'“Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão” - 15/03/1555 Wildcard SSL Certificates
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“Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão”
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    Atualizado em 04/09/2025 22:44:46

•  Fontes (2)
  
  
  


gentio da terra e muitos nos vem ver e ouvir o que de Cristo lhe dizemos” (2000:99). Anchieta, em carta de Piratininga, escrita em 1555, também relata caso semelhante: “Um índio principal que veio aqui de mais de cem léguas, a converter-se à nossa santa fé, morreu com sinais de bom cristão” (1988:82).

4.3 A FUNDAÇÃO DO COLÉGIO DE SÃO PAULO“O fim imediato da fundação de São Paulo foram os estudos”, informa SerafimLeite (2004-I:104). Daí a criação do Colégio, que abrigava “estudantes brancos emamelucos”, escreve o mesmo historiador. Essa instituição, a princípio, ostentava umcaráter híbrido, de casa de meninos e Colégio da Companhia. Serafim Leite (2004-I: 104)explica a diferença:Colégio da Companhia, isto é, entidade jurídica e moral, capaz depossuir bens. Casa de meninos, isto é, uma espécie de orfanato, comadministração própria à semelhança do que estabeleceu Pedro Doménechem Lisboa. Neste caso, os Padres seriam simples gerentes de bensalheios, com os concomitantes atritos e desgostos.Mais tarde, aquela finalidade orfanológica dará exclusividade à função deestabelecimento educacional, em que se ensinavam os “filhos de Índios” a “ler e escrever”,informa Anchieta em carta de 1555 (1988:95). Ele acrescenta: “alguns sabem ajudar acantar a missa”.Mais adiante, outro trecho mostra como alvoreceu em Piratininga a preocupaçãodo letramento do menino gentio, o que irá repercutir no afluxo lexical do inventário da 85língua falada pelos índios, especialmente porque os curumins eram os vetores daremodelação dos costumes dos nativos da terra. O canarino escreve (1988:99): “O principalcuidado que deles se tem consiste no ensino dos rudimentos da fé, sem omitir oconhecimento das letras, às quais tanto se afeiçoam, que se nessa ocasião se não deixassemseduzir, talvez outra se não pudesse encontrar”. Em Informação do Brasil... (1988:324), ele salienta novamente essa preocupaçãocom o ensino do português aos meninos indígenas, inclusive com a motivação dos pais:Aqui finalmente se entendeu mais de propósito na conversão do gentio, oqual, como foi sempre muito amigo dos Portugueses, deram muitos delesde boa vontade seus filhos ao Padre para que fossem ensinados, dos quaisajuntou muitos e os batizou, ensinando-os a falar Português, ler eescrever.



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  1ª fonte  
  Data: 1933

Cartas, informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594)


De São Vicente, a 15 de março de 1555

Creio que sabereis que estarmos alguns da Companhia em uma terra de nativos, chamada Piratininga, cerca de 30 milhas para o interior de São Vicente, onde Nosso Senhor favorece, com a sua glória, a salvação destas almas: e ainda que a gente seja mui desmandada, algumas ovelhas ha do rebanho do Senhor.

Temos uma grande escola de meninos nativos, bem instruídos em leitura, escrita e em bons costumes, os quais abominam os usos de seus progenitores. São eles a consolação nossa, bem que seus pais já pareçam mui diferentes nos costumes dos de outras terras; pois que não matam, não comem os inimigos, nem bebem da maneira por que antes o faziam.

No outro dia em uma terra vizinha foram mortos alguns inimigos, e alguns dos quais nossos conversos por lá andaram, não para comer carne humana, mas por beber e ver a festa. Quando voltaram não os deixámos entrar na igreja, senão depois de disciplinados; estiveram por isso, e no primeiro de janeiro entraram todos na igreja em procissão, batendo-se com a disciplina e só assim os houvéramos aceitado.

Ocupamo-nos aqui em doutrinar este povo, não tanto por este, mas pelo fruto que esperamos de outros, para os quais temos aqui abertas as portas.

Está conosco um principal dos nativos chamados Carijós (carijis), o qual é senhor de uma vasta terra, e veio com muitos dos seus servidores só á nossa procura, afim de que corramos ás suas terras, para ensinar, dizendo que vivem como bestas feras, sem conhecer as coisas de Nosso Senhor.

Diogo-vos, caríssimos Irmãos, que é um mui bom cristão, homem mui discreto e nem parece ter coisa alguma de nativo. Com ele resolveu-se o nosso Padre Manuel ir ou mandar alguns, e só espera a chegada do Padre Luiz da Grã.

Além desta, outras nações ha, inumeráveis e mui melhores, pelo que dizem pessoas que as tem frequentado, principalmente uma, a que chama Ibirajáras; a esses desejando enviar um, o nosso Padre Manuel escolheu o Irmão Pedro Corrêa, para que fizesse, demais, outros trabalhos do serviço divino na mesma viagem, e especialmente ajudasse certos Castelhanos que tinham de se passar para o Paraguai, aos quais o dito Pero Corrêa désse socorro, se os visse em grande necessidade, de matalotagem, e lhes desse companhia para irem com segurança. E começou pelos nativos dessas paragens, que mui bem receberam a palavra de Cristo e determinaram reunir-se e viver em uma grande terra, onde pudesse mais fácil ser ensinados nas coisas da Fé. Tinham os nativos em prisão para comerem, um Cristão, que era dos Carijós, e pedindo-o Pero Correa, logo lhe fizeram entrega sem taxar preço algum e o mesmo obteve acerca de outro prisioneiro inimigo, o que não é pouco, como sabeis, porquanto nisto põem os Brasis toda a sua honra. [Cartas,informações, fragmentos históricos e sermões do Padre José de Anchieta (1554-1594), 1933. Páginas 79, 80 e 81]
[26938]


  2ª fonte  
  Data: 1952

Boletim do Departamento do Arquivo do Estado de SP, Secretaria da Educação. Vol. 9


4 - Vieira dos Santos (Memória Histórica de Paranaguá):

"Achando-se a este têmpo a costa marítima povoada desde Santos a Cananéa, e a baía de Paranaguá em grande aumento de sua população, não só a originária dos primeiros povoados vindos de Cananéa e São Vicente, e dos índios carijós domesticados no grande espaço de mais de noventa anos contados desde 1555, e sendo dificultoso a estes povos irem procurar seus recursos judiciais à vila de Cananéa por ser a mais próxima, requereram a sua emancipação, e ereção de uma vila separada daquela em 1643"
[27095]



ME|NCIONADOS Registros mencionados (1):
05/12/1567 - CARTA DE BALTHAZAR FERNANDES (233), DO BRASIL, DA CAPITANIA DE S. VICENTE DE PIRATININGA AOS 5 DE DEZEMBRO DE 1567.
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.