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Volta para casa
    31 de outubro de 1554, domingo
    Atualizado em 05/11/2025 05:48:58

  
  
  


Em 31 de outubro de 1554, o aventureiro alemão Hans Staden, que havia passado nove meses preso em poder dos tupinambás do litoral oeste do atual estado do Rio de Janeiro, zarpou da Baía de Guanabara rumo à França, à bordo do navio francês Catherine de Vatteville. Chegando na Alemanha, Staden fez imprimir, em 1557, em Marburgo, o livro "História Verdadeira e Descrição de uma Terra de Selvagens, Nus e Cruéis Comedores de Seres Humanos, Situada no Novo Mundo da América, Desconhecida antes e depois de Jesus Cristo nas Terras de Hessen até os Dois Últimos Anos, Visto que Hans Staden, de Homberg, em Hessen, a Conheceu por Experiência Própria e agora a Traz a Público com essa Impressão", narrando as suas aventuras no Brasil. No livro, Staden relata que o porto do Rio de Janeiro também era chamado de "Niterói" pelos índios. [2]

COMO SE CHAMAVAM OS COMMANDANTES DO NAVIO, DE ONDE ERA oNAVIO O QUE AINDA ACONTECEU ANTES DE PARTIRMOS DO PORTO,E QUE TEMPO LEVÁMOS EM VIAGEM PARA A FRANÇA . CAPUT LIII.O capitão do navio se chamava Wilhelm de Moner e opiloto Françoy de Scbantz. O navio tinha o nome de Catharina de Wattauilla, etc. Apromptaram o navio para voltar aFrança, e um dia de manhã emquanto ainda estávamos noporto (Rio de Jennero chamado), aconteceu chegar um pequeno navio portuguez, que queria sahir do porto depoisde ter negociado com uma raça de selvagens, que tinham como amiga e que se chamava Los Markayas, cujo paiz limita directamente com o dos Tuppin Ikins, que são amigos dostrancezes. As duas nações são grandes inimigas. — 112 —Era pequeno o navio (como já contei,, ^f^J ^me comprar dos selvagens e pertença a um facial chamadoPeter Rcesel. Os francezes apromptaram seu bote com algumas armas de fogo e partiram para aprisional-o. Tinham-melevado comsigo, para eu fallar com elles que se rendessem.Mas quando atacamos o naviosinho, fomos repelhdos e algunsfrancezes foram atirados e outros feridos. Eu também fui mortalmente ferido por um tiro e muito mais que qualquer dosoutros feridos, que ainda viviam. Invoquei então nesta angustia o Senhor, porque só sentia a agonia da morte; e — H3 —pedi ao bondoso Pae que por ter elle me livrado do poderdos tyrannos me conservasse a vida para que ainda pudessechegar á terra christã e contar aos outros os benefícios queelle me tinha dispensado. E fiquei outra vez completamentebom, louvado seja Deus por toda a eternidade.No anno Domini de 1554, no ultimo dia de Outubro, partimos á vela do porto Rio de Jennero e fomos de volta para a França. Tivemos no mar sempre bom vento, de que os marinheiros estavam admirados e acreditavam (pie fosse umagraça de Deus tal tempo (como também o foi).Na véspera do Natal appareceram muitos peixes ao redorF.-Í5 — n 4 —do navio, dos que se chamam Meerschveine. Apanhamos tantos que os tivemos por alguns dias. O mesmo aconteceu detarde no dia dos Reis. Deus nos mandou grande fartura depeixes, porque não tivemos que comer senão o que Deus nosforneceu do mar. Mais ou menos no dia xx de Fevereirodo anno LV, chegámos em França, a uma cidade chamada Honflór (Honfleur), na Normandia. Durante toda a viagem devolta, não vimos terra alguma, em cerca de quatro mezes.Quando descarregaram o navio, ajudei-os. Acabado isso,agradeci a todos os benefícios recebidos e pedi depois umpassaporte do capitão. Elle, porém, teria antes querido queeu fizesse mais uma viagem com elle, mas quando viu que eunão queria ficar, arranjou-me elle um passaporte do MoensoralMiranth (Monsieur 1´amiral), Governador de Normandia. E meucapitão deu-me dinheiro para a viagem, Despedi-me e parti deHonflor para Habelnoeff e de Habalnoeffe para Depen.CAPITULO LIIICOMO EM DEPEN EU FUI LEVADO PARA A CASA DE QUE ERA DONOO CAPITÃO DO NAVIO BELLETE , QUE ANTES DE NÓS TINHADEIXADO PR.VSI L E AINDA NÃO TINHA VOLTADO. CAPUT 54 .Era de onde tinha partido o primeiro navio Maria Bellette no qual estava o interprete (que tinha recommendado aosselvagens que me devorassem) e no qual elle pretendia voltarpara a França. Neste navio estavam também aquelles quenão quizeram levar-me no bote, quando fugi dos selvagens, também o mesmo capitão do navio que, como me contaram osselvagens, lhes tinhao dado um portuguez para devorar porque tinham aprisionado um navio portuguez, como antesnarrei.Esta gente do navio Bellette ainda não tinha chegado como seu navio, quando eu cheguei ali, apezar de que segundo ocalculo do navio de Wattauilla (pie chegou depois delles e mecomprou, devia ter chegado lá trez mezes antes de nos. Assuas mulheres e os seus amigos vieram me procurar e me — ii 5 -perguntaram si eu nada sabia delles; eu respondi; «Sei bemdelles, ha uma parte de gente má no navio, estejam lá ondeestiverem», e contei como um delles, que esteve na terra dosselvagens e que estava a bordo, tinha aconselhado aos selvagens que me devorassem, mas que Deus todo poderoso tinhame preservado e contei como tinham vindo com o bote até ascabanas, onde eu estava, para fazerem permutas com os selvagens de pimenta e macacos, e que eu tinha fugido dos selvagens e tinha nadado até seu bote; mas que não quizeram receber-me e como fui obrigado a voltar de novo a terra liarao poder dos selvagens, que tinham me causado muito mal.Também tinham dado um portuguez aos selvagens para devorar, disse-lhes, e como elles não tinham tido compaixão demim. Por tudo isso, vi agora bem que Deus tinha sido tãobom para commigo que, louvado seja Elle, tinha chegado antesdelles, para vos dar noticias. Hão de chegar quando for possívelmas quero prophetisar que Deus não deixará sem castigo por maisou menos tempo tamanha inclemencia e tyrannia, como tinhammostrado para commigo. Deus lhes perdoe, porque era visívelque Deus no ceo tinha ornado os meus lamentos e se tinhacompadecido de mim. E contei-lhes mais como para aquelles quetinham-me resgatado dos selvagens, tudo tinha ido bem em toda aviagem, como era verdade. Deus nos concedeu bom tempo ebom vento, e deu-nos peixes do fundo do mar.Ficaram tristes e me perguntaram o que eu pensava e sielles ainda existiam; para os não desesperar disse eu então queainda podiam voltar, apezar de que todos e eu também nãopodíamos calcular sinão que tivessem perecidoDepois de todas estas conversas, despedi-me e disse quesi voltassem, contassem a elles que Deus me tinha ajudadoe (pie eu tinha estado aqui.De Depen parti em um navio para Lunden (Londres), emEngellandt (Inglaterra), onde fiquei alguns dias. Dalli partipara Seelandt e de Seelandt para Antdorff. Assim Deus todopoderoso, para o qual tudo é possível, ajudou-me a voltarpara a pátria. Louvado seja Elle eternamente. Amen. - n ó —MINHA ORACÂO A DEUS, O SENHOR, EMQUANTOEU ESTAVA NO PODER DOS SELVAGENS,PARA SER DEVORADOOh tu, Deus Todo Poderoso, tu que fundaste céo e terra,tu, Deus dos nossos antepassados Abrão, Isaac e Jacob, tu,que tão poderosamente conduziste o teu povo de Israel damão de seus inimigos através do Mar Vermelho.

A ti, que eterno poder tens, peço que me livres das mãos destes tyrannos, que não te conhecem, em nome de Jesus Christo, teu amado filho, que livrou os peccadores cia prisão eterna. Porem, Senhor, si e tua vontade que eu soffra, hei de soffrer uma morte tão tyrannica, destes povos que não te conhecem e que dizem, quando lhes falho de ti, que tu não tens poder de me tirar de suas mãos; então fortaleçe-me no ultimo momento, quando realisarem sua vontade sobre mim, para que eu não duvide da tua clemência.

Si tenho de soffrer tanto nesta desgraça, dá-me depois repouso e preserva-me do mal que horrorisou a todos os nossos antepassados. Mas, Senhor, tu podes bem livrar-me do seu poder; livra-me, eu sei que tu podes me auxiliar e quando tu me tiveres livrado não o quero attribuir á felicidade, sinão unicamente á mão poderosa que me auxiliouporque agora nenhum poder de homem pode me valer.

E quando me tiveres livrado de seu poder, quero louvara tua Graça edal-a a conhecer a todos as nações onde eu chegar. Amen. Não posso crer que alguém possa orar de coraçãoSem que esteja em grande perigo ou perseguição, Porque emquanto o corpo vive conforme quer, Está sempre contra o seu Creador.

Por isso, Deus, quando manda alguma desgraça,É prova que elle o quer ainda bem,E ninguém deve ter disso duvida,Porque isso é uma dádiva de Deus.Nenhuma consolação, nem arma, existe melhorQue a simples fé em Deus.Por isso, cada homem de devoção — II 7 -Nada melhor pode ensinar a seus filhosDo que a comprehensão da palavra Deus,Na qual sempre podem ter confiança.Para que tu, leitor,não julguesQue eu tive todo este trabalho para ter fama e honra,Digo que é para o louvor e honra de Deus,Que conhece todos os pensamentos do homem.A Elle, caro leitor, te recommendo,E peço que elle continue a me ajudar:Amen.



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EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.