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“O Barro cinzento paulista”. Edileine Carvalho Vieira
    2016
    Atualizado em 24/10/2025 04:16:16

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restrições especiais ao direito criativo dos membros sobre sua própria obra, e a subordinaçãoincondicional à loja51, no caso da Vila de São Paulo, subordinados aos senhores das terras.

Em 23 de maio de 16105, há o registro de uma ata que trata de um acordo entre a Câmara e Fernando Álvares para a construção do Pelourinho, com uma descrição bastante minuciosa sobre o material que deveria ser empregado, sobre os dados “arquitetônicos” como altura, largura, prazos de entrega e os valores que deveriam ser pagos pelo trabalho, incluindo as multas pelo não cumprimento do acordo. E mais uma vez surge a informação da possível existência de fornos na Vila:

que fizese o pelourinho desta vila na forma e manrª seguinte de tijolo cozido e baro e baro de doze peis em quadra e de tres degraos de alto com degraos de palmo e meo e de fazer o que for necesario pª que fique bem feito e composto e proporsionado e de altura de vimte e dous palmos do degrao pª sima e de grousura de quatro palmos por cada fase o que tudo se obriga a fazer por preso e cõtia de seis mil rs.

1.1 Indústria oleira

Há indícios de que os rios incorporavam-se a vida cotidiana da Vila, à medida queatendiam as múltiplas necessidades dos indivíduos, tais como deslocamento, comércio, lazer efonte de alimentos. E a suposta indústria oleira teria apenas se apropriado do material emabundância, o barro, adequando o material ao trabalho e não o trabalho ao material.Consta, nas Atas da Câmara53, um documento que atesta a existência de um pequenoporto nos arredores da olaria da Vila de Pinheiros administrada pelos beneditinos e que serviriacomo um entreposto comercial.Fazemos saber a toda a pessoa de qualquer calidade a quem esta carta dearendamto virem que por sermos informados que Luis de Barros Souto Mayormorador na passagem dos Pinheiro, termo desta d.ª v.ª havia lançado em prassa51 HAUSER, Arnold. História Social da Arte e da Literatura. São Paulo: Martins Fontes, 2000. Usamos a teoria deHauser apenas com o intuito de aproximar as atribuições das supostas corporações da Vila com as corporações daEuropa, tendo em vista que os juizes de oficio nomeados na Câmara eram possivelmente homens da Corte quevinham para colônia com seus ofícios ali treinados e supostamente moldados por corporações específicas.52Actas da Camara da Villa de S. Paulo (1596-1622), Vol. II. Publicação official do Archivo Municipal de S. Paulo,São Paulo: Duprat & Cia., 1915, p.268.53Actas da Camara da Villa de S. Paulo (1701-1719), Vol. VIII. Publicação official do Archivo Municipal de S.Paulo, São Paulo: Typographia Piratininga, 1916, p.87 a 89. [p. 23]

conhecimento indígena sobre o manejo do barro e as inúmeras técnicas de modelagemapresentada pelas distintas etnias que viveram no território brasileiro, um conhecimento secularinerente dessa população antes mesmo da chegada dos “brancos”.Os documentos das Atas da Câmara indicaram que o contato entre os colonizadores e ossilvícolas não se deu de forma amigável desde o início, muito pelo contrário. Vários registros de1610 do volume 1 falam sobre os diversos conflitos entre os gentios e os brancos, inclusivecitando a atitude dos padres da Companhia de Jesus e as proibições da retirada dos gentios forosda Vila, por receio do prejuízo que isso traria tanto para o serviço geral, quanto para os serviçosdomésticos.Os mestres oleiros vindos da Corte provavelmente trouxeram consigo técnicas próprias demanejo do barro que foram apreendidas dentro de suas supostas corporações de origem. Aochegar à colônia e assumirem seus ofícios junto a Câmara, é provável que tenham introduzidotécnicas supostamente diferentes das aqui empregadas, incluindo o uso de distintas tipologias defornos e, consequentemente, obtiveram objetos cerâmicos78 onde o manejo, a manufatura eacabamento plástico possuíam suas próprias especificidades.Nossa pesquisa tenta demonstrar que os objetos produzidos em barro, dentro e fora dasolarias, articularam conhecimentos locais com os conhecimentos dos oficiais mecânicos vindosda Corte, num processo nem sempre linear, inclusive com o desenvolvimento de uma mão deobra específica.78 Os objetos cerâmicos produzidos no período colonial receberam na década de 60 a terminologia, de acordo com oPRONAPA (Programa Nacional de Pesquisas Arqueológicas – Instituto fundado na década de 60) de TradiçãoNeobrasileira, que definiria que os objetos seriam confeccionados por grupos familiares (não índios ou caboclos)com técnicas indígenas e de outras procedências. Ora, diante desta definição os grupos familiares se resumiriamapenas aos colonizadores e supomos que os grupos sociais que compunham a Vila de São Paulo eram maiscomplexos. Por outro lado, alguns documentos sugerem que esses objetos eram produzidos em olarias, com seusmestres oleiros, com contrato e, portanto, ultrapassaria o contexto apenas familiar. Além disso, os princípios teóricose empíricos do PRONAPA eram reacionários e anti-humanistas, promovendo o conceito, por muito tempo arraigadona sociedade acadêmica e não acadêmica de que os povos indígenas eram preguiçosos. FUNARI, Pedro Paulo. AArqueologia no Brasil e no mundo: origens, problemáticas e tendências. Universidade Estadual de Campinas/Unicamp. Cienc. Cult. Vol. 65 nº2 São Paulo, 2013. [p. 33]

Anexo 2Caixa 3 – Ordem 229 – Pasta 3 (1768-1798)Documentos diversos sobre vigários, conventos do incidente ocorrido entre religiosos dosconventos de Santos e Conceição – 54 ofícios.

Relação do estado actual deste Mosteiro de S. Bento da Cidade de S. Paulo.

Na era de 1598 chegou a esta terra Fr. Mauro Teixeira mandado pelo Pe. Provincial a missionar estes povos, que o receberão com agazalho, e lhe destinarão o lugar prezte. pa. sua habitação, onde fundou huma pequena Capella com a invocação de S. Bento. Passados algunsannos se retirou pa. a Bahia. No anno de 1610 vindo D. Francisco de Louza Marquez das Minas pr Governador, e Capitam General desta Capitania, conduzio comsigo do Mosteiro da Cide. da Bahia trez Monges, aos quaes a Camera desta Cide. lhes conferio a antiga Capella de S. Bento com a mesma cerca, que existe hoje, e mais huma legoa de terra pa seo patrimônio, que perderão os antigos a sua posse.

Tem este Mosteiro prezenteme. sinco Monges Conventuaes Sacerdotes, e se esperão maistrez que o Pe. Provincial foi mandar paencher o numero dos falecidos. Tem mais dous Donatos.

Bens de Raiz.Fazenda de Paraty destricto deMogy das CruzesEsta Fazenda consta de huma sorte de terras comprada a Aleixo Roiz Niza por preço de18$000 rs. em a era de 1654 com 500 braças de testada, e legoa de certão, cuja quantiadeterminou se pozesse a juros, e dos juros se lhe dicesse annulamedoze Missas, como se observaathe o prezente. Por duvidas que havião com os Confinates, que erão os Religiosos do Carmo,comprou mais esse Mostro. aquelle Convento em 1757 duzentas braças de testada, e huma legoade certão por 300$000; e assim mais no anno de 1788 comprou ao mesmo Convento duztas braçasde testada, e meia legoa de certão por preço de 40$000 que tudo se annexou a mesma fazenda. [p. 86]



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“O BARRO CINZENTO PAULISTA”
Data: 01/01/2016
Créditos/Fonte: EDILEINE CARVALHO VIEIRA
Página 86


ID: 6223



ME|NCIONADOS Registros mencionados (4):
08/09/1561 - Extensas seriam estas terras, esparramadas pelos campos e colinas que partiam do Tamanduateí “rumo direito a procurar hum morro alto chamado picicacudo”
01/01/1610 - *“semear muito trigo”, pois a compra do vinho de fora causava prejuízo à vila; “muito bom trigo quase sem nenhuma indústria” e sentia a falta de moinhos
23/05/1610 - Acordo entre a Câmara e Fernando Álvares para a construção do Pelourinho
01/06/1610 - Francisco de Souza chega em São Paulo*
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.