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Morre delegado que se encontrou em Sorocaba com carrasco nazista
    21 de agosto de 2018, terça-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


Foi enterrado na tarde desta terça-feira (21) em Sorocaba, Menoti Barros de Oliveira, ex-diretor da Polícia Federal, falecido na noite de segunda-feira aos 66 anos, idade impensável para os dias de hoje, onde a expectativa de vida beira os 85 anos. Por isso, sua morte assusta. Menoti passou 33 anos, metade da sua vida, na Polícia Federal e deixa a esposa Rosely, os filhos Amanda, Paulo e Márcio e netos.

Há alguns anos, ainda no BOM DIA, eu tive a chance de contar uma história que, pelo que me lembro, ainda não havia sido contada por Menotti a ninguém: ele, quando jovem, aluno do Estadão, teve um encontro com o carrasco nazista Josef Mengele aqui em Sorocaba. Obviamente que ele não sabia de quem se tratava, à época.

Agora, sua morte, sepulta o nome da família sorocabana que deu guarida e protegeu o nazista. Na época, quando da entrevista que fiz com ele, Menoti entendia que de nada adiantaria expor os familiares que, nos anos 60, abrigou um nazista. Uma pena. Obviamente que há caminhos mais longos para se chegar ao nome dessa família. Uma tarefa para algum jovem repórter.

A história do encontro com o Anjo da Morte

Menoti contou que durante um de seus plantões na Polícia Federal de São Paulo, um agente o pediu para falar ao telefone com uma moça que chorava muito e havia mencionado o nome de Menoti. A mulher, que também era de Sorocaba, era sua conhecida de infância. Ela soluçava ao telefone porque sua tia havia sido levada por policiais federais e queria saber o que estava acontecendo. O delegado não sabia de informações até então, mas sabia que o doutor Veronese trabalhava em uma missão que poderia ter relação com o caso.

Ao verificar, Menoti descobriu que a tia da moça de Sorocaba estava com os agentes e ainda não havia sido liberada porque não colaborou e não prestou depoimento. Dessa forma, ela deixou as duas se falarem por telefone. Depois de conversar com a tia, a moça declarou ao delegado que a tia estava disposta a colaborar com a Polícia Federal e prestar as informações necessárias, mas que ela só iria prestar ao delegado Menoti, pois era de confiança da moça.

Menoti então, ao falar com a senhora, descobriu: a mulher e seu marido hospedaram o médico nazista Josef Mengele em sua casa durante anos. Para disfarçar, a família dizia que Mengele era um tio alemão antigo. O delegado conta inclusive que quando era mais jovem e colega da moça em Sorocaba, na sua festa de 15 anos, a moça o apresentou para um tio, chamado “Pedro”, mas que então ficou sabendo pela moça ser na realidade o nazista Mengele.

A tia de sua colega e o marido faziam parte de uma organização que estava dando guarida ao refugiado nazista. Josef Mengele foi um médico nazista famoso por seu “trabalho” no campo de concentração de concentração de Auschwitz, e por ter realizado diversos experimentos em seres humanos ficou conhecido como Anjo da Morte.

A família que abrigou o nazista informou que ele havia morrido afogado em uma praia de Bertioga e seu corpo estava enterrado no cemitério de Rosário, em Embu das Artes, São Paulo. A informação foi confirmada pela perícia, que exumou o corpo e confirmou que a ossada era mesmo de Mengele. A descoberta deu repercussão internacional à Polícia Federal, pois se tratava de um caso que ninguém sabia dizer: onde estava Mengele.

E tudo veio à tona graças a coincidência de Menoti ter se encontrado com o carrasco nazista em Sorocaba quando jovem e com a tia da sua colega depois de estar na Polícia Federal.





OII!

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