Porto de Cima para Coritiba, de modo voluntário e sem estipendio". (Henkels 2001)

1787-Brésil et pays des Amazones, avec le gouvernement de Buenos-AiresBonne, RigobertEm meados do século XIX o caminho teria recebido melhorias e reparos por ordem da coroa portuguesa para garantir o trânsito entre o litoral e o planalto. " O Caminho dos Ambrósios"como ficou conhecido, teve seu período de maior trânsito durante o ciclo do tropeirismo que perdurou na região até meados do século XX. , no alto da Serra, ainda existem vestígios dos antigos ranchos de pedra utilizados pelas tropas.



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Brasilia et Peruvia
Data: 01/01/1593
Créditos/Fonte: G. & C. De Jode
(mapa


ID: 11511



ME|NCIONADOS Registros mencionados (4):
01/12/1534 - Mapa da América de Peter Martyr, Veneza*
01/01/1600 - *A primeira povoação dizem que foi estabelecida em 1.600 por habitantes da parte inferior da Ribeira
01/01/1729 - Em 1729, janeiro, ainda não estava pronta a estrada. O governador paulistano, Antônio da Silva Caldeira Pimentel, enviou então Antônio Afonso e Francisco Rodrigues Chaves, com uma boa tropa para ajudarem e servirem de vanguardeiros a Souza Faria*
01/01/1978 - *O Segredo dos Incas, 1978. Jean-Claude Valla
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.