26 de agosto de 1591, segunda-feira Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Quando partiu de Plymouth, na Inglaterra, a 26 de agosto de 1591,com a intenção de dar uma segunda volta ao mundo, Thomas Cavendish (1560-92) pensava repetir a façanha que havia realizadofazia três anos. A essa altura, ele era a nova maravilha da navegaçãoinglesa, o terceiro a circunavegar o globo, repetindo o heróico feito de Francis Drake, e, a exemplo do preferido da rainha, tambémtrouxera para casa um riquíssimo butim, especialmente preciosasmercadorias orientais do galeão espanhol Santa Ana. Essa segundaviagem de volta ao mundo de Cavendish também tinha como objetivo recuperar as finanças do jovem navegador, que já tinha dissipado tudo o que conseguira na primeira. A essa nova empreitada sejuntaram investidores privados e jovens de famílias nobres em busca de fortuna, como Anthony Knivet, um dos jovens embarcadosno galeão Leicester, comandado por Thomas Cavendish.A exemplo de outras figuras do século XVI, a biografia deKnivet é um pouco nebulosa, mas tudo indica que tenha sido filho ilegítimo de um nobre, sir Henry Knivet, que, por não poderlegalmente herdar os bens do pai, seguira a carreira militar. A novaexpedição do então célebre e festejado Cavendish era uma boa promessa financeira para os jovens gentlemen nela engajados, pois somente aos homens dessa posição social era franqueada a pilhagemde navios e das cidades atacadas.Mas o começo promissor desembocou em um desfecho inesperado e trágico: Cavendish não conseguiu passar do estreito de [1]Desde que parti da Inglaterra até Santos simpatizei muito com um japonês de nome Christovão, porque observara que ele era hábil em muitas coisas. Tornamo-nos amigos tão íntimos que um nada ocultava ao outro. Tendo-o conhecido fiel neste espaço de tempo, falei-lhe do dinheiro que eu achara debaixo do leito do religioso, e por sua vez comunicou-me ele que havia obtido também certa soma de dinheiro. Fizemos então mútuo juramento de compartir tudo quanto Deus nos houvesse de conceder. Quatro dias depois, quando estávamos para partir, disse-me Christovão que a quadra do ano acomodada àquela navegação havia passado, e mais acertado era para nós ficarmos em terra e enterrarmos em algum lugar nosso dinheiro.Estive por isso e anuí a tudo o que ele teve por melhor. Assentamos que no dia do embarque ele meteria todo o dinheiro em uma canoa, e o iria enterrar na margem do rio. Assim, que entreguei-lhe na madrugada do dia da partida todo o meu dinheiro, jurando ele que voltaria dentro em duas horas. Esperei, porém, cinco, e houvera esperado toda a minha vida, porque ele se embarcara com tudo! Embarquei-me também, e pelos meios competentes reouve o que me pertencia, mas por causa desta deslealdade rompeu-se a nossa amizade.Os nossos foram também por terra de Santos a S. Vicente e de caminho queimaram cinco engenhosPirataria era um modo comum de aprisionar populações costeiras em servidão até o começo do século XIX. Os japoneses Cristobal e Cosme, capturados na Ásia por Cavendish tiveram algumas desavenças com o Knivet antes do ataque do pirata à costa santista. Foram os primeiros japoneses a chegar (e morrer) em paragens brasileiras [1]Em 26 de agosto de 1591, iniciou sua segunda aventura, mas, ao chegar ao equador, os ventos desapareceram com uma chicha calmaria que lhes deu vinte e seis dias de quietude em alto mar, ao sabor de doenças como o escorbuto, que varreu uma parte dos marinheiros. A inatividade, doença e personalidade de Cavendish afetaram a atmosfera a tal ponto que, em um acesso de raiva, ele ordenou que enforcasse o piloto que mantinha prisioneiro sob a acusação japonesa de traição. [2]
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