Bloem argumenta que o Rio de Janeiro não seria um bom local para um empreendimento desse tipo: os salários a serem pagos seriam altos e o custo de vida elevado; a evasão dos estrangeiros seria grande, pois faltavam os divertimentos dominicais que havia nos países de origem; faltava moralidade; faltaria a energia hidráulica necessária para tocar as máquinas e não haveria boa madeira para a construção dos barcos 0 19/05/1840
Bloem argumenta que o Rio de Janeiro não seria um bom local para um empreendimento desse tipo: os salários a serem pagos seriam altos e o custo de vida elevado; a evasão dos estrangeiros seria grande, pois faltavam os divertimentos dominicais que havia nos países de origem; faltava moralidade; faltaria a energia hidráulica necessária para tocar as máquinas e não haveria boa madeira para a construção dos barcos
19 de maio de 1840, terça-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Nesse documento, publicado na edição de 19 de maio de 1840 do jornal Correio Oficial, na seção Ministério da Marinha,42 ele argumenta que o Rio de Janeiro não seria um bom local para um empreendimento desse tipo: os salários a serem pagos seriam altos e o custo de vida elevado; a evasão dos estrangeiros seria grande, pois faltavam os divertimentos dominicais que havia nos países de origem; faltava moralidade; faltaria a energia hidráulica necessária para tocar as máquinas e não haveria boa madeira para a construção dos barcos. O tema da retenção dos estrangeiros deve refletir a visão de Bloem sobre as dificuldades que teve com os 43 operários que trouxe da Alemanha para Ipanema dois anos antes, dos quais só 19 permaneceram.
João Bloem argumentou ter experiência para conceber um projeto daquela escala, pois havia visitado mais de sessenta empresas metalúrgicas na viagem à Europa, já estava fornecendo rodas dentadas, engrenagens, cilindros, moendas de ferro e máquinas a vapor para os engenhos de açúcar do interior de São Paulo e sul de Minas, fundindo e usinando cilindros de até 1,2 metros de diâmetro. Bloem encerra o texto da proposta com uma frase lapidar: “assim, pouco a pouco, se vai aumentando a Indústria Nacional, chegando ao mesmo prazer que tem elevado os corações dos cidadãos dos Estados Unidos. Foi só o amor à indústria que fez aquele povo tão feliz”.43Bloem apresentou, em anexo àquela carta, um detalhado orçamento do custo de implantação da oficina, chegando a 430 contos de réis, a serem investidos em quatro anos, e que então começariam a trazer resultado econômico. Esse valor parece razoável, quando comparado aos 360 contos que Irineu Evangelista de Souza, o Barão de Mauá, investiu na aquisição e ampliação da fundição e estaleiro de Ponta da Areia, em Niterói, entre 1846 e 1848. No entanto, a instalação de uma ferrovia entre Ipanema e o futuro porto de Juquiá teria um custo muito maior. É importante lembrar que, naquele momento, não havia nenhuma ferrovia em operação no Brasil. A primeira seria inaugurada por Mauá, em 1854. Os quinze quilômetros dessa ferrovia do Rio de Janeiro a Petrópolis custaram 1.500 contos de réis.Aquela carta com a proposta não teve resposta imediata. O momento político era complexo. A Regência estava em crise terminal. O grupo político que apoiara o investimento de modernização de Ipanema, liderado por Diogo Feijó entre 1835 e 1837, com o apoio de Tobias de Aguiar e proprietários de engenhos de açúcar do interior paulista, fora alijado do poder, substituído por um grupo contrário aos investimentos.
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo Data: 01/01/1895 Página 23
ID: 6224
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo Data: 01/01/1998 Página 21
ID: 12455
Braz Cubas Data: 01/01/1907 Créditos/Fonte: Francisco Corrêa de Almeida Moraes
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