'O livro “Duas Viagens para o Brasil”, escrito por Hans Staden foi lançado na Alemanha, por Johann Dryander: História verídica e descrição de uma terra de selvagens nus e cruéis, comedores de seres humanos, situada no Novo Mundo da América, desconhecido antes e depois de Jesus Cristo e desconhecido aqui nas terras de Hessen até dois anos atrás, visto que Hans Staden, de Homberg, em Hessen, o conheceu por experiência própria e agora publica esse livro com as suas impressões - 01/02/1557 Wildcard SSL Certificates
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O livro “Duas Viagens para o Brasil”, escrito por Hans Staden foi lançado na Alemanha, por Johann Dryander: História verídica e descrição de uma terra de selvagens nus e cruéis, comedores de seres humanos, situada no Novo Mundo da América, desconhecido antes e depois de Jesus Cristo e desconhecido aqui nas terras de Hessen até dois anos atrás, visto que Hans Staden, de Homberg, em Hessen, o conheceu por experiência própria e agora publica esse livro com as suas impressões
    1 de fevereiro de 1557, sexta-feira
    Atualizado em 20/09/2025 04:17:59

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A origem do nome da cidade é indígena e se deve ao fato de seus caminhos serem sinuosos como o trajeto feito pelos animais do mesmo nome (Cutia). Sendo apenas um ponto de passagem, Cotia ganhou alguns nomes como Acoty (assim chamada pelos indígenas da época), Cuty, depois Acutia e por fim Cotia.

Apesar das várias denominações que lhe foram dadas pelos jesuítas e pelos primeiros habitantes do local, como Capela do Monte Serrat de Cotia e o caminho de São Tomé, os indígenas continuavam a chamá-la de Acoty. O primeiro registro em que a localidade é referida como Acutia foi feito pelo marujo alemão Hans Staden, no século XVI, quando publicou um livro sobre o Brasil. [Patrimônio Natural e Cultural em uma área de expansão urbana: O Caso da Granja Carolina p.29]

Em Wahrhaftige Historia, o alemão Hans Staden relata duas viagens que realizou ao Brasil entre os anos de 1548 e 1555. Quatro séculos depois de sua primeira edição, o livro permanece um dos mais curiosos documentos sobre a cultura dos índios brasileiros, especialmente os tupinambás, que aprisionaram o navegante e mercenário alemão e, segundo ele próprio, quase o devoraram em seus rituais canibalescos.

Os homens do outro lado do Atlântico

O relato de Hans Staden (1525–1579) está para os alemães assim como a carta de Pero Vaz de Caminha para os reis de Portugal. Em Verdadeira História dos Selvagens, Nus e Devoradores de Homens, Encontrados no Novo Mundo, A América, a reportagem feita por Staden é a descrição de um homem simples, de forte fervor religioso, sobre a natureza e a paisagem do Brasil e os costumes de seus habitantes.

Uma aventura onde se revelam também as questionáveis formas de colonização empregadas pelos europeus na conquista de outros continentes e o inevitável choque cultural entre os chamados "selvagens" e "civilizados".

Segundo a Brasiliana da Biblioteca Nacional, de 2001, o livro de Staden foi determinante para os europeus: "A sua influência no meio culto da época ajudou a criar, no imaginário europeu quinhentista, a ideia da terra brasílica como o país dos canibais, devido às ilustrações com cenas de antropofagia".

Monteiro Lobato foi taxativo ao estimar o valor dos escritos do autor alemão: "É obra que devia entrar nas escolas, pois nenhuma dará melhor aos meninos a sensação da terra que foi o Brasil em seus primórdios."

Em suas próprias palavras, Staden não pretendia se vangloriar de suas experiências junto a um povo tão exótico para ele. "O porquê de ter escrito este livrinho foi enfatizado por mim em diversos trechos. Todos nós devemos louvar e agradecer a Deus por ter-nos protegido desde o nascimento até os dias de hoje, ao longo de uma vida inteira."

"Assim como os portugueses, franceses, espanhóis e holandeses, os alemães também participaram da exploração do Brasil no início do século 16. Minha primeira viagem para a América foi em uma nau portuguesa. Éramos três alemães a bordo, Heinrich Brant von Bremen, Hans von Bruchhausen e eu. A segunda viagem ia de Sevilha, na Espanha, para o Rio de La Plata", conta o autor, que na segunda expedição era o único alemão presente. "Acabamos sofrendo um naufrágio em São Vicente. Trata-se de uma ilha que fica bem próxima à terra firme brasileira e é habitada por portugueses."O livro revisitado

Os nove meses em que Hans Staden ficou em poder dos tupinambás renderam um relato impressionante em nível antropológico, sociológico, linguístico e cultural que é constantemente revisitado.

O livro, considerado um sucesso editorial, já inspirou montagens teatrais pelo mundo afora, semeando a imaginação dos modernistas Raul Bopp e Oswald de Andrade na criação da Revista de Antropofagia, de 1928, onde foi publicado o substancial Manifesto Antropofágico, de Oswald: "Perguntei a um homem o que era o Direito. Ele me respondeu que era a garantia do exercício da possibilidade. Esse homem chamava-se Galli Mathias. Comi-o".

A aventura de Hans Staden acabou sendo levada às telas pelas mãos do cineasta brasileiro Luiz Alberto Pereira em Hans Staden, um dos poucos filmes na história do cinema em que a língua falada pelos atores é, predominantemente, a tupi, e que conquistou diversos prêmios no Brasil e nos Estados Unidos.

O livro ganhou em 1998 uma primorosa edição da Dantes Editora e Livraria, do Rio de Janeiro, em tradução de Pedro Süssekind, que traz, além das ilustrações originais, desenhos e gravuras de Theodoro de Bry, Roque Gameiro, Van Stolk, entre outros. [ / www.dw.com]

{Xlr simples homofonia.Na narrativa de Hans Staden, da primeira metade do século XVI,encontra-se essa palavra com a grafia Caníneegg e, na História do Brasilde frei Vicente do Salvador (1627), Canené, palavras que se equivalem ese identificam com o nome Canindé, de uma espécie de arara, provavelmente abundante na localidade, em cujas vizinhanças outro povoado ecanal, com o nome de Ararapira, lembra ainda a freqüência dessa avenos sítios que foram, outrora, considerados como limites entre Carijós eTupinikins.A corrupção da palavra tupi fez-se, {Xlrém, tão breve e tão profundamente que de Canindé ou Canin~ se alterou para Cananéia e, ainda, para Cananor, como se lê na carta de Ruych, de 1508, e no mapa daAmérica, da edição de Ptolomeu, de 1513.133 - Não terminaremos este capítulo sem dizer algumas palavrasa respeito das dificuldades da interpretação, provenientes da homografiaou da homofonia.Uma palavra tupi, como sói acontecer em todas as línguas no período da aglutinação, é, quase sempre, um vocábulo com{Xlsto. [ / Teodoro Sampaio (1901)]

Alguns dias depois, levaram-me para uma outra aldeia que eles chamam Arirab, para um rei, de nome Konyan-Bébe, que era o principal rei de todos. Ali haviam se reunido mais alguns em uma grande festa, a modos deles, e queriam me ver, pelo que me mandaram buscar naquele dia.Chegando perto das cabanas, ouvi um grande rumor de canto e de trombetas, e diante das cabanas havia umas quinze cabeça espetadas; eram de gente sua inimiga, chamada Markaya, e que tinha sido devorada.Quando me levaram para lá, disseram-me que as cabeças eram de seus inimigos e que estes se chamam Markayas. Fiquei então com medo e pensei: "assim farão comigo também!". Quando entravamos nas cabanas , um dos meus guardas avançou e fritou com voz forte para que todos ouvissem "Aqui trago o escravo, o português", pensando que era coisa muito boa ter o inimigo em seu poder.E falou muitas outras coisas mais, como é de costume, conduzindo-me até onde estava o rei assetandado, bebendo com os outros e estando já embriagados pela bebiba que fazem, chamada Kawawy.Fitaram-me desconfiados e perguntaram: "Vieste como nosso inimigo?" Eu disse: "Vim, mas não sou vosso inimigo". Deram-me então a beber. Já tinha ouvido falar muito do rei Konyan-Bébe, que devia ser um grande homem, um grande tirano para comer carne humana.Fui direto a um deles que pensava ser ele e lhe falei tal cmo me vieram as palavras, na sua língua e disse: "Es tu Konyan-Bébe, vives tu ainda?" Sim, ele disse; "eu vivo ainda". "Então, disse eu, ouvi muito falar de ti e que és um valente homem".Com isto, levantou-se e cheio de si começou a passear. Ele tinha uma grande pedra verde atravessada nos lábios (como é costume deles); também fazem rosários brancos de uma espécie de conchas, que é seu enfeite. Um destes o rei tinha no pescoço,

Um destes o rei tinha no pescoço e tinha mais de 6 braças de cumprido. Por estes enfeite vi que ele era um dos mais nobres.Tornou a assentar-se e começou a perguntar o qu eplanejavam seus inimigos, os Tuppin-Ikins e os portugueses. E desse mais: porque queria eu atirar sobre ele, em Brickioka? Porque lhe contram que eu era artilheiro e atirava contra eles.Então eu respondi que os portugueses me tinham mandado e me obrigaram. Disse ele então que eu também era portugues, porque o frances, que me havia visto e a quem ele chamava "seu filho", lhe disseram que eu não sabia a sua língua por ser portugues legítimo.Eu disse então: "Sim, é verdade; estive muito tempo fora daquela terra e tinha esquecido". Ele replicou que já tinha ajudado a capturar e comer cinco portugueses e que todos tinham mentido.Só me restava então consolar-me e recomendar-me á vontade de Deus, porque compreendi que devia morrer. Tornou então a me perguntar o que os portugueses diziam dele e si eles tinham muito medo dele.Eu respondi: "Sim, eles falar muito de ti e das grandes guerras que tu lhes costumas fazer; mas agora fortificam melhor Brickioka"."Sim, continou ele, queria de vez em quando capturá-los, como me tinham capturado no mato".Ainda mais contei eu a ele: "Sim, teus verdadeiros inimigos são os Tuppin-Ikins que preparam 25 canos para virem atacar o teu paiz", como realmente também aconteceu.Enquanto ele me fazia perguntas, ficavam os outros em pé, escutando. Em suma, perguntou-me muito e falou muito. Regosijava-se dos muitos portugueses e de serlvagens seus inimigos que tinham morto. Enquanto isto se passava comigo, os que estavam bebendo na cabana acabaram com a bebida que ali havia; passaram então todos a uma outra cabana a qual continuaram a beber e por isso terminou minha conferência com o chefe.

59CAPITULO XXVIIICOMO ME LEVARAM AO SEU REI CHEFE, KONYAN-BEBE CHAMADO, E O QUE FIZERAM COMMIGOALLI. CAPUT XXVIII.Alguns dias depois, levaram-me para uma outra aldeia que elles chamam Arirab, para um rei, de nome Konyan-Bé- be, que era o principal rei de todos. Alli haviam se reunido mais alguns em uma grande festa, a modo delles, e queriam me ver, pelo que me mandaram buscar naquelle dia.Chegando perto das cabanas, ouvi um grande rumor de canto e de trombetas, e deante das cabanas havia umas quin- ze cabeças espetadas; eram de gente sua inimiga, chamada Markaya, e que tinha sido devorada. Quando me levaram pa- ra lá, disseram-me que as cabeças eram de seus inimigos e que estes se chamam Markayas. Fiquei então com medo e pensei: «assim farão commigo tambem!» Quando entravamos nas cabanas, um dos meus guardas avançou e gritou com voz forte para que todos o ouvisšem «Aqui trago o escravo, o portu- guez, pensando que era cousa muito boa ter o inimigo em seu poder. E fallou muitas outras cousas mais, como é de costu- me, conduzindo-me até onde estava o rei assentado, bebendo com os outros e estando já embriagados pela bebida que fa- zem, chamada Kawawy. Fitaram-me desconfiados e pergunta- ram: «Vieste como nosso inimigo? Eu disse: Vim, mas não sou vosso inimigo.» Deram-me então a beber. Já tinha ouvido fallar muito do rei Konyan-Bébe, que devia ser um grande homem, um grande tyrano para comer carne humana. Fui direito a um delles que pensava ser elle e lhe fallei tal como me vie- ram as palavras, na sua lingua e disse: «Es tu Konyan-Bébe, vives tu ainda?» Sim,» disse elle; "eu vivo ainda." «Então, dis- se eu, ouvi muito fallar de ti e que és um valente homem.» Com isto, levantou-se e cheio de si começou a passear. Elle tinha uma grande pedra verde atravessada nos labios (como é costu- me delles); tambem fazem rosarios brancos de uma especie de conchas, que é seu enfeite. Um destes o rei tinha no pescoço, [p. 59]

— 60 —e tinha mais de 6 braças de cumprido. Por este enfeite vique elle era um dos mais nobres.Tornou a assentar-se e começou a me perguntar o queplanejavam seus inimigos, os Tuppin-lkins e os portuguezes.E disse mais: porque queria eu atirar sobre elle, em Brickio-ka? Porque lhe contaram que eu era artilheiro e atiráva contraelles. Então respondi que os portuguezes me tinham mandadoe me obrigaram. Disse elle então que eu tambem era portu-guez, porque o francez, que me havia visto e a quem ellechamava «seu filho», lhe dissera que eu não sabia a sua lin-gua por ser portuguez legitimo. Eu disse então: "Sim, é verda-de; estive muito tempo fóra daquella terra e tinha esquecidoa lingua." Elle replicou que já tinha ajudado a capturar e co-mer cinco portuguezes e que todos tinham mentido. Só merestava então consolar-me e recommendar-me á vontade deDeus, porque comprehendi que devia morrer. Tornou então ame perguntar o que os portuguezes diziam delle e si elles ti-nham muito medo delle. Eu respondi: "Sim, elles fallam muitode ti e das grandes guerras que tu lhes costumas fazer; masagora fortificam melhor Brickioka.""Sim, continuou elle, queria de vez em quando captural-os, como me tinham capturado no matto."Ainda mais contei eu a elle: "Sim, teus verdadeiros inimi-gos são os Tuppin-lkins que preparam 25 canôas para virematacar o teu paiz", como realmente tambem aconteceu.Emquanto elle me fazia perguntas, ficavam os outros empé, escutando. Em summa; perguntou-me muito e fallou muito.Regosijava-se dos muitos portuguezes e dos selvagens seusinimigos que tinha morto. Emquanto isto se passava commigo,os que estavam bebendo na cabana acabaram com a bebidaQue alli havia; passaram então todos a uma outra cabana naqual continuaram a beber e por isso terminou a minha confe-rençia com o chefe. [p. 60]



\\windows-pd-0001.fs.locaweb.com.br\WNFS-0002\brasilbook3\Dados\cristiano\registros\21564icones.txt



Nativos do Brasil*
Data: 01/01/1557
Créditos/Fonte: Livro de Hans Staden
01/01/1557


ID: 5542


Guerra entre Tamoios e Temiminós na Baia de Guanabara
Data: 01/01/1576
Créditos/Fonte: Jacques le Moyne de Morgues
(.241.


ID: 5602


Formação do primeiro núcleo urbano da cidade de Itu
Data: 01/01/2001
Créditos/Fonte: Hans Staden
Figura 2: Formação do primeiro núcleo urbano da cidade de Itu em 1770, representação gráfica do Eng. Custódio de Sá Faria, com as Igrejas e Conventos (em vermelho), Casa de Câmara e Cadeia (em amarelo) e Rua Direita (em roxo) por nós destacados


ID: 6218


“Duas Viagens para o Brasil”
Data: 01/01/1557
Créditos/Fonte: Hans Staden
Página 60


ID: 6219



ME|NCIONADOS Registros mencionados (2):
12/01/2023 - "Desaparecimento" de Eliza Silva Samudio*
17/04/2023 - Inventário e Testamento de Cristóvão Diniz, consultado em rojetocompartilhar.org
EMERSON

  


Sobre o Brasilbook.com.br

Freqüentemente acreditamos piamente que pensamos com nossa própria cabeça, quando isso é praticamente impossível. As corrêntes culturais são tantas e o poder delas tão imenso, que você geralmente está repetindo alguma coisa que você ouviu, só que você não lembra onde ouviu, então você pensa que essa ideia é sua.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação, no entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la. [29787]

Existem inúmeras correntes de poder atuando sobre nós. O exercício de inteligência exige perfurar essa camada do poder para você entender quais os poderes que se exercem sobre você, e como você "deslizar" no meio deles.

Isso se torna difícil porque, apesar de disponível, as pessoas, em geral, não meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.

meditam sobre a origem das suas ideias, elas absorvem do meio cultural, e conforme tem um sentimento de concordância e discordância, absorvem ou jogam fora.Mas quando você pergunta "qual é a origem dessa ideia? De onde você tirou essa sua ideia?" Em 99% dos casos pessoas respondem justificando a ideia, argumentando em favor da ideia.Aí eu digo assim "mas eu não procurei, não perguntei o fundamento, não perguntei a razão, eu perguntei a origem." E a origem já as pessoas não sabem. E se você não sabe a origem das suas ideias, você não sabe qual o poder que se exerceu sobre você e colocou essas idéias dentro de você.

Então esse rastreamento, quase que biográfico dos seus pensamentos, se tornaum elemento fundamental da formação da consciência.


Desde 17 de agosto de 2017 o site BrasilBook se dedicado em registrar e organizar eventos históricos e informações relevantes referentes ao Brasil, apresentando-as de forma robusta, num formato leve, dinâmico, ampliando o panorama do Brasil ao longo do tempo.

Até o momento a base de dados possui 30.439 registros atualizados frequentemente, sendo um repositório confiável de fatos, datas, nomes, cidades e temas culturais e sociais, funcionando como um calendário histórico escolar ou de pesquisa.

Fernando Henrique Cardoso recupera a memória das mais influentes personalidades da história do país.

Uma das principais obras do barão chama-se "Efemérides Brasileiras". Foi publicada parcialmente em 1891 e mostra o serviço de um artesão. Ele colecionou os acontecimentos de cada dia da nossa história e enquanto viveu atualizou o manuscrito. Vejamos o que aconteceu no dia 8 de julho. Diz ele:
1. Em 1691 o padre Samuel Fritz, missionário da província castelhana dos Omáguas, regressa a sua missão, depois de uma detenção de 22 meses na cidade de Belém do Pará (ver 11 de setembro de 1689).
2. Em 1706 o rei de Portugal mandou fechar uma tipografia que funcionava no Recife.
3. Em 1785 nasceu o pai do Duque de Caxias.
4. Em 1827 um tenente repeliu um ataque argentino na Ilha de São Sebastião.
5. Em 1869 o general Portinho obriga os paraguaios a abandonar o Piraporaru e atravessa esse rio.
6. Em 1875 falece no Rio Grande do Sul o doutor Manuel Pereira da Silva Ubatuba, a quem se deve a preparação do extractum carnis, que se tornou um dos primeiros artigos de exportação daquela parte do Brasil.

Ainda bem que o barão estava morto em 2014 julho que a Alemanha fez seus 7 a 1 contra o Brasil.

Ou seja, “história” serve tanto para fatos reais quanto para narrativas inventadas, dependendo do contexto.

A famosa frase sobre Titanic, “Nem Deus pode afundar esse navio”, atribuída ao capitão do transatlântico, é amplamente conhecida e frequentemente associada ao tripulante e a história de criação.No entanto, muitos podem se surpreender ao saber que essa citação nunca existiu. Diversos historiadores e especialistas afirmam que essa declaração é apenas uma lenda que surgiu ao longo do tempo, carecendo de evidências concretas para comprová-la.Apesar de ser um elemento icônico da história do Titanic, não existem registros oficiais ou documentados de que alguém tenha proferido essa frase durante a viagem fatídica do navio.Essa afirmação não aparece nos relatos dos passageiros, nas transcrições das comunicações oficiais ou nos depoimentos dos sobreviventes.

Para entender a História é necessário entender a origem das idéias a impactaram. A influência, ou impacto, de uma ideia está mais relacionada a estrutura profunda em que a foi gerada, do que com seu sentido explícito. A estrutura geralmente está além das intenções do autor (...) As vezes tomando um caminho totalmente imprevisto pelo autor.O efeito das idéias, que geralmente é incontestável, não e a História. Basta uma pequena imprecisão na estrutura ou erro na ideia para alterar o resultado esperado. O impacto das idéias na História não acompanha a História registrada, aquela que é passada de um para outro”.Salomão Jovino da Silva O que nós entendemos por História não é o que aconteceu, mas é o que os historiadores selecionaram e deram a conhecer na forma de livros.

Aluf Alba, arquivista:...Porque o documento, ele começa a ser memória já no seu nascimento, e os documentos que chegam no Arquivo Nacional fazem parte de um processo, político e técnico de escolhas. O que vai virar arquivo histórico, na verdade é um processo político de escolhas, daquilo que vai constituir um acervo que vai ser perene e que vai representar, de alguma forma a História daquela empresa, daquele grupo social e também do Brasil, como é o caso do Arquivo Nacional.

A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

titanic A história do Brasil dá a idéia de uma casa edificada na areia. É só uma pessoa encostar-se na parede, por mais reforçada que pareça, e lá vem abaixo toda a grampiola."

(...) Quem já foi ministro das relações exteriores como eu trabalha numa mesa sobre a qual a um pequeno busto do barão. É como se ele continuasse lá vigiando seus sucessores.Ele enfrentou as questões de fronteiras com habilidade de um advogado e a erudição de um historiador. Ele ganhava nas arbitragens porque de longe o Brasil levava a melhor documentação. Durante o litígio com a Argentina fez com que se localiza-se o mapa de 1749, que mostrava que a documentação adversária estava simplesmente errada.Esse caso foi arbitrado pelo presidente Cleveland dos Estados Unidos e Rio Branco preparou a defesa do Brasil morando em uma pensão em Nova York. Conforme registrou passou quatro anos sem qualquer ida ao teatro ou a divertimento.Vitorioso nas questões de fronteiras tornou-se um herói nacional. Poderia desembarcar entre um Rio, coisa que Nabuco provavelmente faria. O barão ouviu a sentença da arbitragem em Washington e quieto tomou o navio de volta para Liverpool. Preferia viver com seus livros e achava-se um desajeitado para a função de ministro.



"Minha decisão foi baseada nas melhores informações disponíveis. Se existe alguma culpa ou falha ligada a esta tentativa, ela é apenas minha."Confie em mim, que nunca enganei a ninguém e nunca soube desamar a quem uma vez amei.“O homem é o que conhece. E ninguém pode amar aquilo que não conhece. Uma cidade é tanto melhor quanto mais amada e conhecida por seus governantes e pelo povo.” Rafael Greca de Macedo, ex-prefeito de Curitiba


Edmund Way Tealeeditar Moralmente, é tão condenável não querer saber se uma coisa é verdade ou não, desde que ela nos dê prazer, quanto não querer saber como conseguimos o dinheiro, desde que ele esteja na nossa mão.