Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro, dirigida ao Rei, em que relatam minuciosamente o levantamento armado do povo daquela cidade e os fatos que o provocaram - 31/12/1660
Carta dos oficiais da Câmara do Rio de Janeiro, dirigida ao Rei, em que relatam minuciosamente o levantamento armado do povo daquela cidade e os fatos que o provocaram
31 de dezembro de 1660, sexta-feira Atualizado em 29/10/2025 02:50:17
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"A multiplicação de queixas, a quem sempre a tirania impediu a chegada aos reais pés de V.M., os repeditos clamores deste Povo a quem a violência não permitiu que fossem punidos, a apertada urgência das opressões que padecia, a quem o poder tirou a liberdade sua notícia, e finalmente a impossibilidade dos meios ordinários, e recurdo comum dos Povos a seu Rei e senhor natural, já per cartas, já per procuradores com que o desta Cidade recorreu os anos passados a V.M., a quem damnozas intiligencias nessa Corte negarão o acenso, e nesta terra a insolência tirou a vida, derão ocasião um movimento popular, e alteração universão com que vendo-se atalhado nos meios do remédio, se valeu das da desesperação; sacudindo o pesado julgo do governo (ou para melhor dizer da servidão) em que o tinha o de ministros tão ligados no sangue como parecidos na tirania, tão chegados no parentesco como unidos na violência com que governavam Salvador Correa de Sá, seu primo Thomé Correa d´Alvarenga, e seu cunhado o provedor da fazenda Pedro de Sousa Pereira.Vendo-se assim o dito Povo sem governador nem cabeça, tratou de eleger governador, como com efeito aclamaram por seu governador o capitão Agostinho Barbalho de Bezerra por nele concorrer na qualidade de fidalgo da Casa real e comendador da Comenda de São Pedro, fins da Ordem de Cristo, filho alfim de Luiz Barbalho Bezerra, um dos 3 governadores que teve a cabeça deste estado, Governador que foi também desta praça, e juntamente prudência, limpeza e inteireza com que lhe digno de outros maiores cargos, e logo foi o dito Povo em busca do dito Agostinho Barbalho Bezerra a sua casa para o trazerem a este Senado da Câmara, e por não o acharem nela e terem notícia que estava no convento de São Francisco desta cidade o foi la buscar, e por mais escuzas que deu, incovenientes que representou, violência e forçosamente o trouxerão em sua companhia ao Senado da Câmara onde lhe prupzerão e eleição que este Povo havia feito de sua pessoa para governar até Vossa Magestade mandar o contrário, e, excuzando-se outra vez o dito Agostinho Barbalho uma e muitas vezes representou o dito Povo os inconvenientes que havia para aceitar o dito cargo, em embargo do que o dito Povo o obrihou com ameaçar de perder a vida se não o aceitasse, obrigado do que e debaixo dos protestos que fez aceitou o governo e a homenagem da mão do dito Povo em nome de Vossa Magestade de que tudo por extenso enviamos a Vossa Magestade os autos públicos que se obrarão.Presos os sobreditos se tornou a alterar o dito Povo em 8 se presente mes de dezembro com muito maior concurso de gente, e armas requerendo neste Senado que fossem embarcados e remetidos a Vossa Magestade os ditos presos com suas culpas para que Vossa Magestade neles fizesse justiça, e que não se haviam de aquietar, nem sossegar sem verem os ditos foram desta cidade porquanto tinham por notícia procuraram por seus amigos e parentes furgiram das prisões, e levantaram-se contra o governo forjando-se a dita Conjuração no Convento do Patriaca de São Bento desta cidade onde o dito provedor tem um filho religioso, a qual foi descoberta por ajuízos e cartas que de noite se lançaram ás portas dos procuradores do Povo, e com efeito lhe foram achadas armas que entregaram como outros consta do autor que da dita conjuração se fez e remetemos a Vossa Magestade e finalmente que não convinha que nehum da dita geraçãol ficasse nesta terra, porque com eles nunca haveria segurança na paz que tanto desejavam, e sem admitir o dito Povo rezam alguma resolução a embarcar aos ditos presos, como já com efeito embarcou o Provedor Pedro de Sousa Pereira, com toda a sua família no pataxo Nossa Senhora do Pópulo, mestre Manuel Gonçalvez Ferreira, que deste porto partiu em 18 do mês passado de dezembro com carta em um prego para Vossa Magestade, que era a primeira via, e nesta charrua São José, mestre Manuel Pires Rollão que vai para a Ilha da Madeira embarcou no mesmo Povo a Thomé Correa d´Alvarenga, com a segunda via..."
Annaes da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro, vol. XXXIX Data: 01/01/1917 01/01/1917
ID: 12744
ME|NCIONADOS ATUALIZAR!!! EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.
Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.