Numa escritura pública, datada de 30 de maio de 1589, em que é feita a descrição dos limites das terras cedidas por Brás Cubas aos frades carmelitas 0 30/05/1589
Numa escritura pública, datada de 30 de maio de 1589, em que é feita a descrição dos limites das terras cedidas por Brás Cubas aos frades carmelitas
30 de maio de 1589, terça-feira Atualizado em 25/02/2025 04:46:28
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Memorias para a historia da capitania de S. VicenteAcervo/fonte: Frei Gaspar da Madre de Deus (1715-1800)Data: 1797Brasil/Brasil em 1797Memorias para a historia da capitania de S. Vicente: hoje chamada de S. Paulo, do estado do Brazil publicadas de ordem da Academia R. das Sciencias. Página 106 [2]
Numa escritura pública, datada de 30 de maio de 1589, em que é feita a descrição dos limites das terras cedidas por Brás Cubas aos frades carmelitas, pode-se inferir, de determinado trecho, esse mesmo percurso. Damos abaixo o teor parcial do documento. Entre colchetes iremos comentando por partes os mencionados limites:
o caminho de Santo André para Piratininga vinha do curral de Aleixo Jorge pelo mesmo caminho que vem pela ponte grande em Tabatinguera [como já vimos, e veremos novamente, esse é o caminho velho do mar, trecho do antigo Peabiru, que acompanhava o traçado da Rua da Mooca, passava pela Rua Tabatinguera e seguia pela atual Rua do Carmo] e dahy atravessava pela villa vindo pela rua direita ate onde estava o mosteiro dos padres da companhia [essa rua “direita” parece seguir o trajeto de um segmento de rua sem denominação específica incorporado ao Pátio do Colégio, segmento este que hoje vai da Rua Floriano Peixoto, em frente à Caixa Econômica Federal, sita na Praça da Sé, até ao Pátio do Colégio; na embocadura inicial dessa via estaria localizada a porta da vila transposta por aqueles que chegavam do litoral] e dahy vindo pela porta que foi de Affonso Sardinha [a porta mais importante da vila, que provavelmente estava localizada na altura da esquina da Rua Anchieta com a Rua 15 de Novembro] e da qual rua foi de Rodrigo Álvares e Martim Affonso [essa via, Rua de Martim Afonso, nome de batismo adotado pelo índio Tibiriçá, em nossa opinião, não poderia ser jamais a Rua São Bento, como afirmava Frei Gaspar – porque, como veremos adiante, a Rua São Bento, ao contrário do que dizia o frade beneditino, só teria sido aberta, na verdade, no século XVII –, mas talvez estivesse representada por uma trilha que seguisse pela Rua 15 de Novembro e trecho inicial da atual Avenida São João, antiga ladeira desse nome; isso, se não acompanhasse o traçado, justamente, da Rua Álvares Penteado, orientada, como visto, para o Ribeiro Anhangabaú] e dahy a sahir a aguada do ribeiro e atravessando o ribeiro do Anhangobai pelo mesmo caminho que hoje por elle se servem os moradores daquela banda de Piratininga ate defronte a barra do Piratinin onde dava no rio grande [caminho de Piratiniga, que, após a transposição do Anhangabaú no local chamado Acu, se iniciava na Rua do Seminário, e cujo trajeto, descrito anteriormente, terminava na barra que o ribeiro daquele nome formava ao lançar suas águas no Rio Tietê] (JORGE,1999, p. 41)
Como demonstrou Afonso de Freitas, o caminho de Piratininga desenrolava-se paraalém do Anhangabaú, indo aproximadamente em direção do nor-noroeste. Corresponderia, portanto, ao trecho inicial do caminho do Ó, conforme vem consignado na planta deRufino Felizardo da Costa (1810), caminho esse a que alude, aliás, uma passagem das Atascitada por Maia Fina e que remonta ao longínquo ano de 1741 (FINA,1971, p. 233-234).
Tomando por base as plantas antigas da cidade, podemos deduzir que a antiga vereda, como já vimos antes, se afastava da vila a partir da encruzilhada hoje ocupada peloLargo da Misericórdia. Seguia a partir daí pela atual Rua Álvares Penteado, indo sempreem frente, até atingir o Anhangabaú. Transposto esse ribeiro, percorria sucessivamenteas atuais Ruas do Seminário e General Couto de Magalhães (antiga Rua do Bom Retiro),indo adiante talvez pelo percurso da José Paulino, que sob a forma de rua só seria aberta no tempo do Presidente João Teodoro (1872-1875), e, aparentemente, com um pequenodesvio à direita, prosseguindo pela Rua da Graça. Correndo sempre na mesma direção,deveria atingir a margem esquerda do Tietê na altura do Bom Retiro. Justamente nesseponto, em zona inundável, desaguando no Tietê, sabemos ter existido um ribeiro, doqual um levantamento hidrográfico paulistano datado de 1889, intitulado Planta Geraldas Nascentes, Vertentes e Curso de Águas no Perímetro da Cidade de São Paulo, hojedepositado no Arquivo Histórico Municipal, omite-lhe o nome sem, porém, deixar de assinalar sua presença. Seria esse pequeno curso d’água o esquecido Ribeiro Piratininga?
Numa escritura pública, datada de 30 de maio de 1589, em que é feita a descrição dos limites das terras cedidas por Brás Cubas aos frades carmelitas, pode-se inferir, de determinado trecho, esse mesmo percurso. Damos abaixo o teor parcial do documento. Entre colchetes iremos comentando por partes os mencionados limites:
o caminho de Santo André para Piratininga vinha do curral de Aleixo Jorge pelo mesmo caminho que vem pela ponte grande em Tabatinguera [como já vimos, e veremos novamente, esse é o caminho velho do mar, trecho do antigo Peabiru, que acompanhava o traçado da Rua da Mooca, passava pela Rua Tabatinguera e seguia pela atual Rua do Carmo] e dahy atravessava pela villa vindo pela rua direita ate onde estava o mosteiro dos padres da companhia [essa rua “direita” parece seguir o trajeto de um segmento de rua sem denominação específica incorporado ao Pátio do Colégio, segmento este que hoje vai da Rua Floriano Peixoto, em frente à Caixa Econômica Federal, sita na Praça da Sé, até ao Pátio do Colégio; na embocadura inicial dessa via estaria localizada a porta da vila transposta por aqueles que chegavam do litoral] e dahy vindo pela porta que foi de Affonso Sardinha [a porta mais importante da vila, que provavelmente estava localizada na altura da esquina da Rua Anchieta com a Rua 15 de Novembro] e da qual rua foi de Rodrigo Álvares e Martim Affonso [essa via, Rua de Martim Afonso, nome de batismo adotado pelo índio Tibiriçá, em nossa opinião, não poderia ser jamais a Rua São Bento, como afirmava Frei Gaspar – porque, como veremos adiante, a Rua São Bento, ao contrário do que dizia o frade beneditino, só teria sido aberta, na verdade, no século XVII –, mas talvez estivesse representada por uma trilha que seguisse pela Rua 15 de Novembro e trecho inicial da atual Avenida São João, antiga ladeira desse nome; isso, se não acompanhasse o traçado, justamente, da Rua Álvares Penteado, orientada, como visto, para o Ribeiro Anhangabaú] e dahy a sahir a aguada do ribeiro e atravessando o ribeiro do Anhangobai pelo mesmo caminho que hoje por elle se servem os moradores daquela banda de Piratininga ate defronte a barra do Piratinin onde dava no rio grande [caminho de Piratiniga, que, após a transposição do Anhangabaú no local chamado Acu, se iniciava na Rua do Seminário, e cujo trajeto, descrito anteriormente, terminava na barra que o ribeiro daquele nome formava ao lançar suas águas no Rio Tietê] (JORGE,1999, p. 41) [p.19;20]
[29350] REVISTA DO ARQUIVO MUNICIPAL 01/01/2006 [26809] A vila de São Paulo do Campo e seus caminhos, Revista do Arquivo Historico Municipal de São Paulo, 2006. Eudes Campos 01/01/2006
O Tupi na Geografia Nacional Data: 01/01/1901 Créditos/Fonte: Teodoro Sampaio Página 329
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