Dia de Finados: Você conhece a história dos cemitérios de Sorocaba? Carlos Araújo, Jornal Cruzeiro do Sul
2 de novembro de 2019, sábado Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Os cemitérios reproduzem a sociedade que os gerou. Esta definição consta do folheto sobre o projeto “Passeios Culturais - Cemitério da Saudade”, idealizado pela Prefeitura de Sorocaba.O material é entregue aos visitantes nas programações de passeio pelo pesquisador José Rubens Incao, que também é diretor da Biblioteca Infantil da cidade.De acordo com o folheto, as pesquisas em cemitérios permitem o conhecimento de diferentes aspectos da cidade. Esses locais são fontes de dados sobre estudos étnicos e genealógicos, qualidade de vida, religião, política, gosto artístico, padrões econômicos, tipos de reações perante a morte.Por exemplo, o estudo de diferentes sepulturas, produzidas em épocas variadas, reflete as várias fases econômicas da cidade. O tamanho e a qualidade dos túmulos podem definir os perfis sociais da comunidade.E os túmulos, por meio de inscrições, epitáfios, símbolos e imagens permitem mostrar como a população enfrenta ou idealiza a morte. Além de suas diferentes leituras sobre a morte conforme a faixa etária, econômica ou religiosa.LiderançasTúmulos, inscrições, mensagens, assinaturas, bustos ou efígies registram a presença de lideranças. Nesse aspecto, o cemitério da Saudade abriga sepulturas de muitos políticos, empresários, religiosos, que fizeram história em suas atividades durante as respectivas trajetórias de vida.Lá estão sepultadas, entre outras figuras de projeção, João de Camargo (1858-1942), Monsenhor João Soares do Amaral (1844-1900), Francisco de Paula Xavier de Toledo, o Professor Toledo (1825-1903), Antonio Francisco Gaspar (1891-1972), Aluísio de Almeida (1904-1982).Túmulos famosos no cemitério da Saudade atraem muito a atenção do público. Entre eles está o da menina Julieta Chaves. Morta aos 7 anos de idade em 1899, vítima de violência, ela desapareceu de casa e seu corpo foi encontrado junto ao córrego Itabacaí.Esta morte gerou grande comoção na cidade. Os moradores se uniram para a construção de seu túmulo, feito em mármore. Tempos depois, um novo túmulo foi construído, em forma de capelinha, doação do empresário Nicolau Scarpa.Ela também ficou conhecida como “Santinha de Sorocaba” e inspira a fé de devotos. A história de Julieta Chaves foi tema de livro do pesquisador Carlos Carvalho Cavalheiro.IndígenasO folheto da Prefeitura também informa que os primeiros cemitérios da região de Sorocaba foram deixados pelos índios. Eles dedicavam especial cuidado com os seus mortos.Como acontece em outras culturas, acreditavam na vida após a morte. Utilizavam grandes vasos de argila -- urnas funerárias -- onde depositavam os mortos na posição fetal. Com essa posição, representavam o nascimento para uma nova vida.o geral, eram enterrados no chão de suas próprias casas ou dentro do perímetro da cidade. Esta forma de sepultamento possibilitou aos pesquisadores e arqueólogos um mapeamento da presença indígena em diferentes locais do município de Sorocaba: Parque São Bento, Mineirão, Cerrado, Éden, Brigadeiro Tobias e outros.
Nas igrejas
Até o século 19, os sepultamentos eram feitos nas igrejas, informa o referido folheto. O fundador de Sorocaba, Baltasar Fernandes, construiu a primeira igreja, dedicada a Nossa Senhora da Ponte -- atual igreja de Sant’Ana, junto ao Mosteiro de São Bento -- com a finalidade de servir de amparo espiritual, abrigo e sepultura dos primeiros habitantes.Neste local estão sepultados Baltasar Fernandes, Paschoal Moreira Cabral (o pai) e Frei Baraúna, entre outros líderes sorocabanos.
Outras igrejas foram construídas e muitos sorocabanos foram sepultados junto ou próximo aos altares. O entorno dos templos também era utilizado para sepultamentos. Em 1819, o Mosteiro de São Bento doou o terreno ao lado da igreja, atual praça Carlos de Campos, para o primeiro cemitério a céu aberto da cidade.
Era fechado com grades e tinha em seu interior uma capela dedicada a Santa Cruz. Esse local foi utilizado até 1863. No ano seguinte, Frei Baraúna, que era beneditino, pediu o terreno de volta.
Campo de Piques
Com o aumento da população e a preocupação com as doenças que rondavam a cidade, em 1855 foi orçada a construção de um grande cemitério no campo do Piques - o futuro cemitério da Saudade. O local ficava distante na época, em ponto alto, sem riscos de contaminação de rios. Em 31 de janeiro de 1863 o local estava pronto e com regulamento. Era fechado na frente com muros de taipa e cercado por grades fabricadas em Ipanema.
Os locais das sepulturas eram sinalizados com tijolos numerados. Os primeiros coveiros foram Antonio Lacerda e Benedito Brisola, e o administrador era João Martins da Costa Passos. O primeiro sepultamento ocorreu em 18 de maio de 1863.
O terreno do cemitério era metade do que ocupa hoje, indo ca capela central até à rua Princesa Isabel. Em 1942, foi ampliado da atual capela central à atual praça Pedro de Toledo.
A área interna era diferenciada para sepultamento de “anjinhos” (crianças até 12 anos), escravos, virgens, adultos e vítimas da febre amarela que castigou a cidade na virada do século 19 para o século 20.Com área de 45 mil metros quadrados, possui 7.840 sepulturas perpétuas. Dados de 2007 computavam 76.338 pessoas sepultadas no local. (Carlos Araújo)
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (1): 05/09/1864 - Os canhões da Revolução Liberal foram removidos da atual praça Frei Baraúna EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.