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Assassinato do escravizado Alexandre
    3 de dezembro de 1825, sábado
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  
  


Hoje será um dia de muito trabalho, pois, amanhã, queremos começar nossa viagem para Sorocaba. Trabalhou-se durante todo o dia; ànoite, já estava tudo pronto para a viagem. Deviam ser 8h30 quandoalguém bateu à minha porta e me comunicou a notícia inesperada e, aomesmo tempo, chocante da morte de meu escravo Alexandre.Ele era um Cabinda, com idade entre 16 e 17 anos. Comprei-oquando ele tinha 8 ou 9 anos. Ensinei-lhe as técnicas de manuseio epreparo do material coletado, como, por exemplo, depenar pássaros,esfolar animais e caçar insetos. Era um bom atirador; conhecia bem ospássaros e seus hábitos; sempre voltava para casa com caças muito bemescolhidas. Eu o havia enviado essa tarde à cidade, para comprar algodão para a viagem que começa amanhã. Ele voltou, disse-me o preço ea quantidade que ele encontrara e, mais ou menos meia hora antes deanoitecer, deixou a casa. Como eu poderia imaginar que não veria maisvivo esse bravo servidor fiel e honesto? Corri para a cidade e o encontreifrio, inconsciente, mergulhado numa poça de sangue, estirado na frentede uma casa. Ele sofrerá golpes mortais na cabeça e na testa, um corte mortal na clavícula esquerda, ao lado da aorta subaxilar ou clavicular.Tudo que descobri foi que ele foi perseguido por duas pessoas, provavelmente dois negros, veio correndo, gritando alto, da rua transversal(travessa do Rosário) em direção à porta aberta de uma venda; desta,correu para a frente da casa (através de uma porta secundária) na ruadas Casinhas, e caiu no lugar em que o encontrei morto. Pouco antes,Alexandre havia passado por alguns alemães que ele conhecia, conversou com eles de modo modesto e tímido e disse-lhes que queria comprar algodão para a viagem. Meia hora depois, eles souberam que oescravo de um estranho fora assassinado; correram para o local, encontraram Alexandre já morto e mandaram imediatamente me comunicaro terrível incidente.Para mim e para a expedição foi uma grande perda. Alexandre eraum bom escravo: realizava, com boa vontade e prazer, suas tarefas, nasquais havia adquirido grande habilidade. Atualmente, ele era meu único atirador e auxiliar para esta viagem. Sua habilidade e diligência mepermitiam empregar meu tempo com o material científico e com aspesquisas. Prometi a ele seriamente que, quando voltássemos para aMandioca, comprar-lhe-ia uma mulher e o recompensaria, conformeminhas possibilidades, por seu bom desempenho. Só o Condutor destemundo sabe por que nos tirou, tão precocemente, esse jovem servidorfiel e útil. Com isso, fiquei impedido de recompensá-lo. Cabe a Eleagora fazê-lo. Deus esteja contigo, querido Alexandre. Eu te ofereçominhas lágrimas e peço a Deus todo-poderoso que acolha tua alma.O que faz a vida do homem: o acaso ou o destino? Alexandre tinha5 patacas e meia consigo para pagar o algodão e em seu bolso só encontrei 5 vinténs. Terá sido o pobre jovem assassinado pelo dinheiro? Teráalguém roubado seu dinheiro, ou será que ele comprou e pagou emalgum lugar o algodão, e a causa de sua morte é outra? Com todos esses PENSAMENTOS, E AGRADECENDO A DEUS PELA PROTEÇÃO QUE TEM DISPENSADOAOS MEUS CONTRA OS PERIGOS, PASSEI UMA NOITE LONGA E Muito triste




  


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