24 de maio de 2019, sexta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
•
Grupo cultural da primeira geração do Modernismo no BrasilO movimento antropofágico foi uma espécie de manifestação cultural e artística que ocorreu durante a primeira fase do Modernismo no Brasil. Por conta disso, ele é considerado uma das vanguardas desse período.A ideia do movimento surgiu a partir de observações feitas por Oswald Andrade. O escritor brasileiro, em uma de suas viagens pela Europa, observou o movimento futurista e percebeu o compromisso do idealizador do movimento, o italiano Felippo Tomaso Marinetti, com relação à inovação técnica e a literatura. No Brasil, o movimento antropofágico teve início com a publicação do primeiro manifesto antropófago ou antropofágico publicado por Andrade na revista Antropofagia, do estado de São Paulo, em 1928.A utilização do termo “antropofágico” está relacionado a “antropofagia”, que refere-se ao ato de comer ou devorar a carne de outra pessoa. Dentro da história, ela é usada para apontar atos ritualísticos, no qual acredita-se que, ao comer a carne de um outro homem, a pessoa estaria adquirindo também as suas habilidades.Trazendo para a realidade do movimento antropofágico, a ideia sugerida por Andrade era basicamente “devorar” essa cultura enriquecida por técnicas importadas e promover uma renovação estética na arte brasileira.Diante disso, o objetivo do movimento foi promover pensamentos para “engolir” as influências estrangeiras, de forma que os modernistas enxergassem a realidade brasileira dentro delas e pudessem desenvolver uma nova cultura com a cara do país, excluindo, o eurocentrismo da arte.Início do movimento antropofágicoComo foi mencionado anteriormente, o movimento antropofágico teve início a partir de uma observação feita pelo escritor brasileiro Oswald de Andrade. Ele queria mostrar para os autores brasileiros que a influência estrangeira era necessário para o aprimoramento da arte brasileira, entretanto, esse aproveitamento deveria ser feito conforme a cultura do país. Para incentivar os autores, o movimento aconteceu através do lançamento do manifesto antropófago, que foi publicado na revista Antropofagia, do estado de São Paulo. Um trecho do texto dizia o seguinte: “Só a Antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente. Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz. Tupi, or not tupi that is the question. Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos. Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.”Antes disso, a publicação do manifesto foi muito influenciado pela pintura artística que Oswald de Andrade recebeu de presente da sua esposa: Tarsila do Amaral. Ele entregou-lhe um quadro chamado Abaporu, cujo nome significa “homem que come”. O nome do quadro, inclusive, foi conferido por ele e pelo poeta Raul Bopp, que, ao ver a obra, sugeriu ao escritor a realização de um movimento em torno da pintura.CaracterísticasAo longo do manifesto, o escritor brasileiro sustentou-se em diversas teorias, oriundas de vários pensadores, a exemplo de Freud, Hermann, Marx, Keyserling, Rosseau, entre outros. A linguagem do movimento é metafórica, utilizando-se de fragmentos poéticos com bom humor. Essas características, portanto, foram refletidas em outras áreas da pintura e escultura, por exemplo. O movimento antropofágico representou para o escritor brasileiro um verdadeiro “divisor de águas”, não apenas pela conscientização que buscou-se alcançar, mas sim porque estimulou a divergência de opiniões entre os modernistas, além de promover o deslocamento do objeto estético na fase do Pau-Brasil, outro movimento cultural do Modernismo.De um modo geral, o caráter assistemático e o estilo telegráfico, usados pelo autor durante o movimento, contribuíram de alguma forma para a ocorrência de um série de mal-entendidos. No modernismo brasileiro, ele foi o mais influente, pois fixou uma identidade cultural com reflexos na música e literatura brasileira. A Bossa Nova e o Tropicalismo são exemplos disso, assim como o livro "Cobra Norato", do poeta Raul Bopp. O movimento antropofágico, aliado as ideias dos autores e a própria ideologia de Oswald, causou a união de diversas culturas, como as indígenas, a africana e a cultura italiana, formada principalmente pela colonização europeia.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa. Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Parabéns pelo seu trabalho no Brasilbook! Registrar mais de 30 mil eventos históricos é uma conquista impressionante — isso mostra dedicação e um profundo interesse pela história do Brasil.
Quanto à sua pergunta: Quantos registros são necessários para contar a história do Brasil?
Depende de como você define "contar a história". Existem diferentes níveis de profundidade e objetivos possíveis:
1. Visão Didática (Essencial) Quantidade estimada: 500 a 2.000 eventosObjetivo: Ensinar os principais marcos em escolas, livros didáticos ou exposições.Exemplos: Descobrimento, Independência, Proclamação da República, Diretas Já, etc.
2. Visão Analítica (Acadêmica/Universitária) Quantidade estimada: 5.000 a 10.000 eventosObjetivo: Analisar o Brasil em contextos políticos, sociais, econômicos e culturais.Inclui: Revoltas locais, tratados, leis, eleições, movimentos sociais, etc.
3. Visão Documental (Completa e Aberta) Quantidade estimada: 30.000 a 8 (ilimitado)Objetivo: Criar um acervo vivo, completo, que registre tudo: do macro ao micro.Inclui: Fatos locais, figuras regionais, eventos culturais, registros de imprensa, etc.Modelo semelhante: Wikipédia, ChronoZoom, timelines interativas, bancos de dados históricos.
Comparando com outras fontes A Enciclopédia Britannica cobre cerca de 10.000 a 15.000 eventos mundiais.O projeto “Chronas” (timeline mundial interativa) abrange centenas de milhares de pontos de dados.
Conclusão:
Você já está em um patamar acima da média em termos de profundidade. Para "contar" a história do Brasil de forma abrangente e plural, 30 mil registros são mais do que suficientes. Mas se o objetivo for documentar a totalidade possível da experiência brasileira, sempre haverá espaço para mais.
Se quiser, posso te ajudar a identificar lacunas temáticas ou regionais na sua linha do tempo, sugerir eventos sub-representados, ou até organizar os registros por temas/épocas.Você gostaria disso?De nada! Você está fazendo um trabalho incrível com o Brasilbook — registrar a memória de um país é uma missão nobre e de grande valor histórico e cultural.Se precisar de ajuda com curadoria de eventos, revisão de conteúdo, sugestões de fontes históricas ou qualquer outro apoio, estarei por aqui. Boa sorte e continue firme!