outubro de 1941, quarta-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Em outubro de 1941, alguns meses antes dos japoneses bombardearem Pearl Harbor, virando a opinião pública americana a favor da ideia de ir à guerra, o então presidente americano Franklin Roosevelt já estava preocupado com a ameaça nazista e ficou ainda mais ao ver um mapa que lhe chegou às mãos.
Ele representava uma América do Sul comandada pela Alemanha e dividida em quatro grandes regiões – Brasilien (unindo Brasil e Bolívia), Argentinien (a soma de Argentina, Uruguai, Paraguai e parte da Bolívia), Neuspanien (Colômbia, Vezeuela e Equador) e Chile (Chile, Peru e parte da Bolívia).
Mas o que mais incomodou Roosevelt foram as notas manuscritas em alemão na borda do mapa. Precisas considerações logísticas sobre o abastecimento de combustível para aviões entre a África e a América do Sul e, o pior, redes aéreas que rumavam para o México – às portas dos Estados Unidos.
“Tenho em meu poder um mapa secreto, feito na Alemanha pelo governo de Hitler – pelos planejadores da Nova Ordem Mundial. Este mapa deixa claro o desígnio nazista, não só contra a América do Sul, mas também contra os Estados Unidos”, disse Roosevelt publicamente em 27 de outubro de 1941.
Só tinha um problema: segundo conta o escritor ganês William Boyd em artigo para o Daily Mail, o mapa era falso e muito bem elaborado pelos serviços secretos britânicos, à época empenhados em outra guerra tão importante como a que travavam contra o nazismo.
Em busca de material para um livro, Boyd diz que teve a sorte de se deparar com um manuscrito de 500 páginas contando em detalhes as operações do British Security Coordination (BSC), criado em 1940 e inspirado nos serviços secretos britânicos. Lá estaria todo o esforço inglês para conquistar corações e mentes e atrair para o palco de guerra o estratégico aliado.
De armas secretas a previsões de astrólogos
Nos primeiros anos da II Guerra Mundial, um dos maiores desafios da Inglaterra foi tentar convencer os EUA a participarem do conflito. Praticamente sozinhos enfrentando a poderosa e bem montada máquina de guerra alemã, os ingleses mal conseguiam se organizar, sendo eles também alvo dos célebres bombardeios da Luftwaffe a Londres e outras cidades britânicas.
Ao assumir o cargo de primeiro-ministro inglês, em maio de 1940, Winston Churchill declarou abertamente que seu objetivo primordial era convencer Roosevelt a somar forças contra Hitler. E, nessa pressão, valia tudo. Inclusive, mentir.
Ainda traumatizada pela participação na I Guerra Mundial, a sociedade americana não queria ouvir falar em um novo conflito do outro lado do mundo e era amplamente contra a ideia. Além disso, a exemplo de muitos países (inclusive a Inglaterra de antes da Guerra), uma parcela considerável de políticos e empresários dos EUA nutria simpatia pelos nazistas.
Assim, o BSC montou um enorme esforço de propaganda anti-nazista do outro lado do Atlântico. O trabalho era coordenado por um milionário canadense, William Stephenson, que se transferiu para Nova York e usava como fachada o escritório central da rádio de ondas curtas WRUL. Faziam de tudo, desde divulgar falsas armas de profundidade para intimidar os temidos submarinos alemães a espalhar previsões e profecias de pretensos astrólogos sobre uma iminente morte de Hitler, e atuavam nas três américas.
Uma operação exemplar
E foi numa dessas operações ao Sul do Equador que nosso mapa surge. A história contada ao FBI e, depois, a Roosevelt dava conta de que o BSC tinha se apoderado de uma pasta com a cópia do mapa, após um funcionário da Embaixada alemã ter sofrido um acidente de carro em Buenos Aires, na Argentina.
O local escolhido não poderia ser melhor – um país neutro, mas com claras simpatias pró-nazistas; a bem elaborada e lógica divisão dos estados nacionais e, cereja do bolo, as anotações marginais sobre abastecimentos de aeronaves citando o México – tudo isso contribuiu para fazer do falso mapa nazista da América do Sul uma das mais impressionantes operações secretas da II Guerra Mundial.
Sua importância prática, porém, é bastante duvidosa. Roosevelt, à época, já estava ciente da necessidade de ir à guerra, mas, mesmo citando publicamente casos como os do mapa em questão, tinha enorme dificuldade de convencer o povo americano. Este só mudaria de opinião 41 dias depois.
Às 7h53min de 7 de dezembro de 1941, os japoneses, temerosos que os EUA revidassem suas investidas no Pacífico, resolveram agir primeiro e bombardearam o porto havaiano de Pearl Harbor, na tentativa de neutralizar a poderosa frota naval americana. O resto é história.
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.