'João explicou que “os flamengos da urca onde ele estava embarcado”, ao perceberem que ele tinha boubas (similar à sífilis), não o quiseram na nau, ameaçando jogá-lo no mar - 05/07/1595 Wildcard SSL Certificates
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João explicou que “os flamengos da urca onde ele estava embarcado”, ao perceberem que ele tinha boubas (similar à sífilis), não o quiseram na nau, ameaçando jogá-lo no mar
    5 de julho de 1595, quarta-feira
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  
  


Perante Furtado de Mendonça, no dia 05 de julho (1595), João explicouque “os flamengos da urca onde ele estava embarcado”, ao perceberem que ele tinha boubas(similar à sífilis), não o quiseram na nau, ameaçando jogá-lo no mar. Naquela noite olançaram num barco, “contra a sua vontade”, para que voltasse à terra. Roubaram-lhe,inclusive, sua “arca”, com quatro mil réis em dinheiro, quatro camisas e um vestido. Fugindopara os matos, ficou aos cuidados de sua mãe e não se apresentou mais cedo à Mesa (antes deser chamado), por estar muito doente de boubas. Declarando-se incapaz de servir nas galés,João implorou que “pelas chagas de Nosso Senhor Jesus Cristo [...] se usasse com ele demisericórdia”, pois estava muito arrependido dos crimes que resultaram em sua condenação.O visitador ordenou que imediatamente o réu fosse examinado por alguns médicos que, emseguida, deram seu parecer:O dito João Fernandes tem dentro no corpo, humores de boubas [...] e tem umtestículo com inchação, maior que o outro, e tem dentro na boca, nas goelas, umainflamação o que tudo se procede do dito humor ruim que tem de boubas, do qual énecessário tomar cura [...]. Pelo que entendem que se antes de ser curado, estiver emgalés [...] [...] se lhe aumentarão os cravos e humor dos ditos males (ibid., fls. 23-23v). Os médicos ainda observaram que o réu tinha “corrimentos” e ferimentos nos pés,contudo, seria bom dar-lhe “exercício de trabalho”, “posto que nem por isso ficaria em perigo nenhum de morte”. A Mesa avaliou o parecer médico e uma nova sentença foi publicada, a 12de julho de 1595:Vistos estes autos e o exame dos médicos cirurgiões, e sua confissão, e como o réu édoente de boubas e piorará nas galés, e outras mais considerações pias que setiveram usando com ele de muita misericórdia, lhe comutam os dois anos de degredoem que foi condenado para as galés, em cinco anos de degredo para a Paraíba [...]nas obras de Sua Majestade, o réu servirá sem vencer soldo nem salário algum [...][apenas] os alimentos (ibid., fl. 24v).A sentença declarava ainda que, na falta de serviços de Sua Majestade na Paraíba, oréu deveria trabalhar nas obras de religiosos, sem receber salário algum, durante os 5 anos,apenas os alimentos necessários à sua subsistência. Esse desfecho, por certo, sugere o quePeter Burke (1992, p. 31-32), ancorado em Giovanni Levi, denomina como “liberdade deescolha das pessoas comuns, suas estratégias, sua capacidade de explorar as inconsistênciasou incoerências dos sistemas sociais e políticos, para encontrar brechas através das quaispossam se introduzir ou frestas em que consigam sobreviver”. Depois de descoberto “nosmatos”, João soube se utilizar da má sorte com os holandeses, da própria doença confirmadapelos médicos e de uma súplica desesperada para obter a comutação de sua pena.As galés do Reino eram o que havia de pior para um condenado, poucos conseguiamcompletar o tempo de degredo, a grande maioria morria devido à sobrecarga de trabalho,parca alimentação, doenças diversas, açoites e correntes atadas aos pés. Contudo, o quegarantia que João falava a verdade? Tinha realmente sido roubado e expulso da embarcaçãoou “comprou sua expulsão” com o dinheiro que levava consigo? Embora não contasse comnenhuma prova do que afirmava, além da doença, João Fernandes dedicou-se o quanto pôdepara alcançar outra perspectiva de futuro e encontrou nas “brechas misericordiosas” do SantoOfício uma punição que lhe permitisse melhor sobreviver.



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EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.