'Morre delegado que se encontrou em Sorocaba com carrasco nazista 0 21/08/2018 Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff
2014
2015
2016
2017
2018
2019
2020
2021
2022
Registros (204)Cidades (74)Pessoas (206)Temas (221)


Morre delegado que se encontrou em Sorocaba com carrasco nazista
    21 de agosto de 2018, terça-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


Foi enterrado na tarde desta terça-feira (21) em Sorocaba, Menoti Barros de Oliveira, ex-diretor da Polícia Federal, falecido na noite de segunda-feira aos 66 anos, idade impensável para os dias de hoje, onde a expectativa de vida beira os 85 anos. Por isso, sua morte assusta. Menoti passou 33 anos, metade da sua vida, na Polícia Federal e deixa a esposa Rosely, os filhos Amanda, Paulo e Márcio e netos.

Há alguns anos, ainda no BOM DIA, eu tive a chance de contar uma história que, pelo que me lembro, ainda não havia sido contada por Menotti a ninguém: ele, quando jovem, aluno do Estadão, teve um encontro com o carrasco nazista Josef Mengele aqui em Sorocaba. Obviamente que ele não sabia de quem se tratava, à época.

Agora, sua morte, sepulta o nome da família sorocabana que deu guarida e protegeu o nazista. Na época, quando da entrevista que fiz com ele, Menoti entendia que de nada adiantaria expor os familiares que, nos anos 60, abrigou um nazista. Uma pena. Obviamente que há caminhos mais longos para se chegar ao nome dessa família. Uma tarefa para algum jovem repórter.

A história do encontro com o Anjo da Morte

Menoti contou que durante um de seus plantões na Polícia Federal de São Paulo, um agente o pediu para falar ao telefone com uma moça que chorava muito e havia mencionado o nome de Menoti. A mulher, que também era de Sorocaba, era sua conhecida de infância. Ela soluçava ao telefone porque sua tia havia sido levada por policiais federais e queria saber o que estava acontecendo. O delegado não sabia de informações até então, mas sabia que o doutor Veronese trabalhava em uma missão que poderia ter relação com o caso.

Ao verificar, Menoti descobriu que a tia da moça de Sorocaba estava com os agentes e ainda não havia sido liberada porque não colaborou e não prestou depoimento. Dessa forma, ela deixou as duas se falarem por telefone. Depois de conversar com a tia, a moça declarou ao delegado que a tia estava disposta a colaborar com a Polícia Federal e prestar as informações necessárias, mas que ela só iria prestar ao delegado Menoti, pois era de confiança da moça.

Menoti então, ao falar com a senhora, descobriu: a mulher e seu marido hospedaram o médico nazista Josef Mengele em sua casa durante anos. Para disfarçar, a família dizia que Mengele era um tio alemão antigo. O delegado conta inclusive que quando era mais jovem e colega da moça em Sorocaba, na sua festa de 15 anos, a moça o apresentou para um tio, chamado “Pedro”, mas que então ficou sabendo pela moça ser na realidade o nazista Mengele.

A tia de sua colega e o marido faziam parte de uma organização que estava dando guarida ao refugiado nazista. Josef Mengele foi um médico nazista famoso por seu “trabalho” no campo de concentração de concentração de Auschwitz, e por ter realizado diversos experimentos em seres humanos ficou conhecido como Anjo da Morte.

A família que abrigou o nazista informou que ele havia morrido afogado em uma praia de Bertioga e seu corpo estava enterrado no cemitério de Rosário, em Embu das Artes, São Paulo. A informação foi confirmada pela perícia, que exumou o corpo e confirmou que a ossada era mesmo de Mengele. A descoberta deu repercussão internacional à Polícia Federal, pois se tratava de um caso que ninguém sabia dizer: onde estava Mengele.

E tudo veio à tona graças a coincidência de Menoti ter se encontrado com o carrasco nazista em Sorocaba quando jovem e com a tia da sua colega depois de estar na Polícia Federal.




  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

A base de dados inclui ci

Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .

Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP



Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?

Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:

BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira

Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.

Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.

Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.

É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.

BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.