A ordem encaminhou petição ao capitão Pero da Mota Leyte, requerendo sesmaria com a demarcação do ribeiro “Cabusú”
29 de maio de 1633, domingo Atualizado em 13/02/2025 06:42:31
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Pelas pesquisas de Madalena Marques sabemos que já em 1627 a ordem tinhacomo propriedades terras em Sabaúna (Mogi), perto de Jacareí, e mais três sesmarias: perto deSanto Ângelo, do Rio Tietê e no caminho de Bertioga, possuindo também alguns chãosconcedidos pela vila de Mogi. No ano de 1633, a ordem encaminhou petição ao capitão Peroda Mota Leyte, requerendo sesmaria com a demarcação do ribeiro Cabusú . Sua carta desesmaria foi concedida aos 29 de maio de 1633. No campo de indicação da demarcação dasterras, lê-se:[...] do Ribr.o q’ chamão Cabusú ……………….. em ………………. a legua serem emas terras …………………………. consta e suas pedr.ras com a pensão de…………………………. p.r q.to era algúas pessas ………………………. fazer moinhono dito ribr.o o q’ tem grande perjuizo da ………………………….. capella…………………………. justissa dado a tal lisensa como constava de meu despachoq’ me…………………. mandase cõ pena de dous ………………………………….. coalquer ……………………………………….. q’ faz fizerê resp.……………………………………… dese fazer moinho no dito Ribr.o p.a o q’ se lhepasase Carta e reseberão mersse segundo a sua petisão [...].1Na seção do documento seguinte ao despacho do capitão encontramos umainformação um tanto inusitada para uma carta de sesmaria. O capitão incluiu na carta umtermo de impedimento onde estabeleceu que os demais colonos estavam proibidos de fazermoinho no ribeiro Cabusú por ele já estar concedido para uso e, na ocasião, pertencer àdemarcação da sesmaria dos carmelitas. A multa para quem infringisse a determinação era devinte cruzados para a bula da cruzada, conforme se lê neste excerto:[...] e em seu impedim.to, ……………………. o presente pello coal mando q………………… peça de vinte cruzados p.a a bulla da cruzada na cuja……………………… pesoa de coalquer calidade he como ………………………. nãofasão moinho algum no ribr.o já declarado p.r q.to o tenho dado he aforado aosditos Religiosos como já dito hé o q’ se cumprirá sem duvida algúa sob pena de seproseder contra os desobedientes cõ todo o rigor em firmeza do q’ se pasou apresente a coal vay por mim asinada e sellada. Santos aos dous dias do mês dejunho do ano de mil e seis sentos he trinta he tres.186Esta informação denota o poder de influência e negociação da ordem religiosajunto à administração colonial, visto que, para preservar o seu domínio sobre o ribeiroCabusú, a ordem não apenas solicitou a demarcação da sesmaria, mas conseguiu a criação deuma proibição punitiva que restringiu as atividades de outros colonos na mesma região. Nestecaso, o conflito de interesses entre particulares e as ordens religiosas ocorreram não apenas noâmbito da disputa pelo controle social da mão de obra indígena, mas também pela ocupaçãodas terras e rios estratégicos na região. Percebemos isso também pelo fato de que, dois anosapós esta concessão de sesmaria aos carmelitas, o padre João Álvares, que já possuía suasesmaria nesta região, solicitou novamente duas sesmarias, uma delas agora nos limites dasterras dos carmelitas. Referência que está bem explícita em sua petição. [1]A região do ribeiro Cabuçu estava localizada próxima ao aldeamento de NossaSenhora da Conceição dos Guarulhos, sob a administração do padre jesuíta João deAlmeida 187, e também na região referenciada em outras sesmarias como sendo antigaocupação dos Guarulhos , que se tornou alvo das solicitações de concessão de sesmarias a partir de 1638. Mas esta ordem religiosa não seria a única a estender a sua propriedade emterras próximas ao aldeamento.Desde o processo de concessão de sesmaria aos índios de Piratinim , cuja cartafora analisada no início deste capítulo, iniciou-se um processo progressivo de invasão dasterras indígenas pelos colonos
Revista do Museu Paulista Data: 01/01/1895 Página 514
ID: 12524
Revista do Museu Paulista Data: 01/01/1895 Página 515
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