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História dos bairros paulistanos - SANTO AMARO Por Renato Roschel do Banco de Dados Santo Amaro, consultado em almanaque.folha.uol.com.br
    24 de janeiro de 2021, domingo
    Atualizado em 31/10/2025 03:45:15

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O nome daquele que foi um dos maiores bairros de São Paulo nasceu de uma pequena imagem. Santo Amaro, padroeiro dos agricultores e discípulo de São Bento, passou a denominar a região a partir de 1560, quando o casal João Paes e Suzana Rodrigues doou um santo de madeira à capelinha Nossa Senhora da Assunção de Ibirapuera, instalada no aldeiamento de índios catequizados naquela área.

O embrião da vila de Santo Amaro surgiu em 12 de agosto daquele ano, data em que os jesuítas tomaram posse oficial de duas léguas de terras de relevo suave, localizadas à margem esquerda do rio Jurubatuba. As terras foram doadas aos jesuítas pelo Capitão Francisco de Morais, em nome do padre Luís de Grã, provincial da Companhia de Jesus. A capelinha para a qual foi doada a pequena imagem de madeira do santo era o ponto central do aldeamento de índios. A pequena imagem do santo, ainda hoje, depois de 450 anos, pode ser vista na igreja matriz de Santo Amaro. A igreja do Largo 13 de Santo Amaro já passou por quatro grandes reformas, desde o seu surgimento, mas a imagem de madeira ainda está lá.

Esta história está toda registrada em um mosaico que foi construído, em 1962, junto à estátua do bandeirante Borba Gato, ponto de referência na avenida Santo Amaro e do bairro de mesmo nome.Foi em Santo Amaro o lugar onde nasceu o bandeirante Manuel Borba Gato, que ficou conhecido por acompanhar seu sogro, Fernão Dias Pais, em busca da "Terra de Esmeraldas", de 1673 a 1680. Apesar de não encontrar esmeraldas nesses sete anos, mas apenas turmalinas, Borba Gato prosseguiu sua expedição e acabou achando ouro. O que lhe valeu a nomeação de Guarda Mór do Distrito do Rio das Velhas.Em 14 de janeiro de 1686, Santo Amaro tornou-se paróquia, por provisão do bispo do Rio de Janeiro, Dom José de Barros Alarcão. O primeiro vigário que Santo Amaro teve foi o padre João Pontes.Em 1737, a Ordem Régia 212 ordena que se faça um caminho ligando Santo Amaro à cidade de São Paulo. Em 1746, o Senado ordena que sejam refeitos os caminhos do "Mboi guassu à cidade, a cargo de sua freguesia e dos de Santo Amaro, descortinando-se os matos e dando desvios às águas".No começo do século 19, Santo Amaro possuía três ou quatro ruas e algumas chácaras, além da igrejinha com a pequena estátua.Em 29 de junho 1829, Santo Amaro começa o crescimento que o transformaria em um dos bairros mais populosos de São Paulo, com um sorteio para distribuição de terras aos colonos alemães que haviam escolhido as terras de Santo Amaro como moradia. Os colonos alemães chegaram após a proclamação da República. D. Pedro 1º incumbiu Von Schaeffer de obter na Europa soldados para lutar nas guerras do sul e colonos para povoar o Brasil.Com a chegada dos alemães e com o surgimento de várias atividades, principalmente agrícolas, a povoação de Santo Amaro foi elevada à categoria de freguesia e, logo em seguida, a 10 de julho de 1832, à categoria de vila.No ano seguinte, Francisco Antônio das Chagas (pai de Paulo Eiró), professor de primeiras letras, foi nomeado primeiro presidente da Câmara de Santo Amaro junto com mais 7 vereadores. A primeira sessão da Câmara de Santo Amaro ocorreu no dia 6 de maio de 1833.Na segunda metade do século 19, a vila de Santo Amaro tornou-se o celeiro de São Paulo, já que todos os gêneros de primeira necessidade, como mandioca, milho, feijão e arroz, eram produzidos e comercializados na região.O ano de 1886 foi recheado de grandes acontecimentos para Santo Amaro. No dia 14 de março, ocorreu a primeira viagem do trem que saída da rua São Joaquim, seguia pela rua Vergueiro, rua Domingos de Morais e avenida Jabuaquara, até o local da atual igreja de São Judas Tadeu, onde ficava a estação "do encontro". Depois, continuava o percurso cruzando vastos campos onde hoje estão os bairros Aeroporto, Campo Belo e Brooklin Paulista. O trenzinho, que levava uma hora e meia para concluir o trajeto, passava pela Chácara Flora e terminava seu percurso na vila de Santo Amaro, na praça Santa Cruz, onde está hoje a escola Lineu Prestes.Porém, o grande momento deste ano ocorreu no dia 14 de novembro, quando a vila de Santo Amaro recebeu a visita do imperador d. Pedro 2º e sua esposa.A vila de Santo Amaro terminou o século 19 rica e independente.No início do século 20 a história mudou. São Paulo foi palco da terrível epidemia de gripe espanhola. Santo Amaro, assim como a capital, também viveu dias de muito sofrimento e morte.Em 1907, a São Paulo Light and Power deu início à construção da represa do Guarapiranga. Logo após sua construção, a represa virou um ponto turístico na cidade. Era sobre suas águas que os primeiros aviadores da cidade faziam suas demonstrações.Em 1935, três anos após as comemorações do primeiro centenário do município de Santo Amaro, o interventor federal, Armando Sales Oliveira, expediu um decreto que anexou a cidade de Santo Amaro à capital.Foi assim que Santo Amaro, município vastíssimo que então fazia divisas com São Vicente e Itanhaém, tornou-se um bairro da cidade de São Paulo.Muitos moradores de Santo Amaro foram contra a anexação e no mesmo ano em que esta ocorreu foi fundado o Centro Autonomista de Santo Amaro.Desde então, Santo Amaro já fez longas campanhas para readquirir sua autonomia, porém nenhuma delas obteve sucesso.A industrialização do novo bairro, na década de 1940, gerou uma ocupação desordenada do espaço. Hoje, o bairro é uma zona de contrastes sócio-econômicos e problemas de infra-estrutura. Santo Amaro é um dos retratos mais fiéis da sociedade brasileira, pois é um bairro que possui condomínios de luxo, com casas em que os preços ultrapassam o milhão de reais e bolsões pobreza como a favela Jurubatuba. É um bairro fraturado socialmente. Onde os ricos se divertem no Credicard Hall, no Teatro Alfa Real, no Clube Hípico de Santo Amaro e etc, enquanto os pobres se amontoam nas favelas sem saneamento básico. É um exemplo clássico, triste e terrível da realidade brasileira.© Copyright Empresa Folha da Manhã Ltda. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Empresa Folha da Manhã Ltda.



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João Batista de Castro Junior
2005

“A língua geral em São Paulo: instrumentalidade e fins ideológicos”. João Batista de Castro Junior, Universidade Federal da Bahia - Instituto de Letras - Programas de Pós-graduação em Letras e Lingüística
Mas a inconciliabilidade entre ambos os lados jamais será equacionável sem a submissão de um ao outro, que viam os gentios sob angulações absolutamente excludentes entre si. Dois diferentes universos culturais que, de comum, tinham apenas a importânciada língua da terra.

O resultado disso, segundo alguns historiadores, foi a conveniência governamental – induzida por Nóbrega, que sentia despovoar-se seu arraial catequético pela inconstância ambulatória dos índios catequizandos – da absorção político-edilícia de Santo André por São Paulo, levada a cabo por ocasião da visita de Mem de Sá a São Vicente em março de 1560, unificando em uma única municipalidade a simbiose – ou mesmo um helotismo de São Paulo para com Santo André – que existia entre ambos, a ponto de Cortesão (1955:195) afirmar que a povoação de Piratininga não resistiria sem a proximidade da vila ramalhense, no que é concorde com Serafim Leite (1953b:88):

Apesar das perturbações dos mamalucos, contadas por Anchieta, sempre os portugueses de S. André sustentaram os jesuítas de Piratininga e tinham particular afecto ao Padre Manuel da Nóbrega. Sem esse apoio, São Paulo não teria ido avante”.

ME|NCIONADOS
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EMERSON

  


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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.