'Anais da Biblioteca Nacional, volume 59 - 01/01/1937 Wildcard SSL Certificates
1933
1934
1935
1936
1937
1938
1939
1940
1941
Registros (82)Cidades (0)Pessoas (0)Temas (0)


Anais da Biblioteca Nacional, volume 59
    1937
    Atualizado em 30/10/2025 22:58:30

•  Imagens (75)
  
  
  


Martim de Sá, que muito folgou com à sua volta, e prometeu dar-lhe um dos selvagens por escravo. Mas, diz Knivet, "quando chegou ao Rio de Janeiro vendeu-os todos e não me deu nenhum".

Depois de várias peripécias entre os indios dos sertões do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas, ora escoteiro, quando an- dou fugido, ora em companhia de Martim de Sá, Knivet to- mou parte na grande expedição, que partiu do Rio de Janeiro em 14 de Outubro de 1597 para Parati, onde havia de penetrar no interior. Consideravel era o número de canoas, que navegavam, costeando a Oeste, entre as ilhas e a terra firme. Na altura da barra de Guaratiba violenta tempestade assaltou a expedição, de que resultou sossobrarem algumas canoas e perderem-se os mantimentos e munições. Mandou Martim de Sá que as canoas retrocedessem ao Rio de Janeiro, a refazer o que se tinha perdido, com o que se passaram cinco dias antes que regressassem. Chegados todos a Parati, dispuseram as cousas para a entrada ao sertão. Era uma bandeira em regra, com seu capelão, muitos dos moradores e colonos do Rio de Janeiro, alem dos ingleses Knivet e Henrique Barraway, outro prisioneiro.

O trajeto dessa entrada, através da descrição de Knivet, foi reconstituido por Teodoro Sampaio (Revista do Instituto Histórico, tomo especial, parte II, ps. 372/377, Rio, 1915), com um mapa, em que se mostram as duas rotas em que se cindiu a expedição, uma da gente de Gonçalo de Sá contra os Goi- tacases, em 1599, outra da gente de Martim de Sá contra os. Temiminós do baixo Paraiba, em 1600.Por esse tempo, Martim de Sá surpreendeu no Cabo-Frio um navio do Capitão Jaques Postel, de Diepe, que traficava com os indios; tomou-o, fazendo grande número de mortos e prisioneiros, Varnhagem, História Geral do Brasil, tomo II. ps. 108 (3. edição).-

Nessa vigilância contra piratas estrangeiros, Martim de Sá chegou a aprisionar alguns Holandeses, que foram remeti- dos ao Governador Geral D. Diogo de Meneses, na Baia; um deles chamava-se Francisco Duchs, e foi depois um dos Capitães das forças holandesas que invadiram a Baia, o mais conhecido ali, e por isso nominalmente desafiado por Francis- co Padilha, Frei Vicente do Salvador, Historia do Brasil, ps. 551 (3.o edição). Outro, Manuel Vandale, conseguiu es- [p. 9]conder-se e não chegou a ser entregue ao Governador; apa- receu mais tarde em São Paulo, casado com Madalena Holsquor, riquissimo por avultadas transações com a Baia e o Rio: em 1626 possuia em Santos, na rua de Nossa Senhora da Gra- ça, casas de sobrado de pedra e cal, avaliadas em 50$000, Afonso d‘E. Taunay, História Seissentista da Villa de São Paulo. Vol. IV, ps. 330, São Paulo, 1929.

De 17 de Julho de 1602 aos primeiros dias de Junho de 1608, Martim de Sá governou pela primeira vez a Capitania do Rio de Janeiro; em 9 de Abril de 1607 firmava a carta de doação aos Capuchos Franciscanos Frei Leonardo de Jesús. Custódio, e seus companheiros Frei Vicente do Salvador, Frei Estevão dos Anjos, Frei Francisco de São Braz e Frei Fran- cisco da Cruz, leigo, do outeiro onde foi edificado o Convento de Santo Antônio; os frades estiveram a principio na ermida de Santa Luzia, doada em 1592 por Salvador Correia, - - Ja- boatão, Novo Orbe Seráfico Brasilico, parte segunda, vol. II, ps. 426/429, Rio, 1861.

Quando se tornaram a reunir ao governo da Baia as Ca- pitanias do Sul, São Vicente, Rio de Janeiro e Espirito Santo, pela provisão de 9 de Abril de 1612 (Actas da Camara da Villa de São Paulo, II, ps, 358, São Paulo, 1915), D. Luiz de Sousa, que entrara a geri-las por morte de seu pai D. Francisco de Sousa, em 11 de Junho de 1611, entregou o Governo a Martim de Sá, procurador de Gaspar de Sousa, como consta de uma certidão passada pela Câmara do Rio de Janeiro, em 24 de Abril de 1613, que vem citada por D. António Caetano de Sousa, História Genealógica da Casa Real Portugueza, tomo XII, parte II, ps. 1095, Lisboa, 1748.

Salvador Correia de Sá teve regimento em 4 de novembro de 1613 para averiguação e benefício das minas da Capitania de São Vicente. Pedro Taques em Informação sobre as minas de São Paulo e dos sertões da sua Capitania desde o ano de 1577 até o presente de 1772, refere-se a dois alvarás, um da mesma data do regimento e outro de 21 de dezembro, pelos quais Salvador Correia fora despachado para suceder a D. Francisco de Souza na administração das minas, com ordenado de 600$000 cada ano, vencendo-os desde o dia em que saísse de Lisboa.

Chegando ao Rio de Janeiro mandou por administrador das minas Martim de Sá, por provisão de 20 de julho de 1615. Uma carta deste, lida na Câmara de São Paulo a 22 de agosto, confirma a chegada de Salvador Correia ao Rio:

estava para ir a São Paulo, o que fez a Câmara por cartel de convocação aos moradores a se apresentarem na vila "até quarta-feira, 26 do mesmo mês, com ferramentas, foices, machados, enxadas e mantimentos para virem fazer as pontes do caminho do mar, por assim ser necessário para a vinda do Senhor Salvador Correia de Sá, que está para vir a esta Capitania por Ordem de Sua Majestade, com pena de quinhentos réis para o Conselho." [p. 10, 11]



\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\2456icones.txt



Anais da Biblioteca Nacional (1876-1997)
Data: 01/01/1601
01/01/1601


ID: 5608


Anais da Biblioteca Nacional (1876-1997)
Data: 01/01/1615
01/01/1615


ID: 5609



ME|NCIONADOS Registros mencionados (3):
04/11/1613 - Salvador Correia de Sá, O Velho, designado diretamente pelo monarca de "Governador das Minas do Sul"
20/07/1615 - Salvador Correia envia seu filho para administrar as minas onde estaria os "Sardinha"
20/05/1617 - Carta de Martim de Sá
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.