Ocorre uma longa discussão no senado que traduz, com clareza, dois pontos de vista opostos sobre o futuro da Fábrica
6 de setembro de 1840, domingo Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
•
•
Em 5 de setembro de 1840, ocorre uma longa discussão no senado quetraduz, com clareza, dois pontos de vista opostos sobre o futuro da Fábrica.70 De umlado, o senador Bernardo Pereira de Vasconcelos, contrário ao gabinete liberal, e,de outro, o ministro da Fazenda Martim Francisco e o senador Vergueiro. Selecionandoalguns pontos interessantes, o debate inicia-se com Vasconcelos afirmando que:esta fábrica tem custado e continuará a custar muito dinheiro ao Tesouro; mas o Tesouronão sabe o que a fábrica vende e parece que se esqueceu dos avultados capitais que alise empregaram; o expediente mais acertado era a alienação da fábrica de Ipanema: seesta fábrica se ocupasse ao menos de armamentos, eu, nesse caso, quereria que fosseconservada, ainda que o Tesouro público não tivesse lucro, ainda mesmo que fosse muitoprejudicado porque, em matéria de tanta monta, não convém que fiquemos dependentesdo estrangeiro, não devemos esperar do fornecimento do comércio as armas necessáriaspara defesa do País; mas a fábrica de Ipanema, como acabamos de ouvir, é fábrica industrial, é um estabelecimento que, pela natureza, deve pertencer a um particular.71Vasconcelos ignorava que a Fábrica fornecia munição para o Exército. Porexemplo, em maio de 1837, o almoxarife de Ipanema reportou o envio para oArsenal de Guerra do Rio de Janeiro de 4.156 kg de projéteis de artilharia dediferentes tipos, inclusive granadas ocas.72 Naquela sessão do Senado, o ministroMartim Francisco respondeu que toda fábrica exige algum tempo para se firmar edar lucro, que Ipanema fabrica e vende todos os tipos de produto de ferro e que,se ainda não dá muito rendimento, é porque lhe falta carvão, por faltar demarcarárea, e o diretor diz que faltam braços. O senador Vergueiro veio em apoio:Esta fábrica não precisaria outro socorro do Estado senão a desapropriação das matas,para não ficar aquele estabelecimento isolado e sem recurso algum de carvão e não se verna necessidade de ir à grande distância buscar combustível, o que não faria conta; mas,havendo uma certa extensão de matas, está visto que nunca terá falta de carvão, pois quese vão fazendo os cortes anuais com método, e, quando se chega à última mata, as primeiras que serviram estão em termos de produzirem carvão; bom seria que houvesse uma minade carvão de pedra; conforme o carvão de que se usa e o ferro melhor ou pior, e a razãoda diferença que há entre o ferro inglês e o da Suécia é porque um é fundido com carvãode pedra e outro com carvão de madeira; convém estabelecer ali uma escola de indústriatanto de extração como de manufaturação. É para esse fim que deve ser conservada e, porisso, convido o nobre ministro da Guerra a que procure nacionalizá-la, perpetuá-la, metendo ali aprendizes nacionais.O senador conde de Lages, que fora o ministro da guerra que aprovara oinvestimento associado à viagem para a Europa, acrescentou que o diretor propôsao governo um estabelecimento filial para construção de máquinas, no qual sepoderiam fazer armas, instrumentos bélicos e mais petrechos militares, até mesmobarcos de vapor. O assunto estava, portanto, bem colocado em vários aspectos etinha o apoio do ministro da Fazenda.
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo Data: 01/01/1895 Página 23
ID: 6224
Revista do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo Data: 01/01/1998 Página 21
ID: 12455
Braz Cubas Data: 01/01/1907 Créditos/Fonte: Francisco Corrêa de Almeida Moraes
Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
A base de dados inclui ci
Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .
Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.
Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP
Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?
Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:
BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira
Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.
Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.
Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.
É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.
BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.