Tradição Paulista, 11.06.2012. Movimento São Paulo Independente
11 de agosto de 2012, sábado Atualizado em 30/10/2025 10:57:58
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Tradição Paulista11 de agosto de 2012
São Paulo possui a maior colônia de espanhóis do Brasil, por conseguinte foram de suma importância na formação da sociedade paulista. Abaixo uma interessante descrição do historiador Afonso d’Escragnolle Taunay publicada em seu livro São Paulo no Século XVI:
A Fusão do Sangue Castelhano na São Paulo Quinhentista Em São Paulo, desde os primeiros anos, vieram numerosos espanhóis fixar-se, fenômeno muito natural se atendermos à série contínua de navegações castelhanas dirigidas ao Rio da Prata, a alegria com que na pequena Vila se recebiam os novos moradores, a vida livre que nela imperava e, afinal, o fato de, de 1580 em diante, serem todos iberos súditos do mesmo monarca.
Dentre esses espanhóis, o mais celebrado é Bartolomeu Bueno da Ribeira, alcunhado o Sevilhano, a São Paulo chegado com seu pai, Francisco Ramires, em 1571. Parece provir de modesta origem; a este respeito é Pedro Taques inteiramente omisso, ao passo que em diversas atas quinhentistas lhe surge o nome dos “oficiais mecânicos”, como o de um carpinteiro, juiz do seu ofício.
Numa sociedade em formação como a de São Paulo nos primeiros anos, tão mal provida ainda de elementos de civilização, a presença de um mestre de ofício era fato a encarecer-se. Nem desaire podia atingir a Bartolomeu, apesar das Ordenações de Sua Majestade, excluírem dos cargos de eleição os que exerciam ofícios mecânicos.
Casou-se Bartolomeu Bueno com a filha de um dos homens de maior prestígio da Vila: Salvador Pires; uma trineta, portanto, do maioral de Ururaí.
O filho, como todos sabem, tal prestígio angariou que, em 1641, recusou a coroa paulistana. De Bartolomeu Bueno, que viveu muito apagado no século XVI, apenas exercendo os cargos de aferidor a escrivão municipal, em 1591, procedem, entre muitos, dois sertanistas ilustres, seus homônimos, os dois Anhangüera, a quem se deve a incorporação de Goiás ao território nacional. E ainda descende o sábio cronista beneditino, o historiador das primeiras eras paulistas, Frei Gaspar de Madre de Deus. Entre outros castelhanos, cidadãos de São Paulo no século XVI, e troncos de numerosas famílias, citemos ainda os genros de Jorge Moreira: Baltazar de Godoy e Francisco Saavedra.
De Baltazar de Godoy provêm, entre outros, o notável sertanista cujo papel nas descobertas do sul pôs Basílio de Magalhães em destaque notável: Gaspar de Godoy Collaço. Outro espanhol de larguíssima descendência nos nossos dias e a quem predem muitas das principais famílias das regiões povoadas por paulistas foi Jusepe de Camargo, sevilhano, concunhado de Amador Bueno da Ribeira como genro de Domingos Luiz, o Carvoeiro.
Emigrou em fins do século XVI e, em 1595, era juiz ordinário em São Paulo. Devia-lhe o filho, Fernão de Camargo, alcunhado o Tigre, com assassinato do segundo Pedro Taques, encetar o ciclo das tão conhecidas lutas civis dos Pires e Camargos, que ensanguentaram a vila paulistana, ad instar aquelas contendas em que os Capuletos e os Montequios veroneses se celebrizaram e tão comuns na Itália meridional.
Entre os descobridores a essa família pertencentes, citemos Fernando de Camargo Ortiz, devassador dos sertões da Bahia, Tomás Lopes de Camargo, minerador do ouro e um dos fundadores de Vila Rica, José Ortiz de Camargo, que explorou o sertão dos carijós. Ainda foram espanhóis outros patriarcas como Martim Fernandes Tenório de Aguilar, falecido em 1603 nos sertões do rio Paraná, “homem de nobre ascendência, povoador e célebre conquistador de sertões, no posto de capitão-mor da tropa”, diz Silva Leme, e Bartolomeu de Quadros, sevilhano, provedor e administrador das minas. A essa afusão abundante de sangue castelhano atribuem escritores a gravidade da reserva reinante entre os antigos paulistas que bastante os diferenciavam dos demais brasileiros, o sotaque especial característico do seu falar pausado e uma mentalidade e feição muito sua. Personagem de tanto prestígio quanto Jorge Moreira, talvez, foi Salvador Pires, portuense, filho de João Pires, o Gago, emigrado com Martim Afonso de Sousa. Antigo morador em Santo André e lavrador potentado, dava avultada soma de alqueires de trigo ao dízimo, além da colheita de outros frutos, todos os anos, diz Pedro Taques. Procurador da Câmara de São Paulo em 1563 e juiz pela primeira vez em 1573, exerceu grande influência pela situação social, sendo um dos maiores possuidores de índios da Vila, localizados na sua grande fazenda de Patuaí, à margem do Tietê. Faleceu em 1592, e desposara em segundas núpcias Mécia Fernandes ou Mécia Ussú, bisneta de Pequerobi. Sua descendência, alargando-se em número e riquza, e estreitamente aliada aos Taques, tornou-se rival da família dos Camargos, a quem, no século XVII, várias vezes e pelas armas, haveria de disputar o domínio da Vila. Cidadão de não menor influência, deve ter sido Domingos Luiz, alcunhado o Carvoeiro, português, cavaleiro professo da Ordem de Cristo, fundador da capela da Luz e falecido em 1615. Reunira “grossos cabedais”, como no tempo se dizia. Uma escritura de junho de 1594 nos conta que possuía um renque de casas altas de sobrado, cobertas de telhas, em frente à Matriz; prédios que em São Paulo foram talvez os primeiros a ter mais de um piso, sem contar o Colégio. Já em 1563 o encontramos na vila Piratininga capitão dos índios e, em 1575, procurador da Câmara. Desposara uma bisneta de João Ramalho, e, em segundas núpcias, uma européia, Branca Cabral. Por seus filhos e, sobretudo, seus genros, Amador Bueno e Jusepe de Camargo, conta hoje inumerável descendência. Nesse particular, porém, e no sul do Brasil, ninguém poderá, talvez, levar a palma a outro cidadão paulistano: Estevão Ribeiro Bayão Parente, que na república piratiningana apenas vemos como almotacel de 1587 a 1591. Português, natural de Beja, casado com Madalena Fernandes Feijó de Madureira, portuense, passara a São Vicente e daí a São Paulo. Por seus filhos e filhas deixou o casal prole numerosa como as areias do mar da comparação bíblica. Nem há quem não prenda aos troncos vicentinos que dele não proceda, afirmava Augusto de Siqueira Cardoso, versado, como raros, em tais assuntos. Foi com efeito o seu genro Antônio Rodrigues de Alvarenga, vereador em São Paulo, no ano de 1596, um dos maiores patriarcas paulistas, assim como seu concunhado Bernardo de Quadros. De Estevão Ribeiro procedem dois dos maiores sertanistas do século XVII: Estevão Ribeiro Bayão Parente e João Amaro Maciel Parente, a quem, em 1669, cometeu o governador geral a direção das lutas contra os selvagens do interior da Bahia. Uma filha, de Alvarenga desposou Sebastião de Freitas, português que, em fins do século XVI, foi em São Paulo personagem de prol. Emigrando com D. Francisco de Sousa em 1591, três anos mais tarde o vemos a acompanhar Jorge Corrêa na expedição contra os índios do sertão de Jundiaí, distinguindo-se sempre em todas as operações de guerra. Em 1596, chamado à vereança, armava-o, em 1600, D. Francisco de Sousa cavaleiro, com faculdade régria, lembrando então a dedicação com que sempre acudira aos rebates bélicos, quer contra os silvícolas, quer contra os corsários da costa. Em 1606 obteve a patente de capitão da Vila de São Paulo. Em 1563 emigrara para São Vicente Antônio Preto, homem de grande influência também, relata Pedro Taques. Em 1575 vemo-lo juiz ordinário em São Paulo. Viera em companhia dos filhos, um dos quais, Manuel Preto, tornou-se um dos maiores caçadores de índios do seu tempo. Nas suas devassas do sertão explorou a região parananiana, chegando a atingir o Uruguai. É o fundador da Capela de Nossa Senhora do Ó, ereta em uma fazenda onde fazia trabalhar cerca de mil índios escravizados. Na lista de oficiais da Câmara de São Paulo, homens bons e da governança da terra, no século XVI, ainda se nos deparam os nomes de alguns patriarcas, autores de larga descendência posta em relevo pelos estudos de Pedro Tarques e Silva Leme, tais como os portugueses João Maciel, vianense passado ao Brasil com filhos e filhas, procurador da Câmara em 1580, juiz ordinário em 1593; Pedro Domingues, antigo povoador de São Vicente, alcaide de São Paulo em 1579; Manuel Fernandes Ramos, juiz em São Paulo em 1572, casado com Suzana Dias, neta de João Ramalho e pai de André Fernandes, fundador de Parnaíba, de Baltazar Fernandes, fundador de Sorocaba, e de Domingos Fernandes, fundador de Itú; Baltazar de Moraes Antas, juiz ordinário em 1579, que a São Paulo trouxe três filhas casadoiras e aí as fez desposas “pessoa de conhecida nobreza”. Ciosos de suas prerrogativas fidalgas, fizeram os seus descendentes a primeira das justificações de nobreza consignadas no Registro da Câmara paulistana. Realmente provou Pedro Tarques, seu quinto ou sexto neto, que Baltazar de Moraes Antas provinha de Afonso Henriques, por linhas travessas infelizmente, é bom que se o note. Entre os seus descendentes ilustres da era colonial, citam-se João Pedroso de Moraes, impávido sertanista, cognominado o “terror dos índios”. E, sobretudo, o famoso jesuíta apóstata Padre Manuel de Moraes, queimado em efígie pela Inquisição de Lisboa, pelo fato de haver sido pastor protestante por ocasião da invasão holandesa em Pernambuco e ter-se duas vezes casado em Holanda, além de outros erros graves. Citemos ainda entre os troncos de grandes famílias paulistas e cidadãos de Piratininga, no século XVI:
Antônio Bicudo Carneiro, juiz em 1577, 1579 e 1584, ouvidor da comarca em 1585, genro de Domingos Luiz Grou, este por sua vez genro do cacique de Carapicuíba. Asselvajara-se tanto esse homem que, narra uma testemunha do processo de Anchieta, certo Diogo Teixeira de Carvalho, vivia no meio dos índios como um índio. Foi canonizado quem o fez voltar ao convívio dos civilizados. Citemos ainda Antônio de Oliveira Gago, genro de Jorge Moreira; Simão Lopes, casado com Joana Fernandes, irmã de Meciussú e, portanto, concunhado de Salvador Pires; Simão Jorge, antigo juiz em Santo André e igualmente juiz em São Paulo no ano de 1563 e genro de Garcia Rodrigues Velho. Dele provem o afamado destruidor dos Palmares. Henrique da Cunha Gago, santista, genro de Salvador Pires, juiz em 1576, pertence também ao número dos povoadores de grande descendência hoje.
Cornélio de Azão, minerador flamengo, ao Brasil trazido por D. Francisco de Sousa, com quinhentos cruzados de salário anual – ordenado para a época enorme –, e estabelecido em São Paulo em fins do século XVI, e seu companheiro Geraldo Betimk ou Betting, alemão, igualmente minerador, vêm a ser dos raríssimos não iberos troncos quinhentistas de famílias paulistas. Do primeiro descende o ilustre sertanista que tanto se distinguiu no devassamento do território mineiro: Antônio Rodrigues de Arzão. Genro de Tenório de Aguilar, reuniu Cornélio de Arzão grandes cabedais, perdidos numa demanda com os jesuítas, pelos anos de 1620. Fundiu-se a descendência de Geraldo Betting com os Paes Leme, reaparecendo o nome, lusitanizado, no do filho ilustre do descobridor das Esmeraldas: Garcia Rodrigues Paes Bettim, primeiro guarda-mor geral das minas do Brasil.(Imagem: Aclamação de Amador Bueno - Oscar Pereira da Silva - 1931)
ME|NCIONADOS• Registros mencionados (5): 01/01/1560 - *Nascimento de Martim Tenório 04/08/1571 - Chegada do "Sevilhano" / Casamento 13/08/1577 - Petição Domingos Luis Grou 01/01/1579 - *Ana Luis Grou nasceu cerca de 1579. Filha do Mestre Bartholomeu e Maria da Peña. Casaria com Vicente Bicudo, nascido por volta de 1570, filho de Antonio Bicudo, o Velho, e de Isabel Rodrigues 17/07/1627 - Depoimento de Diogo Teixeira de Carvalho nos Processos Anchietanos, 17.07.1627 EMERSON
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Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]
Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.
Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.
meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.
Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.
Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.
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Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.
Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele: 1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689). 2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife. 3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias. 4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião. 5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio. 6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.
Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.
Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.
A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.
Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.
Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.
A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."
(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.
"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba
Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.