CAMACÃS, PATAXÓS E BOTOCUDOS NO SUL DA BAHIA: INDIGENISMO, COLONIZAÇÃO E ETNOPOLÍTICA (1850-1879)por Antero Augusto de Albuquerque Bloem, filho de João Bloem, sargento-mor do Exército Brasileiro, e que teve papel de destaque na província de Pernambuco.Antero Augusto de Albuquerque Bloem se encontrava na província baiana, pelo menos desde 1858, quando do nascimento do seu filho João Paulo de Albuquerque Bloem em terras baianas.167 Como vamos acompanhar a seguir, Antero Bloem teve seu pedido aprovado em todas as instâncias e repartições imperiais e, talvez, tal assertiva se devesse à figura de destaque do seu pai João Bloem, que ocupou patente no exército e cuja atuação mereceu um capítulo do livro Um engenheiro francês no Brasil, de Gilberto Freyre, de 1940. O capítulo intitulado Um engenheiro alemão trata da atuação de João Bloem, sargento-mor dos engenheiros, em 1830, à frente das obras públicas na capital pernambucana, ocupando o posto de “Encarregado da Architectura da Cidade”.168Dito isso, as terras pedidas em aforamento por Antero Bloem se tratavam por certo de um aldeamento em processo de desmonte; contudo, em nenhum momento do tramitar dos ofícios e pareceres, constam informações acerca de tal aldeamento, tais como: o nome do estabelecimento, etnia que o compreendia, número de indígenas, e quem o dirigia. Inferimos se tratar de um aldeamento nos termos coloniais em razão da referência feita às figuras do “diretor geral de índios” e do “diretor das aldeias de Ilhéus” no tramitar da documentação. Tais cargos correspondiam à legislação indigenista voltada à administração dos índios nos aldeamentos imperiais, em nível provincial e local, respectivamente. Além disso, o Inspetor-geral mencionou, em seu parecer, não haver mais “índios aldeados” nas terras requeridas por aforamento. A falta de informação sobre o estabelecimento era uma realidade comum a outros aldeamentos na região, a exemplo de Ferradas e tantos outros, que recorrentemente foram referidos por Grava como ranchos, onde os índios se refugiavam após os ataques por eles empreendidos à estrada e à colônia Cachoeira (vide capítulo cinco), fenômeno que estava associado a outro – a invisibilização política dos índios administrados.No caso em questão, o passo a passo da transação acerca da tomada das terras indígenas por aforamento pôde ser rastreado e acompanhado na documentação, por esse motivo ele foi escolhido como demonstrativo de uma realidade mais ampla da aplicabilidade de uma política de destituição dos direitos específicos das populações indígenas aldeadas na comarca de Ilhéus. Processo que envolvia diversas autoridades e demonstra bem a questão das articulações locais em torno do processo da apropriação fundiária, o qual envolvia autoridades [p. 84] 167 A árvore genealógica da família Bloem foi acessada em: https:/
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