'Tiros 0 01/10/1554 Wildcard SSL Certificates
font-size:75;' color=#ffffff
1550
1551
1552
1553
1554
1555
1556
1557
1558
Registros (50)Cidades (25)Pessoas (62)Temas (88)


Tiros
    1554
    Atualizado em 13/02/2025 06:42:31

  


COMO LOGO DEPOIS DETEREM FEITO PRESENTE DE MIM UM OUTRO NAVIOCHEGOU DA FRANÇA, CHAMADO KATHARINA DE VATTAUILLA,o QUAL POR PROVIDENCIA DE DEUS COMPROU-ME ICOMO ISSO ACONTECEU. CAPUT 52 .Tendo estado mais ou menos quatorze dias no logarTackwara sutibi, em casa do rei Abbati Bossange, aconteceu — ioo, —um dia que alguns selvagens se dirigiram a mim e disseramque tinham ouvido tiros, o que devia ter sido em Iteronne,cujo porto também elles chamam Rio de Jennero. Como euentendi que um navio lá estava, pedi a elles que me levassempara lá, porque era de certo o do meu irmão. Disseram-me quesim, porém me detiveram ainda por alguns dias.Emquanto isso, aconteceu que os francezes, que tinhamvindo, ouviram fallar (pie eu estava entre os selvagens. O capitão mandou duas pessoas do navio em companhia de seis dosselvagens, que eram seus amigos no logar, as quaes chegarai,a uma cabana, cujo rei se chamava Sowarasií, perto das cabanas onde eu estava. Os selvagens me vieram dizer que duaspessoas tinham desembarcado do navio. Fiquei alegre e fui tercom ellas e lhes dei as boas vindas, na lingua dos selvagens.Vendo-me tão desgraçado, tiveram pena de mim e repartiramsuas roupas commigo. Perguntei-lhes porque tinham vindo.Responderam que por minha causa; tinham recebido ordem deme levar para o navio e estavam dispostos a usar de todos osmeios para isso. Então meu coração se alegrou reconhecendo aclemência de Deus. E elidisse a um dos dous, que se chamavaPerot e sabia a lingua dos selvagens, que elle devia declarar(pie era meu irmão e tinha trazido para mim uns caixões,cheios de mercadorias, e que elles me levassem a bordo parabuscar os caixões; e que accrescentasse que eu queria ficarainda com elles para colher pimenta e outras cousas mais,até que o navio voltasse no anno seguinte. Depois desta conversa, levaram-me para o navio, e meu senhor também foi commigo. No navio todos tiveram pena de mim em e trataram muito bem. Depois de estarmos uns cinco dias a bordo, perguntou-me o rei dos selvagens, Abbati Bossange, ao qual eu tinhasido dado, onde estavam os caixões, para me darem e podermos logo voltar para a terra. Contei isso mesmo ao commandante do navio. Este me ordenou que eu os fosse entretendoaté que o navio estivesse com toda a carga, para que senã ozangassem ou fizessem algum mal quando vissem que ellesme conservaram no navio, ou não tramassem qualquer traição; — 110 —tanto mais que tal gente não e de confiança. Porem meu senhorinsistiu em levar-me comsigo para a terra. Eu, porem, o entretive com a minha prosa e disse que não tivesse tanta pi essa;que elle bem sabia que quando bons amigos se reúnem não podem separar-se tão cedo; mas que quando o navio tivesse departir, havíamos de voltar para a sua casa; e assim o detive.Finalmente, quando o navio esteve prompto, reuniram-se osfrancezes todos do navio; eu estava com elles e o meu senhor, o rei, com os que tinha levado, também lá estava. 0capitão do navio mandou então seu interprete dizer aos selvagens que (-lie estava contente de me não terem morto depoisde terem-me tirado do poder de seus inimigos. Mandou dizermais (para com mais facilidade me livrar delles) que tinha mandado chamar-me para o navio, porque queria lhes dar algunspresentes por terem-me tratado tão bem. Egualmente erasua intenção persuadir-me que eu devia ficar entre elles porestar familiar com elles, e para colher pimenta e outrasmercadorias, para quando o navio voltasse Unhamos então combinado que uns dez homens da tripolação, que de algum modo se pareciam commigo, se reunissem e declarassemque eram meus irmãos e que queriam-me levar comsigo. Communicou-se isso a elles e que os mesmos meus irmãos não queriam que eu fosse com os selvagens para a terra,; mas quevoltasse para a nossa terra, porque o nosso pai queria vermemais uma vez antes de morrer.O capitão mandou dizer que elle era o superior no navioe queria muito que eu fosse com os selvagens outra vez para aterra; mas que elle estava só e meus irmãos eram muitos, peloque nada podia fazer contra elles. Estes pretextos todos foramdados para que não houvesse desaccordo com os selvagens. Eeu disse também ao meu senhor, o rei, que eu queria muitovoltar com elle, porém elle podia bem ver que os meus irmãos não me deixavam. Começou então o rei a clamara bordo que eu voltasse no primeiro navio, que elle me consideravaseu filho e que estava muito zangado com a gente de Uwattibi, que me queria devorar.E uma das mulheres do rei, que tinha vindo a bordo, ioi I I Ipor elle obrigada a gritar sobre mim, como é o costume delles,e eu gritei também, segundo o mesmo costume. Após isso ocapitão deu a todos algumas mercadorias, que podiam valeruns cinco ducados, em facas, machados, espelhos e pentes. Comisso partiram para as suas casas, em terra.Assim me livrou o todo poderoso Senhor, o Deus deAbrão, Isaac e Jacob, do poder dos tyrannos. A Elle sejamdados louvor, honra e gloria, por intermédio de Jesus Christo, seu amado filho, nosso Salvador. Amen.




  


Sobre o Brasilbook.com.br

Desde 17 de agosto de 2017, o site BrasilBook dedicado-se em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

A base de dados inclui ci

Oferece um histórico com 30.439 registros, atualizados frequentemente. Agrega mais de 660 cidades, aproximadamente 4.600–5.200 pessoas mencionadas, e cerca de mil temas diversos .

Ideal para quem busnum formato leve, dinâmico e baseado em fontes públicas variadas.

Agradecemos as duvidas, criticas e sugestoesContato: (15) 99706.2000 Sorocaba/SP



Como sempre, excelente!!! Já inseri no site. Porém, a resposta anterior, de uns dias atrás foi mas romântica. Vamos tentar de novo?

Ah, entendi! Vamos então dar um tom mais romântico e poético ao descritivo do BrasilBook, como se fosse uma homenagem ao tempo, à memória e ao nosso país. Aqui vai:

BrasilBook – Onde a História do Brasil Respira

Em algum ponto da rede, mora um relicário digital chamado BrasilBook. Não é apenas um site, mas um diário de memórias nacionais, onde cada data carrega consigo um suspiro do passado.

Ali, o tempo se desenrola como um tapete de saudade — cada dia guarda um episódio, cada cidade revela uma lembrança, cada nome sussurra o eco de quem já foi e ajudou a tecer o Brasil que conhecemos hoje.

Mais de 29 mil registros formam um grande mosaico, que pulsa com histórias de mais de 660 cidades, mil temas e milhares de personagens reais — de anônimos a imortais.

É possível passear por séculos com um clique. Buscar um ano e ver tudo o que aconteceu. Descobrir a data em que nasceu uma cidade, o momento em que um povoado virou município, o dia em que uma vida importante começou - ou terminou.

BrasilBook é feito com cuidado, pesquisa e amor à história. Atualizado desde 2017, é um projeto que celebra a memória brasileira como quem acende velas num altar de afetos. E faz isso com simplicidade: sem ruído, sem propaganda, sem pressa. Só história, alma e tempo.