Segundo o padre Antonio Vieira “Andados [...] meses de viagem, encontrou esta segunda tropa com uma aldeia de índios da doutrina dos padres da Companhia, pertencente à Província do Paraguai, e estando todos na igreja, e o padre dizendo-lhes a missa solene, por ser dia de Todos os Santos” - 01/11/1649
Segundo o padre Antonio Vieira “Andados [...] meses de viagem, encontrou esta segunda tropa com uma aldeia de índios da doutrina dos padres da Companhia, pertencente à Província do Paraguai, e estando todos na igreja, e o padre dizendo-lhes a missa solene, por ser dia de Todos os Santos”
1 de novembro de 1649, segunda-feira Atualizado em 30/10/2025 08:03:54
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Na primeira carta disse a Vossa Reverendíssima a grande perseguição que padecem os índios, pela cobiça dos portugueses em os cativarem. Não tenho que dizer de novo senão que ainda continua a mesma cobiça e perseguição, a qual cresceu agora mais, e assoprou muito o seu fogo um grande número de homens moradores em São Paulo, que por este tempo se acharam no Pará pela ocasião que brevemente aqui direi, posto que seja matéria de larga narração. No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo ao sertão, em demanda de uma nação de índios chamados os serranos, distante daquela capitania muitas léguas pela terra dentro, com intento de, ou por força ou por vontade, os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo e aí se servirem deles como costumam. Constava todo o arraial de duzentos portugueses e mais de mil índios de armas, divididos em duas tropas. A primeira governava o mestre de campo Antônio Raposo Tavares, que ia também por cabo de tudo, a segunda o capitão Antônio Pereira.
Andados [...] meses de viagem, encontrou esta segunda tropa com uma aldeia de índios da doutrina dos padres da Companhia, pertencente à Província do Paraguai, e estando todos na igreja, e o padre dizendo-lhes a missa solene, por ser dia de Todos os Santos, segundo a relação dos que menos querem encobrir a fealdade do feito, entraram os soldados de mão armada na aldeia, e dentro da mesma igreja prenderam e meteram a ferro a todos os índios e índias que não puderam escapar, e nem os altares, vestiduras e vasos sagrados perdoava a cegueira e cobiça, porque de tudo despojaram a igreja. Sobre esta presa se detiveram oito dias na mesma aldeia, fazendo bastimentos e tendo sempre em custódia ao padre, para que não pudesse ir buscar algum remédio às miseráveis ovelhas de que era pastor. Tiveram contudo notícias do caso, por alguns dos que escaparam, os padres de duas aldeias vizinhas, os quais, fazendo logo armar os seus índios, vieram tanto em socorro dos já cativos, como por ver se, rompendo o inimigo comum, podiam escapar de o ser. Saíram os de São Paulo à batalha, e podendo mais a melhoria das armas que a da causa, fugiram os índios e ficou no campo morto um dos padres de uma bala. O matador, ao tempo que isto escrevo, está no Pará, e se aponta com o dedo, e os que governam o eclesiástico e o secular, posto que o conheçam, o deixam andar tão solto e tão absoluto como os demais, mas permite Deus muitas vezes que semelhantes delitos os dissimulem os homens, porque quer que se paguem com maiores castigos do que são os que se pode dar na terra. O certo é que não faltou o do céu a esta grande impiedade, porque dentro de um mês se viram os executores dela castigados com peste, fome e guerra: a peste foi tal que nenhum ficou que não adoecesse mortalmente, a fome era quase extrema, porque as raízes e os frutos agrestes das árvores era o maior regalo dos enfermos, e esses não havia quem tivesse forças para ir buscar e colher; sobretudo, no meio desta fraqueza e desamparo, eram continuamente assaltados de bárbaros de pé e de cavalo, que os atravessavam com (frechas), não lhes valendo a diferença e melhoria das suas armas, porque apenas havia quem as manejasse. Finalmente, ao cabo de um ano das maiores misérias que jamais se padeceram, se vieram a encontrar com a outra tropa, tão diminuídos que dos portugueses lhes faltava a metade e dos índios as duas partes, e os que restavam mais pareciam desenterrados que vivos.Juntas assim as duas tropas chegaram enfim à terra do seus desejados serranos; as quais porém seis meses se detiveram neste lugar insistindo com novas diligências de força e manha para reduzir a si os serranos; e posto que neste tempo, e em todo o ano seguinte, que também gastaram em descobrir novos sertões e gentes, se lhes renderam alguns índios, assim serranos como doutras nações, os quais três léguas das suas povoações os receberam com frechas e ciladas que lhes tinham armado, e metendo-se todos pelos bosques os deixaram frustrados das suas esperanças, após das quais havia dois anos que caminhavam com promessa de os acompanharem e os seguirem. Até nisto se viu o castigo de Deus. Todos enfim lhes faltaram com a palavra e os deixaram todos no meio daquela imensidade de terras, mais cuidadosos de salvar as poucas vidas que lhes restavam, que dos interesses e presas que vieram buscar.Andando em demanda de novo e mais breve caminho, encontraram um rio, não mui caudaloso, que por indícios de uma [...] entenderam estavam perto do mar. Resolveram-se a buscar por ele a costa do Brasil e a fabricarem embarcações para navegarem, que para tudo traziam oficiais e instrumentos. Lançadas as canoas à água, ao terceiro dia se lhes sumiu o rio entre uns juncais; mandaram decobridores a buscá-lo, e depois de três dias de jornada tornaram a dar com ele, mais distante do lugar onde se lhes tinha escondido. Deliberaram-se a passar as canoas à pura força de braços e de ombros, como dos argonautas contam as fábulas, com exemplo verdadeiramente grande de constância e de valor, se o não deslustrara tanto a causa. Embarcados a segunda vez, se lhes renovou o primeiro indício com verem surgir e mergulhar (alguns) botos, mas andavam estes tão peregrinos do mar quanto eles da sua terra. Aos oito dias de viagem deram na madre do rio, e navegando por ele (coisa que se não tivera tantas testemunhas parece indigna de todo o crédito), gastaram onze meses inteiros na navegação, sem saber para onde iam, até que aportando à fortaleza de Gurupá, conheceram que tinham descido pelo rio das Amazonas abaixo. E todos estes onze meses só 33 dias se detiveram em espalmar e consertar as canoas, e todos os outros navegaram. E posto que as jornadas que faziam eram breves, dando a cada um somente dez léguas, que é o menos que podiam andar, indo tão ajudados da corrente, vem a fazer o que navegaram mais de 3 mil léguas de rio. Três anos e dois meses puseram neste grande rodeio, que deram ao interior da América: e em tantas quaresmas e páscoas, em tantas enfermidades, guerras, mortes e outros infortúnios que passaram de vida e alma, nenhum destes homens se confessou, nem recebeu ano algum sacramento; e, ao meu ver, menos é ainda não receberem sacramentos em tanto tempo, que saírem de suas terras tantos homens cristãos e para uma tal jornada, sem levarem consigo quem lhos administrassem. Nenhuma comunidade de calvinistas nem luteranos, nem ainda de turcos, partiu a outra muito menor viagem, por mar ou por terra, que não levassem consigo os ministros da sua seita.Mas, tornando ao que verdadeiramente foi uma das mais notáveis (viagens) que até hoje se tem feito no mundo, muito digna coisa fora de se saberem (que) alturas e por que rumos a fizeram, mas só destes instrumentos iam faltos, e assim não sabem dizer coisa certa. Segundo (muitos deles) dizem, quando a primeira vez entraram neste grande rio estavam na altura do Espírito Santo, que são dezenove graus da banda do sul, e, segundo os lugares por onde lhes demorava o sol, afirmam que os primeiros seis ou sete meses caminharam sempre, já a sul, já a leste, e que nos últimos quatro, como cansados de andar tanta terra, tomaram de carreira para o norte e nordeste, a desembocar no mar; de aqui se colhe que este rio se estende pelas terras que há no interior da América, aonde ainda nem da parte do Peru chegaram os castelhanos, nem da parte do Brasil os portugueses, e que estas não descobertas terras têm sem dúvida maior latitude da que lhe mediram até agora os cosmógrafos e se pinta nos mapas.A multidão de nações de que são habitadas as ribeiras destes rios, ou para dizer melhor, as praias deste mar doce, que assim lhes chamaram os que o viram, nem eles o sabem contar senão por admirações. A quinze dias de entrada no rio começaram a ver povoações, e daí por diante nenhum dia houve que não vissem alguma; e ordinariamente todos os dias muitas. Cidades viram, em que (contaram) trezentos ranchos, que assim lhes chamam os sertanistas de cá. São umas casas ou armazéns mui compridos, sem distinção nem partimento algum, em que vivem juntamente muitas famílias, e alguns há tão capazes que agasalham quarenta e cinqüenta. Desta grandeza eram os desta cidade, e, lançando às contas ao que poderia alojar entre grandes e pequenos, julgaram que seriam 150 mil almas. Já na jornada de descobrimento de Quito, me disseram pessoas dignas de fé que viram lançadas, junto à ribeira do rio, povoações como a de Lisboa.O em que falam os de São Paulo, pela coisa mais notável que viram neste gênero, foi um reino fechado, de uma e outra banda do rio, pelo meio do qual atravessaram oito dias inteiros, e estavam e eram as povoações tantas e tão juntas que quase não havia distância entre uma e outra. E o que se deve notar, que o que estes homens dizem é só o que está edificado à beira do rio, porque do que vai daí para dentro eles não viram coisa alguma. Também não viram nem dão notícia do que contêm outros muitos rios, que vêm entrar nele, tão largos e caudalosos que, se não correram tão perto deste, tiveram grande nome. A gente que isto habita é toda, com pouca diferença, da cor da do Brasil, e quase do mesmo trajo, porque em partes andam as mulheres vestidas. As línguas são totalmente diversas, e elas foram só as que os defenderam dos homens de São Paulo, não bastando para isso nem a resistência, nem as armas, nem a multidão. Tomavam (alguns), e como não entendiam a língua os tornavam a lançar de ali, pela maior parte em diferentes terras. Espero em Deus que estes, que por ali foram semeando, não hão de servir muito algum dia para a conversão, porque terão aprendido as línguas e podem ser intérpretes de umas nações a outras. O modo com que estes índios recebiam os portugueses era ordinariamente de paz, e só com sinais de grande espanto e pasmo, que lhes causava a novidade de gente e trajos que nunca tinham visto; e outros havia que, ou de maior valor ou de maior medo, tomavam as armas e se punham em defensa de suas casas. E perguntando eu a um dos cabos desta entrada, como se haviam com eles, me respondeu com grande desenfado e paz de alma: "A esses davamos-lhe uma carga cerrada, caíam uns, fugiam outros, entrávamos na aldeia, tomávamos aquilo de que havíamos mister, metiamo-los nas canoas e, se algumas das suas eram melhores que as nossas, trocávamo-las e prosseguíamos a nossa viagem". Isto me respondeu este capitão como se contara uma ação muito louvável; e assim fala toda esta gente nos tiros que fizeram; nos que lhe fugiram, nos que alcançaram, nos que lhe escaparam, nos que mataram, como se referisse às festas duma montaria, e não importavam mais as vidas dos índios que as dos javalis ou gamos.Todos estes homicídios e latrocínios se toleram em um reino tão católico como Portugal, há mais de sessenta anos, posto que, no tempo em que estivemos sujeitos a Castela, se acudiu com provisões reais e breves dos sumos pontífices, que se não guardaram. Com a restituição da Coroa ao legítimo rei se nos acabou a desculpa destas maldades, (que) ainda se continuam como dantes, sem haver por elas nem devassa, nem (procedimento), nem castigo, nem ainda por pejo do mundo um leve homizio; senão pública e total imunidade.O merecimento por que são concedidos aos sertanistas de São Paulo estes privilégios, declaram ele mesmos com muita galanteria, não sei se com igual verdade, que o ouro que se tira das minas de São Paulo, se põe todo em barretas em que se vai a cunhar, e dizem eles que, em fazendo barretadas a estes ministros com estas barretas, logo ficam tanto em suas graças que dos seus pecados lhes fazem virtudes. De alçadas que foram a São Paulo e governadores que têm ido ao Brasil, se contam casos particulares e verdadeiros. O pior será que as cortesias destas barretadas tenham também lugar na Corte. O certo é que os maiores autores deste delitos, à Corte vão, na Corte vivem, na Corte requerem, na Corte se lhes corre a folha, sendo que, se se corressem as de todos os matos do Brasil, se haviam de achar todas tintas com o sangue destas tiranias e nenhuma havia de haver que se não convertesse em línguas para pedir castigos e vingança ao céu. Mas ainda mal, porque vemos os castigos e o maior de todos é não acabarmos de conhecer que é esta a principal causa.Se os reis não emendarem por si estas tiranias, não há que esperar que os autores delas tenham nunca emenda. E bem se viu na ocasião desta jornada, porque, sobre virem tão açoitados e castigados dela, a contrição que tiraram deste castigo foi embarcarem-se logo alguns que em São Paulo têm maior poder e mais (cabedal), para de lá tornarem ao sertão do Pará, e tirarem dele os índios tupinambás e outros da língua geral, de que aqui tiveram notícias, e se teme que já os terão levado.Estas são, padre provincial, as notícias que posso dar a Vossa Reverendíssima desta conquista do Maranhão de onde faço esta.[Ass.] Antônio VieiraCortesão, Jaime. Raposo Tavares e a formação territorial do Brasil (Rio de Janeiro: Serv. Doc./MEC, 1958, pp. 439-49), apud Darcy Ribeiro & Carlos de Araujo Moreira Neto (orgs.), A fundação do Brasil: Testemunhos, 1500-1700. Petrópolis: Vozes, 1992, pp. 300-1.]
Padre Antônio Vieira Data: 01/01/1697 Créditos/Fonte: Crédito/Fonte: Revista CULT 01/01/1697
ID: 3743
ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
Sobre o Brasilbook.com.br
Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.